Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 476|09 de outubro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado seguiu estável na semana que passou
Nas praças de SP, o boi “comum” vale R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 210/@ e R$ 220/@, respectivamente, informou a Scot Consultoria
Na sexta-feira (6/10), os preços do boi gordo registraram estabilidade na maior parte das regiões, a começar pelas praças paulistas, referência para as demais áreas pecuárias do País. Segundo apuração da Scot Consultoria, em São Paulo, o boi “comum” (direcionado ao mercado doméstico) seguiu negociado em R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram vendidas por R$ 210/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” foi cotado em R$ 240/@ no mercado paulista, no prazo, valor bruto – mantendo um ágio de R$ 10/@ sobre o animal gordo “comum”, acrescentou a Scot. Segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights, no último dia da semana, as indústrias da região Norte do País elevaram as suas referências de preços (para o boi gordo) de modo a estimular negócios para compor as suas escalas de abate. A iniciativa resultou em avanços importantes em regiões como Paragominas, Marabá, Redenção e Araguaína, tanto nos preços do boi gordo quanto nas cotações da vaca gorda, informou a S&P Global. No entanto, relata a S&P Global, o volume negociado de boiada gorda foi esparso na maior parte das regiões produtoras, alinhado ao discurso de operações minimamente ajustadas para cumprir os contratos de curto prazo. “Os relatos de oferta enxuta de animais terminados continuam fundamentando o ambiente que, apesar de perder alguma intensidade na semana vindoura, deverá ocorrer pontualmente nas regiões onde a disponibilidade de animais terminados é aparentemente maior”, projetou a S&P Global. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 239/@ (prazo) vaca a R$ 219/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 204/@ (prazo) vaca a R$ 184/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 202/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca R$ 187/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 201/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 202/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 202/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Cotações estáveis para o mercado de suínos
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 125,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,80/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (5), houve alta de 0,31% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,49/kg, e queda de 0,82% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,07/kg. Ficaram estáveis os valores no Paraná (R$ 6,28/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,17/kg), e São Paulo (R$ 6,51/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango com movimento de alta na sexta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,29%, valendo R$ 7,02/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, houve elevação de 0,22%, alcançando R$ 4,48/kg, e de 0,23% em Santa Catarina, custando R$ 4,28/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (5), houve aumento de 2,28% para a ave congelada, chegando a R$ 7,18/kg, e de 2,26% para o frango resfriado, fechando em R$ 7,25/kg.
Cepea/Esalq
Gripe aviária infecta granjas comerciais de aves nos EUA pela primeira vez desde abril
Os Estados Unidos detectaram seu primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial desde abril, em um rebanho de 47.300 perus no condado de Jerauld, Dakota do Sul, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Os bandos infectados são abatidos para evitar a propagação do vírus, potencialmente reduzindo o fornecimento de carne de aves e ovos se ocorrerem mais casos. Desde 2022, 58,8 milhões de galinhas, perus e outras aves nos EUA foram exterminados pela doença, oficialmente conhecida como gripe aviária altamente patogênica (GAAP), de acordo com o USDA. As perdas levaram os preços da carne de peru e dos ovos a níveis recordes no ano passado, aumentando os custos para os consumidores atingidos pela inflação. Desde então, os agricultores têm trabalhado para reconstruir os seus rebanhos, aumentando a oferta. A Cal-Maine Foods (CALM.O), maior produtora de ovos dos EUA, disse esta semana que o preço médio dos ovos convencionais caiu 48% em relação ao ano passado, para US$ 1,24 por dúzia, em um trimestre encerrado em 2 de setembro. as vendas caíram 30%, para US$ 459,3 milhões no trimestre. “A GAAP ainda está presente na população de aves selvagens e a extensão de possíveis surtos futuros, particularmente durante a próxima estação de migração do outono, não pode ser prevista”, disse Cal-Maine. Aves selvagens como os patos transmitem o vírus. Antes do surto desta semana, as infecções nos EUA estavam limitadas aos mercados de aves vivas e aves “não aves” desde abril, mostram os registros do USDA. As últimas fazendas comerciais infectadas em abril criaram perus em Dakota do Sul e Dakota do Norte, mostram os registros.
REUTERS
Exportações de carne de frango mantém alta de 6,5% em 2023. Paraná mantém liderança.
Receita das vendas internacionais segue 2,8% acima do registrado no ano anterior. Paraná segue como principal exportador de carne de frango do Brasil, com 163,4 mil toneladas embarcadas em setembro, número 8,1% superior ao registrado no mesmo período de 2022
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 3,905 milhões de toneladas entre janeiro e setembro deste ano. O número supera em 6,5% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 3,666 milhões de toneladas. Em receita, a alta chega a 2,8%, com US$ 7,578 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, contra US$ 7,373 bilhões realizados no mesmo período de 2022. Considerando apenas o mês de setembro, os embarques de carne de frango chegaram a 397,1 mil toneladas, volume 0,7% menor que o efetivado no mesmo período do ano passado, com 400 mil toneladas embarcadas. O total de receitas registrada em setembro deste ano chegou a US$ 719,3 milhões, número 13,3% menor que o realizado no nono mês de 2022, com US$ 830,1 milhões. “Mantido os níveis atuais, impulsionados pelas vendas para os diversos destinos do produto brasileiro, espera-se que as exportações de 2023 superem a marca de 5 milhões de toneladas”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Entre os principais destinos das exportações em setembro, destaque para China, que segue na liderança, com 57,1 mil toneladas, volume 41,6% superior ao registrado no mesmo mês de 2022. Também foram destaques as vendas para os Emirados Árabes Unidos, com 35,2 mil toneladas (+19,8%), África do Sul, com 20,6 mil toneladas (+9,5%), Coreia do Sul, com 19,4 mil toneladas (+30,7%) e México, com 15,2 mil toneladas (+38,5%). No levantamento por estado, o Paraná segue como principal exportador de carne de frango do Brasil, com 163,4 mil toneladas embarcadas em setembro, número 8,1% superior ao registrado no mesmo período de 2022. Em seguida estão Santa Catarina, com 85,8 mil toneladas (+6,2), Rio Grande do Sul, com 56,2 mil toneladas (-19,26%), São Paulo, com 21,5 mil toneladas (-12,6%) e Goiás, com 18,9 mil toneladas (+23%). “A alta capilaridade das exportações de carne de frango do Brasil foram um dos diferenciais nas vendas deste mês, com notável elevação para China, México e nações islâmicas, incluindo o Iraque e a Líbia”, aponta o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
ABPA
Frango/Cepea: Com demanda aquecida, preços sobem na maior parte das regiões
Com a demanda da população aquecida – cenário previsto devido ao recebimento dos salários no início do mês –, os valores dos produtos de origem avícola continuam em elevação na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea
Em outras praças, por sua vez, a oferta de produtos oriundos de outras regiões a preços mais competitivos pressionou as cotações regionais nos últimos dias. MERCADO DE CORTES – Colaboradores do Cepea apontam que as vendas aquecidas e os estoques em baixos patamares permitiram ajustes positivos nas cotações de todos os produtos monitorados.
Cepea
Focos de gripe aviária sobem para 120, nenhum em ave comercial
O Brasil tinha 120 focos de influenza aviária de alta patogenicidade confirmados até a noite de domingo (8), nenhum deles em ave do setor produtivo, segundo informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Os mais recentes focos foram confirmados em mamíferos marinhos em Santa Vitória do Palmar (RS) e em aves silvestres em Peruíbe (SP), Linhares (ES), Barra Velha (SC) e Balneário Barra Sul (SC). Seis investigações de casos suspeitos da doença estavam em andamento. Desde a confirmação do primeiro caso em 15 de maio, 2.027 investigações de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves foram realizadas no país. Entre estas, 533 com coletas de amostras. Os focos registrados até agora foram em São Paulo (35 em aves silvestres), Espírito Santo (29 em aves silvestres e 1 em ave de subsistência), Rio de Janeiro (19 em aves silvestres), Paraná (12 em aves silvestres), Santa Catarina (15 em aves silvestres e 1 em ave de subsistência), Bahia (4 em aves silvestres), Rio Grande do Sul (1 em ave silvestre e 2 em mamíferos marinhos) e Mato Grosso do Sul (1 em ave doméstica). O Brasil continua considerado livre de influenza aviária de alta patogenicidade, segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que não possui caso confirmado da doença em ave do setor produtivo.
CARNETEC
CARNES
ABPA lança segunda fase da campanha internacional de sustentabilidade da proteína animal
A Good Food – Sustainable Protein foi lançada durante durante a Anuga, na Alemanha
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), lançou no domingo (08) a campanha internacional Good Food – Sustainable Protein, segunda fase da campanha iniciada em 2021 que destaca os atributos que diferenciam a sustentabilidade da avicultura e da suinocultura do Brasil. A campanha foi lançada em meio à Anuga - maior feira de alimentos do mundo, que acontece em Colônia (Alemanha), no estande da ABPA. O grande destaque da ação foi o lançamento de um portal focado na difusão de exemplos de iniciativas de sustentabilidade promovidas pelas agroindústrias e pelo setor produtivo brasileiro. Organizado como um site de notícias, o portal disponibilizará diversos cases de agroindústrias do setor de aves, suínos, ovos, genética e patos do Brasil. O portal será atualizado constantemente, incluindo informações, artigos, vídeos e outras iniciativas que envolvam ações de preservação ambiental, desenvolvimento econômico e social e governança das empresas. O lançamento da campanha foi marcado por um vídeo-manifesto apresentando características que marcam a avicultura e a suinocultura do Brasil. São imagens capturadas diretamente na produção brasileira e em território nacional, mostrando pontos que definem o perfil sustentável da cadeia de proteína animal do País. A campanha seguirá com ações em redes sociais, difundindo informações sobre os cases e pontos de destaque da sustentabilidade da cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura do País.
ABPA
Índice global de preços de carnes cai 1% em setembro
O índice global de preços de carnes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 1% em setembro, ante agosto, com redução nos preços de todos os tipos de carnes com exceção da carne bovina, segundo a FAO em comunicado na sexta-feira (6)
Esta foi a terceira queda mensal consecutiva do índice, que ficou em 114,2 pontos em setembro, 5% abaixo do registrado em setembro do ano passado. Os preços da carne suína caíram impactados por fraca demanda de importação por parte dos principais países compradores, principalmente a China, e ampla oferta global. A grande disponibilidade de carne de frango por grandes produtores, principalmente o Brasil, também levou ao declínio dos preços da proteína em setembro. Os preços de carne ovina caíram pelo quinto mês seguido, mas em um ritmo mais lento, pressionados pela elevada oferta da Austrália, apesar da procura da China e do Oriente Médio. Já a forte demanda por importação de carne bovina, especialmente nos Estados Unidos, levou a uma recuperação nos preços internacionais da proteína, apesar da elevada oferta de exportação do Brasil e Austrália.
CARNETEC
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná registra em setembro 4ª queda seguida de preços de bebidas e alimentos, aponta IPR
Variação em setembro foi de -0,8%. No mês anterior, o recuo do índice no Paraná havia sido de 1,11% e, antes disso, foi de -1% em julho, e -1,45% em junho. Dos seis municípios que têm dados levantados para compor o índice, o declínio mais relevante visto em setembro foi observado em Londrina (1,61%)
Com redução de preços em 0,8%, o Paraná teve, em setembro, a quarta queda consecutiva no Índice de Preços Regional Alimentos e bebidas (IPR), calculado mensalmente pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). No mês anterior, o recuo do índice no Paraná havia sido de 1,11% e, antes disso, foi de -1% em julho, e -1,45% em junho. Nos seis municípios que têm dados levantados para compor o índice, o declínio mais relevante visto em setembro foi observado em Londrina (1,61%), seguido por Curitiba, com variação de -1,20%; Ponta Grossa, -0,93%; Cascavel, -0,43%; Maringá, -0,36%; e Foz do Iguaçu, -0,26%. Esses resultados seguem na esteira da melhoria generalizada de condições do agronegócio desde o fim do ano passado, como explica o diretor de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, que ressalta a influência da melhoria do clima e a redução de custos de produção.
“Tanto assim que dos 35 produtos pesquisados, quase metade apresentou, de outubro do ano passado até setembro último, decréscimos de preços em níveis significativos, com destaque para óleo de soja, com queda de 30%, e ainda da carne de frango e leite integral”, diz ele, assinalando que, neste último mês, 21 dos 35 produtos tiveram queda de preços. O alimento com maior queda de preços no mês passado foi a batata-inglesa, de -13,53%, redução causada, segundo avaliação do Ipardes, pela conclusão da colheita do produto. A batata-inglesa apresentou variações de -16,63% em Curitiba, de -15,50% em Londrina, de -14,88% em Ponta Grossa, de -13,74% em Maringá, de -10,24% em Foz do Iguaçu e de -9,94% em Cascavel. Em segundo lugar entre as maiores quedas ficaram os ovos de galinha, com -7,14%. Os preços foram influenciados pelo aumento da produção, assim como o ocorrido com o leite integral, que teve queda de -6,80%. Entre os itens que tiveram aumento mensal de preços, o tomate teve o maior destaque, com um incremento de 10,25% em setembro, relacionado à desaceleração da colheita da safra de inverno, seguido do alho (5,36%) e da maçã (5,18%). Em relação ao tomate, Cascavel liderou o reajuste mensal, de 16,44%, seguido de 12,91% em Foz do Iguaçu, 9,73% em Londrina, 8,87% em Maringá, 8,73% em Ponta Grossa e 5,14% em Curitiba. “Em parte a redução de preços foi compensada por aumentos em itens como tomate, alho, maçã e arroz. O preço do tomate foi impactado pelo tempo de maturação e disponibilização; do arroz, pelo aumento das exportações, pressionando o preço do produto no mercado interno e, da maçã, pelo aumento da demanda local, provocando valorização”, explica Nojima. Mesmo assim, o resultado global permanece favorável ao consumidor paranaense, tendo em vista que, do início do ano até o momento, os preços do conjunto de alimentos e bebidas apresentaram queda geral de -2,86%.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Com dados dos EUA, dólar terminou sessão de sexta em leve queda
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1621 reais na venda, em baixa de 0,13%. Na semana, porém, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,68%. Na B3, às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,12%, a 5,1770 reais
O Departamento do Trabalho informou que a economia dos EUA abriu 336.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 170.000 vagas -- praticamente metade do que foi verificado. Além disso, os dados de agosto foram revisados para cima, mostrando 227.000 empregos criados, em vez dos 187.000 informados anteriormente. “Em nossa visão, os dados de sexta-feira aumentam o risco de o Fed continuar subindo a taxa de juros ao longo dos próximos meses. Acreditamos que as evidências estão sugerindo uma aceleração da economia americana, que está se difundindo por diferentes setores e agora também impulsiona o mercado de trabalho”, disse o economista-chefe da Kínitro, Sávio Barbosa, em análise enviada a clientes. Em um momento posterior, como é de costume, houve uma correção de preços no mercado. Operador ouvido pela Reuters pontuou que, depois do avanço das cotações, parte dos investidores decidiu vender moeda e realizar os lucros do dia no Brasil. No exterior, os rendimentos dos Treasuries também perderam parte do ímpeto trazido pelo payroll, o que pesou sobre o dólar ante as demais divisas. A moeda norte-americana virou para o negativo ante o real no início da tarde, em sintonia com o exterior.
REUTERS
Ibovespa tem alta com NY e blue chips em dia de dados de emprego nos EUA
O Ibovespa avançou na sexta-feira, em recuperação impulsionada pelas blue chips locais --ações de maior peso-- e que acompanhou Wall Street. Vale, Petrobras e bancos foram as principais contribuições positivas para o índice
Índice referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 0,78%, a 114.169,63 pontos. O Ibovespa acumulou queda de 2,01% na semana. O volume financeiro da sessão somou 23,1 bilhões de reais. Os ativos brasileiros sofreram pela manhã, diante de nova alta dos rendimentos dos títulos do governo norte-americano após uma abertura de vagas de trabalho nos Estados Unidos muito acima do esperado elevar a perspectiva de juros mais altos por mais tempo na maior economia do mundo. O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou a criação de 336 mil vagas fora do setor agrícola em setembro, acelerando em relação a agosto, que teve o dado revisado para cima, e superando expectativas de analistas de 170 mil vagas, de acordo com dados compilados pela Reuters. No entanto, o crescimento de salários mostrou alguma moderação. "O primeiro pensamento no mercado foi que os números vieram acima da estimativa e o Fed terá que elevar os juros", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. "Mas aí o pessoal começou a fazer uma análise dos números e a ponderar um pouco", acrescentou. Para Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, os dados de emprego divulgados mostram uma dualidade no mercado, com agentes que acreditam que o Federal Reserve adotará uma postura mais rígida devido à considerável abertura de vagas, enquanto, por outro lado, investidores que enxergam um banco central norte-americano menos restritivo em razão da desaceleração do crescimento dos salários e de uma taxa de desemprego maior que a prevista.
REUTERS
IGP-DI tem alta de 0,45% em setembro com pressão de combustíveis, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu mais do que o esperado em setembro, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira, com os combustíveis pressionando tanto o produtor quanto o consumidor
O IGP-DI avançou 0,45% no mês passado, acelerando ante a alta de 0,05% vista em agosto e superando a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,31%. Agora, o índice tem baixa em 12 meses de 5,34%, uma desaceleração ante a queda de 6,91% acumulada no ano findo em agosto. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,51% em setembro, contra alta de 0,10% no mês anterior. "Em relação à inflação ao produtor, apesar da desaceleração do ritmo de aumento dos preços do diesel (de 13,29% para 11,00%) e da gasolina (de 8,36% para 7,23%), os combustíveis ainda tiveram uma influência significativa sobre o resultado do IPA", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços. "No cenário do consumidor, a gasolina foi a principal influência, com um aumento de 2,62%, em comparação com 1,24% na última apuração." De fato, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, passou a subir 0,27% em setembro, abandonando baixa de 0,22% vista em agosto, com influência do grupo Transportes (+1,06%). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,34% no mês passado, ante 0,17% em agosto. A inflação no Brasil mostrou sinais de arrefecimento ao longo da primeira metade do ano, o que levou o Banco Central a iniciar no início de agosto um ciclo de cortes da taxa Selic, atualmente em 12,75%.
REUTERS
BC: Poupança registra saída líquida de R$ 5,835 bilhões em setembro
Os brasileiros depositaram R$ 306,153 bilhões e sacaram R$ 311,988 bilhões da poupança no período
Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 5,835 bilhões em setembro, segundo divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC). Em agosto, a captação líquida - diferença entre entradas e saídas - foi negativa em R$ 10,075 bilhões. No nono mês de 2023, os brasileiros depositaram R$ 306,153 bilhões e sacaram R$ 311,988 bilhões da poupança. Em setembro do ano anterior, houve retirada líquida de R$ 5,903 bilhões. A caderneta tem tido uma série de resultados negativos. Neste ano, houve entrada líquida apenas em junho, com R$ 2,595 bilhões. Em janeiro, a poupança registrou a maior a maior retirada líquida da série, com R$ 33,631 bilhões. Dessa forma, a caderneta acumula saída líquida de R$ 70,218 bilhões no ano. Em 2022 como um todo, a modalidade teve o maior resgate anual da série, de R$ 103,237 bilhões. No período, houve entrada líquida apenas em maio e em dezembro, de R$ 6,259 bilhões. O saldo total da poupança, por sua vez, ficou em R$ 968,328 bilhões em setembro. O resultado de setembro se somou ao rendimento de R$ 6,151 bilhões creditados no período. Além disso, no mês passado, os recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) registraram saque líquido de R$ 5,562 bilhões. No caso do crédito rural (SBPR), houve saque de R$ 272,824 milhões.
VALOR ECONÔMICO
Área ocupada pela agropecuária no Brasil cresceu 50% em 38 anos
Atividades rurais avançaram sobre o equivalente a 10,6% do território nacional em quase 40 anos. Quase dois terços (64%) da expansão da agropecuária é resultado do desmatamento para pastagem, cerca de 64,5 milhões de hectares, segundo o MapBiomas
Entre 1985 e 2022, a área ocupada pela agropecuária no Brasil cresceu 50%, avançando sobre 95,1 milhões de hectares, o equivalente a 10,6% do território nacional, mostram dados divulgados na sexta-feira (6/10) pelo MapBiomas. Em 1985, a atividade respondia por pouco mais de um quinto (22%) da área do Brasil, ou 187,3 milhões de hectares. Em quase quatro décadas essa área saltou para 282,5 milhões de hectares, ou um terço do território nacional. Desse total, 58% são de pastagens, que tiveram um crescimento de mais de 60% entre 1985 (103 milhões de hectares) e 2022 (164,3 milhões de hectares). Segundo o MapBiomas, boa parte desse crescimento se deu na Amazônia, onde as áreas de pasto ocupavam 13,7 milhões de hectares em 1985 e saltaram para 57,7 milhões de hectares em 2022. “O avanço constante das pastagens sobre vegetação nativa levou a Amazônia a ultrapassar o Cerrado onde houve um leve declínio, de 55 milhões de hectares de pastos para 51,3 milhões de hectares, no decênio entre 2013 e 2022”, destacou o estudo. O desmatamento direto para agricultura responde por outros 10% da expansão da agropecuária no Brasil, equivalentes a 10 milhões de hectares. Um quarto (26%) da expansão da agricultura ocorreu em áreas já antropizadas, ou 26,7 milhões de hectares. A área de cultivo agrícola aumentou 41,9 milhões de hectares em todo o Brasil entre 1985 e 2022, passando de 19,1 milhões de hectares para 61 milhões de hectares. A quase totalidade (96%) é de lavouras de grãos e cana, que triplicaram em 38 anos. Em 1985, ocupavam 18,3 milhões de hectares; em 2022, sua área equivalia a 7% do território nacional, ou 58,7 milhões de hectares. Desse total, 35 milhões de hectares são do avanço da soja que, sozinha, aumentou a área cultivada quatro vezes, sem deixar de mencionar a segunda safra de milho, que é cultivada após a colheita da soja. A conversão direta de vegetação nativa para agricultura permaneceu relativamente constante ao longo de 38 anos, com uma tendência de declínio entre 2018 e 2022. No entanto, embora as quantidades de área convertida tenham se mantido estáveis, a distribuição geográfica dessas conversões variou ao longo dos períodos. As novas fronteiras agrícolas se concentram no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, Amacro (Amazonas, Acre e Rondônia) e no bioma Pampa.
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