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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 440 DE 17 DE AGOSTO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 440 |17 de agosto de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Especulação baixista se intensifica

Nas praças paulistas, a cotação do macho terminado sem prêmio-exportação recua R$ 5/@, atingindo R$ 215/@, no prazo, informou a Scot Consultoria


Repetindo os dias anteriores, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo seguiu em ritmo lento na quarta-feira, 16 de agosto, informaram as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro. Diante do baixo interesse de compra, os preços do boi gordo recuaram em algumas importantes praças do País, relatou a S&P Global Commodity Insights. Neste contexto, diz a S&P Global, até mesmo as plantas industriais com escalas formadas para uma semana não demonstram grande interesse pela aquisição de animais terminados, colaborando para uma maior lentidão no volume de negócios. Segundo os analistas, alguns frigoríficos de grande porte estão se valendo de oferta de boiada oriunda de confinamentos próprios, o que diminuiu ainda mais a procura por bovinos gordos no mercado físico. Pelo lado da oferta, continua a S&P Global, alguns pecuaristas estão liquidando os seus lotes remanescentes, temendo uma queda ainda mais drástica da arroba no curto prazo. Na avaliação dos analistas, o nível de abate de fêmeas continua alto em muitas regiões do País, o que contribui para um mercado mais ofertado em pleno período de entressafra. De acordo com dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, as cotações do boi destinado ao mercado interno e da novilha recuaram R$ 5/@ nesta quarta-feira. Com isso, a arroba do boi gordo paulista está sendo negociada em R$ 215, a da vaca em R$ 200 e a da novilha em R$ 210 (preços brutos e a prazo), informou a Scot. A cotação do “boi-China” está em R$ 225/@, no prazo, valor bruto – um ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”. No atacado, as quedas nos preços dos cortes registradas nas semanas anteriores não foram suficientes de gerar maior liquidez. Porém, continua a consultoria, é possível que o aumento dos embarques de carne bovina observado nas primeiras semanas de agosto/23 possa auxiliar no enxugamento dos estoques. Na B3, a pressão baixista persistiu, com os contratos futuros do boi gordo renovando as mínimas em mais de três anos. PR-Maringá: boi a R$ 222/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 204/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca R$ 192/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); PA-Paragominas: boi a R$ 204/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 185/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 190/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Cotações avançam no mercado de suínos do PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 122,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,09%/1,05%, valendo R$ 9,10/kg/R$ 9,40/kg.


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (15), houve tímida alta de 0,17% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,02/kg, avanço de 0,64% no Paraná, atingindo R$ 6,27/kg, e de 0,31% em São Paulo, fechando em R$ 6,55/kg. Ficaram estáveis os valores em Minas Gerais (R$ 6,67/kg), e Rio Grande do Sul (R$ 6,06/kg).

Cepea/Esalq


FRANGOS


Cotações estáveis para o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado teve recuo de 0,79%, valendo R$ 6,27/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o valor não teve alteração, com a ave cotada em R$ 4,51/kg, assim como Santa Catarina, custando R$ 4,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (15), a ave congelada teve tímida alta de 0,15%, alcançando R$ 6,56/kg, e o frango resfriado subiu 0,31%, fechando em R$ 6,56/kg.

Cepea/Esalq


Gripe aviária: Mapa confirma mais um caso; total sobe para 80

De acordo com o Mapa, há outras 13 investigações de gripe aviária em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo


O Ministério da Agricultura informou, em atualização na plataforma oficial às 19h, que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 78 casos da doença em aves silvestres no país e dois focos em produção de subsistência, de criação doméstica. De acordo com o ministério, há outras 13 investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. Das investigações em andamento, três são em produção de subsistência – em ganso em Serra (ES), em galinha em Ponta Porã (MS) e em galinha em Cáceres (MT). As notificações em aves silvestres e ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal.

ESTADÃO CONTEÚDO


Novos casos de gripe aviária estão desacelerando na AL, diz ABPA

Os registros novos casos de influenza aviária de alta patogenicidade na América Latina estão desacelerando, sendo que o Brasil continua livre da doença em aves do setor comercial, segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin


“Nós continuamos como o único dos grandes produtores e o último dos grandes produtores que não tem gripe aviária em suas aves comerciais”, disse Santin em coletiva de imprensa na quarta-feira (16). O Brasil já registrou 79 focos de gripe aviária, dos quais 77 em aves silvestres e dois em aves domésticas, de subsistência. Desse total, 13 focos foram confirmados em maio, 44 em junho, 17 em julho e cinco em agosto, até quarta-feira (16). “Esse é um dado muito bom, positivo, que reafirma a responsabilidade com a qual o Brasil tratou os casos de gripe aviária”, disse Santin. As processadoras brasileiras de carne de frango reforçaram procedimentos de biosseguridade e têm conseguido evitar a doença em aves comerciais. O governo brasileiro mantém negociações com países importadores para que a potencial suspensão de compras, em casos de focos da doença em aves comerciais, fique restrita aos estados e municípios afetados, e não inclua todo o país. Coreia do Sul, Japão e Arábia Saudita já adequaram os protocolos sanitários para regionalizar potenciais suspensões aos estados afetados, e o Japão está analisando a regionalização por municípios, segundo Santin. O executivo disse que o mundo precisa aprender a conviver com a gripe aviária, considerando os movimentos migratórios sazonais de aves, adequando os protocolos sanitários para evitar suspensões totais do comércio com países que identificarem a doença. O Brasil tem uma participação de 35% no mercado global de carne de frango.

CARNETEC


CARNES


Embrapa Suínos e Aves: Custos de produção para frango cai em julho; o de suínos sobe

Investimento na alimentação dos animais teve movimentação diferente entre frangos de corte e suínos


De acordo com informações da Central de Inteligência de Aves e Suínos da divisão da Embrapa Suínos e Aves, os custos de produção para a suinocultura brasileira tiveram aumento neste último mês de julho, comparado com o mês anterior, enquanto para frangos de corte, o movimento foi oposto, de queda. Em julho, o Índice de Custos de Produção para Frangos (ICPFrango) foi de 335,17, uma diminuição em relação a junho na ordem de -3,08%. Olhando para o acumulado, entre janeiro a julho de 2023, o índice calculado pela Embrapa mostra recuo de -21,78%, e entre julho de 2022 a julho deste ano, o recuo é de -20,57%. Entre os itens que pesaram menos nos investimentos na avicultura em julho, estiveram a nutrição das aves, com baixa de 3,69% em relação a junho, queda de 3,71% para os pintinhos de um dia e de 3,61% no caso da mão-de-obra. No caso da suinocultura, o Índice de Custos de Produção para Suínos (ICPSuíno), foi de 335,03 em julho, aumento de 1,66% em relação a junho. Entretanto, de janeiro a julho deste ano, se vê um acumulado mostrando queda em relação ao mesmo período do ano anterior, na ordem de 27,47%, e baixa de 22,40% entre julho de 2022 a julho de 2023. A alimentação dos animais teve aumento de 1,27% em julho, em relação a junho, assim como o custo de capital, que subiu 3,42%. No caso da avicultura de corte, o Paraná, principal produtor e exportador da proteína avícola, o custo médio passou de R$ 4,47/kg em junho para R$ 4,33/kg em julho, uma redução 3,13%. Olhando para julho de 2022, quando o custo médio no Estado era de R$ 5,47/kg, a queda em relação a julho deste ano é de 20,84%. Em relação à suinocultura, a referência de Santa Catarina, também configurada como maior produtor e exportador brasileiro de carne suína, os custos médios no Estado passaram de R$ 5,76/kg em junho para R$ 5,86/kg em julho, alta de R$ 1,73%. Entretanto, quando se compara julho deste ano com os custos em julho de 2022, que eram na casa dos R$ 7,55/kg, observa-se baixa de 22,38%.

Embrapa Suínos e Aves


ABPA projeta aumento na produção e exportação de carne suína e de frango para 2023 e 2024

Disponibilidade interna e consumo per capita para carne de frango deve aumentar em 2023 e 2024, enquanto da carne suína deve ficar estável


A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou na quarta-feira (16) as projeções do setor para a produção e as exportações da avicultura e da suinocultura do Brasil até o fechamento de 2023 e para o ano de 2024. Entre os destaques estão os avanços na produção e exportação das carnes de frango e suína. Além disso, há a diferença entre a disponibilidade interna e do consumo per capita, que deve aumentar neste ano em 2024 para a carne de frango, e permanecer estável para a carne suína. Em relação à carne de frango, os dados mostram que a produção até o final deste ano de 2023 tem a projeção de alcançar entre 14,800 a 14,950 milhões de toneladas, aumento de até 3% em relação aos dados de 2022. A projeção para 2024, é de que a produção da proteína avícola atinja até 15,500 milhões de toneladas, incremento de até 4,5%. Nas exportações de carne de frango, o ano de 2023 deve encerrar com embarques chegando a 5,100 e 5,200 milhões de toneladas, alta de até 8% no comparativo com 2022. A previsão para o ano de 2024 é de embarques podendo atingir 5,350 milhões de toneladas, crescimento de até 5% em relação a 2023. Outro destaque trazido pela ABPA é a disponibilidade interna da proteína, que neste ano de 2023 deve aumentar, podendo alcançar 9,850 milhões de toneladas, aumento de até 1,5% em comparação ao ano passado. Isso deve se repetir na projeção para 2024, com aumento de até 3% na disponibilidade de carne de frango no mercado interno brasileiro, chegando a 10,150 milhões de toneladas. O consumo per capita da proteína avícola também deve crescer, saindo dos 45,2 quilos por habitante/ano em 2022 e fechando 2023 podendo atingir 46,00 quilos, elevação de até 1,5%. A expectativa é de que o consumo brasileiro siga aumentando em 2024, com expectativa de elevação de até 3,00%, fechando em 47,00 quilos por habitante. Diferente da carne de frango, tanto a disponibilidade interna da carne suína quanto o consumo per capita têm perspectiva de permanecerem estáveis neste ano de 2023 e para 2024, conforme os dados da ABPA. Em 2022, o volume da proteína suinícola disponível em solo brasileiro foi de 3,863 milhões de toneladas, e o consumo per capita/ano, de 18,00 quilos, o que pode se repetir até o encerramento deste ano e em 2024. No caso da produção de carne suína, 2023 pode atingir 4,950 a 5,050 milhões de toneladas, incremento de até 1,5% em relação a 2022. A projeção para 2024 é de que sejam produzidas entre 5,000 a 5,150 milhões de toneladas de carne suína, avanço de até 4%. Em relação às exportações da proteína suinícola, até o final deste ano a expectativa é de embarques atingindo 4,950 e 5,050 milhões de toneladas, elevação de até 12% no comparativo com o ano passado. A tendência, segundo a ABPA, é de aumento também para 2024, com exportações batendo na casa das 1,300 milhões de toneladas, alta de até 8%. Santin destaca a abertura e ampliação de mercados consumidores em 2023, além do reconhecimento, por exemplo, do Rio Grande do Sul por parte do Chile como livre de febre aftosa sem vacinação. "A República Dominicana, neste sentido, já habilitou plantas para poder comprar os produtos suinícolas de alguns Estados brasileiros", disse.

ABPA


EMPRESAS


Aperto de margens afetou empresas do agro no segundo trimestre

Levantamento mostra que, das 18 companhias que divulgaram resultados neste mês, em apenas cinco indicador melhorou


O aperto das margens foi o principal ponto em comum entre as empresas de capital aberto do agronegócio brasileiro no segundo trimestre deste ano. Levantamento do Valor Data feito com base nos resultados financeiros de 18 empresas mostra que, desse grupo, apenas cinco fecharam o trimestre com margens Ebitda ajustadas maiores do que as do mesmo período de 2022. As razões para a piora quase generalizada desse indicador foram diversas, entre eles aspectos particulares de cada negócio. Mas um fator destacou-se entre os demais: a queda de preços — das commodities agrícolas, no caso das empresas de grãos e cereais, e das carnes, no das companhias de proteínas animais — no mercado internacional. Entraram no levantamento empresas dos segmentos de carnes, grãos, insumos e terras, que apresentaram nos últimos dias seus balanços do segundo trimestre de 2023, e grupos do setor sucroenergético, que divulgaram os dados referentes ao primeiro trimestre da safra canavieira 2023/24. No caso dos frigoríficos, a piora das margens ocorreu em um trimestre em que quase todas tiveram prejuízo. As perdas foram consequência, entre outros fatores, do declínio das cotações da carne bovina exportada para a China e também do frango, que viveu um momento de sobreoferta no mercado internacional. Para JBS e Marfrig, as empresas mais expostas ao mercado americano, o ciclo de baixa da produção de gado nos Estados Unidos pesou sobre os resultados e continuará pressionando essas companhias. “Acho que já vimos trimestres mais fortes para todas elas”, disse ao Valor o analista Gustavo Troyano, do Itaú BBA, sobre as companhias frigoríficas. A JBS, por exemplo, que fechou o segundo trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 3,95 bilhões, teve perda de R$ 263,6 milhões no mesmo período de 2023. Os executivos da empresa afirmaram ao Valor que, a despeito da piora do resultado, já há sinais de que o pior momento já ficou para trás. A companhia teve margem líquida ajustada de 5%, ou 6,2 pontos percentuais menor do que a do mesmo período de 2022. A margem da Marfrig diminuiu 4,5 pontos percentuais na mesma base de comparação, para 7,1%, e a da BRF, 3,3 pontos, a 8,2%. A Minerva, a única entre as quatro empresas de proteínas animais a ter fechado o segundo trimestre no azul — a empresa reportou lucro líquido de R$ 118 milhões, um resultado 72,2% menor do que o do mesmo intervalo de 2022 —, melhorou sua margem, que passou de 9,2% a 9,8%. Se para as empresas de carnes a desvalorização dos grãos é positiva, o efeito é inverso para as companhias agrícolas. “Na análise do agronegócio, em geral, observamos o impacto da queda de preços das commodities agrícolas, especialmente do algodão e da soja, no balanço da SLC Agrícola, que divulgou queda de receita, margem Ebitda e lucro líquido no trimestre”, afirmou Melina Constantino, analista do BB Investimentos. Segundo ela, apesar de a volatilidade ainda estar presente na formação de preços das commodities agrícolas, em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia e do fim do acordo de escoamento de grãos pelo Mar Negro, a ampla oferta de soja e milho no mercado global segue pressionando as cotações.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Taxa de desemprego no Paraná se mantém em 4,9% no 20 trimestre

A taxa de desemprego do Paraná chegou a 4,9% no segundo trimestre de 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada na terça-feira (15/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rondônia (2,4%), Santa Catarina (3,5%) e Mato Grosso do Sul (4,1%) e Mato Grosso (3%) têm índices menores


No Paraná, houve uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre (janeiro a março), que fechou com índice de 5,4%. Santa Catarina registrou variação de 3,8% para 3,5% entre os trimestres e o Rio Grande do Sul de 5,4% para 5,3%. Esse também é o melhor resultado para um segundo trimestre desde 2014 (4,2%), com diminuição de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. Os últimos segundos trimestres tiveram taxas de 6,1% (2022), 9% (2021), 9,6% (2020), 9,1% (2019 e 2018), 9% (2017), 8,2% (2016) e 6,2% (2015). Desde a pandemia, o desemprego cai continuamente no Paraná, após chegar a 10% no terceiro trimestre de 2020. No segundo trimestre de 2023, Paraná também registrou uma das menores taxas de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) do País, de 10,8% – apenas Rondônia e Santa Catarina (6,3%), Mato Grosso (7,6%) e Mato Grosso do Sul (9,6%) têm índices melhores. O Paraná também é o terceiro estado com maior percentual de trabalhadores com carteira assinada, com 81,3%, atrás apenas de Santa Catarina (88,1%) e Rio Grande do Sul (82,3%). O Maranhão tem a menor (49,3%). A média nacional é de 73,7%. De acordo com a Pnad Contínua, o Estado tem 9,45 milhões de pessoas com idade para trabalhar, ou seja, com 14 anos ou mais. Destas, 6,2 milhões de pessoas compõem a força de trabalho, que são aquelas que estão trabalhando ou procurando emprego. Neste recorte, 5,9 milhões de pessoas estão inseridas no mercado de trabalho, o segundo ponto mais alto da série histórica no Estado. Segundo o IBGE, a renda dos trabalhadores paranaenses também cresceu na comparação com o primeiro trimestre. O rendimento médio das pessoas ocupadas passou de R$ 3.119,00 para R$ 3.133,00. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado (abril a junho de 2022), com R$ 3.004,00, o aumento é ainda maior. O rendimento médio real mensal nacional foi de R$ 2.921 no segundo trimestre. A taxa nacional de desocupação no segundo trimestre de 2023 foi de 8%, queda de 0,8 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre. É o melhor desempenho do País desde o primeiro trimestre de 2015, também com 8%.

Agência Estadual de Notícias


Portos do Paraná registram alta de 4% na movimentação geral de janeiro a julho

A movimentação nos portos de Paranaguá e Antonina chegou a 36.060.696 toneladas no acumulado de janeiro a julho de 2023. Com o resultado, a empresa pública Portos do Paraná registrou aumento nas operações portuárias de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram movimentadas 34.576.652 toneladas


O aumento está ligado principalmente ao desempenho do Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá, que movimentou 12.975.534 toneladas de granéis vegetais de janeiro a julho. O volume acumulado em sete meses é o maior já registrado pelo complexo e constitui um novo registro histórico. A marca anterior era de 2020, com 12.924.748 toneladas embarcadas nos sete primeiros meses do ano. Entre os principais produtos movimentados de janeiro a julho estão os granéis sólidos para exportação, com alta de 16% no acumulado do ano. Nos sete meses de 2023 o segmento embarcou 17.192.572 toneladas, enquanto no mesmo período anterior foram 14.734.867 toneladas. Somente de soja em grão foram 8.478.722 toneladas (+15%). O farelo de soja somou 3.787.035 toneladas (+9%), o milho, 2.585.082 toneladas (+21%), e o açúcar a granel, 2.238.920 toneladas (+28%). “Os números demonstram uma alta considerável nas exportações de todos os produtos desse segmento no Porto de Paranaguá de janeiro a julho. Esse aumento permitiu que marcas históricas fossem superadas”, destaca o diretor de Operações Portuárias da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. Os portos paranaenses registraram 1.468 atracações de janeiro a julho. O número é 5% maior em relação às 1.400 manobras executadas no mesmo período do ano anterior. Já a movimentação de caminhões no Pátio de Triagem chegou a 291.442 no período, número 14% superior aos 255.909 veículos que passaram pela classificação de grãos nos sete primeiros meses de 2022. Outro segmento de destaque na movimentação nos portos paranaenses no acumulado do ano é o de granéis líquidos. Com 5.534.343 toneladas, a alta chegou a 21% em relação às 4.576.695 toneladas registradas em 2022. No sentido exportação foram 1.766.582 toneladas (+32%), com destaque para derivados de petróleo com alta de 117% (653.610 toneladas) e óleos vegetais, que subiram 7% (989.171 toneladas). No sentido importação, a movimentação chegou a 3.767.761 toneladas (+16%). Os principais produtos descarregados foram metanol, com alta de 34% (780.087 toneladas) e óleos vegetais (168.815 toneladas), que subiram 44%. Os derivados de petróleo registraram aumento de 15% (2.628.695 toneladas). De janeiro a julho, a movimentação de veículos subiu 21% no Porto de Paranaguá. Ao todo, foram embarcadas e desembarcadas 51.034 unidades no período, ante as 42.130 unidades nos sete meses de 2022. As exportações somaram 34.855 veículos (+12%), enquanto as importações, 11.033 (+47%). Os bons números foram registrados apesar das condições climáticas desfavoráveis em julho. A métrica é bastante utilizada no setor porque inviabiliza algumas operações de embarque e desembarque de granéis sólidos. No último mês, dos 31 dias, o período de paralisação provocado pela chuva chegou a 8,4 dias. No mesmo período em 2022 as operações portuárias ficaram paralisadas por 4,3 dias.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Edson Vasconcelos é eleito presidente da FIEP para o quadriênio 2023/2027

O industrial de Cascavel, Edson José de Vasconcelos vai presidir a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) no quadriênio 2023-2027. À frente da chapa “Somos indústria, somos Fiep”, ele recebeu os votos de 63 sindicatos filiados à Fiep na eleição realizada na terça-feira (15/08)


A chapa “União pela indústria”, encabeçada pelo também industrial Rommel Barion, teve 32 votos. No comando da entidade, Vasconcelos substituirá Carlos Valter Martins Pedro, que preside a Federação desde 2019. O mandato da nova gestão começa oficialmente em 1º de outubro. Dos 99 sindicatos industriais filiados à Fiep, 95 estavam habilitados a votar, de acordo com os critérios do Regulamento Eleitoral da entidade, e todos compareceram à eleição. Além disso, houve um voto em separado, registrado por força de uma liminar concedida pela Justiça do Trabalho a um dos sindicatos que não havia sido habilitado. Edson José de Vasconcelos atua no setor da construção civil, sendo sócio proprietário da Vasto Engenharia, Bridge Incorporadora e da Toledo Energias Renováveis, além de atuar no ramo imobiliário e de hotelaria.

Agência Fiep de Notícias


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha a R$4,9874 na venda, leve variação negativa de 0,01%

O dólar fechou a quarta-feira praticamente estável ante o real, com investidores realizando os lucros mais recentes durante boa parte do dia e reagindo ao noticiário externo, com novos dados fracos da China e a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9874 reais na venda, com variação negativa de 0,01%. Na B3, às 17:08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,02%, a 5,0000 reais. No exterior, os mercados operavam pela manhã em meio aos receios de que a desaceleração chinesa possa se aprofundar, após a divulgação de dados econômicos fracos nos últimos dias. Na quarta-feira, números oficiais mostraram que os preços das novas moradias na China caíram em julho pela primeira vez este ano. O setor imobiliário responde por cerca de um quarto da atividade econômica do país. Mas o movimento do câmbio no Brasil esteve mais ligado na quarta-feira à realização dos lucros recentes por parte de alguns investidores.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda pela 12ª vez seguida, recorde histórico

O referencial sucumbiu à pressão dos mercados americanos, enquanto investidores analisam a ata do Fed, e à queda da Eletrobras, na medida em que ruídos políticos crescem na companhia


O Ibovespa recuou pela décima segunda sessão consecutiva na quarta-feira, a maior sequência já registrada na história do índice segundo levantamento do Valor Data. Apesar do início de pregão positivo, impulsionado pela alta das ações da Petrobras, o referencial sucumbiu à pressão dos mercados americanos, enquanto investidores analisam a ata do Federal Reserve (Fed), e à queda da Eletrobras, na medida em que ruídos políticos crescem na companhia. No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,50%, aos 115.592 pontos. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 115.534 pontos e, na máxima, os 117.338 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até às 17h15) foi de R$ 25,53 bilhões no Ibovespa e R$ 31,13 bilhões na B3, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o índice. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,76%, aos 4.404 pontos, Dow Jones fechou em queda de 0,52%, aos 34.765 pontos e Nasdaq registrou perdas de 1,15%, aos 13.474 pontos.

VALOR ECONÔMICO


Brasil tem fluxo cambial positivo de US$5,749 bi em agosto até dia 11, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 5,749 bilhões de dólares em agosto até dia 11, em movimento puxado tanto pela via financeira quanto pela comercial, informou na quarta-feira o Banco Central


Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de 1,838 bilhão de dólares em agosto até dia 11. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de agosto até dia 11 foi positivo em 3,910 bilhões de dólares. Na semana passada, de 7 a 11 de agosto, o fluxo cambial total foi positivo em 4,149 bilhões de dólares. No acumulado do ano até 11 de agosto, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 23,279 bilhões de dólares.

REUTERS


Inadimplência cai, mas ainda afeta 71,4 mi de brasileiros, diz Serasa

O número de brasileiros endividados caiu pelo segundo mês consecutivo, com uma redução de 34.495 pessoas na comparação com junho, atingindo 71,41 milhões de pessoas inadimplentes, de acordo com indicadores da Serasa


Conforme a instituição, é a primeira vez, desde junho de 2021, em que são registradas duas quedas em sequência. Entre os principais responsáveis pela redução da inadimplência estão os débitos com bancos e cartões de crédito. "Essa boa notícia pode estar ligada aos primeiros impactos do Programa Desenrola Brasil, do Governo Federal, que desde 17 de julho estimula a negociação de dívidas com as instituições financeiras", disse a Serasa. As dívidas com bancos e cartões de crédito registraram uma redução de 1,6 ponto percentual, atingindo 29,53% em julho, a maior queda na representatividade desse segmento registrada desde janeiro de 2019. O declínio também foi impactado pelas dívidas negociadas nos canais do Serasa Limpa Nome, cujo índice relacionado aos grandes bancos aumentou de 14,77% em junho para 15,16% no mês passado. Além de bancos e cartões, também foi verificada queda no percentual de déficits no varejo, que passou de 11,44% para 11,10% na comparação dos dois últimos meses. O segmento de Utilities (contas de água, luz e gás) teve alta de 22,07% para 23,90%, enquanto o de Financeiras apresentou elevação de 15,22% para 15,30%. De acordo com a Serasa, julho acumulou um total de 265 milhões de dívidas, que somaram 351 bilhões de reais. O valor médio devido por cada brasileiro é de 4.923,97 reais. Com o feirão de renegociação Serasa Limpa Nome, os brasileiros conseguiram renegociar no mês passado 3,8 milhões de débitos, com o total de descontos concedidos atingindo 8,89 bilhões de reais. A inadimplência atinge 43,72% da população adulta do país. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens. As faixas etárias mais afetadas são de 41 a 60 anos de idade (35%) e de 26 a 40 anos (34,6%).

REUTERS


Indústria e serviços avançam e mantêm PIB estável no segundo trimestre, diz FGV

Indicador calcula que o Produto Interno Bruto brasileiro teve ligeira alta de 0,2% no período, mesmo com queda de 8% na agropecuária


Após o impulso da safra recorde de soja no primeiro trimestre, a agropecuária devolveu parte dos ganhos no segundo trimestre. No entanto, indústria e serviços mostraram crescimento, mesmo em meio ao cenário de taxa de juros elevada, apontou o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O indicador calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve ligeira alta de 0,2% na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre deste ano. “Tem uma certa resiliência da economia. Porque, apesar de estar num ambiente de juros elevados, que obviamente está afetando a economia, ainda assim esses setores estão crescendo”, argumentou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB. O PIB vinha de uma elevação de 2,0% no primeiro trimestre do ano, ante o quarto trimestre de 2022, turbinado pelo salto de 20,6% na agropecuária, ao passo que indústria (0,2%) e serviços (0,4%) tiveram resultados mais modestos. No segundo trimestre de 2023, em comparação com o primeiro trimestre do ano, a agropecuária caiu 8,0%, mas a indústria cresceu 1,1%, e os serviços avançaram 0,3%. “Já era esperada essa desaceleração (no PIB geral no segundo trimestre), mas tinha essa expectativa se o número seria positivo ou negativo. Mas a gente conseguiu, devido a essa contribuição da indústria e dos serviços, manter essa estabilidade, pelo menos não caiu”, pontuou Trece. “A gente deve ter um segundo semestre mais desafiador. Esse segundo trimestre já está mostrando isso, embora seja positivo.” Segundo a pesquisadora do Ibre/FGV, a agropecuária já garantiu “um bônus” na economia este ano, graças à safra recorde, especialmente de soja. O setor deve entregar uma contribuição de 0,7 ponto porcentual para a taxa de crescimento do PIB brasileiro de 2023, prevê. “Não é pouca coisa”, ressalta. Ela lembra que 90% da colheita de soja acontece até abril, então o grosso dessa contribuição do campo para a economia já ocorreu. Daqui em diante, Trece espera uma influência maior, especialmente dos serviços e da indústria extrativa. “A extrativa mineral também está sendo um benefício este ano. A gente está com um número bom tanto para petróleo quanto para minério de ferro este ano, os principais produtos da extrativa”, apontou a economista, que prevê um avanço em torno de 2,5% no PIB brasileiro de 2023. Embora espere um possível impacto positivo do programa de governo Desenrola, para renegociação de dívidas, Trece acredita que o consumo das famílias ainda permaneça contido pelos altos níveis de endividamento no País, mas se sustente em território positivo no segundo semestre graças à demanda por serviços e bens não duráveis. No segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre deste ano, os dados do Monitor do PIB apontam que houve uma alta de 0,4% no Consumo das Famílias, mas queda de 0,3% no Consumo do Governo. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) subiu 0,2%. As exportações avançaram 4,0%, e as importações aumentaram 11,8%. Em relação ao segundo trimestre de 2022, o Monitor do PIB aponta crescimento de 2,6% na economia no segundo trimestre de 2023. A atividade econômica registrou uma elevação de 1,3% no mês de junho ante maio. Na comparação com o mês de junho de 2022, houve expansão de 2,7% em junho de 2023. Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 5,075 trilhões no primeiro semestre de 2023, em valores correntes.

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