Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 447 |28 de agosto de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Frouxidão no mercado persiste na penúltima semana de agosto
A sequência de recuos nas cotações da arroba bovina deve permanecer presente no mercado físico em todas as regiões pecuárias do País, acreditam os analistas da S&P Global Commodity Insights. “Há grande possibilidade da manutenção da especulação baixista no próximo mês”, ressaltou a consultoria
Pelo lado da oferta, diz a S&P Global, observa-se que a atual disponibilidade de animais advindos de confinamento se refere a operações estruturadas ao longo de maio/23 e junho/23 em negócios de “boi a termo” (contratos antecipados entres indústrias e pecuaristas), quando havia margens positivas para a engorda em confinamento – segundo dados da consultoria, naquele período, os contratos foram firmados em torno de R$ 250/@. “Com boa cobertura desses contratos, a oferta atual de boiada gordas se mostra acima da necessidade das indústrias e tem contribuído para pressionar os preços no mercado spot”, relatam os analistas.
Tal conjuntura, acredita a S&P Global, deve continuar ocorrendo ao longo de setembro/23, até que haja um rearranjo na relação entre a oferta e a demanda. Pelo lado do consumo, continua a consultoria, as indústrias permanecem com grande dificuldade em escoar a produção de carne, com destaque para aquelas que operam restritamente no mercado doméstico. Nas praças paulistas, boa parte dos frigoríficos estão optando pela compra do “boi- China” em relação ao “boi comum”, informou a Scot Consultoria. “As escalas de abate estão atendendo ao consumo e o relato é de dificuldade no escoamento da carne no atacado e no varejo”, ressaltam os analistas da Scot. Neste momento, pelo levantamento da Scot, o cenário é de estabilidade para as cotações do boi gordo no mercado paulista, mas queda para as fêmeas. O boi comum está sendo negociado em R$ 205/@, preços brutos e a prazo, enquanto o “boi China” é vendido por R$ 210/@ nas mesmas condições de pagamento. Ainda em São Paulo, segundo a Scot, a cotação da arroba da vaca gorda caiu R$ 5 nesta sexta-feira, sendo negociada em R$ 185/@, preços brutos e a prazo. O cenário é o mesmo para a novilha gorda, com queda de R$ 5/@, com oferta de compra em R$ 197/@, acrescenta a consultoria. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 207/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 202/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 200/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 189/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 189/@ (prazo) vaca a R$ 172/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 187/@ (à vista) vaca a R$ 172/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 187/@ (à vista) vaca a R$ 170/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 190/@ (prazo) vaca R$ 180/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 225/@ (à vista) vaca a R$ 204/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 204/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO- Araguaína: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca a R$ 172/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 182/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 182/@ (à vista) vaca a R$ 163/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
Suínos
Suínos registra tem queda nos preços do animal vivo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável, com preço médio de R$ 115,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 8,80/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (24), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, valendo R$ 5,91/kg, e tímida alta de 0,17% em Santa Catarina, custando R$ 5,88/kg. Foram registradas quedas de 0,31% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,39/kg, recuo de 1,99% no Paraná, alcançando R$ 5,92/kg, e de 0,49% em São Paulo, fechando em R$ 6,13/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Cotações caem no mercado do frango do PR e SC
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,00/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço teve baixa de 0,44%, chegando a R$ 4,48/kg, e retração de 0,90% em Santa Catarina, atingindo R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (24), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não sofreram alteração nos preços, custando, respectivamente, R$ 6,48/kg e R$ 6,32/kg.
Cepea/Esalq
GOVERNO
Ministro se reúne com entidades representativas para discutir a redução da lista de frigoríficos a ser encaminhada ao governo chinês
A primeira lista apresentada pelo Brasil ao país asiático contava com 62 plantas frigoríficas
Após a solicitação do governo chinês para que o Brasil encaminhe uma lista reduzida de frigoríficos a serem habilitados para exportação de proteína animal ao país, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu na quinta-feira (24) com representantes da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para ouvi-los antes de tomar a decisão final sobre o número de plantas a compor a nova lista. “Iremos seguir a ordem cronológica de início do processo das plantas que realizaram todos os procedimentos necessários para a habilitação, esse é o critério técnico que devemos adotar”, informou o Ministro. Além disso, Fávaro aceitou a proposta discutida na reunião de permitir o remanejamento de lugares entre frigoríficos do mesmo grupo empresarial que possuírem mais de uma planta na lista. Por exemplo, o frigorífico que está na 13ª posição trocar de lugar com a sua unidade de produção que está na 47ª. Isso não significa que a planta passou na frente de outros frigoríficos da lista, apenas trocou a posição uma pela outra por serem da mesma empresa. A primeira lista apresentada pelo Brasil ao país asiático contava com 62 plantas frigoríficas que já cumpriram os requisitos sanitários exigidos e aguardam a habilitação, além de uma segunda lista com mais 15 plantas em avaliação. Uma nova lista reduzida será encaminhada na próxima segunda-feira (28) para a Administração Geral de Alfândega da China (GACC). “Estamos buscando adequar ao que nos foi solicitado, de forma que a nova lista simplifique o processo para que nós possamos ter novas plantas habilitadas ainda neste ano”, comentou o Ministro Carlos Fávaro. A China é o principal destino das exportações de carne bovina, suína e de frango do Brasil, se configurando como principal parceiro comercial para a proteína animal. Participaram da reunião o Secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana, o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, o presidente da Abrafrigo, Paulo Mustefaga, o diretor de relações institucionais da ABPA, Marcelo Osório, o presidente da Abiec, Antônio Camardelli e o diretor de Relações Governamentais da Abiec, Carlos Franco.
MAPA
Governo discute plano para pastagens com possíveis financiadores
Ministério da Agricultura e bancos estatais começaram a alinhar detalhes operacionais com possíveis financiadores de programa de recuperação de áreas degradadas. Meta do governo é financiar a transformação de 40 milhões de hectares em pastagens degradadas nos próximos dez anos
Após a peregrinação por quatro países da Ásia e do Oriente Médio para apresentar a proposta de investimentos na recuperação de áreas degradadas do Brasil, o Ministério da Agricultura e os bancos estatais que integraram a missão começaram a alinhar detalhes operacionais com os possíveis financiadores do programa de conversão de pastagens. A expectativa é que os repasses de recursos sejam efetivados em breve e possam servir de modelo para uma investida brasileira em busca de aportes da Europa para o programa. A meta é apresentar as ações durante um painel da COP 28, em Dubai, no fim do ano. Na semana passada, uma missão da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) esteve no país para visitar regiões produtoras, como Mato Grosso, empresas do setor e o ministério. Também houve reuniões de alinhamento do Banco do Brasil com o Eximbank, da Coreia do Sul, e o fundo saudita Salic. Uma nova agenda foi realizada entre a Pasta e o ministro do Comércio Exterior dos Emirados Árabes Unidos, Thani bin Ahmed Al Zeyoud. Os quatro países foram visitados na missão. Carlos Augustin, assessor especial do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que encabeça a pauta na Pasta, disse que o programa já está rodando. A intenção é unir iniciativas já existentes e outras que serão criadas para alavancar o investimento na conversão de áreas degradadas. A meta é financiar a transformação de 40 milhões de hectares nos próximos dez anos. A demanda prevista é de US$ 120 bilhões com três anos de carência e 12 anos para pagamento. “Se um produtor vai ao Banco do Brasil hoje, já tem linha de crédito do RenovAgro, com 7,5% de juros e dez anos para pagar. Daqui a pouco terá a linha em dólar com recursos do Banco Mundial. Quando vai começar o programa? Já começou”, afirmou. A liberação de recursos do Banco Mundial depende de aval do Senado, acrescentou. “Demos o chute inicial, começou o jogo, já tem dinheiro”, completou. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também vai atuar em duas frentes: a captação dos recursos e repasse aos produtores por meio de mais de 30 agentes financeiros credenciados e a estruturação de fundos para investir ou financiar a recuperação de pastagens. Augustin citou também iniciativas privadas disponíveis, como uma linha do Itaú BBA. Na quinta-feira passada, Fávaro falou que a China está colaborando com o programa para recuperação de pastagens degradadas ao comentar ação desenvolvida pela Syngenta, controlada pelos chineses, que já financiou 300 mil hectares nessas condições no país. Ele afirmou que a estatal Cofco vai implantar projeto semelhante no Brasil. A sinalização dos japoneses é de que querem realizar projeto-piloto com previsão de chegar a um milhão de hectares. A proposta é oferecer recursos vinculados à variação do iene, moeda local, mais 2,3% de juros, disse Augustin. Está pendente quem será o garantidor da operação. “Se der certo, vai ficar muito barato”. A aposta do governo brasileiro foi começar a ação por países asiáticos e árabes para depois chegar à Europa. Uma pesquisa foi encomendada para conhecer a opinião dos consumidores europeus sobre a intenção do Brasil de converter as áreas de pastagens degradadas. O receio do governo é que esse público entenda o programa como uma extensão do desmatamento no país e rechace essa aproximação. “O grande lugar que tem dinheiro verde é a Europa, mas se chegar despreparado ou contar mal a história não vamos prosperar”, disse Augustin. A estratégia para chegar ao mercado europeu com a “história bem contada” passa pela apresentação do programa na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), nos Emirados Árabes Unidos, em novembro e dezembro.
GLOBO RURAL
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Pátria Investimentos leva leilão de lote 1 de rodovias do Paraná
O Pátria Investimentos venceu na sexta-feira o leilão de rodovias federais e estaduais do Paraná, ao propor um deságio de 18,25% sobre o valor máximo da tarifa de pedágio, no primeiro certame do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva
O lote compreende 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais que conectam outros trechos que ligam a capital do Estado com o porto de Paranaguá, região metropolitana de Curitiba e fronteira com o Paraguai, além do Mato Grosso do Sul, e que serão leiloados nos próximos meses. O grupo Pátria venceu o Consórcio Infraestrutura PR, formado por EPR 2 Participações e pelo fundo de investimento Perfin Voyager, único outro credenciado para o leilão. O Pátria terá que investir cerca de 8 bilhões de reais em obras que incluem duplicação de 344 quilômetros, terceiras faixas em outros 210 quilômetros e viadutos. O contrato é de 30 anos de concessão. O Paraná ainda terá um segundo leilão de rodovias, previsto para 29 de setembro (lote 2) envolvendo 605 quilômetros que ligam Curitiba ao porto de Paranaguá e ao Estado de São Paulo. Os lotes 3, 4, 5 e 6 ainda estão em fase de análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU), segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres. No total, o Estado pretende que 3,3 mil quilômetros de estradas sejam concedidos à iniciativa privada, dos quais 1,1 mil de trechos estaduais. Os investimentos, segundo o governo do Paraná, devem ultrapassar 50 bilhões de reais durante as três décadas de contratos.
REUTERS
Governo federal prepara mais dois lotes de rodovias do Paraná para leilão
Expectativa é lançar os editais até o início de 2024, segundo o Ministro dos Transportes, Renan Filho
O governo federal vai enviar ao Tribunal de Contas da União (TCU) outros dois lotes de rodovias do Paraná, os Lotes 3 e 6, informou o Valor. A expectativa é lançar os editais até o início de 2024, segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). Na sexta (25), foi feito o leilão do Lote 1 das rodovias, vencido pela gestora de investimentos Pátria. Em nota, a Federação de Agricultura do Paraná (Faep), disse que o leilão do primeiro lote de ferrovias, do trecho de Guarapuava até Curitiba, com malha de 473 quilômetros, não terá efeito prático para o escoamento da próxima safra de grãos 2023/24. Isso porque, a empresa vencedora do certame vai assumir a operação apenas em janeiro do ano que vem. O Lote 2, considerado o mais interessante por incluir a descida de Curitiba até Paranaguá, deverá ser licitado em 29 de setembro deste ano. Os demais lotes, ainda em análise, estão em estudo. "Enquanto não se encerrar a série de leilões, a Faep espera que os governos federal e estadual cuidem da manutenção das rodovias, para evitar os dissabores registrados nos últimos anos, que causaram transtornos e prejuízos milionários aos setores produtivos", acrescentou a entidade na nota. Além do leilão do Lote 2 de rodovias do Paraná em setembro, haverá também, em 24 de novembro, o leilão da BR-381 em Minas Gerais. Adicionalmente, há outros dois lotes da BR-040 na fila de projetos.
GLOBO RURAL
Com redesenho do mar, Santa Catarina se prepara para cobrar royalties do petróleo do Paraná
A área marítima localizada a cerca de 150 quilômetros do litoral catarinense, entre os municípios de Itajaí e São Francisco do Sul, ganhou novas linhas no Oceano Atlântico, nas divisas entre os estados do Paraná e Santa Catarina, no traçado feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) no final do primeiro semestre deste ano
O redesenho atende à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Cível Originária 444, que trata do ressarcimento dos royalties do petróleo cobrado pelo estado de Santa Catarina. Na área em disputa no processo, que tramita há mais de três décadas na Suprema Corte, estão localizados os poços de Tubarão, Estrela do Mar, Coral, Caravela e Caravela do Sul, que de acordo com a Procuradoria-Geral de Santa Catarina, tiveram os royalties pagos ao estado do Paraná. “Os limites entre os estados como estavam sendo considerados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Petrobras estavam errados, como Santa Catarina sustentava e [o STF] mandou que fosse redefinida a divisão territorial entre os estados. Depois que transitou em julgado a decisão, foi requerido ao Supremo a redefinição das linhas pelo IBGE, o que já foi feita pelo instituto”, afirmou o procurador-geral catarinense, Márcio Vicari. Ele lembra que o pedido do novo traçado foi feito após o acórdão publicado em abril de 2022 com o intuito de cumprimento da decisão do STF, que necessita do cálculo dos valores devidos pelo estado do Paraná. Segundo Vicari, ainda existe a necessidade de informações complementares aos dados enviados pela ANP “relacionadas aos valores pagos a título de royalties e participações especiais aos estados de São Paulo e Paraná e que indiquem as coordenadas geográficas dos respectivos campos de petróleo.” O pedido foi protocolado em meados de julho e ainda não foi atendido pela ANP. “Fizemos o pedido ao ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, que deferiu e requisitou as informações, mas não houve manifestação da Petrobras. A ANP respondeu, mas as informações foram consideradas incompletas pelo núcleo técnico da PGE. Dados complementares foram pedidos com objetivo de levantar a produção de petróleo dos poços e conclusão dos cálculos do crédito que o estado de Santa Catarina tem a receber”, explicou o procurador-geral. O montante retroativo a ser pago, segundo Vicari, leva em consideração a data da propositura da ação, protocolada por Santa Catarina em outubro de 1991 após pedido administrativo para revisão dos limites marítimos em 1987, mas ainda não existe um consenso na forma de cobrança, o que pode impactar o cofre paranaense. “Daqui para a frente, queremos receber o que for produzido. E para trás o que foi recebido pelo Paraná e, eventualmente, por São Paulo, e nós não recebemos. Ainda vamos ver de que forma será feita a cobrança. De repente, uma compensação da produção atual ou por meio próprio do cumprimento de decisões [judiciais]”, avalia o procurador catarinense. São Paulo contesta ressarcimento e cobra exclusividade por Tubarão. A Procuradoria-Geral de São Paulo contestou o pedido de pagamento pelos royalties cobrados pelo estado de Santa Catarina e ainda reivindica a exclusividade no campo de exploração de petróleo de Tubarão e compartilhamento do campo de Estrela do Mar com o novo traçado marítimo. Na antiga configuração, ambos pertencem ao Paraná. Ou seja, se confirmada a tese paulista, o governo paranaense pode ter que pagar royalties pelo petróleo aos dois estados vizinhos. "Não há valores de royalties a serem ressarcidos à SC, tendo em vista que os novos limites marítimos estabelecidos pelo STF não abrangem nenhum dos campos atualmente pertencentes a SP. Nesta nova configuração, SP não apenas mantém seus campos, mas também passa a ter exclusividade sobre o campo de Tubarão (atualmente pertencente ao PR), e assume também, em compartilhamento com SC, o campo de Estrela do Mar (atualmente também do PR)", respondeu em nota a PGE de São Paulo.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em baixa de 0,09%, a R$4,8751 na venda
O dólar à vista fechou praticamente estável ante o real na sexta-feira, numa sessão em que as cotações foram influenciadas por declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e pela venda da moeda norte-americana, em níveis específicos, por participantes do mercado
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8751 reais na venda, com baixa de 0,09%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,84%. Na B3, às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,16%, a 4,8810 reais. No início do dia, os investidores reagiam à divulgação de novos números de inflação no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,28% em agosto. A leitura do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,17%. Uma das leituras no mercado foi de que uma inflação mais acelerada que o esperado reduz as chances de o Banco Central aumentar o ritmo de cortes da taxa básica Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Neste cenário, o dólar à vista oscilava em baixa. Ao longo da manhã, porém, o dólar foi recuperando o fôlego, em sintonia com o exterior e com investidores à espera da fala de Powell no simpósio de Jackson Hole, nos EUA, após as 11h. Ele afirmou que o Fed pode precisar aumentar ainda mais a taxa de juros para garantir que a inflação seja contida nos EUA.
REUTERS
Ibovespa recua em dia com Powell e IPCA-15, mas assegura semana positiva
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, abaixo dos 116 mil pontos, após o titular do banco central norte-americano deixar aberta a porta para mais aumento dos juros nos Estados Unidos, enquanto, no Brasil, o IPCA-15 mostrou inflação acima das previsões em agosto
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,94%, a 115.923,18 pontos, de acordo com dados preliminares. No começo da sessão, chegou a flertar com o sinal positivo, marcando 117.252,11 pontos. Na mínima do dia, recuou a 115.396,62 pontos. O volume financeiro somava 17,15 bilhões de reais. Apesar de tal desempenho, o Ibovespa assegurou o sinal positivo no acumulado da semana, com acréscimo de 0,45%, o que não acontecia há cerca de um mês.
REUTERS
Confiança do consumidor no Brasil vai a pico desde 2014 em agosto, diz FGV
A confiança do consumidor no Brasil engatou a quarta alta consecutiva em agosto, para o maior patamar em mais de 9 anos, refletindo a melhora do quadro macroeconômico e medidas do governo para reduzir o endividamento das famílias
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), compilado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,0 pontos neste mês, para 96,8 pontos, máxima desde fevereiro de 2014, quando o indicador alcançou 97,0 pontos. Segundo a FGV, essa leitura foi resultado de salto de 4,6 pontos do Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção dos consumidores sobre o momento presente. O índice chegou a 81,4 pontos, maior nível desde janeiro de 2015, quando chegou a 81,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE), indicador do sentimento em relação aos próximos meses, teve variação positiva de 0,2 ponto, a 107,6 pontos, estabilizando-se após três altas consecutivas. "Os resultados favoráveis refletem a continuidade de recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas", disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre. "A continuidade desse cenário pode levar a confiança do consumidor de volta à neutralidade dos 100 pontos nos próximos meses, algo que não ocorre desde o fim de 2013", completou ela. A economia do Brasil tem mostrado resiliência neste ano, mesmo diante de uma política monetária ainda muito restritiva, com crescimento do PIB surpreendente no primeiro trimestre, queda mais intensa do que o esperado da taxa de desemprego no segundo trimestre e arrefecimento dos principais indicadores de inflação nos últimos meses. Enquanto isso, sustentando a confiança dos consumidores, o governo lançou mais cedo neste ano o programa Desenrola, criado com o objetivo de renegociar dívidas das famílias e limpar nomes em cadastros de inadimplentes.
REUTERS
Prévia da inflação acelera em agosto, puxada por alta da energia elétrica
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,28% em agosto, divulgou o IBGE. Em julho, o índice ficou em -0,07%. Conta de luz ficou mais cara neste mês com fim do bônus de Itaipu e reajustes em três capitais; alimentos ficaram mais baratos
Índice voltou a acelerar depois de registrar deflação no mês passado. Sete grupos, dos nove pesquisados, registraram alta em agosto. Em agosto do ano passado, a taxa foi de -0,73%. Resultado foi influenciado principalmente pela alta da energia elétrica, que subiu 4,59%. No mês passado, a conta de luz ficou mais barata com a incorporação do bônus de Itaipu nas contas. Como não houve bônus neste mês, o preço da energia subiu. Além disso, houve reajuste nas taxas em três cidades pesquisadas: Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. Em 12 meses, a inflação acumulada pelo índice é de 4,24%. Resultado ficou acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, indicando que a inflação já atingiu seu ponto mais baixo do ano. No acumulado em 8 meses, o índice acumula alta de 3,38%. Resultado veio acima do esperado. Expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,17% e de 4,13% em 12 meses. O resultado em 12 meses ainda está dentro da meta da inflação do Banco Central para 2023. O centro da meta para o IPCA do ano é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O mercado espera que o indicador termine 2023 em 4,90%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Variação em cada um dos grupos em agosto Habitação: 1,08% Saúde e cuidados pessoais: 0,81% Educação: 0,71% Despesas pessoais: 0,6% Transportes: 0,23% Comunicação: 0,04% Artigos de residência: 0,01% Vestuário: -0,03% Alimentação e bebidas: -0,65%
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