Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 47| 17 de janeiro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: avanço nas escalas de abate limita valorização da arroba
Com o baixo escoamento da carne bovina no mercado doméstico e escalas relativamente confortáveis para os frigoríficos brasileiros, o mercado físico do boi gordo registrou baixa liquidez na sexta-feira, 14 de janeiro, informam as empresas Agrifatto, Scot Consultoria e IHS Markit
Segundo a Scot Consultoria, após começar a semana com uma tentativa de pressão de baixa sobre o mercado pelos compradores, o mercado paulista seguiu “calmo na sexta-feira, e os preços estáveis na comparação diária”. Dessa maneira, pelos números da Scot, boi, vaca e novilha gordos estão apregoados em R$ 337/@, R$ 308/@ e R$ 326/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). “O ágio para bovinos com destino à exportação (o chamado “boi-China”, abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) se dá entre R$ 10/@ e R$ 15/@”, informa a Scot. A estabilidade também é refletida nos preços do boi gordo no mercado futuro, operados na B3. Os próximos vencimentos são precificados sem grandes variações desde segunda-feira. Segundo a IHS, o consumo doméstico de carne bovina segue fraco, refletindo os preços elevados do corte, bem como o período de menor poder de compra do consumidor.
Do lado de dentro das porteiras, o fim das fortes chuvas em algumas regiões, especialmente na faixa centro-norte do País, possibilitará a retenção do animal novamente no pasto, visando ganho de peso, relata a IHS. No entanto, regiões onde a estiagem continua severa, como no Sul do País e algumas áreas do oeste de São Paulo e do sul do Mato Grosso do Sul, a oferta de animais é ainda mais enxuta e os custos maiores, haja visto que pecuaristas recorrem a terminação em confinamento devido aos pastos secos e incidência de pragas. Entre as praças pecuárias, ocorreram ajustes negativos nos preços em Marabá (PA) e Araguaína (TO), recuando de R$ 294/@ para R$ 291/@ e R$ 300/@ para R$ 296/@, respectivamente, informa a IHS. Foram registrados ajustes positivos nos preços do boi gorda em Feira de Santana (BA), que avançou de R$ 310/@ para R$ 315/@, estimulados pela procura por parte da indústria para garantir volumes em suas escalas até o final da próxima semana. Quanto ao mercado atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem ao mesmo ritmo observado ao longo da semana, ou seja, sem grandes alterações. Segundo dados da Agrifatto, especialmente em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 9 dias úteis já programados. Por sua vez, as indústrias do Pará alongaram as suas escalas e encerraram a semana com a média de 16 dias úteis programados, 2 dias de avanço no comparativo semanal. Em Rondônia, relata a Agrifatto, as programações de abate avançaram e os frigoríficos estão com as escalas na média de 10 dias úteis, alta de 3 dias ante a semana passada. Os frigoríficos goianienses, por sua vez, fecharam a semana com 9 dias úteis escalados, mantendo a estabilidade no comparativo semanal. Em Tocantins, os abates estão programados para 8 dias úteis, com as escalas da região avançando 1 dia ante a semana passada, informa a Agrifatto. Os frigoríficos mineiros estão com 7 dias úteis de abates programados, a mesma média da última semana. As indústrias em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul possuem 6 dias úteis escalados, ambos os Estados alinhados com a média dos últimos 12 meses, segundo a consultoria. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 291/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 340/@ (prazo) vaca a R$ 310/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 298/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca R$ 310/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 340/@ (à vista) vaca a R$ 320/@ (à vista); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 286/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 291/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 296/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista).
PORTAL DBO
Exportação de carne bovina pode bater novo recorde com 2,7 milhões de toneladas em 2022, prevê USDA
A produção brasileira de carne bovina deve chegar a 9,75 milhões de toneladas, o que pode significar um crescimento de 4,6% sobre o ano de 2021, destaca o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
A exportação brasileira de carne bovina é prevista em 2,68 milhões de toneladas neste ano de 2022, segundo o mais recente relatório “Pecuária e Aves: Mercados e Comércio Mundial””, elaborado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) e divulgado na quinta-feira (13/1). O volume exportado poderia ser o maior já exportado pelo Brasil. O recorde até então foi o ano de 2020, com embarques totais de 2 milhões de carne bovina e que movimentou uma receita de US$ 8,48 bilhões, segundo a Secex. Considerando os dados do órgão, o crescimento representaria um avanço de 15,5%. Mas se for comparado com o resultado apresentado recentemente pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, de 1,87 milhão de toneladas, o crescimento poderia chegar a 43,5%. O relatório americano é divulgado trimestralmente, a partir de janeiro. Na última publicação de 2021, em outubro, as exportações brasileiras estavam previstas em 2,32 milhões de toneladas. A próxima divulgação será em meados da segunda ou terceira semana de abril. A produção brasileira de carne bovina deve chegar a 9,75 milhões de toneladas, o que pode significar um crescimento de 4,6% sobre o ano de 2021. A produção nacional da proteína vermelha ganhou um incremento de 50 mil toneladas, em comparação a primeira estimativa do órgão. Além da melhora da produção, o prognóstico é também de uma melhora no consumo interno de carne bovina, com aumento de 1,1%, chegando a 7,14 milhões de toneladas, o que responderia por 73,2% do total da carne bovina produzida no País. O crescimento mundial de carne é mais modesto, cerca de 1%, e pode totalizar 58,18 milhões de toneladas. Os três maiores produtores são os Estados Unidos, com 21,3%; o Brasil, com 16,8%; e a China, com 11,9%. Já em relação ao consumo interno, o órgão americano prevê o apetite de 56,26 milhões de toneladas de carne. Desse total, 22% devem ser dos americanos; 18% dos chineses; e 12,7%, dos brasileiros.
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos: preços estáveis na sexta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 95,00/R$ 105,00, enquanto a carcaça especial baixou, 2,56%/1,22%, custando R$ 7,60 o quilo/R$ 8,10 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (13), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais, custando R$ 5,68/kg, R$ 4,78/kg no Paraná, R$ 5,01/kg no Rio Grande do Sul, R$ 4,61/kg em Santa Catarina, e R$ 5,49/kg em São Paulo.
Cepea/Esalq
Oferta de carne suína sobe e derruba preços ao produtor
Em Mato Grosso, suinocultores relatam vendas com prejuízo de até R$ 180 por animal
O esperado aumento do consumo de carne suína nas festas de fim de ano não reverteu o cenário desfavorável aos suinocultores de Mato Grosso. De acordo com a Associação dos Criadores de Suínos do Estado (Acrismat), a situação agravou-se na última semana, e o prejuízo já chega a R$ 180 por animal vendido. Segundo a entidade, o custo de produção no Estado está, em média, em R$ 6 por quilo. O preço pago ao suinocultor, por sua vez, está em torno de R$ 4,20 por quilo para fora de Mato Grosso e R$ 4,50 por quilo no mercado interno. O tradicional aumento da demanda pela proteína nas festas de fim de ano, que acaba elevando o preço pago aos produtores, foi prejudicado pela grande oferta de carne suína no mercado, diz a Acrismat. "Por uma questão de especulação, o próprio suinocultor acabou ofertando muitos animais para abate, o que derrubou o preço pago e acabou piorando o cenário neste início do ano. Nas últimas cotações, com a venda de um animal de 100 quilos, o prejuízo fica em torno de R$ 150 até R$ 180 por animal", estima o Presidente da associação, Itamar Canossa. Em Santa Catarina, o cenário é semelhante. A preocupação já chegou às lideranças nacionais do setor. "Na região Sul, há relatores de produtores que, preocupados com a piora dos preços, venderam sua produção aos frigoríficos por até R$ 4 por quilo. Isso é totalmente descabido e sem lógica. Lá, o prejuízo é ainda maior, visto que o custo de produção é ainda mais alto", explicou Canossa.
VALOR ECONÔMICO
Produção de carne suína brasileira pode superar 5 mi t em 2022, diz ABCS
A produção brasileira de carne suína em 2022 poderá superar 5 milhões de toneladas de carcaças, disse o consultor de Mercado da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Iuri Pinheiro Machado, à CarneTec
Já o volume de exportações brasileiras deve crescer cerca de 3% para um novo recorde neste ano, segundo estimativas preliminares do consultor.
CarneTec: Qual a expectativa da ABCS para a produção de carne suína brasileira em 2022?
Iuri Pinheiro Machado: Ainda não temos dados oficiais completos de produção de 2021, mas no acumulado de janeiro a setembro, o crescimento superou em quase 9% o mesmo período de 2020 (IBGE). Como se trata de uma cadeia de ciclo de produção relativamente longa, certamente ainda haverá crescimento em 2022, porém, em função da crise do setor em 2021, espera-se uma redução deste ritmo, algo entre 4% e 6% em relação a 2021. Ou seja, em 2022 deveremos ultrapassar a marca de 5 milhões de toneladas de carcaças produzidas.
E para a exportação?
Apesar do recuo das compras da China, nosso maior importador, no final de 2021, ainda se espera um crescimento global dos embarques em 2022, superando 2021 em torno de 3% e batendo novo recorde de volumes exportados. Existe uma grande expectativa com relação à retomada do mercado russo, que abriu uma cota de 100 mil toneladas para o primeiro semestre deste ano. Além disso, alguns países aumentaram consideravelmente suas compras junto ao Brasil, como Filipinas, Chile e Argentina.
Como o mercado consumidor doméstico de carne suína deve se comportar em 2022? A ABCS espera aumento no consumo? De quanto?
Com relação ao mercado doméstico, tudo depende do poder aquisitivo da população e do ajuste entre oferta e demanda. O crescimento da produção tem sido absorvido pelo mercado, mas é evidente que o preço pago pelo suíno está aquém do necessário para determinar margens ao produtor que tem suportado custos de produção muito elevados. O ano de 2021 deve fechar com um crescimento de consumo per capita ao redor de 1 kg, um número muito significativo. Para 2022, espera-se que o brasileiro continue aumentando sua preferência pela carne suína, mas não o mesmo crescimento experimentado em 2021.
Quais os principais desafios que a indústria brasileira de carne suína deverá enfrentar neste ano?
Na questão de custo relacionado ao milho, embora a primeira safra preocupe, a perspectiva é melhor do que no ano passado, pois tudo indica que a segunda safra resultará em quantidades suficientes para manter o preço do principal insumo em patamar mais baixo que em 2021. Por outro lado, outros custos relacionados à inflação como tarifas públicas, combustíveis e mão de obra devem onerar ainda mais a produção. A grande preocupação é a recuperação da demanda do mercado doméstico para absorver o aumento da produção. Se essa recuperação não vier, o setor continuará amargando prejuízos, principalmente no primeiro semestre, com o custo de insumos mais elevado.
CARNETEC
FRANGOS
Frango: sexta-feira de preços estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 5,48/kg
Na cotação do animal vivo, o Paraná registrou leve alta de 0,20, chegando a R$ 5,10/kg, enquanto São Paulo e Santa Catarina ficaram sem referência de preço na sexta-feira (14). Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (13), a ave congelada teve queda de 0,81%, chegando a R$ 6,12/kg, enquanto o frango congelado cedeu 0,33%, fechando em R$ 6,07/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Menor demanda pressiona cotações
Os preços do frango inteiro estão em queda neste começo de janeiro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea
Segundo pesquisadores, a pressão vem da menor demanda, algo típico em início de ano. No front externo, a desvalorização do Real frente ao dólar e o forte incremento no volume exportado garantiram receita recorde com os embarques de carne de frango em dezembro. Segundo dados da Secex, foram R$ 4,1 bilhões arrecadados no mês, 20,9% a mais que em novembro/21 e 43% acima da receita de dezembro/20.
Cepea
EMPRESAS
BRF revela avanços no bem-estar de suínos e aves
Garantir o bem-estar animal passa por disseminar conhecimento aos colaboradores, que, por sua vez, os repassam aos produtores integrados e os orientam – especialmente no caso dos extensionistas que estão a campo
Em 2021, a companhia já formou 208 novos oficiais de Bem-Estar Animal (BEA). Entre 2019 e 2020, outros 569 já haviam sido capacitados em BEA. Eles são responsáveis, posteriormente, por aplicar a matriz de conformidade e treinar todos os colaboradores, parceiros e integrados.
“Também criamos um EAD (Ensino a Distância) sobre BEA e o Programa Bem-Estar Animal feito na BRF. O reflexo no campo é o aprimoramento da produção com foco no conforto animal, o que também passa pela adoção de novas tecnologias e ferramentas de trabalho”, explicou Mariana Modesto, Diretora de Sustentabilidade da BRF, em nota. No final de 2020, a BRF anunciou uma série de metas e compromissos públicos pelo bem-estar animal, que visa garantir melhor qualidade de vida das aves e suínos que fazem parte de sua cadeia produtiva. Anteriormente, de forma pioneira, assumiu publicamente a aquisição de ovos somente de galinhas cage-free (galinhas criadas livres de gaiolas) para uso como ingrediente em seus processos industriais, e a transição do sistema de alojamento coletivo para matrizes suínas. “As ações de bem-estar animal da BRF estão alinhadas com as melhores práticas globais e inseridas no Sistema de Excelência Operacional (SEO) no pilar de Sustentabilidade da companhia. Também adotamos padrões de certificações renomadas, como Global G.A.P. e Certified Humane, que são aplicadas à criação e ao abate de animais”, disse Mariana. A BRF também participa ativamente de discussões sobre BEA dentro das entidades setoriais, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o International Poultry Council, das quais a companhia é membro, além de participar do grupo 3Ts Alliance com a World Animal Protection. Na área de suínos, a BRF acabou com os pequenos cortes nas orelhas dos suínos (mossa), antes utilizados na identificação dos animais. O procedimento foi substituído por brincos de identificação com chips – que revelam toda a história do suíno, como já é adotado no segmento de pecuária bovina – e por tatuagens, cumprindo o compromisso fixado pela companhia no final de 2020 em atingir a meta em dezembro deste ano. O brinco também facilita o processo de alimentação dos animais no caso de abastecimento de rações de forma mecanizada. “Também não há mais intervenções nos dentes, como corte ou desgaste, o que no passado era feito para evitar ferimentos causados por brigas entre os próprios animais. Atualmente, o procedimento de desgaste é realizado somente em casos extremos onde o bem-estar da fêmea está afetado por machucadura dos tetos”, explicou na mesma nota Josiane Busatta, Gerente de Bem-Estar Animal da BRF.
CARNETEC
Castrolanda: fábrica de rações registra a maior produção de sua história
Em 2021, a Fábrica de Rações (UFR) de Castro, na região paranaense dos Campos Gerais, fechou com a maior produção anual da sua história, ultrapassando a barreira das 390.000 toneladas de produção, sendo 350.000 t o melhor resultado até então, alcançado em 2020
“Neste ano, tivemos um acréscimo de cerca de 19% no volume de produção. Isso é muito em função do crescimento da suinocultura na região, da Unidade Industrial de Carnes - Alegra, de alguns produtores que aumentaram plantel e das parcerias com produtores independentes. Tudo isso acabou trazendo um resultado muito significativo para a fábrica em termos de produtividade e faturamento”, explica o Coordenador de Produção, Tasso Roquete. Na comparação mês a mês, a UFR-Castro ultrapassou em dezembro 34.800 t produzidas, a maior produção em um único mês. No fim de 2020, com a crescente no mercado de proteína animal, a fábrica recebeu investimento na sua linha de produção. O que agrega ainda mais nos novos resultados. Para Tasso, este foi um fator determinante para os recordes, além do trabalho de manutenção preventiva. O Gerente Executivo do Negócios Carnes, Mauro Cezar de Faria fala que as áreas do setor tiveram resultados muito satisfatórios. “Estamos aproveitamos todas as oportunidades que o mercado tem nos dado. Temos que agradecer também a todos os colaboradores que participaram e aos cooperados que deram essa condição”. Com uma diferença de mais de 40.000 t na comparação de 2020 para 2021, Tasso explica que o principal motivo para estes resultados é o trabalho em equipe. “Isso realmente traz resultados. Desde o operacional, gestão, diretoria, equipes de campo da suinocultura e bovinocultura, além da Alegra. Percebemos uma sinergia muito maior do que tínhamos em anos anteriores”, completa. Atualmente, a produção para suínos representa 60% do total, entre clientes internos e externos. Para o próximo ano, o objetivo principal é manter estes volumes, trabalhando na qualidade e satisfação dos clientes. Recentemente, foram implantados novos projetos de eficiência operacional. A ideia era alcançar 92% de efetividade das entregas de rações dentro dos prazos estipulados. Até o momento, o resultado era de 95%. Tasso comenta que uma das metas de 2022 é consolidar estes números.
Imprensa Castrolanda
INTERNACIONAL
Importações de carne da China em 2021 caem 5,4%, aumento na oferta doméstica de carne suína pesa
As importações de carne da China caíram 5,4% em 2021 em relação ao ano anterior, mostraram dados alfandegários na sexta-feira, com um aumento na oferta doméstica de carne suína reduzindo a demanda por suprimentos no exterior
Mais da metade da carne importada pela China é suína, a proteína favorita do país, enquanto cerca de um quarto é bovina. A China trouxe 9,38 milhões de toneladas de carne no ano passado, disse a Administração Geral das Alfândegas, abaixo dos 9,91 milhões em 2020. Os produtores aumentaram a produção de carne suína nos últimos anos, depois que a produção foi devastada por uma epidemia de peste suína africana em 2018 e 2019. Mas o aumento na oferta ocorre em meio à fraca demanda por carne suína, já que menos pessoas jantam fora por causa de uma série de surtos de COVID-19. Os preços domésticos da carne suína PORK-CN-TOT-D caíram na maior parte do ano passado e caíram 14% em 2022, pressionando também o preço da carne exportada. "O ano passado foi difícil por causa dos preços e da logística mais baixos", disse um importante exportador de carne suína e de aves para a China que pediu anonimato. Embora o valor geral das importações de carne tenha aumentado 4,6%, para US$ 32 bilhões, isso foi impulsionado pela carne bovina, acrescentou ele, cuja oferta global está apertada, enquanto os preços da carne suína caíram, pressionando os preços do frango. A fraca demanda e os preços mais baixos reduziram drasticamente as chegadas de carne nos últimos meses, enquanto a proibição da carne bovina brasileira de 3 de setembro até meados de dezembro. oferta reduzida do principal fornecedor da commodity na China. Medidas mais duras também foram adotadas nos últimos meses para impedir que o COVID-19 entre no país na superfície de alimentos congelados, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank. As importações de carne de dezembro, de 654.000 toneladas, caíram 32% em relação ao ano anterior, e abaixo do número de novembro de 677.000 toneladas, disseram as alfândegas.
As importações devem continuar caindo, disse Pan, à medida que a oferta doméstica cresce. “O preço não pode suportar outras grandes importações”, acrescentou.
REUTERS
Oferta de carne da China revisada em 7% maior no relatório do USDA
A oferta total de carne da China em 2022 é esperada em 79 milhões de toneladas, revisada em 7% maior em relação à previsão anterior e novamente superando a oferta total de carne antes do surgimento da peste suína africana (PSA), de acordo com o relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro do USDA em 12 de janeiro
O que impulsiona a estimativa mais alta é uma grande revisão para cima na produção de carne suína, que agora deve crescer pelo segundo ano consecutivo. Espera-se que os estoques de porcas iniciais de 2022 na China estejam acima dos níveis do ano anterior. A produtividade também está aumentando à medida que porcas menos eficientes são abatidas, o que deve sustentar a disponibilidade de suínos no mercado, principalmente no primeiro semestre do ano. A oferta abundante de carne suína doméstica pesará na demanda de importação, fazendo com que as importações de carne suína em 2022 sejam reduzidas em 12% em relação à previsão anterior, disse o USDA no relatório. As importações de 2022 permanecem elevadas pelos padrões históricos, apesar de serem 5% menores em relação ao ano anterior. No geral, espera-se que a oferta de carne suína atinja 53,7 milhões de toneladas em 2022, uma vez que a maior produção mais do que compensa as importações mais fracas. Alguns destaques do relatório:
Carne suína
• A produção global de carne suína em 2022 foi revisada em 5% maior em relação a outubro, para 109,9 milhões de toneladas, com maior produção na China, 13% acima da previsão anterior para 49,5 milhões de toneladas (+ 1% ano a ano). • As exportações globais de carne suína em 2022 estão estimadas em 12,3 milhões de toneladas, 3% abaixo da previsão anterior, devido à demanda mais fraca do principal importador China. As importações mais baixas da China mais do que compensaram a maior demanda do Japão (+2%) e Coreia do Sul (+3%), onde a recuperação econômica e a maior disponibilidade de carne suína nos mercados internacionais apoiarão o comércio. As importações do México também estão estimadas 4% acima da previsão anterior, uma vez que a demanda reprimida do consumidor e as remessas mais altas dos Estados Unidos mantêm o comércio robusto.
Carne bovina
• A produção global de carne bovina para 2022 foi elevada com relação a outubro para 58,2 milhões de toneladas. • As exportações globais de carne bovina para 2022 aumentaram 1%, para 12,0 milhões de toneladas, uma vez que os ganhos na Argentina, Austrália e Brasil mais do que compensaram as pequenas quedas na UE e no Japão. As importações globais permanecem inalteradas.
Carne de frango
• A produção global de carne de frango para 2022 está prevista em 100,8 milhões de toneladas, praticamente inalterada em relação a outubro. • As exportações globais de carne de frango para 2022 aumentam 1% para 13,4 milhões de toneladas.
Drovers
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com alta de 10% até novembro, indústria paranaense foi a quarta que mais cresceu em 2021
O Estado ocupa a quarta posição entre as 15 localidades avaliadas pela Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na sexta-feira (14/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A média nacional de crescimento no período foi de 4,7%, com resultados positivos em nove locais.
No acumulado de 12 meses, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o Paraná tem também o quarto melhor resultado do Brasil na produção industrial, com avanço de 10,6% ante os 12 meses anteriores. Os mesmos estados lideram nos dois recortes, com o Paraná atrás apenas de Santa Catarina, que teve alta de 12,4% até novembro e de 12,8% em 12 meses; do Rio Grande do Sul (11,2% e 11,8%, respectivamente); e Minas Gerais (10,9% e 11,4%). Os números se mantiveram em alta mesmo com uma pequena redução na produção paranaense em novembro, que de 0,7% com relação ao mês anterior e de 1,9% na comparação com novembro de 2020. A queda no final do ano foi observada em oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, com variação negativa da indústria nacional de 0,2% com relação a outubro, e está ligada aos efeitos da pandemia mundial, que provocou o desabastecimento de alguns insumos, encareceu o custo da produção, além dos juros em alta e da demanda em baixa, impactada pela inflação. No acumulado de 2021, o destaque foi para a fabricação de máquinas e equipamentos, que avançou 54,6% ante os 11 primeiros meses do ano anterior. Boa recuperação também na indústria automotiva, que cresceu 30,4% no período, e na fabricação de produtos de madeira, que subiu 26%. Na sequência, tiveram variação positiva os setores de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (19,6%); produtos minerais não metálicos (14,1%); outros produtos químicos (8,6%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,7%); bebidas (5,3%); produtos de borracha e de material plástico (3,9%); móveis (1,2%) e fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%). Apenas dois setores apresentaram variações negativas no período: fabricação de produtos alimentícios (-5,5%); e celulose, papel e produtos de papel (-1,7%). No acumulado de 12 meses, destaque para as indústrias de fabricação de máquinas e equipamentos (56,5%); de veículos automotores, reboques e carrocerias (29,4%); produtos de madeira (25,9%); de metal, exceto máquinas e equipamentos (22,9%); produtos minerais não metálicos (15,9%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,1%); outros produtos químicos (7,5%); produtos de borracha e de material plástico (5,2%); bebidas (4,7%); móveis (2,6%) e fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%). Novamente, apenas a fabricação de produtos alimentícios (-4,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,9%) tiveram resultado negativo. A indústria nacional acumulou, nos 11 meses de 2021, alta de 4,7% frente ao mesmo período do ano anterior, mas ainda está distante do patamar pré-pandemia. A produção brasileira caiu 0,2% na passagem de outubro para novembro de 2021.
Agência de Notícias do Paraná
Sistema ocepar solicita medidas para produtores e cooperativas afetados pela estiagem
O documento com as propostas foi entregue na quinta-feira (13/01), em Cascavel (PR), à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pelo Presidente da Cooperativa Coopavel, Dilvo Grolli, que é diretor da Ocepar e, na oportunidade, representou o Presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken
Entre as medidas apresentadas pela organização estão: a agilização das vistorias e liberação dos laudos periciais, tanto pelas seguradoras, como pelo Banco Central (neste caso, em relação aos processos ligados ao Proagro - Programa de Garantia Da Atividade Agropecuária), a fim de liberação das colheitas e, consequentemente, das áreas para novo plantio. Também, a liberação de novos recursos de custeio para plantio, principalmente de milho segunda safra. O Sistema Ocepar está ainda solicitando a prorrogação das parcelas de custeio e investimento para os produtores que não tiverem capacidade de pagamento em função de não terem produção. Além disso, a possibilidade de prorrogação de débitos das cooperativas de crédito, no caso de recursos repassado por outro agente financeiro. O documento entregue à ministra, assinado pelo Presidente do Sistema Ocepar, ressalta que o Paraná enfrenta uma crise hídrica e irregularidades no regime de chuvas desde 2019. “No entanto, na atual safra de verão, a esse cenário somaram-se as temperaturas do ambiente e do solo excessivamente elevadas, que têm ocasionado grandes perdas nas culturas de soja, milho e feijão. A estimativa inicial da Secretaria Estadual da Agricultura para a safra de verão 2021/2022 era de 24 milhões de toneladas. Porém, deve haver redução significativa nesta produção, em função de perdas na cultura da soja, acima de 8 milhões de toneladas (redução de 37%), e na cultura do milho, superior a 1,5 milhão de toneladas. O impacto econômico previsto está em R$ 25,6 bilhões, com tendência de aumento”, frisa Ricken.
OCEPAR
Entre Paranaguá e a Ásia: nova rota marítima amplia oferta de contêineres
Terminal de Contêineres de Paranaguá ganha mais capacidade com nova rota ligando Brasil à Ásia
Uma nova rota marítima começa a operar em Paranaguá a partir deste mês de janeiro, ligando o Brasil à Ásia, com escala direta na Índia. A linha Far East-India-Latin America Service (FIL) será lançada pela coreana Hyundai Merchant Marine. Serão mais sete navios para transporte de contêineres, cada um com capacidade de 5 mil TEUs (unidade equivalente a 20 pés, na sigla em inglês). Cada navio carrega, em média, 100 mil toneladas de produto, variando conforme o tipo de carga. A previsão é que o primeiro navio chegue ao porto paranaense em 23 de janeiro e, a partir daí, a cada semana um novo atracará, ampliando a oferta semanal de contêineres em 500 unidades. Até o momento, três navios saem semanalmente para a China. Serão quatro. O novo serviço eleva em 10% a movimentação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) com a Ásia. Em 2021, o terminal movimentou 250 mil TEUs com o mercado asiático e a nova linha vai agregar mais 25 mil TEUs anuais. “Numa situação normal já seria relevante e, especificamente na situação atual, de apagão logístico, com falta de contêineres e espaço nos navios, a nova linha ganha uma importância ainda maior”, destaca Thomas Lima, Diretor comercial e institucional do TCP. Ele explica que a Hyundai Merchant Marine já atua em Paranaguá, mas por meio de parcerias com outros armadores. “Agora, a empresa coreana passa a disponibilizar navios de sua frota própria”, destaca. E a outra novidade é que pela primeira vez Paranaguá terá conexão direta com a Índia. Os sete navios farão a rota Busan, Shanghai, Ningbo, Shekou, Singapore, Kattupalli, Durban, Santos, Paranaguá, Itapoá, Navegantes, Buenos Aires, Montevideo, Singapore, Hong Kong e Busan. Os principais produtos movimentados devem ser, na importação: borracha, produtos químicos, fertilizantes e peças e componentes para a indústria eletroeletrônica e automotiva; e na exportação: carnes refrigeradas, madeira e papel e celulose. A paranaense Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, avalia que a nova rota vai contribuir significativamente nas suas operações de exportação, por contemplar a Ásia. O mercado asiático responde por um terço do volume exportado em contêineres pela indústria. O aluguel de um contêiner de 40 pés, que há cerca de dois anos custava entre US$ 1 mil e U$ 1.500, hoje chega, em alguns casos, a até US$ 10 mil, segundo informações do TCP. Foi a situação de pandemia que provocou essa alta, por conta da falta de mão de obra, das restrições à entrada e saída de mercadorias e do congestionamento nos portos. “Só esta nova rota não é suficiente para voltar à normalidade, tudo vai depender do mercado, precisaríamos ter pelo menos mais uns três competidores para uma maior reação e posterior estabilidade”, acredita o diretor do terminal. “O importante é que a nova rota aumenta a concorrência, podendo baixar o custo do frete marítimo que está muito alto”, diz Nelson Costa, superintendente da Federação e Organização das Cooperativas do Paraná (Fecoopar).
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em baixa de 0,29%, a R$5,5125
O dólar fechou em leve queda na sexta-feira, com vendas na reta final da sessão estimuladas pela continuidade de um movimento de realização de lucros na divisa norte-americana, que acumulou na semana o maior declínio em mais de dois meses
O dólar à vista caiu 0,29% na sexta, para 5,5125 reais na venda, menor patamar desde 16 de novembro do ano passado (5,4999 reais). Ao longo do pregão, a divisa oscilou entre alta de 0,46%, a 5,5541 reais, e queda de 0,35%, a 5,5090 reais. O recuo de sexta foi o quarto seguido, período em que o dólar perdeu 2,82%. A moeda não caía por quatro pregões seguidos desde agosto do ano passado. Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 2,12%, a mais forte desde a também queda de 2,12% registrada na semana finda em 5 de novembro de 2021. Em 2022 até agora, o dólar recua 1,09%.
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Ibovespa tem alta descolada de NY
O principal índice da bolsa brasileira subiu forte na sexta-feira, encerrando sua melhor semana desde o início de março, em movimento descolado de Wall Street
As ações do setor bancário e os papéis da Petrobras foram os principais suportes para o índice local na sessão. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,33%, para 106.935,53 pontos. Na semana, o índice acumulou ganho de 4,1%, melhor desempenho desde a semana encerrada em 5 de março do ano passado. O volume financeiro foi de 24,4 bilhões de reais.
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Ibovespa é negociado nos níveis de 2015, aponta BofA
Apesar dos múltiplos deprimidos, que podem fornecer um piso para a queda do Ibovespa, o banco também vê uma falta de gatilhos no curto prazo para desencadear uma valorização das ações
Em meio à recente derrocada do Ibovespa, o Bank of America (BofA) faz a ressalva de que os valuations atuais do principal índice do mercado brasileiro devem trazer um maior "conforto" aos investidores em relação à possibilidade de novas quedas expressivas. Segundo o Chefe de Economia e Estratégia do Bank of America para o Brasil, David Beker, os múltiplos atuais estão aproximadamente no mesmo nível que o Ibovespa foi negociado entre 2015 e 2016, a última vez que a Selic também esteve em dois dígitos. "Agora que o Ibovespa caiu quase 20% em relação às máximas registradas em 2021, sinta-se mais confortável com os valuations no Brasil. O índice ex-commodities (materiais e energia) está sendo negociado ao confortável nível de 11 vezes o preço sobre o lucro futuro para os próximos 12 meses - abaixo do patamar de cerca de 15 vezes em meados de 2021 - implicando um desconto de 6% em relação à média histórica", afirma o profissional do banco americano. Beker explica que mudanças na composição setorial do Ibovespa e o crescente peso das ações de crescimento dentro do índice, principalmente em e-commerce e fintechs, ainda criam um viés de alta na comparação dos múltiplos atuais contra os históricos. Em um exercício realizado pelos analistas do banco, os múltiplos históricos do Ibovespa foram ajustados usando os pesos atuais de cada setor e removendo o comércio eletrônico e as fintechs. "Assim, estimamos que o desconto do Ibovespa em relação à média histórica seria ainda maior, perto de 12%", afirma. O BofA afirma que os grandes bancos privados, por exemplo, são atualmente negociados com 20% de desconto em relação aos históricos em termos de preço em relação ao valor contábil. "A maioria das indústrias está até negociando abaixo dos níveis de 2015, quando a taxa Selic também estava na casa dos dois dígitos. As indústrias que negociam com preço premium são companhias aéreas, varejo tradicional e de maquinário", diz Beker.
VALOR ECONÔMICO
IBGE: indústria tem queda em oito dos 15 locais pesquisados
Maiores recuos ocorreram no Amazonas, Ceará e Rio de Janeiro. No período, o índice nacional variou -0,2%
Entre as 15 regiões que tiveram a produção industrial pesquisada pelo IBGE, oito apresentaram queda na passagem de outubro para novembro de 2021. É o que revelam dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, o índice nacional variou -0,2%. Os maiores recuos ocorreram no Amazonas (-3,5%), Ceará (-2,5%) e Rio de Janeiro (-2,2%). As maiores altas foram em Mato Grosso (14,6%), Santa Catarina (5,0%) e Pará (3,5%). Segundo o Gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, o Rio de Janeiro teve a maior influência no resultado nacional, com queda após acumular ganho de 1,5% em três meses de resultados positivos. “Esse recuo é atribuído ao impacto negativo dos setores de derivados do petróleo, de metalurgia e da indústria farmacêutica. O Amazonas é a segunda maior influência negativa, em função, principalmente, da queda do setor de bebidas. A Bahia teve o terceiro maior peso graças ao baixo desempenho do setor de celulose e de outros produtos químicos”, explicou. A queda na Bahia veio após dois meses de alta, quando acumulou ganho de 5,4%. A principal influência positiva veio de São Paulo, com a expansão de 1,0% puxada pelo desempenho do setor de veículos, que tem peso de 16,1% na indústria paulista. O estado responde por 34% da produção industrial nacional e teve cinco meses seguidos de resultados negativos, com perda acumulada de 7,9%. “O estado está 3,6% abaixo do patamar pré-pandemia e 25,1% abaixo do seu patamar mais elevado, atingido em março de 2011”, disse Almeida. A segunda maior influência positiva vem de Santa Catarina, puxada pelos setores de vestuário e de máquinas e equipamentos, após dois meses de queda e perda acumulada de 6,3%. De acordo com o IBGE, o resultado quase elimina as perdas de resultados anteriores no estado. Almeida disse, ainda, que o crescimento de dois dígitos de Mato Grosso ocorreu graças ao bom desempenho do setor de alimentos, com a retomada de importantes unidades produtivas que estavam paralisadas e a melhora nas exportações das carnes com o fim do embargo chinês. “Cinco estados já estão acima do patamar pré-pandemia. Minas Gerais está 5,2% acima do patamar de fevereiro de 2020; Rio Grande do Sul está 3,9%; Mato Grosso e Santa Catarina, ambos com 3,3% acima; e Paraná com 1,8%”, detalhou. No acumulado do ano, nove dos 15 locais apresentaram alta. Os destaques foram Santa Catarina (12,4%), Rio Grande do Sul (11,2%), Minas Gerais (10,9%) e Paraná (10,0%). No acumulado de 12 meses, dez dos 15 locais pesquisados tiveram crescimento. A maior queda acumulada no período foi na Bahia: -12,3%. Na comparação com novembro de 2020, dez locais tiveram recuo, sendo os maiores anotados na Bahia (-15,7%), Amazonas (-13,0%), Ceará (-11,1%) e Região Nordeste (-10,5%). Também registraram taxas negativas mais intensas que a média nacional (-4,4%) na comparação anual os estados de São Paulo (-6,9%) e Pernambuco (-5,9%). Goiás (-3,9%), Santa Catarina (-2,6%), Paraná (-1,9%) e Minas Gerais (-0,6%) completam a lista dos índices negativos. Os resultados positivos em relação a novembro do ano passado foram anotados no Espírito Santo (4,7%), Rio de Janeiro (4,6%), Rio Grande do Sul (1,4%), Mato Grosso (28%) e Pará (2%).
IBGE
Prejuízos do agro com estiagem já chegam a R$ 47 bilhões
Seca no Sul e em Mato Grosso do Sul persiste, e, em algumas áreas, produtores reconhecem perda de até 100% na safra de verão
As perdas do agronegócio brasileiro com a estiagem já somam R$ 47 bilhões, de acordo com levantamentos feitos pelas secretarias estaduais de Agricultura de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. A falta de chuvas nos quatro Estados obrigou produtores a passarem roçadeiras nas lavouras para preparar o solo para o próximo cultivo, com prejuízo de 100% na safra de verão. Em algumas regiões, como no oeste do Paraná, algumas áreas contabilizam perdas de mais de 80%, patamar que também inviabiliza a colheita. Segundo estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná, os produtores de soja, milho e feijão já acumulam prejuízo de R$ 25,6 bilhões no Estado - e, como a falta de chuvas persiste, a tendência é de aumento da cifra. As perdas também irão afetar outras cadeias, como as de carnes, batata, tabaco e hortifrutigranjeiros. No Rio Grande do Sul, os prejuízos somam R$ 19,9 bilhões. Desse total, R$ 14,5 bilhões são valores que os produtores de soja deixarão de vender. Outros R$ 5,4 bilhões serão na produção do milho. Em Santa Catarina, estima-se, até o momento, prejuízos de R$ 1,5 bilhão. Já em Mato Grosso do Sul, setores ligados à agricultura afirmam que as perdas já chegam a R$ 1,6 bilhão, com possibilidade de aumento.
VALOR ECONÔMICO
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