top of page
Buscar
prcarne

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 462 DE 19 DE SETEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 462|19 de setembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços do boi gordo registram recuperação neste início de semana

A Scot Consultoria apurou novos aumentos nos valores dos animais terminados; arroba do macho subiu R$ 5/@ em São Paulo, para R$ 210/@, no prazo


Na segunda-feira, a Scot Consultoria apurou novo aumento no preço do boi gordo nas praças de São Paulo. Pelos dados apurados, a cotação da arroba subiu R$ 5/@, para R$ 210/@, no prazo, valor bruto. O preço do boi do “boi-China” também teve valorização diária de R$ 5/@, chegando a R$ 215/@ no mercado paulista (bruto e a prazo). Por sua vez, a vaca gorda teve acréscimo de R$ 3/@, ficando em R$ 190/@. A cotação da novilha gorda ficou estável em São Paulo, e segue valendo R$ 200/@ em São Paulo. Diferentemente das condições normais de uma segunda-feira, marcada pela fraca liquidez e sinalizações limitadas de preços, verificou-se que o início da semana repercutiu o cenário de oferta enxuta e escalas de abate encurtadas, ressaltou a S&P Global. “Há registros de indústria que estiveram mais ativas nas compras de boiada gorda para recompor suas escalas de abate, que hoje atendem entre dois e cinco dias”, relataram os analistas. A consultoria destacou o movimento do mercado no Mato Grosso. Depois do longo período de quedas acumuladas em meio, os preços voltaram a reagir no Estado. “Sinais de esgotamento da oferta de animais prontos para abate favoreceu movimentos de recuperação nas cotações”, dizem os analistas, referindo-se aos negócios concretizados nas praças do Mato Grosso. Outro ponto de destaque é a chegada das chuvas em algumas regiões do Estado, o que ajuda no planejamento para a próxima temporada. Entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, o período seco e de temperaturas elevadas, associado a uma oferta reduzida de animais, contribuiu para as altas nos preços do boi gordo na segunda-feira. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 187/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 219/@ (prazo) vaca a R$ 199/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 184/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca a R$ 163/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 180/@ (à vista) vaca a R$ 161/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 175/@ (à vista) vaca a R$ 161/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca R$ 177/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 201/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 175/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 190/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Suínos fecham em estabilidade

A Scot Consultoria informou que os preços da carcaça especial seguem estáveis e estão em R$ 9,80 por kg. Os valores para o suíno CIF também não tiveram alterações e estão em R$ 128,00/@.


O preço do animal vivo em Minas Gerais está em R$ 6,87/kg e seguiu estável, segundo o Cepea/Esalq. No Paraná está em R$ 6,44/kg, baixa de 0,31%. O preço do animal vivo em São Paulo está em R$ 6,64/kg, estável. Em Santa Catarina, o preço do animal vivo não teve alteração e está em R$ 6,27/kg. No Rio Grande do Sul, o preço do suíno permaneceu estável em R$ 6,17/kg. Segundo o Cepea, os preços do suíno vivo e da carne suína subiram neste início de setembro em todas as praças acompanhadas.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango mantém estabilidade nos preços

A Scot Consultoria informou que as cotações para o frango na granja na praça paulista não tiveram reajuste e seguiu em R$ 5,00 por kg


A cotação do frango vivo em Santa Catarina seguiu estável e está em R$ 4,28/kg, conforme a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). No Paraná, a cotação do frango vivo teve alta de 1,13% e está em R$ 4,47/kg. Em São Paulo, a cotação do frango vivo está sem referência. No último levantamento realizado pelo Cepea, o preço do frango congelado apresentou ganho de 10,98% e está em R$ 7,19/kg. A cotação do frango resfriado teve alta de 1,12% e está em R$ 7,25/kg.

Cepea/Esalq


Mato Grosso do Sul registra primeiro foco de influenza aviária em aves de subsistência

Total no Brasil sobe para 103, mas o país segue com status livre da doença porque nenhuma produção comercial foi afetada


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou na segunda-feira (18) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP - H5N1) em uma criação de aves domésticas de subsistência na cidade de Bonito, Mato Grosso do Sul. Esse é o primeiro foco da doença registrado no estado, e o terceiro em aves de subsistência detectado no Brasil. As medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região. Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco. O total de focos confirmados no Brasil sobe para 103, sendo 100 em aves silvestres e 03 de aves de subsistência. O novo foco não consta na primeira atualização do Painel BI, mas será incluído ainda na data de hoje. Na plataforma disponibilizada pelo Mapa é possível consultar as quantidades de focos, locais e as espécies afetadas pelo vírus. A ocorrência do foco confirmado de IAAP em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros. O Mapa segue alertando a população para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe. Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro da doença na produção comercial.

MAPA


Indústria de aves mantém alerta contra gripe aviária, depois de novo foco em MS

Até o momento, o Brasil contabiliza 103 casos da doença, 100 deles em aves silvestres. Um novo caso da doença em aves de criação doméstica foi confirmado em Bonito (MS)


A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou na segunda-feira (18/9) que a indústria de aves se mantém em alerta contra a gripe aviária para evitar a infecção de planteis comerciais. O comunicado foi feito depois da identificação de um novo caso em aves de criação doméstica no município de Bonito, em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Ministério da Agricultura, é o primeiro foco no Estado e terceiro em plantéis de “fundo de quintal”. Até o momento, o Brasil contabiliza 103 casos da doença, 100 deles em aves silvestres. “A avicultura industrial do Brasil segue sem qualquer registro da enfermidade. O país mantém, assim, seu status de livre de Influenza Aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, ressalta a ABPA, no comunicado. A entidade ressalta que as ocorrências de gripe aviária de alta patogenicidade no Brasil e em outros países reforça e necessidade de se adotar medidas de biosseguridade em toda a cadeia produtiva. E reitera que produtores e indústria brasileira seguem em “alerta total”. “A associação reforça que o monitoramento e a biosseguridade são o melhor caminho para a prevenção. Ao mesmo tempo, reitera as recomendações já feitas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária: em qualquer situação de suspeita da enfermidade, não toque no animal e acione imediatamente o serviço veterinário mais próximo”, diz a nota da ABPA.

GLOBO RURAL


EMPRESAS


Com nova planta, Frimesa, do Paraná, faz investida no Estado de São Paulo

Cooperativa conta com 12 mil pontos de venda hoje no Estado e quer chegar a 20 mil até julho de 2024

Após inaugurar, em março, sua maior planta de abate de suínos em Assis Chateaubriand (PR) e elevar em 80% a capacidade produtiva deste ano, a Frimesa investe no mercado paulista. Tem promovido eventos com potenciais clientes e no primeiro semestre de 2024 deve inaugurar seu quarto centro de distribuição em São Paulo, na cidade de Campinas. Com cerca de 12 mil pontos de venda hoje no Estado, entre varejo, atacado e padarias, a cooperativa quer chegar a 20 mil até julho de 2024. No País, serão 60 mil, ante 48 mil atualmente. A contribuição do consumidor paulista ao faturamento, de 15% das vendas internas, deve ir a 25% pelo menos, diz Elias Zydek, presidente executivo. “Nosso maior esforço de vendas está em São Paulo”, afirma. Líder na produção de suínos no PR, Frimesa prevê alta de 23% em faturamento este ano. O peso das exportações vai aumentar. As vendas internas representam 75% do faturamento da Frimesa e as exportações, 25%, mas Zydek espera ver essa fatia chegar perto de 28% em 2024 e 30% em 2025, com a abertura dos mercados sul-coreano, chileno, mexicano e filipino à carne suína paranaense. O preço da carne limita avanço da receita. A Frimesa deve fechar 2023 com faturamento próximo de R$ 6,8 bilhões, 23% acima de 2022, e abaixo da expectativa inicial, de R$ 7,1 bilhões. A explicação está na queda dos preços internacionais da carne suína em reação à menor demanda chinesa, no fraco consumo interno, no aumento de custos domésticos e no dólar desvalorizado.

O ESTADO DE SÃO PAULO


BRF de Concórdia tem 100% de matrizes suínas em sistema de gestação coletiva

A BRF disse na segunda-feira (18) que 100% dos alojamentos de matrizes suínas em sua unidade de Concórdia (SC) estão adequados para o sistema de gestação coletiva, como parte do plano da empresa de utilizar apenas baias coletivas de gestação em todas as unidades até 2026


“A companhia segue dando continuidade no aprimoramento do sistema de alojamento para suas outras unidades e recentemente assumiu o compromisso de que todas as novas instalações serão construídas em modelo cobre e solta”, disse a empresa em comunicado. A adoção de 100% de baias coletivas em toda a BRF até 2026 é um dos compromissos na área de bem-estar animal da empresa. Ao final de 2022, a BRF tinha 210 mil fêmeas em gestação coletiva, o equivalente a 53,4% da meta, segundo dados do Relatório de Sustentabilidade da companhia referente ao ano de 2022. “Na baia coletiva, a fêmea tem um nível de interação maior e ainda mais condições de expressar seu comportamento natural. O modelo também evita estresse, além de problemas sanitários e fisiológicos que são causados pela pouca movimentação das matrizes”, disse o diretor de CIEX Agropecuária da BRF, Ivomar Oldoni, em comunicado. A BRF disse que seu programa de bem-estar animal estabelece diretrizes que asseguram a gestão do tema junto aos seus produtores integrados, a alta liderança e colaboradores em todos os países em que está presente. “Estamos alinhados às melhores práticas e guiados por certificações relevantes do mercado. Temos tolerância zero a maus-tratos aos animais e trabalhamos com metas públicas, compromissos, protocolos e treinamentos de equipes, com o intuito de transformar positivamente toda nossa cadeia de valor”, disse a diretora de Reputação e Sustentabilidade da BRF, Raquel Ogando.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Leilão do lote 2 da nova concessão rodoviária do Paraná será na próxima semana

Faltam menos de duas semanas para a abertura dos envelopes do Lote 2 do novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná. A concorrência está marcada para as 14h do dia 29 de setembro na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, com transmissão ao vivo pelo canal da instituição no YouTube


O edital, publicado pela ANTT no dia 12 de junho prevê que as propostas sejam entregues no dia 25 de setembro, junto com toda a documentação necessária, e uma sessão pública para a apresentação e disputa de preços. A homologação do resultado acontecerá no dia 10 de novembro, com assinatura do contrato com o vencedor devendo ocorrer até o dia 26 de janeiro de 2024. Poderão participar empresas brasileiras ou estrangeiras, de forma individual ou consorciadas. O Lote 2 tem extensão total de 605 quilômetros e receberá investimentos de R$ 10,8 bilhões. Estão previstos a obras de duplicação de 350 quilômetros de estradas, 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Serão ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas. Ele engloba as rodovias federais BR-153, BR-277 e BR-369 e estaduais PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855. A concessão abrange as regiões de Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro. Entre os principais investimentos estão novas faixas adicionais ao longo de 81 quilômetros da BR-277, entre Curitiba e Paranaguá, além de 23 quilômetros de ciclovias no mesmo trecho; novas vias marginais e viadutos na região próxima ao Porto de Paranaguá; duplicação da PR-407, entre Paranaguá e Pontal do Paraná; duplicação da PR-092 entre Jaguariaíva e Santo Antônio da Platina; duplicação da BR-153 entre Santo Antônio da Platina e Ourinhos; e duplicação da BR-369 entre a divisão de São Paulo e Cornélio Procópio. Os contratos preveem que as principais intervenções sejam executadas nos primeiros anos dos 30 de vigência do contrato. A concessionária contratada também deverá arcar com aproximadamente R$ 6,5 bilhões em custos operacionais durante o período, o que inclui serviços médico e mecânico, pontos de parada de descanso para caminhoneiros e sistema de balanças de pesagem. O Lote 2 terá sete praças de pedágio: São José dos Pinhais (BR-277), Carambeí (PR-151), Jaguariaíva (PR-151), Sengés (PR-151), Quatiguá (PR-092) e duas em Jacarezinho (BR-153 e BR-369). A concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguirá as mesmas regras do Lote 1. O leilão vai ocorrer por disputa com base na menor tarifa por quilômetro rodado – nesse caso, R$ 0,11922/km. Ou seja, levará a disputa a empresa/consórcio que oferecer o maior desconto sobre o teto estabelecido. A principal novidade é a existência de um aporte para descontos muito altos. O dispositivo é acionado a partir dos 18%, com o valor de R$ 100 milhões aportados a cada ponto percentual de desconto até os 23%. Entre 23% e 30% de desconto, o valor adicional deverá ser de R$ 120 milhões a cada ponto, que passará a ser de R$ 150 milhões para descontos acima de 30%, de forma cumulativa. Os lotes 3, 4, 5 e 6 ainda estão em fase de análise, com expectativa pela liberação do 3 e 6 no começo do ano que vem. No total, serão 3,3 mil quilômetros de estradas concedidas à iniciativa privada, sendo 1,1 mil quilômetros destes de rodovias estaduais e 2,2 mil quilômetros de federais. Os investimentos devem ultrapassar R$ 50 bilhões durante as três décadas de contrato.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cai ante real em sintonia com exterior e à espera do Fed

Após ter cedido por duas sessões e ter ficado estável na sexta-feira, o dólar à vista emplacou mais um dia de queda ante o real na segunda-feira, em sintonia com o exterior, onde a moeda também caía ante outras divisas de exportadores de commodities, com investidores à espera das decisões sobre juros ao longo da semana


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8564 reais na venda, com baixa de 0,31%. Na B3, às 17:29 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,38%, a 4,8620 reais. O dólar cedeu ante o real por praticamente todo o dia. “O movimento de segunda-feira, em que o dólar caiu abaixo dos 4,85 reais, acompanha nitidamente o do dólar ante outras divisas de emergentes e exportadores de commodities”, comentou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital. “Mas este movimento de queda do dólar está um pouco limitado, porque os investidores aguardam pelas decisões sobre juros no Brasil, nos Estados Unidos e em outros países”, acrescentou. Na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidirá sobre o novo patamar da taxa básica Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Na curva a termo, a precificação atual é de 100% de chances de corte de 0,50 ponto percentual. Já a decisão do Federal Reserve, também na quarta-feira, é vista como mais delicada. Embora o mercado precifique manutenção dos juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, há dúvidas sobre o que a instituição fará nos encontros de novembro e dezembro. Profissionais do mercado acreditam que possíveis sinalizações do Fed para o futuro podem abrir margem para ajustes de preços nos mercados globais, incluindo o de câmbio no Brasil. Em função desta expectativa pela comunicação do Fed, o dólar voltou a oscilar em margens bastante estreitas no Brasil. Da cotação máxima para a mínima nesta segunda-feira, a divisa à vista dos EUA oscilou apenas -0,74%. No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em baixa ante boa parte das moedas de emergentes ou exportadores de commodities e também cedia ante outras divisas fortes.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda com Vale enquanto investidor aguarda decisões de juros

O Ibovespa voltou a flertar com os 119 mil pontos na segunda-feira, mas perdeu o fôlego e fechou em queda, pressionado particularmente pelo declínio de Vale, em semana que reserva uma série de decisões de política monetária no mundo, o que tende a adicionar volatilidade aos mercados


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,36%, a 118.334,84 pontos., de acordo com dados preliminares, tendo oscilado entre a máxima de 119.485,9 pontos e a mínima de 118.122,66 pontos durante a sessão. O volume financeiro somava 16,78 bilhões de reais.

REUTERS


Governo melhora projeção de alta do PIB em 2023 de 2,5% para 3,2%

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda melhorou na segunda-feira a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano, passando a prever um crescimento de 3,2%, contra previsão de 2,5% feita em julho


A secretaria também apresentou projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, uma estimativa de alta de 2,3%, a mesma prevista em julho. As previsões do governo para a atividade estão melhores do que as expectativas do mercado, que apontam para crescimento de 2,89% em 2023 e 1,50% em 2024, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. A melhora na projeção oficial vem na esteira de dois trimestres consecutivos de surpresas positivas no resultado do PIB brasileiro, com alta puxada pela agropecuária nos três primeiros meses do ano e pelo desempenho de serviços e indústria no segundo trimestre. "Além da surpresa com o avanço do PIB no segundo trimestre, também contribuíram para elevar a estimativa de crescimento no ano o aumento na safra projetada para 2023, resultados positivos observados para alguns indicadores antecedentes no terceiro trimestre e expectativas de recuperação da economia chinesa no quarto trimestre", disse a SPE em nota. Após uma alta de 0,9% no PIB do segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, a SPE projeta uma elevação de 0,1% no terceiro trimestre, com crescimento de serviços e indústria, enquanto a agropecuária deve desacelerar. O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, ressaltou ainda que, após esfriamento da atividade no terceiro trimestre, a pasta espera que o país registre uma aceleração no PIB do quarto trimestre. "Estamos otimistas com o último trimestre do ano pelo conjunto de fatores que estamos observando no mercado de trabalho, no mercado de crédito e na inflação", afirmou. Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a equipe econômica manteve sua estimativa em 4,85% em 2023. Para 2024, o patamar foi estimado em 3,40%, ligeiramente acima da previsão feita em julho, de 3,30%. "O reajuste nos preços de combustíveis na refinaria e seus impactos na inflação vem sendo compensados pela evolução benigna observada para os preços de alimentação no domicílio e serviços subjacentes", disse a pasta, ressaltando que a revisão para 2024 "reflete ajustes marginais decorrentes de mudanças no cenário de câmbio e de preços de commodities". A estimativa para este ano está próxima da projeção mediana do mercado, que aponta para uma inflação de 4,86%, segundo o Focus mais recente. Para 2024, o número do governo ainda está mais otimista que o do mercado, de 3,86%. A meta é de 3,25% para este ano e 3% para 2024, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual nos dois casos.

REUTERS


Mercado melhora projeções para inflação e crescimento, mostra Focus

O mercado melhorou suas expectativas tanto para a inflação quanto para o crescimento econômico neste ano e no próximo, de acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou na segunda-feira


Analistas consultados pelo Banco Central reduziram suas projeções para a alta do IPCA neste ano e no próximo a respectivamente 4,86% e 3,86%, de 4,93% e 3,89% na semana anterior. Para 2025 e 2026 a estimativa continua sendo de inflação de 3,5% para ambos os casos. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou ainda novos aumentos nas perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa de crescimento este ano melhorou pela quarta vez seguida e foi a 2,89%, de 2,64% antes. Para 2024 os analistas veem agora uma expansão de 1,50% do PIB, contra 1,47% antes, na segunda semana seguida de alta. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve encerrar 2023 a 11,75% e 2024 a 9,00%, sem alterações. Com a Selic atualmente em 13,25%, os especialistas consultados seguem vendo corte de 0,5 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom).

REUTERS


IGP-10 passa a subir em setembro com pressão de combustíveis, diz FGV

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) passou a subir em setembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), na segunda-feira, citando maior pressão da inflação de combustíveis


O IGP-10 teve alta de 0,18% neste mês, marcando o primeiro resultado positivo desde março passado e ficando praticamente em linha com a expectativa de economistas consultados pela Reuters, de avanço de 0,17%. Assim, o índice passou a acumular em 12 meses queda de 6,35%, desacelerando as perdas ante a deflação de 7,37% em agosto. "A principal contribuição para a aceleração do índice ao produtor partiu dos combustíveis", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços. "Dentro deste período de apuração, os preços do diesel subiram 21,60% e da gasolina, 13,58%. Estas contribuições somadas geraram influência de 0,80 ponto percentual." Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 0,23%, deixando para trás a queda de 0,20% do mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do indicador geral, teve variação positiva de 0,02% em setembro. No mês passado, o índice havia caído tímidos 0,01%. Segundo a FGV, quatro das oito classes de despesa componentes do IPC-10 registraram acréscimo em suas taxas de variação, com Transportes acelerando a alta de 0,47% para 1,19%. Nesse grupo, destacou-se a aceleração da alta da gasolina de 1,86% em agosto para 3,42% em setembro. O grupo Habitação foi de queda de 0,24% para avanço de 0,42%, enquanto Alimentação reduziu o recuo de 0,72% para 0,69% e Comunicação foi de estabilidade para alta de 0,08%. Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,18% em setembro, contra 0,17% em agosto. Vários dados mais recentes têm mostrado os preços recuperando o fôlego no Brasil, indicando que a inflação já atingiu seu ponto mais baixo do ano, como era esperado.

REUTERS


Cenário de arrecadação em 2024 melhorou e pode facilitar déficit zero, diz secretário de Política Econômica

O governo observa uma melhora no cenário para a arrecadação em 2024, disse nesta segunda-feira o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, argumentando que esse fator pode facilitar o atingimento da meta de déficit zero no próximo ano


Mello afirmou em entrevista à imprensa que o governo projeta que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que influencia as receitas do governo, ficará negativo em 3% neste ano, revertendo o sinal para uma alta de 4% em 2024, o que deve gerar ganhos de arrecadação. Segundo ele, uma mudança na composição do Produto Interno Bruto (PIB) também pode sustentar os ganhos. A previsão do governo é de que o crescimento, puxado por uma força maior em 2023 da agropecuária -- que tem peso menor no pagamento de tributos --, tenha em 2024 uma aceleração em serviços e indústria, ampliando o potencial arrecadatório. "O cenário para arrecadação do ano que vem melhorou, o que significa que é possível que o nível de arrecadação seja maior do que o previsto no orçamento e que, portanto, o atingimento das metas fiscais seja até facilitado", disse. O Ministério da Fazenda melhorou nesta segunda-feira a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano, passando a prever um crescimento de 3,2%, contra previsão de 2,5% feita em julho. Para 2024, a estimativa de alta foi mantida em 2,3%. Mello afirmou que as projeções de crescimento econômico para 2023 no boletim semanal Focus, do Banco Central, têm se aproximado das projeções da Secretaria de Política Econômica, embora tenha reforçado que o nível de atividade segue sendo impactado negativamente pelos efeitos da política monetária restritiva. Na apresentação, ele afirmou que o investimento no Brasil ganha novo impulso com patamares de juros de médio e longo prazo mais amigáveis. O secretário disse ainda que os núcleos de inflação tiveram uma melhoria expressiva de projeção, podendo ficar dentro do intervalo esperado para a meta neste ano.

REUTERS


OCDE quase dobra projeção do PIB do Brasil para 3,2% em 2023

Crescimento brasileiro em 2024 será menor e desaceleração mais acentuada na China é um dos riscos


A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta agora crescimento de 3,2% da economia brasileira neste ano. É quase o dobro de sua estimativa de junho, mas aponta expansão mais modesta para 2024. Globalmente, o crescimento continuará fraco, mas positivo. Em relatório interino sobre as perspectivas globais, a organização faz sua segunda maior revisão justamente nas estimativas sobre o PIB brasileiro, com uma diferença de 1,5 ponto percentual em relação a estimativa feita há apenas três meses - uma ilustração da citação de que previsões são difíceis, especialmente sobre o futuro. Em junho, a projeção da OCDE era de crescimento de 1,7% da economia brasileira, o que já representava um salto comparado à estimativa de 1% feita em março. Agora, a maior mudança foi em relação à Rússia, com contração esperada de 1,5% em junho passando para expansão de 0,8%, numa revisão de 2,3 pontos percentuais. ‘Entre as economias emergentes do G20, as surpresas de crescimento têm sido, em sua maioria, positivas até agora neste ano, especialmente no Brasil, ajudado por resultados agrícolas favoráveis relacionados ao clima, na Índia e na África do Sul’, diz a OCDE. Jens Arnold, chefe da divisão na OCDE que acompanha a situação brasileira, observa que uma parte do crescimento no Brasil no início deste ano, mais forte do que esperado, é um efeito temporal relacionado ao desempenho muito forte do setor agrícola. ‘O desempenho no início do ano sempre é muito importante para o crescimento do ano, devido à maneira que o crescimento anual vem calculado nas contas nacionais’, diz ele. A OCDE revisou também para cima a projeção para 2024 para o Brasil, com o crescimento da economia passando de 1,2% em junho para 1,7% agora. ‘O crescimento forte deste ano é, ao menos parcialmente, devido a fatores temporários, climáticos. Isso implica, de maneira mecânica, um crescimento menor no ano que vem’, acrescenta Jens. Para o economista da OCDE, para voltar a alcançar o mesmo nível de atividade deste ano sem ajuda desses fatores temporários, a economia brasileira vai ter que crescer mais. E isso num cenário em que a economia global vai ter um crescimento mais moderado, reduzindo potencialmente as exportações do Brasil. ‘Se a China cresce menos, vai ter menos demanda para os bens que o Brasil exporta no mercado global’, diz. ‘Isso pode reduzir as exportações do Brasil e os preços que pode conseguir para suas exportações lá fora’. A vizinha Argentina, outro grande parceiro comercial, poderá sofrer contração de 2% neste ano e de 1,2% no ano que vem, ou seja, ficará mais pobre. A inflação argentina é projetada para chegar a 118% neste ano e aumentar para 121% no ano que vem, sempre a maior taxa entre os países do G20. A projeção para a inflação no Brasil é de que a taxa cai de 9,3% no ano passado para 4,9% neste ano e fica abaixo dos 4% no ano que vem. No curto prazo, Jens destaca a importância de uma melhora das contas fiscais, no contexto do novo marco fiscal.

VALOR ECONÔMICO


POWERED BY

EDITORA ECOCIDADE LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868

1 visualização0 comentário

Commenti


bottom of page