Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 485|23 de outubro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: semana terminou com preços da arroba estáveis
Movimento de alta nas cotações dos animais terminados perdeu força nos últimos dias, refletindo o fraco apetite comprador dos frigoríficos, informam as consultorias do setor
A sexta-feira (20/10) deu continuidade no panorama observado ao longo dos últimos dias no mercado brasileiro do boi gordo: intenções de compra esparsas e baixo volume de negócios efetivados. “Munidos de escala que atendem minimamente aos compromissos operacionais de curto prazo, as indústrias frigoríficas brasileiras permaneceram ausentes do ambiente de negócios e apenas apontaram preços da arroba bovina abaixo dos atuais”, relatam os analistas da S&P Global Commodity Insights. Além disso, ressaltam os analistas, no curto prazo, o mercado deve “sentir” a falta de “boi de ração”, já que muitos pecuaristas deixaram de investir no segundo ciclo de engorda no cocho, devido às margens negativas de operação no momento de decisão pelo confinamento. No mercado atacadista, os preços da carne bovina recuaram ao longo desta semana, fundamentados pela entrada da segunda quinzena do mês, quando os consumidores brasileiros sentem o peso do distanciamento do pagamento dos salários e, com isso, optam pela compra de proteínas correntes, mais baratas, como o frango e a carne suína. Nas praças paulistas, com as escalas de abate bem-posicionadas, com 9 dias, em média, as cotações dos bovinos destinados ao abate fecharam a semana estáveis, de acordo com apuração da Scot Consultoria. Com isso, o boi “comum” (destinado ao mercado interno) segue valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 227/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 240/@ no Estado de São Paulo, no prazo, valor bruto – um ágio de R$ 5/@ sobre o valor do animal “comum”. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 241/@ (prazo); vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 202/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca R$ 187/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 223/@ (à vista) vaca a R$ 184/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 200/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Suínos: preços estáveis fecharam a sexta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 126,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 1,02%, valendo R$ 9,70/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (19), houve tímida alta de 0,15\5 em Minas Gerais, chegando a R$ 6,72/kg vivo, e queda de 0,16% no Paraná, atingindo R$ 6,37/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 6,24/kg), santa Catarina (R$ 6,20/kg), e em São Paulo (R$ 6,73/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Altas para o frango congelado e resfriado
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 1,14%, valendo R$ 6,95/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou inalterado em R$ 4,28/kg, assim como no Paraná, custando R$ 4,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (19) a ave congelada teve incremento de 1,38%, chegando a R$ 7,33/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,68%, fechando em R$ 7,36%.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: exportações em bom ritmo elevam preços
Os preços dos produtos avícolas estão subindo nesta parcial de outubro (até o dia 18) frente aos do mês anterior
Segundo pesquisadores do Cepea, o ajuste da oferta interna de produtos avícolas – que, ressalta-se, vem sendo observado desde agosto deste ano – e o ritmo elevado das exportações têm impulsionado as cotações da carne no cenário nacional. De setembro para outubro, o frango inteiro resfriado registra alta de 4%, com a atual média a R$ 7,14/kg. Inclusive, trata-se do terceiro mês consecutivo de avanço da média mensal do valor pago pelo produto.
Cepea/Esalq
Brasil chega a 132 casos de gripe aviária com três novas ocorrências no RJ e uma em SC
Mais quatro novos casos de influenza aviária de alta patogenicidade foram confirmados na noite de quinta-feira (19) pela plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar casos da doença.
As detecções foram todas em aves do tipo Trinta-réis-real, sendo uma em Itajaí, em Santa Catarina, e as demais no Estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Mangaratiba e Petrópolis. Até o momento, são 132 casos de gripe aviária de alta patogenicidade, sendo três ocorridos em aves de subsistência e quatro em mamíferos marinhos. Segundo a plataforma do MAPA, ainda há nove casos suspeitos sendo analisados. Total: 132. Espírito Santo: 31 (sendo 30 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 39 (aves silvestres). Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 12 (aves silvestres). Santa Catarina: 17 (15 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho).
MAPA
MEIO AMBIENTE
JBS quer incluir pequeno produtor na pecuária de baixo carbono
O novo programa da JBS, em parceria com a empresa Rio Capim Agrossilvipastoril, visa à inclusão do pequeno produtor de bezerros e garrotes na transição para a pecuária de baixo carbono, dobrando sua renda e rentabilidade da área em até seis vezes, além do rastreamento da cadeia desde o início, ou seja, dos fornecedores indiretos de gado de corte para frigoríficos.
O Pará será o primeiro Estado a receber o programa, segundo o conselheiro do Fundo JBS Pela Amazônia, Jeremy O’Callaghan, durante o evento de lançamento do programa “Juntos pessoas+floresta+pecuária”. A iniciativa, conforme explicou a JBS, é voltada a pequenos pecuaristas do bioma amazônico, a fim de garantir assistência em compliance ambiental, rastreabilidade e instrução sobre geração de créditos de carbono. Conforme a JBS explica, em nota, o primeiro modelo do programa vai atrair pequenos produtores da região amazônica interessados em fazer parte de um sistema de recria de gado com alta rentabilidade. O Rio Capim ficará encarregado da cria intensificada do gado, que abarca até o sétimo ou nono mês de vida do animal, e cederá os bezerros rastreados individualmente e com emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) aos pequenos produtores interessados em fazer a recria. Quando o animal completa um ano, o pequeno produtor recebe o retorno financeiro baseado no ganho de peso conseguido no período. Na fase seguinte, o lote é encaminhado para fazendas de engorda ou finalizados em confinamentos. “De início, o Fundo JBS vai destinar R$ 10 milhões ao novo programa, com a estimativa de investir até R$ 100 milhões nos próximos dez anos, alavancando mais de R$ 900 milhões entre recursos de Pronaf, comerciais e doações, com diversos tipos de instrumentos financeiros, como fundos de aval e fundos blended finance, por exemplo, que possam ajudar a aumentar a escala nessa fase inicial do projeto”, disse a JBS, em comunicado. O plano inclui a integração de 3,5 mil famílias nos principais Estados da Amazônia Legal, começando pelo Pará, com uma área monitorada de mais de 350 mil hectares, com mais de 50 mil hectares de pastagens recuperadas.
Estadão
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Novos servidores chegam à Adapar para reforçar a defesa agropecuária no Estado
São 11 novos integrantes do quadro, que atuarão como fiscais de defesa agropecuária e ficarão lotados em oito das 21 unidades regionais que compõem a Adapar. As regionais que receberão reforços são as de Pato Branco, Ponta Grossa, Jacarezinho, Dois Vizinhos, Laranjeiras do Sul, Francisco Beltrão, Umuarama e Paranavaí
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - Adapar deu a posse a 11 novos servidores nesta quinta-feira (19), em Curitiba. Eles foram recepcionados e orientados sobre o processo de contratação e de escolha das vagas nas regionais para dar início aos trabalhos. Os novos integrantes do quadro atuarão como fiscais de defesa agropecuária e ficarão lotados em oito das 21 unidades regionais que compõem a Adapar em todo o Paraná. As regionais que receberão reforços são as de Pato Branco, Ponta Grossa, Jacarezinho, Dois Vizinhos, Laranjeiras do Sul, Francisco Beltrão, Umuarama e Paranavaí. "A entrada desses novos servidores é essencial para a defesa agropecuária, especialmente nas regionais que necessitam de novos técnicos. É uma grande riqueza para a instituição contar com estes novos profissionais", afirmou Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal da Adapar. Ricardo Cesar Berger, um dos novos servidores alocado na regional de Ponta Grossa, em Reserva, expressou sua expectativa para o início dos trabalhos: "Vim da esfera municipal e agora estou aqui para trabalhar em um órgão de referência no Estado, com muita expectativa" diz Berger. Da mesma forma, Thais Liara Cardoso, que agora integra a defesa agropecuária do Estado na regional de Pato Branco, no município de Chopinzinho, considera essa oportunidade um estímulo para a carreira. "É um novo desafio integrar uma instituição de alcance estadual e grande relevância no setor agropecuário do Paraná" diz Thaís. Os 11 novos servidores estarão efetivamente integrados ao serviço em até 30 dias contados a partir da última quinta-feira, quando foram empossados.
AGENCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em baixa com exterior e acumula queda de 1,11% na semana
O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa ante o real, novamente acompanhando o noticiário externo, onde a moeda norte-americana perdeu força na esteira da queda dos rendimentos dos Treasuries, com investidores buscando a segurança dos títulos dos EUA em meio a temores com a ampliação do conflito no Oriente Médio
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0322 reais na venda, em queda de 0,43%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 1,11%. Na B3, às 17:21 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,59%, a 5,0465 reais. “Tínhamos um dólar forte no início dos negócios, mas os (rendimentos dos) Treasuries inverteram os sinais, e o dólar inverteu também ante o real e ante moedas como o peso mexicano e o rand sul-africano”, disse o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “Além disso, quando o dólar bateu perto dos 5,10 reais, houve muita venda de moeda por exportador, tanto no pronto (mercado à vista) quanto no (mercado) futuro”, acrescentou. Neste cenário, o dólar virou para o negativo ante o real ainda antes das 11h. “Houve um alívio da pressão dos juros lá fora, o que deu uma aliviada também no Brasil. Isso fez o dólar cair ante o real”, reforçou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. No exterior, o dólar tinha leve baixa ante as divisas fortes no fim da tarde, enquanto adotava sinais mistos em relação a divisas de emergentes e exportadores de commodities.
REUTERS
Ibovespa tem semana negativa sem trégua em incertezas externas
No setor de proteínas, BRF ON subiu 3,85%, a 10,79 reais, com analistas do JPMorgan elevando previsão para o Ebitda da companhia em 2024, bem como o preço-alvo dos papéis de 12 para 13 reais, citando melhor visibilidade dos lucros no horizonte, apoiada pela recuperação de margem no mercado doméstico para aves e queda nos custos de ração
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira pelo quarto pregão consecutivo, refletindo ainda preocupações com o movimento dos Treasuries e os próximos passos do Federal Reserve, além dos riscos potenciais do conflito no Oriente Médio. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,74%, a 113.155,28 pontos, perdendo 2,25% na semana. O volume financeiro somou 24 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações. Para o gestor de renda variável César Mikail, da Western Asset, os mercados continuam voláteis e devem permanecer assim até que ocorra uma estabilização no movimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. "E isso acaba nos impactando", afirmou, acrescentando que o mercado brasileiro acaba tendo uma volatilidade parecida com a dos pregões no exterior. Ele ressaltou que a guerra entre Israel e o Hamas é também um componente importante no cenário, adicionando volatilidade em razão do risco de escalada do conflito e eventual entrada de outros países. Em Nova York, o S&P 500 encerrou em queda de 1,26%, mas o rendimento do Treasury de 10 anos reduziu o fôlego e terminava o dia a 4,9073%, de 4,988% na véspera e após marcar 4,995% na máxima do dia. A queda dos yields refletiu busca por segurança em meio a temores de escalada da guerra no Oriente Médio, após o retorno do papel de 10 anos renovar máximas em anos por receios de que os juros permanecerão mais altos nos EUA por mais tempo.
REUTERS
IBC-Br cai 0,77% em agosto, diz BC
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,77% em agosto na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado pelo BC na sexta-feira
A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,30% no mês. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 1,28%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a uma expansão de 2,82%, de acordo com números observados.
REUTERS
Oito commodities respondem por quase dois terços das exportações
Aumento da fatia desses produtos nas exportações se deve em boa parte às vendas para a China. Vendas de minério de ferro, petróleo e óleos combustíveis, complexo soja, carnes, açúcar, milho, celulose e café somaram 64,5% do total exportado em 2023
De janeiro a setembro deste ano, oito commodities responderam por quase dois terços do valor das exportações brasileiras. Nesse período, as vendas de petróleo bruto e óleos combustíveis, minério de ferro, complexo soja, petróleo bruto e óleos combustíveis, complexo carnes, açúcar, milho, celulose e café somaram US$ 163,2 bilhões, uma participação de 64,5% de um total exportado de US$ 253 bilhões. É um percentual um pouco superior aos 63,5% de igual intervalo de 2022, equivalente a quase duas vezes e meia os 26,3% dos nove primeiros meses do ano 2000. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento da fatia dessas commodities nas exportações em 2023 se deve em boa parte à alta das vendas para a China. De janeiro a setembro, os embarques para o país asiático, dominados por produtos básicos, subiram 10,8%, para US$ 77,2 bilhões. Com isso, a participação das vendas para a China alcançou 30,5%, acima dos 27,5% de igual intervalo de 2022. O valor das exportações totais, por sua vez, caiu 0,1% no acumulado do ano até setembro, período em que as vendas para os EUA e para a União Europeia (UE) recuaram 4,5% e 11,4%, pela ordem. A fatia das vendas para os EUA baixou de 11% para 10,5%; a da UE, de 15,3% para 13,6%. Ao longo das últimas duas décadas, o salto desses produtos na pauta exportadora se explica especialmente pelo cenário marcado pela forte demanda da China por bens que o Brasil produz com eficiência, ao mesmo tempo em que a indústria enfrenta problemas crônicos de competitividade. De janeiro a setembro de 2000, a China ficava com só 1,9% das exportações brasileiras. Um dos riscos da concentração da pauta exportadora em poucas commodities é o desempenho ficar sujeito às oscilações de preços desses produtos, que podem passar por flutuações expressivas. O movimento, porém, reflete as vantagens comparativas do Brasil na produção desses bens, que são quase todos muito demandados justamente pela China, a segunda maior economia do mundo, atrás dos EUA.
Mesmo com o crescimento mais fraco da economia chinesa nos últimos anos, ela continua a ser o principal destino de quase todas essas commodities (óleos combustíveis, farelo e óleo de soja e café são as exceções). Em diversos casos, é o maior destino por larga margem, como no caso da soja em grão (71%), minério de ferro (62%), carne bovina (61%) e petróleo bruto e celulose (47% nos dois casos).
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