Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 494|06 de novembro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Scot Consultoria: Pós-feriado, cotações da arroba estáveis
Devido ao feriado e escalas de abate bem-posicionadas, a maioria dos compradores na praça pecuária de São Paulo, ficaram fora do mercado. Com isso, as cotações se mantiveram estáveis em relação a quarta-feira (1/11)
A arroba do boi está precificada em R$235,00, a da vaca gorda em R$215,00 e a da novilha gorda em R$227,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está sendo negociado em R$240,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@. Em Alagoas as cotações estão estáveis na comparação diária. O boi comum está sendo negociado em R$245,00/@, a vaca gorda em R$230,00/@ e a novilha gorda em R$235,00/@, preços brutos e a prazo. Não há referência para o “boi China” na região. Na região do Triângulo Mineiro preços estáveis na comparação feita dia a dia. O boi comum está sendo negociado em R$225,00/@, a vaca gorda em R$210,00/@ e a novilha gorda em R$215,00/@, preços brutos e a prazo. A cotação da arroba do “boi China” está em R$230,00, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@. Na exportação de carne bovina in natura em outubro foram exportadas 186,2 mil toneladas. A média diária embarcada foi de 8,86 mil toneladas, queda de 10,6% frente à média em outubro/22 (o melhor desempenho na exportação, dentre outubros). Na mesma comparação, o preço da tonelada ficou em US$4,59 mil, queda de 21,4% e o faturamento médio diário, em dólares, caiu 29,7%, ficando em US$40,75 milhões.
Scot Consultoria
Preços dos cortes do traseiro reagem no mercado atacadista
O mês de outubro foi caracterizado pela estabilidade no mercado brasileiro de boi gordo, sem grandes movimentos de alta
De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, os frigoríficos também não encontraram as condições necessárias para exercer pressão sobre o mercado. Na avaliação do analista, o mercado permaneceu estável em outubro, operando no mesmo ritmo desde o final de setembro até o final do mês passado. Vale ressaltar que o feriado prolongado afetou o ritmo dos negócios. No último trimestre do ano, que é marcado pelo aumento do consumo de carne bovina, Iglesias afirma que a demanda esperada no mercado interno se apresenta como um fator de suporte, especialmente com a entrada dos salários e do décimo terceiro na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva. Preços internos do boi gordo: em São Paulo, Capital, o preço da arroba do boi a prazo foi de R$ 230, uma queda de 4,17% em relação aos R$ 235 praticados no fechamento de setembro. Em Dourados (MS), a indicação foi de R$ 225 na modalidade a prazo, uma queda de 4,26% em comparação com os R$ 235 registrados no fechamento de setembro. Em Cuiabá (MT), a arroba subiu 5,00% ao longo de outubro, de R$ 200 para R$ 210. Em Uberaba (MG), a indicação foi de R$ 235 por arroba, um aumento de 2,17% em relação aos R$ 230 registrados no final de setembro. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 230, um avanço de 2,22% em comparação com os R$ 225 praticados no fechamento de setembro. Preços dos cortes do traseiro reagem no mercado atacadista. Iglesias destaca que os preços dos cortes do traseiro avançaram 1,18% ao longo de outubro, indo de R$ 17,80 para R$ 18,00, devido à expectativa de uma demanda mais aquecida nos últimos meses do ano. Por outro lado, os cortes do dianteiro, devido à maior concorrência com a carne de frango, sofreram uma desvalorização de 7,14%, caindo de R$ 14,00 para R$ 13,00.
AGÊNCIA SAFRAS
SUÍNOS
Suínos: cotações estáveis
De acordo com análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne subiram no mercado interno na primeira metade de outubro, mas recuaram na segunda quinzena do mês
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável custando, em média, R$ 122,00, enquanto a carcaça especial teve alta de 1,06%, com valor de R$ 9,50/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (1), devido ao feriado de Finados no dia 2, houve tímida alta de 0,16% no Paraná, chegando a R$ 6,12/kg, e baixa de 0,17% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,01/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,47/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,09/kg), e São Paulo (R$ 6,49/kg).
Cepea/Esalq
Suínos/Cepea: Movimentações de preços são distintas dentre as praças
Os preços do suíno vivo e da carne subiram no mercado interno na primeira metade de outubro, mas recuaram na segunda quinzena do mês
Pesquisadores do Cepea destacam que, ainda assim, enquanto em parte das praças o movimento de alta na primeira metade garantiu o avanço na média de outubro frente a setembro, em outras, a desvalorização mais intensa na segunda quinzena do mês resultou em baixa na média mensal. Segundo pesquisadores do Cepea, nas primeiras semanas de outubro, a menor oferta de animais em peso ideal para abate e o aquecimento na procura elevaram os valores pagos por novos lotes de suínos vivos e também pela proteína. Já na segunda parte do mês, com a diminuição da liquidez, os preços do animal e da carne recuaram, influenciados sobretudo pela redução na demanda doméstica. Quanto ao Rio Grande do Sul, a oferta restrita elevou e/ou sustentou os valores do suíno em outubro. Segundo colaboradores do estado consultados pelo Cepea, este cenário é resultado da desistência da atividade por parte de pequenos e médios produtores independentes, devido ao longo período de margens negativas, em consequência do elevado custo de produção.
Cepea
FRANGOS
Frango vivo cede 0,47% em Santa Catarina
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 7,03/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,47/kg, enquanto em Santa Catarina, houve queda de 0,47%, chegando a R$ 4,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (1), devido ao feriado de Finados no dia 2, tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram alta de 0,27%, custando, ambos, R$ 7,34/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Mercado se aqueceu em outubro, e preços subiram
A liquidez no mercado brasileiro de frango esteve aquecida ao longo de outubro. Esse cenário elevou os preços da carne na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea
Segundo colaboradores consultados pelo Centro de Pesquisas, parte desse movimento foi consequência do feriado do dia 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida) e da então proximidade do Dia de Finados (no dia 2 de novembro). Do lado da demanda, as datas levaram agentes de redes atacadistas e varejistas a aumentarem a procura pela proteína. Do lado da oferta, os feriados resultaram em diminuição nos dias úteis de abate, o que, consequentemente, também limitou a disponibilidade de carne no mercado nacional e reforçou o movimento de alta nos preços da proteína.
Cepea
CARNES
Exportações de carne de frango in natura sobem em outubro, bovina e suína caem
Os volumes de exportações brasileiras de carnes bovina e suína in natura caíram em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto os de carne de frango aumentaram, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na quarta-feira (1º).
Os dados consideram os embarques de produtos in natura (carnes refrigerada e congelada) nos 21 dias úteis de outubro deste ano em relação aos 19 dias úteis do mesmo mês de 2022. O Brasil exportou 374,5 mil toneladas de carne de frango in natura em outubro, 3,2% a mais que no mesmo mês do ano passado. A receita com os embarques teve queda de 11,8%, na mesma comparação, a US$ 665,2 milhões, influenciada pela redução no preço médio da tonelada do frango exportado, que caiu de US$ 2.069,3 para US$ 1.768. As exportações de carne bovina in natura somaram 186,2 mil toneladas em outubro, 1,2% abaixo das 188,5 mil toneladas embarcadas no mesmo mês de 2022. A receita gerada foi de US$ 855,9 milhões, abaixo da quantia de US$ 1,1 bilhão em outubro de 2022. Além da redução no volume embarcado, a queda da receita das exportações de carne bovina fresca ocorreu devido ao menor preço médio pago pelo produto neste ano. Em outubro de 2023, o preço médio de venda das exportações da proteína bovina foi de US$ 4.596,5/tonelada, comparado a US$ 5.846,6/t em outubro do ano passado. Os embarques de carne suína também caíram em outubro, a 82,5 mil toneladas, 8,4% abaixo do registrado em outubro de 2022. O faturamento com as exportações teve redução de 15,2% para US$ 188,8 milhões. O preço médio da tonelada do produto foi de US$ 2.287,5 neste ano, abaixo dos US$ 2.473,4 em outubro do ano passado.
CARNETEC
INTERNACIONAL
Índice mundial de preços de alimentos cai em outubro, diz FAO
O índice mundial de preços da agência de alimentos das Nações Unidas caiu em outubro para seu nível mais baixo em mais de dois anos, impulsionado por recuos no açúcar, cereais, óleos vegetais e carne
O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, alcançou uma média de 120,6 pontos em outubro, abaixo dos 121,3 do mês anterior, disse à agência em um relatório na sexta-feira. A leitura de outubro foi a mais baixa desde março de 2021. O Índice de Preços de Cereais da FAO teve uma média de 125,0 pontos, uma queda de 1,3 pontos em relação a setembro. "Os preços internacionais do trigo caíram 1,9% em outubro, refletindo suprimentos em geral mais altos do que o previsto anteriormente nos Estados Unidos e forte concorrência entre os exportadores", disse a FAO. Os laticínios contrariaram a tendência de queda nos preços, com o índice da FAO subindo 2,4 pontos, para 111,3 pontos, após nove meses de quedas consecutivas. "Os preços mundiais do leite em pó foram os que mais aumentaram, impulsionados principalmente por aumentos na demanda de importação... especialmente do nordeste da Ásia", disse a FAO. Em um relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a FAO manteve sua previsão para a produção mundial de cereais este ano em 2,819 bilhões de toneladas, um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. "Voltando-se para 2024, as plantações de trigo de inverno estão em andamento em todo o hemisfério norte e espera-se que o crescimento da área seja limitado, refletindo os preços mais baixos da safra deste ano", disse a FAO. Seu relatório diz que, na Ucrânia, os efeitos contínuos da guerra com a Rússia, incluindo o acesso restrito aos campos e os baixos preços de venda nas fazendas, juntamente com condições climáticas abaixo do ideal, estão levando a uma redução na área de trigo. A FAO também disse que a semeadura das safras de grãos de 2024 estava em andamento no hemisfério sul. "No Brasil, as primeiras indicações apontam para um recuo no plantio de milho de cerca de 5%, já que as relações custo-preço estão favorecendo a soja", disse o relatório.
Reuters
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Chuvas acima das médias impactam produção agropecuária paranaense
A contabilização ainda está sendo feita a campo, mas é possível que haja queda também no volume de produção devido aos volumes e intensidade de precipitações em outubro
As chuvas acima das médias registradas em outubro no Paraná provocaram perdas na qualidade da produção agropecuária paranaense, que ainda estão sendo contabilizadas no campo. As lavouras de trigo à espera da colheita tiveram piora nas condições. Atualmente 42% das áreas restantes são classificadas como boas, ante 65% da semana anterior. Os dados constam do Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 27 de outubro a 1.º de novembro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Segundo o boletim, a maior parte das áreas que eram boas foi reclassificada para condições médias e passou para 44%. Na semana anterior estava em 30%. Já a área de 5% que era considerada ruim elevou-se agora para 14%. Diante disso, é possível que a última previsão, de 3,86 milhões de toneladas, seja rebaixada. A colheita do trigo avançou de 84% da área de 1,4 milhão de hectares para 89% durante esta semana. No entanto, também em função das chuvas fortes e intermitentes, a qualidade foi considerada péssima, de forma geral, situação que pode se manter nas colheitas próximas. As primeiras safras de soja e milho, que estão sendo plantadas, também sofreram com as condições climáticas, embora os impactos sejam pontuais. A soja ainda mantém 92% das lavouras em situação boa, 7% em condições médias e 1%, ruins. O milho sentiu mais as chuvas de outubro, primeiro por ter sido plantado antes da soja e, depois, por estar concentrado mais ao sul do Estado, onde as precipitações foram mais abundantes. Do que está a campo, 83% têm condições boas, 15%, medianas, e 2%, ruins. O excesso de umidade fez com que o feijão que já está semeado perdesse qualidade. Em relação à semana anterior, as áreas em condições ruins subiram de 1% para 3%, as médias passaram de 17% para 24%, enquanto as que estão em situação boa baixaram de 82% para 73%. O plantio já atingiu 83% da área estimada de 111,4 mil hectares, aquém do desejável. A alta umidade do solo dificulta a entrada de máquinas e, onde é possível o trabalho, a prioridade é para a soja. O Núcleo Regional de União da Vitória, no Sul, não conseguiu evoluir na semeadura e metade das áreas plantadas foram classificadas como ruins.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
A região do Brasil que quer ser a maior produtora de proteína animal do mundo
Oeste do Paraná quer ser referência mundial na produção de proteína animal. Para Ocepar, existem pandemias no setor pecuário, talvez não dê para concentrar tudo (a produção) numa única região, mas o oeste já representa a maior parte da produção de proteína animal do Paraná
Próxima da fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, a região oeste paranaense está se organizando para, em até 20 anos, se tornar a maior produtora de proteína animal do mundo.
A região responde por mais da metade da produção avícola e da suinocultura do Paraná, fomentada pelas fortes e bilionárias cooperativas do agro. É a partir delas que se planeja alcançar a liderança mundial. Cinco das dez maiores do segmento no Brasil e que figuram entre as 100 maiores cooperativas agrícolas do mundo estão na região. O estado tem o maior plantel de aves do Brasil, com 428,5 milhões de cabeças. É o terceiro em produção de suínos, com 6,7 milhões de animais. Na piscicultura, o Paraná também é uma potência e se tornou o maior produtor de tilápias do país. A produção de peixes alcança 167,3 mil toneladas ao ano e são 400 milhões de alevinos. O crescimento regional tem seu preço. A evolução enfrenta percalços envolvendo a falta de mão de obra. São cerca de 12 mil vagas abertas que não conseguem ser preenchidas. Os 50 municípios da região - quase todos vocacionados ao agro e com 47 deles com menos de 100 mil habitantes - registram um Produto Interno Bruto (PIB) que ultrapassa os R$ 100 bilhões. Na conta dos desafios regionais também estão listados entraves logísticos, ambientais e de infraestrutura. A região está no extremo oposto do Porto de Paranaguá. São cerca de 700 quilômetros de distância entre a produção do oeste paranaense e o principal canal de exportação do estado e o segundo maior do país. Com as novas concessões rodoviárias do Paraná, o segmento vislumbra a duplicação completa da principal rodovia de escoamento produtivo do estado, a BR-277, de Foz do Iguaçu até o porto. Suinocultura está entre as principais metas de crescimento. A Frimesa é o quarto maior player do mercado suíno do Brasil. Emprega 9 mil pessoas, tem mais de 2 mil cooperados e fechou 2022 com faturamento bruto de R$ 5,6 bilhões. E a empresa mira em ampliar sua fatia no mercado. Para isso, inaugurou uma nova planta industrial no município de Assis Chateaubriand (PR), para se tornar o maior frigorífico da América Latina em abate de suínos. O pleno funcionamento do espaço é planejado para o fim desta década, com capacidade para abate de 15 mil animais por dia. Por enquanto, a produção gira em torno de 3 mil suínos/dia, com expectativa de chegar a 5 mil/suínos dia até dezembro. Por lá, o desafio também passa pela falta de gente para trabalhar. De acordo com o CEO da cooperativa, Elias Zydek, a Frimesa quer chegar a mercados que até poucos anos estavam travados para as proteínas brasileiras. O motivo era a condição de área livre de aftosa, mas com vacinação. Em 2020, o Paraná foi considerado área livre da doença sem vacinação. “Antes atingíamos 40% do mercado, hoje alcançamos 100% e estamos abrindo caminho para importantes compradores como Japão e Coreia do Sul”, destacou. Para Ocepar, oeste do Paraná precisa vencer limitações para se tornar a maior região produtora de carne. O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, reconhece a potência do oeste paranaense na produção de proteínas, mas lembra que a intenção de liderança audaciosa - como maior região produtora de carne - precisa vencer limitações. “Em alguns municípios temos dificuldades para autorização de outorga de uso de água. Existem pandemias no setor pecuário, talvez não dê para concentrar tudo (a produção) numa única região, mas o oeste já representa a maior parte da produção de proteína animal do Paraná”, acentuou. Para Ricken, o setor de suínos é o que terá condições de avançar mais nos próximos anos, focado na abertura de novos mercados. Do total da produção estadual do segmento, 56% estão concentrados nas cooperativas e, dessa fatia, 32% no oeste. Na avicultura, 44% da produção do Paraná estão nas mãos das cooperativas e, sozinho, o oeste responde por 40% dos plantéis e abates. Quando o assunto são os peixes, as cooperativas recebem 30% da produção paranaense e 28% estão na região. “Dizer que será a maior do mundo é um desejo, não sei como está sendo avaliado isso, mas existem muitas limitações a serem vencidas”, registrou. Das 140 cooperativas agroindustriais paranaenses, 80 são de produção animal e 60 de produção vegetal (soja, milho, trigo e outros cereais). A maior parte das indústrias do Paraná está focada em produtos de origem animal.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha abaixo de R$ 4,90 após dados fracos da economia dos EUA
O dólar à vista teve na sexta-feira uma sessão de forte queda no Brasil -- a terceira consecutiva -- e encerrou abaixo dos 4,90 reais, com as cotações refletindo o recuo consistente da moeda também no exterior, após dados fracos sobre a economia dos EUA elevarem a percepção de que o Federal Reserve pode ter encerrado seu ciclo de alta de juros
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8972 reais na venda, em baixa de 1,53%. Este foi o maior recuo percentual em um único dia desde 23 de agosto deste ano, quando o dólar cedeu 1,63%. Já a cotação de fechamento é a menor desde 20 de setembro, quando atingiu 4,8804 reais. Nesta semana, o dólar acumulou queda de 2,31%. Na B3, às 17:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,33%, a 4,9150 reais. Essa tendência foi ratificada por novos dados sobre a economia norte-americana, mais fracos que o esperado, reforçando a visão de que o Fed não subirá mais os juros. O Departamento do Trabalho informou que a criação de vagas não agrícolas totalizou 150.000 empregos no mês passado nos EUA, conforme seu relatório de emprego payroll. Economistas previam 180.000 novas vagas. Já o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que seu PMI não manufatureiro caiu de 53,6 em setembro para 51,8 em outubro, a mínima de cinco meses. “Está havendo um apetite generalizado ao risco nos mercados. A decisão do Federal Reserve (sobre juros) veio dentro do esperado (na quarta-feira), e o payroll de sexta-feira ficou abaixo do esperado, o que corroborou o Fed”, pontuou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. Apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizar na quarta-feira mais cortes da taxa básica Selic -- o que em tese torna o Brasil menos atrativo ao fluxo internacional de dólares -- o diferencial de juros segue favorável ao país em relação ao exterior. Ao mesmo tempo, Avallone espera por um dólar não muito mais baixo ante o real até o fim do ano, em função da demanda pela moeda, que tradicionalmente cresce nos últimos meses do ano. “Não imagino que o dólar vá muito mais para baixo não. Hoje é reação do mercado aos últimos dados dos EUA, principalmente de emprego”, avaliou.
Reuters
Ibovespa vai à máxima em 6 semanas com apostas de fim de ciclo de juros nos EUA
O Ibovespa disparou quase 3% na sexta-feira, no retorno de feriado, após dados de emprego nos Estados Unidos reforçarem apostas de que o ciclo de elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed) se encerrou
Principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 2,70%, a 118.159,97 pontos, no maior patamar de fechamento desde 20 de setembro. Foi também a maior alta percentual em uma sessão desde 5 de maio. O volume financeiro do pregão somou 26,1 bilhões de reais, contra média diária no ano -- até 1° de novembro -- de quase 25 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa acumulou ganhos de 4,29%, o melhor desempenho semanal desde meados de abril.
Jonas Carvalho, sócio fundador da Hike Capital, afirmou que "com o payroll abaixo do esperado, conseguimos vislumbrar um fim na subida de juros e, consequentemente, até uma queda no ano que vem". Em Wall Street, os rendimentos dos Treasuries caíram e os principais índices acionários subiram. O S&P 500 avançou 0,94%. Na véspera, enquanto os mercados locais estavam fechados para feriado do Dia de Finados, os principais índices em Wall Street subiram mais de 1%, refletindo apetite por risco após decisão de juros do Fed na quarta-feira. Certo ajuste a esse movimento também ajudou a bolsa brasileira nesta sessão, disseram analistas. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, também na quarta-feira, mas já após o fechamento, cortar a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e afirmou que prevê reduções no mesmo ritmo nas próximas reuniões, apesar de ter citado um ambiente internacional adverso. Carvalho, da Hike Capital, afirmou que os ativos brasileiros se beneficiam da perspectiva de redução de diferencial de juros em relação aos EUA, com o Copom reduzindo juros e apostas de fim de ciclo de alta na taxa dos EUA. Os dados da sexta-feira, segundo ele, "solidificam a decisão de Copom de continuar baixando os juros."
Reuters
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$1,930 bi em outubro até dia 27, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 1,930 bilhão de dólares em outubro até o dia 27, em movimento puxado pela via comercial, informou na sexta-feira o Banco Central
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 1,071 bilhão de dólares em outubro até o dia 27. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de outubro até o dia 27 foi positivo em 3,001 bilhões de dólares. Na semana passada, de 23 a 27 de outubro, o fluxo cambial total foi negativo em 1,445 bilhão de dólares. No acumulado do ano até 27 de outubro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 22,590 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo acumulado era positivo em 9,558 bilhões de dólares. A divulgação dos dados do fluxo cambial, que normalmente ocorre às quartas-feiras, foi adiada para esta sexta-feira em função do movimento dos servidores do BC por melhores salários.
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