Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 489|27 de outubro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Cotações da arroba estagnadas pelo País
Segundo os analistas, os volumes de lotes terminados demandados pelas indústrias recuam conforme a semana avança, o que contribui para um menor ritmo de negociações nas regiões de pecuária
A baixa liquidez no mercado do boi, diz a S&P Global, também é atribuída à menor demanda por parte da cadeia de distribuição. “Os preços dos principais cortes bovinos sofreram redução ao longo da semana em curso, apontando a grande dificuldade em escoar a produção vigente”, observa a consultoria. Neste sentido, os fundamentos apontam para um maior equilíbrio nas programações de abate das indústrias nos últimos dois meses do ano. “Apesar da sazonalidade do período indicar um incremento da demanda pela carne bovina, os frigoríficos brasileiros seguem de olho no baixo consumo doméstico de carne bovina”, afirmam os analistas. Pelo lado de dentro das porteiras, muitos pecuaristas permanecem galgando melhores margens nos negócios, na tentativa de amenizar eventuais prejuízos acumulados ao longo do terceiro trimestre do ano, período marcado pelas quedas incisivas nos preços do boi gordo. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, o preço do boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno, sem prêmio-exportação) segue valendo R$ 235/@ no mercado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 218/@ e R$ 227/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 240/@ nas praças paulistas, no prazo (valor bruto), com ágio de R$ 5/@ sobre o macho “comum”. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 229/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 189/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 202/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca R$ 207/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 223/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
Boi/Cepea: Diferença entre preços de bois magro e gordo diminui
Dados do Cepea mostram que a diferença entre os valores de negociação do boi magro sobre os do boi gordo para abate tem diminuído em outubro frente à registrada no mês anterior
Segundo pesquisadores do Cepea, essa retração do ágio do animal para reposição sobre o abate é verificado depois de as diferenças registradas em agosto e setembro terem sido as maiores desde outubro de 2021. Cálculos do Cepea mostram que a diferença entre os valores dos bois magro e gordo na parcial deste mês (até o dia 24) está em 7,3%, contra 13,02% em setembro/23 e 12,02% em agosto/23, que, por sua vez, foram os maiores desde outubro de 2021 (quando o ágio foi de 16,4%). A diminuição no ágio entre setembro e agosto torna a terminação intensiva uma alternativa atraente aos pecuaristas.
Cepea
SUÍNOS
Cotações do mercado de suínos estáveis no PR, RS e SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 123,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,50/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (25), houve alta de 0,15% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,47/kg, e recuo de 0,82% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,03/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,20/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,19/kg), e São Paulo (R$ 6,57/kg). Os preços da suinocultura independente nas principais praças que comercializam o animal na modalidade independente tiveram comportamentos distintos nesta quinta-feira (26). A única alta, modesta, foi registrada no Paraná, com uma valorização de 0,31% ao longo da semana.
Cepea/Esalq
Suinocultura Independente: alta só no Paraná
O estado do Paraná foi a exceção de alta, com acumulado de 0,31% de aumento no preço do quilo do animal vivo na semana
Em São Paulo, o preço ficou estável em R$ 6,72/kg, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o valor cedeu, passando de R$ 6,75/kg vivo, sem acordo entre suinocultores e frigoríficos na semana anterior, para R$ 6,50/kg vivo nesta semana, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal sofreu queda, passando de R$ 6,25/kg vivo para R$ 6,15/kg vivo nesta semana. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 19/10/2023 a 25/10/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 0,31%, fechando a semana em R$ 6,05/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,21/kg vivo", informou o Lapesui.
AGROLINK
Suínos/Cepea: Liquidez diminui, mas carne ganha competitividade frente às principais substitutas
O ritmo de vendas de carne suína diminuiu no mercado doméstico nesta segunda quinzena de outubro – o que é típico para o período, diante do menor poder de compra da população
De acordo com levantamento do Cepea, esse movimento tende a manter pressão sobre as cotações da proteína até o fim do mês. Mesmo assim, o preço médio da carcaça especial suína registrou leve avanço de setembro para a parcial de outubro (até o dia 24), enquanto os valores do frango inteiro congelado e da carcaça casada bovina subiram com força. Nesse contexto, a proteína suinícola ganhou competitividade frente a essas concorrentes.
Cepea
FRANGOS
Frango congelado em queda de 2,06%
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,73%, valendo R$ 6,80/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou inalterado em R$ 4,28/kg, assim como no Paraná, custando R$ 4,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (25), a ave congelada teve perda de 2,06%, atingindo R$ 7,14/kg, enquanto o frango resfriado baixou 1,23%, fechando em R$ 7,23/kg.
Cepea/Esalq
C. Vale muda modelo de gestão
Durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada na terça-feira (24/10), os associados da C. Vale aprovaram por unanimidade, o novo modelo de gestão da cooperativa
A partir da próxima Assembleia Geral Ordinária, prevista para o início de 2024, a plenária vai escolher o presidente e mais oito conselheiros administrativos. Caberá ao presidente eleito indicar o vice-presidente, o diretor-secretário e uma diretoria executiva, que será liderada por um CEO/gerente executivo. A eleição do conselho fiscal permanece igual, com renovação de 1/3 a cada ano. A AGE, com alteração de algumas cláusulas do estatuto, foi realizada na Asfuca de Palotina (PR) e contou com cerca de 100 pessoas, entre associados e funcionários. Para o presidente da C. Vale, Alfredo Lang, o novo formato de gestão segue a proposta de revitalização do plano de modernização. “Esse novo formato de gestão vai dar um novo impulso para cooperativa, com maior acompanhamento, controle e maior agilidade na tomada de decisão e execução”. Segundo Lang, o novo gestor executivo poderá ser um profissional de dentro da própria cooperativa ou contratado no mercado. “Em síntese teremos duas frentes, uma diretoria administrativa para planejar o futuro da cooperativa e uma diretoria executiva que vai colocar em prática o que o quadro social definiu”, resume presidente.
Assessoria de Imprensa C. Vale
JBS investe R$ 1 bilhão em duas novas fábricas em Rolândia (PR)
Aporte faz parte de um plano para aumentar a participação da Seara no mercado de produtos de valor agregado
A JBS vai inaugurar nesta sexta-feira (27/10) duas novas fábricas em Rolândia (PR), que receberam um investimento de R$ 1 bilhão. O aporte faz parte de um plano da JBS de aumentar a participação da Seara no mercado de produtos de valor agregado. Este projeto configura mais uma etapa do plano de investimento de R$ 8 bilhões anunciado pela JBS em 2019. Antes das novas fábricas, o complexo industrial abrigava cerca de 3,8 mil colaboradores. A primeira etapa do investimento já acrescentou 700 novos empregos e, quando a expansão for concluída, o complexo terá 6 mil colaboradores.
GLOBO RURAL
Com novas fábricas, Seara quer passar Reino Unido em venda de empanados de frango
Com investimento de R$ 1 bilhão, JBS, dona da marca, quer dobrar mercado de valor agregado no país
AJBS, gigante global de alimentos, inaugura duas fábricas de alimentos processados da Seara nesta sexta (27) em Rolândia (PR). Com investimento de R$ 1 bilhão, as duas unidades terão capacidade para contratar até 6.000 funcionários. Segundo o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, uma das unidades é destinada a empanados de frango. "Vamos usar a capacidade dessa planta para destravar a atuação da Seara nesse segmento", disse Tomazoni ao Painel S.A. "Queremos dobrar as vendas." O executivo afirmou que, apesar de os brasileiros gostarem de empanados, os pratos prontos de frango ainda têm baixa adesão no país. "A penetração [desses produtos] é de 33% no Brasil. No Reino Unido, ela é de 66% e nos EUA, 54%. Temos muito espaço." Tomazoni afirma que a nova linha de frangos empanados, lançada em março, já puxou o crescimento da categoria no país em 2,7 pontos percentuais. Segundo João Campos, CEO da Seara, a outra unidade será destinada a salsichas, um mercado altamente disputado no país. Para isso, a fábrica foi equipada com o segundo maior forno de defumação do mundo. A ideia é criar produtos diferentes de qualidade superior à do mercado, base da estratégia do grupo. A expansão do complexo industrial de Rolândia é parte de uma estratégia global de agregar valor aos produtos das marcas da JBS que, na Europa e nos EUA, ocorreram primordialmente via aquisições de marcas como Sunnyvalley, Pilgrim's Food Masters e King's Group.
FOLHA DE SP
GOVERNO
Defesa agropecuária vai utilizar aplicativo para agilizar processos de fiscalização
Solução vai eliminar a necessidade de formulários e controles em papel. Ferramenta será utilizada nas ações de fiscalização agropecuária para a coleta de amostras oficiais
A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura passou a contar, a partir dessa semana, com o aplicativo MAPA-LABs, desenvolvido pelo Serpro, empresa pública de tecnologia da informação do governo federal. A ferramenta será utilizada nas ações de fiscalização agropecuária para a coleta de amostras oficiais, como as do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL) e do Programa Nacional de Controle de Patógenos (PNCP) para identificação de salmonella em aves. A solução vai eliminar a necessidade de formulários e controles em papel. Com isso, deve tornar o processo mais ágil e seguro e evitar erros ou possíveis fraudes. A intenção é usar o aplicativo posteriormente para as coletas de amostrar do sistema de autocontrole. Com isso, servidores e entes privados da cadeia poderão registrar essas coletas e enviar os dados para os laboratórios oficiais ou de autocontrole, otimizando o processo de análise. De acordo com o ministério, futuramente todas as coletas de amostras oficiais da SDA serão migradas para o aplicativo e integradas à base única de dados da Plataforma SDA Digital, um ambiente destinado a consolidar todos os serviços digitais da secretaria. "É um projeto que foi concebido grande, envolvendo registro de estabelecimentos e de produtos, registro de produção, análises laboratoriais oficiais e de autocontrole, rastreabilidade, fiscalização e certificação sanitária. Tudo isso numa base única, com dados estruturados e passíveis de cruzamentos, inferências, análises por inteligência artificial, análises de tendência e mecanismos de alerta", explicou, em nota, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.
GLOBO RURAL
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Lotes 3 e 6 dos novos pedágios do Paraná devem ir a leilão em setembro e outubro de 2024
Os lotes 3 e 6 das novas concessões de pedágio nas rodovias do Paraná devem ir a leilão entre os meses de setembro e outubro de 2024. As datas fazem parte de um cronograma do Governo Federal, definido pelo Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), informou o portal de notícias G1, de O Globo
No cronograma estão definidas as datas de envio dos editais dos dois lotes para o Tribunal de Contas da União. As análises dos lotes 3 e 6 na corte de contas se dará a partir de 18 de dezembro deste ano. Concluída esta etapa, a previsão de publicação dos editais é de 18 de junho de 2024 para o Lote 6 e 23 de julho para o Lote 3. Em nota, a ANTT disse que está aguardando as diretrizes do Ministério dos Transportes para só então enviar os editais ao TCU. “As datas são estimadas, pelo Ministério dos Transportes, para fins de organização e priorização de demandas. O cronograma pode ser alterado conforme diretrizes dos processos e lembrando também que a publicação de editais se dá a partir da análise da Corte de Contas”, aponta a nota. Já o Ministério dos Transportes, também em nota enviada à reportagem, confirmou que o TCU tem, entre suas atribuições, a função de analisar os editais com as propostas e, dependendo da necessidade, propor “aprimoramentos ou correções”. “Com a aprovação do TCU, o edital de licitação é publicado, onde todas as regras e exigências para participação no certame são divulgadas. Por fim, o leilão é realizado na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Vence a empresa ou consórcio que der o maior desconto na tarifa. Já o calendário previsto para o lote 3 tem envio ao TCU e publicação no primeiro semestre de 2024 e o leilão ocorrendo até o fim do mesmo ano”, conclui a nota. O que os lotes 3 e 6 terão de melhorias com os novos contratos de pedágio. Nos próximos sete anos, as cidades de Apucarana, Arapongas, Califórnia e Ponta Grossa, nas regiões Norte e dos Campos Gerais do Paraná, deverão ter o fluxo de caminhões desviado de dentro das cidades, com a construção de cinco contornos rodoviários previstos no Lote 3 do pedágio. Além dos novos contornos nas quatro cidades, há a previsão da implantação de duas novas praças de cobrança na região: uma em Londrina e outra em Califórnia. Já no Lote 6 a obra mais esperada é a duplicação total da rodovia BR-277, de Foz do Iguaçu a Paranaguá. O lote, com 638 quilômetros de extensão entre as regiões central, oeste e sudoeste do Paraná, é o maior entre todos que farão parte dos novos contratos de pedágio. Além da duplicação, serão instaladas áreas de escape como a existente na rodovia BR-376 na região da Serra do Mar. Ao todo, o Lote 6 deve ter mais de 440 quilômetros de rodovias duplicadas.
GAZETA DO POVO
Deral mantém projeções de safras de soja e milho do Paraná apesar de chuvas
As estimativas de safras de soja e milho verão do Paraná 2023/24 foram mantidas na previsão de outubro em relação ao levantamento do mês anterior, apesar de uma "pequena" piora nas condições das lavouras pelas chuvas, afirmaram na quinta-feira especialistas do Departamento de Economia Rural (Deral), que reduziu a projeção para o trigo
A safra de soja do Paraná, um dos maiores produtores do Brasil, foi estimada em 21,9 milhões de toneladas, sem alterações ante setembro, o que representa uma queda de 2% no volume ante o recorde do ciclo anterior. Já a primeira safra de milho do Paraná 23/24 foi estimada em 3,1 milhões de toneladas, também estável, mas com uma queda de 18% na comparação com a colheita do ano anterior. "O plantio avança tanto para o milho quanto para a soja dentro do esperado, os números praticamente iguais ao do mês passado. Pequena piora nas condições de lavoura de milho e da soja... mantém praticamente as condições da semana passada", disse o especialista do Deral Edmar Gervásio. O plantio de soja do Paraná atingiu 58% da área estimada para a cultura na safra 2023/24 até o início da semana, enquanto no milho havia avançado a 91%, disse o Deral no início da semana. A umidade, que tem sido elevada no Sul, acaba trazendo alguma preocupação, mas nada comparado com a falta de chuvas generalizadas para a soja do Centro-Oeste do Brasil, segundo analistas. No caso do trigo, com colheita já caminhando para a parte final, o Deral ainda reduziu a previsão de safra do Paraná para 3,855 milhões de toneladas, ante 4,16 mi t na previsão de setembro, em meio a chuvas no Estado. Quando está perto de colheita, as chuvas podem afetar tanto a qualidade quanto a quantidade da safra de trigo. "Tem muito problema de doenças, que já é uma continuidade do que estava acontecendo, a gente já teve uma queda estimada de 10% no mês anterior. E agora aumentamos a quebra para 20% da safra", disse o agrônomo Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, especialmente na região Sul do Estado há novos problemas com o excesso de chuvas, "que diminui não só a quantidade produzida, como a qualidade do produto". Apesar da estimativa de uma colheita abaixo do potencial, o importante produtor nacional elevaria a colheita em 10% na comparação anual, segundo dados do Deral.
REUTERS
ECONOMIA/INDICADORES
IPCA-15 desacelera alta em outubro com queda de alimentos compensando salto das passagens aéreas
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou ligeiramente a alta em outubro, com nova deflação dos alimentos compensando em parte o salto pontual nas passagens aéreas, informou na quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
O IPCA-15 avançou 0,21% neste mês, arrefecendo ante o avanço de 0,35% visto em setembro, e ficando praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,20%. De acordo com o IBGE, o resultado deste mês foi bastante influenciado pela alta nos preços das passagens aéreas, que dispararam 23,75% e tiveram o maior impacto individual no índice geral, de 0,16 ponto percentual. O grupo Transportes, que engloba o item passagem aérea, avançou 0,78% em outubro, depois de já ter saltado 2,02% em setembro. Os preços dos combustíveis, no entanto, que haviam pressionado o IPCA-15 para cima no mês anterior, passaram a cair 0,44% em outubro. Houve quedas nos preços da gasolina (-0,56%), do etanol (-0,27%) e do gás veicular (-0,27%), enquanto o óleo diesel subiu (+1,55%). Economistas do Santander disseram em nota que a leitura foi favorável em termos qualitativos, uma vez que a alta foi puxada principalmente por itens voláteis, enquanto componentes do núcleo da inflação registraram surpresas deflacionárias. O grupo Alimentação e bebidas, por exemplo, cederam 0,31% e teve impacto de -0,07 ponto percentual no índice geral, marcando o quinto mês consecutivo de baixa. O subgrupo alimentação no domicílio caiu 0,52%, com forte recuo do leite longa vida (-6,44%), bem como do feijão-carioca (-5,31%), do ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). "A gente continua vendo o grupo de alimentação indo super bem, depois de outra deflação forte em setembro, então é um grupo que continua ajudando muito a trajetória de queda da inflação", disse Carlos Lopes, economista do BV. Ele alerta, no entanto, que a queda segue sendo "bastante gradual" e prevê que o IPCA encerrará o ano com alta pouco acima do teto da meta de inflação de 2023, cujo centro é 3,25%, com margem de tolerância de 1,50 ponto percentual para mais ou para menos. O IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até outubro avanço de 5,05%, contra 5,00% no mês anterior e projeção de analistas de 5,04%. Essa ainda é a leitura mais alta desde março (+5,36%). O Banco Central já cortou sua taxa de juros em 1 ponto percentual no acumulado das duas últimas reuniões de seu Comitê de Política Monetária (Copom), a 12,75%, e indicou que pretende reduzir as expectativas para a inflação por meio de uma atuação firme. Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, disse que, na esteira do IPCA-15 "bom" de outubro, o mercado pode "brincar" com apostas de um corte de 0,75 ponto da Selic em dezembro deste ano ou fevereiro de 2024, mas, pessoalmente, segue na opinião de que "não é uma opção".
REUTERS
Dólar volta a ficar abaixo de 5 reais com queda das taxas dos Treasuries
O dólar à vista fechou a quinta-feira em leve queda no Brasil, voltando para abaixo dos 5 reais, em um dia marcado pelo recuo firme das taxas dos títulos norte-americanos no exterior, após a divulgação de novos dados econômicos dos Estados Unidos
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9912 reais na venda, em baixa de 0,21%. Em outubro, a divisa dos EUA acumula baixa de 0,72%. Na B3, às 17:24 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 4,9900 reais. A moeda norte-americana oscilou em margens bastante estreitas no Brasil, com as cotações refletindo principalmente o cenário internacional. Às 9h30, o Departamento de Comércio dos EUA informou, em estimativa preliminar, que o Produto Interno Bruto do país cresceu a uma taxa anualizada de 4,9% no terceiro trimestre, maior alta desde o quarto trimestre de 2021. Economistas consultados pela Reuters projetaram mediana de crescimento para o PIB de 4,3% (estimativas entre 2,5% e 6,0%). Os números do PIB deram algum suporte ao dólar ante outras divisas, mas outros dados norte-americanos arrefeceram o movimento. O núcleo do índice de preços PCE -- que tem movimentado os ativos nas divulgações mais recentes -- subiu 2,4% no terceiro trimestre, ante expectativa de alta de 2,5%. O índice cheio do PCE avançou 2,9%. No mercado de Treasuries, os números do PCE ofuscaram os do PIB e fizeram os yields recuar de forma firme, com reflexos no mercado brasileiro de juros. Esta queda dos rendimentos dos Treasuries abriu espaço para a baixa -- ainda que limitada -- do dólar ante o real.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta em dia de alívio na curva de juros e com impulso de Vale
O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, em sessão de ajustes apoiados pelo alívio na curva futura de juros e com Vale fornecendo um apoio adicional após anúncio de dividendos e recompra de ações, enquanto Petrobras figurou entre as poucas quedas, pressionada pelo declínio do petróleo no exterior.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,68%, a 114.730,06 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 114.885,61 pontos. Na mínima, a 112.840,03 pontos. O volume financeiro somava 18,7 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
REUTERS
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$3,375 bi em outubro até dia 20, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 3,375 bilhões de dólares em outubro até o dia 20, em movimento puxado tanto pela via financeira quanto pela comercial, informou na quinta-feira o Banco Central
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de 1,010 bilhão de dólares em outubro até o dia 20. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de outubro até o dia 20 foi positivo em 2,365 bilhões de dólares. Na semana passada, de 16 a 20 de outubro, o fluxo cambial total foi negativo em 703 milhões de dólares. No acumulado do ano até 20 de outubro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 24,035 bilhões de dólares. A divulgação dos dados do fluxo cambial, que geralmente ocorre às quartas-feiras, foi adiada para esta quinta-feira em função do movimento de reivindicação salarial dos servidores do Banco Central.
REUTERS
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