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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 460 DE 15 DE SETEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 460 |15 de setembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo volta a subir em São Paulo

Com melhor escoamento da carne bovina e os produtores segurando a boiada, arroba tem valorização de R$ 5 no mercado paulista, informou a Scot Consultoria


O boi gordo “comum”, destinado ao mercado interno, e o “boi China”, com prêmio-exportação, subiram R$ 5/@ na quinta-feira (14/9), disse a Scot Consultoria. Os analistas da empresa de Bebedouro (SP) atribuem o aumento a dois fatores principais: o maior escoamento da carne bovina nos últimos dias e a estratégia de retenção de oferta por parte dos pecuaristas, à espera de preços mais atrativos. Com isso, de acordo com a Scot, o animal macho “comum” passou a ser negociado por R$ 205/@ em São Paulo, enquanto o “boi-China” subiu para R$ 210/@ (preços brutos e a prazo). Ainda nas praças paulistas, a novilha gorda é vendida por R$ 200/@ e a vaca gorda está cotada em R$ 185/@ (valores brutos e a prazo). Segundo a S&P Global Commodity Insights, apesar das negociações esparsas e a cautela por parte dos compradores de gado, os frigoríficos brasileiros elevaram as suas indicações de preço, favorecendo movimentos de firmeza na arroba em algumas regiões. De acordo com consultoria, a oferta de boiada gorda está mais restrita em determinadas praças pecuárias, sobretudo nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso do Sul, os frigoríficos só conseguiram efetivar novas compras de gado mediante a ajustes positivos nos preços da arroba. “Contudo, logo que avançaram com as escalas de abate, os compradores se ausentaram das negociações, devendo retornar apenas na próxima terça-feira”, observou a S&P Global. Por sua vez, no Estado paulista, a oferta de animais terminados também está mais enxuta, mas grande parte das unidades de abate estão usufruindo de lotes oriundos de boiteis ou de parcerias com grandes confinamentos, o que diminui a necessidade de uma atuação mais ativa no mercado físico. “Há grande disponibilidade de carne desossada de SIFs provindos de frigoríficos da região Norte do Brasil”, informou a S&P Global. Ainda assim, verificou-se altas nas cotações da arroba do boi gordo no mercado de São Paulo, impulsionadas principalmente pela demanda por fêmeas, sobretudo vacas destinadas ao mercado interno. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 187/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 204/@ (prazo) vaca a R$ 199/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 184/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 172/@ (prazo) vaca a R$ 155/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 167/@ (à vista) vaca a R$ 153/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 165/@ (à vista) vaca a R$ 156/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca R$ 177/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 187/@ (prazo); vaca a R$ 172/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 175/@ (à vista); vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 175/@ (à vista) vaca a R$ 163/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Boi/Cepea: China segue como maior destino da carne, mas preço pago continua em queda

A China segue sendo destino de pouco mais da metade de todo volume de carne bovina escoado pelo Brasil em 2023


No entanto, os preços pagos pelos chineses pela carne nacional vêm recuando com certa força nos últimos meses – em agosto, o preço pago pelo país asiático foi o menor desde novembro de 2021. Segundo pesquisadores do Cepea, esse contexto reforçou o movimento de queda nos valores internos da arroba bovina, que, por sua vez, já vinham sendo influenciado pela maior oferta de animais para abate. Considerando-se as médias mensais, a queda do Indicador do boi gordo CEPEA/B3 é de 27,54% no acumulado da parcial deste ano (de dezembro/22 a parcial de setembro/23), em termos reais (os valores médios foram deflacionados pelo IGP-DI). Ressalta-se, contudo, que, neste início de setembro, houve certa diminuição na oferta de boi gordo em diversas regiões pesquisadas pelo Cepea, contexto que fez com que os preços da arroba reagissem em muitas praças.

Cepea


SUÍNOS


Suínos/Cepea: Vivo e carne têm forte valorização neste início de setembro

Os preços do suíno vivo e da carne suína voltaram a subir neste início de setembro em todas as praças acompanhadas pelo Cepea


De acordo com levantamento do Centro de Pesquisas, para a proteína, especificamente, os valores foram impulsionados pela típica elevação da demanda no início de cada mês, devido ao pagamento dos salários, e pelo consequente maior poder de compra da população. O aumento da procura por carne suína também intensificou a procura da indústria por animais em peso ideal para abate, o que elevou as cotações do vivo.

Cepea


Suinocultura independente: cotações apresentam estabilidade

Conforme divulgado pela Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o mercado nesta semana sinalizou manutenção nos preços do suíno vivo. No estado, os preços do animal estão sendo negociados ao redor de R$ 6,83/@ condições de bolsa, na qual a associação informou que foram 16.250 suínos comercializados


Em Minas Gerais, o preço do suíno vivo está em R$ 6,90/kg, conforme as informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Em Santa Catarina, os preços dos suínos também seguem estáveis e estão sendo negociados em R$ 6,32/kg.

AGROLINK


FRANGOS


Mercado do frango estável

No levantamento realizado pela Scot Consultoria, o preço do frango no atacado paulista permaneceu estável e cotado em R$ 7,00/kg, enquanto na granja paulista seguiu com estabilidade e precificado em R$ 5,00/kg


A cotação do frango vivo no estado de Santa Catarina seguiu estável e está precificado em R$ 4,28/kg, conforme divulgado pelo Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). No Paraná, a cotação do frango vivo está estável e está cotado ao redor de R$ 4,42/kg. Em São Paulo, a cotação do frango vivo está sem referência. No último levantamento realizado pelo Cepea desta quarta-feira (13), o preço do frango congelado apresentou ganho de 1,86% e está cotado em R$ 7,12/kg. Já a cotação do frango resfriado teve alta de 2,72% e está sendo negociado em R$ 7,17/kg.

Cepea/Esalq


Embarques de genética avícola crescem 78,3% em 2023, diz ABPA

Receita gerada pelas vendas internacionais aumentam 47% no ano


Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de genética avícola (incluindo ovos férteis e material genético) totalizaram 1,607 mil toneladas em agosto. O volume supera em 23,6% os embarques do mesmo período do ano passado, com 1,300 mil toneladas. Em receita, foi registrada uma ligeira alta de 0,1% em agosto, com US$ 15,709 milhões em 2023, contra US$ 15,692 milhões em 2022. No ano (janeiro a agosto), a alta acumulada nas exportações de genética avícola chega a 78,3%, com 17,295 mil toneladas embarcadas nos oito primeiros meses deste ano, contra 9,698 mil toneladas exportadas em 2022. No mesmo período comparativo, a receita acumulada chegou a US$ 162,1 milhões, resultado 47% maior que o total realizado entre janeiro e agosto de 2022, com US$ 110,3 milhões. Principal importador da genética avícola do Brasil, o México foi destino de 10,429 mil toneladas entre janeiro e agosto deste ano, número 171% superior ao registrado em 2022. Outros destaques foram Senegal, com 2,262 mil toneladas (-20%), Paraguai, com 1,789 mil toneladas (-1%) e Peru, com 1,402 mil toneladas (+1200%). “Neste ano, o setor exportador de genética avícola tem reforçado presença em novas fronteiras das Américas, apoiando especialmente núcleos produtivos impactados por focos de Influenza Aviária. São importantes divisas que atestam, também, o reconhecimento destas nações importadoras sobre o status sanitário de nosso país, já que a biosseguridade é ponto obrigatório para os embarques neste segmento produtivo”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA


Brasil tem novo caso de gripe aviária e total de focos chega a 98

Nas últimas 24 horas, Ministério da Agricultura confirmou três focos em aves silvestres


Ave infectada é da espécie trinta-réis-de-bico-vermelho, e estava na cidade de Santos. O Ministério da Agricultura confirmou na quinta-feira (14/9) um novo foco de gripe aviária de alta patogenicidade em um animal silvestre. A ave infectada é da espécie trinta-réis-de-bico-vermelho, e estava na cidade de Santos (SP). Com a confirmação de mais um foco, o Brasil registrou até o momento 98 casos, a maioria (96) detectados em aves silvestres, enquanto o restante em aves de subsistência. Nas últimas 24 horas, a Pasta confirmou três casos de gripe aviária. No entanto, como não há registro de casos da doença em plantéis comerciais, o Brasil mantém o status de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

GLOBO RURAL


CARNES


Custos de produção de frangos de corte e de suínos caem em agosto

Os custos de produção de frangos de corte e de suínos tiveram redução no mês de agosto segundo os estudos mensais da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves, disponível em embrapa.br/suinos-e-aves/cias


O ICPFrango caiu 1,58%, mantendo a sequência mensal de queda que iniciou em março, fechando em 328,89 pontos. Já a variação do ICPSuíno foi de -0,71%, encerrando o mês de agosto em 332,67 pontos. O ICPFrango apresentou em agosto queda na maioria dos itens de custos, incluindo nutrição (-1,62% e um peso de 66,56% na composição do custo total de produção) e aquisição dos pintos de um dia (-1,93% e 15,66% do total). O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva em agosto foi de R$ 4,26, o que representa R$ 0,07 a menos em comparação a julho. No ano, o ICPFrango acumula -23,01% e, nos últimos 12 meses, uma variação de -21,83%. Importante destacar que a mudança nos coeficientes técnicos realizada em janeiro de 2023 foi responsável por uma redução de 7,1 pontos percentuais, enquanto que os preços respondem pelo restante da variação acumulada no ano e nos últimos 12 meses (ver Nota Técnica disponível em bit.ly/nota-técnica-CIAS). No caso do ICPSuíno, a maior influência foi a redução no item nutrição, com queda de 0,79% de variação e um peso de 73,18% na composição do custo total. Agora, o ICPSuíno acumula uma variação de -27,98% desde janeiro e, nos últimos 12 meses, de -23,85%. Com isto, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina em agosto chegou a R$ 5,82, R$ 0,04 por quilo vivo a menos em relação a julho. Importante destacar que a mudança nos coeficientes técnicos realizada em janeiro de 2023 foi responsável por uma redução de 16,2 pontos percentuais, enquanto que os preços respondem pelo restante da variação acumulada no ano e nos últimos 12 meses (ver Nota Técnica disponível em bit.ly/nota-técnica-CIAS). Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente. Os custos para todos os estados pesquisados estão disponíveis em embrapa.br/suínos-e-aves/cias/custos/icpfrango e embrapa.br/suínos-e-aves/cias/custos/icpsuíno

Embrapa Suínos e Aves


EMPRESAS


Frimesa investe R$ 22 milhões em produção de biometano para neutralizar emissões

A iniciativa gerou economia mensal de R$ 450 mil à cooperativa com a substituição do gás liquefeito do petróleo pelo biocombustível


Uso do biometano gerou economia mensal de R$ 450 mil à cooperativa com a substituição do gás liquefeito do petróleo. Com planos de neutralizar as emissões de gases do efeito estufa das suas operações industriais até 2040, a Frimesa já investiu R$ 22 milhões na produção de biometano este ano. A iniciativa gerou uma economia mensal de R$ 450 mil à cooperativa com a substituição do gás liquefeito do petróleo (GLP) pelo biocombustível gerado a partir do tratamento de seus efluentes. Uma das maiores empresas de carne suína no Brasil, a Frimesa alcançou um faturamento de R$ 5,5 bilhões em 2022 e tem atualmente produção de biometano em duas unidades fabris, sendo uma delas um frigorífico e outra um laticínio. A previsão é que outras duas plantas recebam o mesmo investimento até 2025. “A geração de gases do efeito estufa em biodigestores era um passivo ambiental das indústrias que agora será usado para produzir o biometano para substituição do gás liquefeito do petróleo, que é um combustível poluente que a gente usa no processo Industrial do frigorífico”, detalhou o presidente executivo da cooperativa, Elias Zydek, à Globo Rural. Com um custo operacional equivalente a 20% do valor pago na aquisição do GLP, a previsão é de que o investimento se pague em até 3,5 anos, disse. De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o Brasil possui atualmente seis plantas de produção de biometano autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com uma capacidade instalada de 470 mil metros cúbicos ao dia. Outras 11 plantas estão em processo de autorização no país para iniciar a produção. A previsão é de que 81 novas usinas sejam instaladas no Brasil até 2029, o que demandará investimentos de R$ 11 bilhões, elevando a capacidade de produção nacional a 6,6 milhões de m³ por dia — o equivalente a 10% de todo o gás natural consumido atualmente no Brasil. Cerca de 1% desse volume deve ser gerado no setor de proteína animal, segundo a Abiogás. No caso da Frimesa, o valor aplicado na produção do biocombustível representa mais da metade do total investido em seu plano estratégico de ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança) anunciado em agosto. Dentre os objetivos estão a rastreabilidade de sua cadeia de suprimentos até 2030, alcançar 95,7% de fontes renováveis no seu consumo energético e reduzir em 10% o consumo de água nas operações industriais. Para isso, a cooperativa espera investir cerca de R$ 50 milhões ao ano até 2040, segundo Zydek. “O planejamento é que com esses recursos a gente consiga cumprir esses objetivos. Por isso esse é um investimento constante que vamos fazer até lá”, afirmou.

GLOBO RURAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Setor de serviços cresceu 12,1% nos primeiros sete meses; turismo evoluiu 11,3% no Paraná

Resultado do setor foi o terceiro melhor do País, atrás apenas de Mato Grosso (17%) e Paraíba (13%). O resultado do turismo também foi o terceiro melhor do País, atrás apenas de Minas Gerais (18,7%) e Bahia (13,7%)


O setor de serviços cresceu 12,1% no Paraná nos últimos primeiros sete meses do ano, segundo levantamento da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o terceiro melhor do País, atrás apenas de Mato Grosso (17%) e Paraíba (13%). A média nacional ficou em 4,5% no período. A comparação é entre janeiro a julho de 2023 com janeiro a julho de 2022. A PMS também aponta um crescimento de 13,7% na variação mensal, entre julho do ano passado e julho desse ano, no Paraná, também o melhor resultado do Sul (o setor de Santa Catarina cresceu 8,9% e o do Rio Grande do Sul, 5,2%). No Brasil, o crescimento foi de 3,5%. O setor que engloba atividades cotidianas como transporte, alimentação, salões de beleza e viagens alcançou crescimento de 8,6% de agosto de 2022 a julho de 2023 (comparativo com os mesmos doze meses anteriores), nono melhor resultado do País, atrás apenas de Mato Grosso (17,8%), Tocantins (14,1%), Paraíba (13,3%), Minas Gerais (10,4%), Roraima (10%), Maranhão (9,9%), Alagoas (9,5%) e Santa Catarina (9%). A média nacional ficou em 6% no período. Os resultados dos primeiros sete meses foram influenciados pelo crescimento de serviços profissionais e administrativos, como publicidade, engenharia, arquitetura e agências de viagens (18,2%), serviços de transporte, como passagens aéreas, estacionamento de veículos, táxi, entre outros (14,1%), serviços de informação e comunicação, como operadoras de TV, programas de computador, atividades de rádio, edição de publicações impressas (5,5%), outros serviços, como manutenção e reparo, aluguel de imóveis e reciclagem (4,5%) e serviços prestados às famílias, como hotéis, cabeleireiros, parques temáticos e lavanderias (3,4%). Em todo o território nacional, o setor de serviços alcançou em julho resultado 12,8% acima do patamar pré-pandemia de Covid-19, registrado em fevereiro de 2020, mas ainda 0,9% abaixo do maior nível da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado. Outro grande indicador do setor de serviços é o turismo. O segmento cresceu 11,3% no Paraná no acumulado do ano, melhor resultado do Sul (Santa Catarina fechou o período com 7,8% e o Rio Grande do Sul com 4,1%) e terceiro melhor do País, atrás apenas de Minas Gerais (18,7%) e Bahia (13,7%). A variação nacional ficou em 8,4% nos sete meses. No acumulado dos últimos doze meses, o setor registra 13,8% de aumento no Paraná e no comparativo de julho (mesmo mês de 2022 com o mesmo mês de 2023), a evolução foi de 2,8%.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cai pelo 2º dia ante o real na esteira do avanço das commodities

O dólar à vista emplacou o segundo dia consecutivo de queda firme ante o real, na esteira da alta das commodities no mercado internacional e na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana avançava ante outras divisas, após a divulgação de dados econômicos positivos nos EUA


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8727 reais na venda, com baixa de 0,90%. Na véspera, a moeda já havia recuado 0,75%. Na B3, às 17:16 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,91%, a 4,8825 reais. O dólar cedeu durante praticamente todo o dia ante o real, apesar do exterior. Pela manhã, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,6% em agosto, levemente acima do 0,5% de julho. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,2%. Já o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram para 220.000 na semana encerrada em 9 de setembro, em dados ajustados sazonalmente, ante 217.000 na semana anterior. Apesar da alta, economistas previam 225.000 pedidos para a última semana. Os números do varejo e do mercado de trabalho norte-americano, considerados bons, deram força à leitura de que a inflação nos EUA ainda não está controlada e o Federal Reserve poderá ser levado a subir mais sua taxa de juros no futuro, ou a mantê-la em níveis elevados por mais tempo. Esta leitura deu força ao dólar ante divisas fortes e ante boa parte das moedas de países emergentes. No Brasil, no entanto, o efeito foi diluído. Dois profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que o avanço das commodities -- entre elas o petróleo, que subia mais de 2% -- determinou mais um dia de queda do dólar ante o real. Um terceiro profissional, o head de câmbio da Trace Finance, Evandro Caciano, observou que entre o fim da manhã e o início da tarde também houve um movimento técnico no mercado futuro, com estrangeiros comprados (posicionados no sentido da alta do dólar) reduzindo posições, assim como ocorreu na véspera. “Houve uma força de venda (de dólares no mercado futuro) muito forte. É um pouco de realização (de lucros), porque foi o estrangeiro operando”, disse Caciano.

REUTERS


Ibovespa fecha acima de 119 mil pontos com impulso de Vale

O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, com novas medidas de suporte à economia chinesa apoiando ações sensíveis a commodities, notadamente Vale, que saltou mais de 4%


Investidores também repercutiram decisão do Banco Central Europeu de elevar os juros a um pico recorde, embora com sinalização de que essa provavelmente será a última alta, assim como uma bateria de dados nos Estados Unidos, enquanto aguardam decisão do Federal Reserve na próxima semana. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,1%, a 119.478,82 pontos, segundo dados preliminares. O volume financeiro do pregão, véspera de vencimento de opções sobre ações, somava 22,2 bilhões de reais.

REUTERS


Transportes impulsionam setor de serviços do Brasil para 3ª alta seguida em julho

O volume de serviços no Brasil iniciou o terceiro trimestre com alta em julho, marcando o terceiro mês seguido de crescimento, ajudado principalmente por transportes


Em julho, o setor registrou avanço de 0,5% na comparação com junho, resultado que ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,4%. Com isso, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira mostram que o setor teve desempenho positivo em cinco dos sete primeiros meses do ano, acumulando nos últimos três ganho de 2,2%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de serviços registrou alta de 3,5%, contra expectativa de economistas de 3,6%. Assim, em julho o setor de serviços operava 12,8% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 0,9% abaixo do maior nível da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado. "Em 2023, os serviços vêm mês a mês com resultados muito próximos ao ponto mais alto da série", disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. O IBGE destacou no mês o desempenho do setor de transportes, que cresceu 0,6% e se recuperou da queda de 0,4% vista em junho, O resultado deveu-se principalmente à expansão de 1,4% do transporte de cargas, terceira taxa positiva seguida para atingir novamente o ponto mais alto da sua série histórica. “Uma das explicações para o crescimento da atividade de transporte rodoviário de cargas desde o pós-pandemia é a mudança de paradigma em relação ao comércio eletrônico, que teve um boom com a migração das lojas físicas para as plataformas digitais. Hoje esse fator perde para a questão agrícola", explicou Lobo, destacando a demanda por insumos, fertilizantes e escoamento da produção agrícola. Outras duas das cinco atividades pesquisadas registraram crescimento em julho --serviços prestados às famílias, de 1,0%; e outros serviços, de 0,3%. Entretanto, o setor de serviços prestados às famílias segue sendo o único que ainda não superou o patamar pré-pandemia, operando em julho 1,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020. As duas atividades que tiveram resultados negativos em julho foram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e informação e comunicação (-0,2%), de acordo com o IBGE. O índice de atividades turísticas, por sua vez, avançou 0,7% em julho depois de recuar 0,1% no mês anterior, e está 6,2% acima do patamar pré-pandemia e 1,4% abaixo de seu maior nível, de fevereiro de 2014.

REUTERS


Mercado piora projeção de déficit primário em 2023, mas vê rombo menor em 2024, mostra Prisma

Participantes do mercado financeiro passaram a esperar um resultado primário pior para este ano, em meio à perspectiva de uma arrecadação mais baixa, mas melhoraram o prognóstico para o rombo de 2024, mostrou um relatório do governo na quinta-feira


O boletim Prisma de setembro, publicado pelo Ministério da Fazenda, mostrou expectativa mediana de que o Brasil registre em 2023 resultado primário negativo em 106,507 bilhões de reais, ante 104,603 bilhões estimados no relatório anterior. Para o ano que vem, no entanto, houve uma revisão na estimativa de déficit a 83,016 bilhões de reais, contra 84,826 bilhões esperados anteriormente. No que diz respeito à arrecadação das receitas federais -- considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal -- a visão mediana no Prisma passou a embutir uma projeção de 2,349 trilhões de reais neste ano, abaixo dos 2,351 trilhões previstos no boletim anterior. Por outro lado, para 2024, a expectativa de arrecadação subiu marginalmente a 2,533 trilhões de reais, de 2,505 trilhões antes, melhora que vem em meio a esforços da equipe econômica do governo para ampliar as receitas e tentar cumprir o objetivo de déficit zero no ano que vem, ainda que sob o ceticismo de muitos participantes do mercado. O mercado reduziu suas projeções para a dívida bruta do governo geral a 76,12% do PIB neste ano e a 79,11% do PIB no próximo, mostrou o Prisma. Em agosto, a expectativa era de endividamentos de 76,19% e de 79,15%. O movimento veio após a divulgação de dados mostrando que a economia cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre, o que levou a revisões para cima das estimativas para o PIB. Houve ligeiro recuo na expectativa mediana de despesa do governo federal deste ano, a 2,021 trilhões de reais, contra 2,022 trilhões anteriormente. Para o período seguinte, no entanto, a projeção aumentou a 2,172 trilhões, frente a 2,163 trilhões na leitura de agosto. Para 2023, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de 1,920 trilhão de reais, ante 1,921 trilhão no último Prisma. Já para 2024, a expectativa melhorou a 2,083 trilhões de reais, de 2,076 trilhões antes.

REUTERS


Safra agrícola brasileira bate recorde de R$ 830 bilhões em 2022, alta de 11,8% em um ano

Mato Grosso concentrou o maior valor de produção, seguido por São Paulo e Minas Gerais; preços dos principais produtos agrícolas mantiveram-se em patamares elevados com conflito entre Rússia e Ucrânia


A safra agrícola brasileira alcançou um valor de produção recorde de R$ 830,1 bilhões em 2022, um crescimento de 11,8% ante o desempenho registrado no ano anterior. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2022, divulgada na quinta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Com a restrição do comércio de algumas das principais commodities agrícolas, por conta dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, como o trigo e a soja, e o dólar mantendo sua valorização frente ao real, os preços dos principais produtos agrícolas nacionais mantiveram-se em patamares elevados. Como resultado, a produção agrícola brasileira, em 2022, apresentou novo crescimento no valor de produção”, justificou o IBGE. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou um ápice de 263,8 milhões de toneladas no ano de 2022, 3,8% maior que a de 2021. A área colhida chegou a 90,4 milhões de hectares, 5,4% superior à de 2021. “O ano foi marcado pela ocorrência de uma estiagem prolongada que teve início ainda em novembro de 2021, durante o desenvolvimento das culturas em algumas Unidades da Federação produtoras, principalmente nos Estados da Região Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo, e que foi responsável pelo declínio da produção de algumas culturas, como a soja, o arroz e a primeira safra de milho, que tiveram suas produtividades severamente afetadas pelas adversidades climáticas”, lembrou o instituto. “Contudo, as principais culturas temporárias com predomínio de cultivo na segunda safra, mais notadamente o milho, apresentaram boa recuperação, após problemas climáticos enfrentados no ano anterior, que afetaram a produtividade em diversas Unidades da Federação”, ponderou. A produção de soja, de 120,7 milhões de toneladas, foi 10,5% menor que a de 2021, mas alcançou R$ 345,422 bilhões em valor de produção em 2022, aumento de 1,3% ante o ano anterior. O milho alcançou 109,4 milhões de toneladas, 24,0% mais que a produção de 2021, somando R$ 137,744 bilhões em valor bruto, um acréscimo de 18,6% ante o ano anterior. A cana-de-açúcar totalizou 724,4 milhões de toneladas, alta de 1,2% na safra ante 2021, arrecadando R$ 93,478 bilhões no ano passado, um crescimento de 24,2% em relação ao ano anterior. A safra de café, de 3,2 milhões de toneladas, 6,3% superior à de 2021, teve um valor de produção de R$ 51,814 bilhões, crescimento de 48,8% em um ano. A produção de algodão, de 6,4 milhões de toneladas, 12,4% maior que a de 2021, rendeu R$ 33,135 bilhões em valor de produção em 2022, um aumento de 25,2% em relação ao ano anterior. Os demais destaques no ranking de valor de produção em 2022 foram trigo em grão (R$ 15,697 bilhões, alta de 42,6% ante 2021), arroz em casca (R$ 15,530 bilhões, queda de 18,9% ante 2021), mandioca (R$ 15,298 bilhões, alta de 19,9%), laranja (R$ 14,367 bilhões, alta de 14,6%) e feijão em grão (R$ 12,374 bilhões, alta de 2,7%). O Mato Grosso concentrou o maior valor de produção em 2022, com R$ 174,8 bilhões, alta de 15,2% ante 2021, seguido por São Paulo (R$ 103,0 bilhões e aumento de 22,5%) e Minas Gerais (R$ 87,3 bilhões e elevação de 28,1%).

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