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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 430 DE 03 DE AGOSTO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 430 |03 de agosto de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Ausência de compradores renova baixas na arroba em várias praças

Frigoríficos e pecuaristas manifestam redução nas margens operacionais, resultando em lentidão nos negócios e dúvidas em relação ao rumo dos preços no curto prazo


Com os pecuaristas e os frigoríficos se ausentando dos negócios, o mercado do boi gordo continuou travado na semana, com poucos negócios realizados na quarta-feira, 2 de agosto, informaram as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro. Em São Paulo, o animal terminado segue valendo R$ 230/@, enquanto a vaca gorda é negociada por R$ 205/@ (no prazo, valores brutos), relata a Scot Consultoria. Por sua vez, a novilha gorda paulista registrou recuo de R$ 5/@ nesta quarta-feira, atingindo R$ 220/@, preço bruto e a prazo, acrescentou a Scot. No mercado paulista, o “boi-China” está sendo negociado em R$ 235/@, no prazo, bruto, com ágio de R$ 5/@ sobre o valor do animal “comum”. Segundo apuração da S&P Global Commodity Insights, em âmbito nacional, as cotações da arroba no mercado físico do boi gordo registraram novas quedas na quarta-feira. “Apesar da oferta mais enxuta de boiada gorda, os volumes disponíveis no mercado são suficientes para atender as necessidades das unidades de abate, uma vez que o lento ritmo do escoamento da produção de carne bovina eleva a cautela das indústrias”, afirmaram os analistas da S&P Global. Pelo lado da oferta alguns produtores brasileiros permanecem liquidando os seus lotes remanescentes de boiada gorda, preocupados com o avanço da estação de seca. Já as indústrias registram aperto nas margens operacionais, tanto nas vendas ao mercado interno como nas exportações. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 238/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 232/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 202/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 197/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 228/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 199/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 194/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 192/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Quedas para os preços do suíno vivo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 112,00/R$ 116,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 8,80/kg/R$ 9,20/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (1), houve recuo de 1,75% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,17/kg, baixa de 0,33% no Paraná, alcançando R$ 5,97/kg, retração de 0,34% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 5,82/kg, leve queda de 0,17% em Santa Catarina, com preço de R$ 5,71/kg, e de 3,37% em São Paulo, fechando em R$ 6,02/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Preços no mercado do frango com altas pontuais na quarta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,80/kg, enquanto o frango no atacado teve alta de 1,77%, valendo R$ 5,50/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,19/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,36/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (1), a ave congelada teve alta de 1,18%, chegando a R$ 6,00/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 1,35%, fechando em R$ 6,00/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


Em São Paulo, autoridades chinesas participam de encontro com avicultura e suinocultura do Brasil, diz Abpa

Diretor geral e membros da Ciqa debatem questões técnicas com exportadores de carne de frango e de suínos do Brasil; vice-governador do RS e secretários do estado, além do diretor-presidente da Adapar participam do encontro


O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), Ricardo Santin, recebeu ontem (02) o vice-presidente da Agência de Inspeção e Quarentena de Entrada e Saída do Governo da China (Ciqa), Wang Zhiyong, e o secretário da Agência, Duan Xiaohong, juntamente com representantes de organizações importadoras de proteína animal do país asiático. O encontro ocorreu na sede da entidade, em São Paulo (SP). Em sua apresentação, o presidente da Abpa reforçou a ampla capacidade dos produtores de aves e de suínos do Brasil em fornecer produtos de alta qualidade e sustentabilidade. Também reforçou os rígidos controles adotados pelo Brasil, o reforço aos protocolos de biosseguridade e a ampla ação de monitoramento frente aos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves silvestres. Santin lembrou que o Brasil segue livre de registros da enfermidade em planteis comerciais. O presidente da Abpa também reforçou o pedido, já apresentado pelo Ministério da Agricultura do Brasil, pelo reconhecimento de toda a área brasileira livre de aftosa sem vacinação – status já obtido junto à Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). Atualmente, apenas o estado de Santa Catarina possui este reconhecimento, o que permite a realização de exportações de carne suína com osso e de miúdos de suínos para o mercado chinês. O encontro contou com a participação do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, além dos secretários de Agricultura do Estado, Giovani Feltes, e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e da diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria de Agricultura gaúcha, Rosane Collares. Durante o encontro, o vice-governador apresentou um convite às representações chinesas para a realização de missões sanitárias no sistema gaúcho. Também foi feito um convite para a Expointer, com início previsto em 26 de agosto, em Esteio (RS). Representando o governo paranaense no encontro, o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, esteve presente, juntamente com membros da agência de defesa. Na ocasião, os representantes paranaenses apresentaram a robustez da estrutura de defesa agropecuária, além de reforçar a importância da produção de proteína animal para o Estado. "Com total transparência, destacamos nossa posição como parceiros no auxílio à segurança alimentar da população chinesa. Queremos ampliar as relações comerciais com este que é o mais relevante mercado para a proteína animal do Brasil", avalia Ricardo Santin. Além de autoridades do Brasil e da China, o encontro reuniu representantes de agroindústrias exportadoras de aves e de suínos para o mercado chinês.

Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa)


EMPRESAS


BRF conclui joint venture com empresa da Arábia Saudita para consolidar liderança no Oriente Médio

Criação da nova empresa tem como principal objetivo desenvolver a indústria halal no país por meio de inovação


A BRF anunciou a constituição da joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita. O acordo foi concluído ontem, 01/08, em continuação ao memorando assinado e comunicado ao mercado em outubro de 2022. A participação da BRF na sociedade será de 70% e a da HPDC representará 30%. A criação da nova empresa tem como principal objetivo desenvolver a indústria halal na Arábia Saudita por meio de inovação. A constituição do acordo prevê a criação de uma Sede para Negócios Halal, um Centro de Inovação de Alimentos Halal e um Centro de Excelência. “A consolidação da joint venture representa um passo muito importante e estratégico para a atuação global da BRF em um mercado de extrema relevância para a Companhia. A empresa segue consistente no desenvolvimento da região e da indústria de alimentos Halal como um todo”, destaca Marcos Molina, chairman do Conselho da BRF. A BRF está presente no Oriente Médio há mais de 50 anos, onde fornece produtos para 14 países da região. A Sadia é líder de mercado na categoria de frangos e reconhecida como a marca preferida da região com 38% de share entre os consumidores do mercado halal. A marca é a terceira mais escolhida nos Emirados Árabes, de acordo com pesquisa da Kantar Brand Footprint 2023, divulgada em julho. Desde 2009, a empresa tem distribuição própria na Arábia Saudita e em 2020 adquiriu uma unidade de processamento de alimentos no país.

ASSESSORIA BRF


Mais um frigorífico pede recuperação judicial

O Frigorífico Boibras em São Gabriel do Oeste (MS), solicitou recuperação judicial para renegociar dívidas no valor de R$ 51,1 milhões


O juiz da Vara de Falências e Recuperações Judiciais de Campo Grande determinou uma perícia na documentação antes de avaliar o pedido, concedendo um prazo de 180 dias para tentar resolver a crise financeira. O pedido inclui também o açougue Bigbeef em Campo Grande e a transportadora RC. Os advogados da empresa solicitaram uma liminar para proteger o patrimônio das empresas, mas o juiz preferiu analisar os dados financeiros primeiro. O Frigorífico Boibras continua operando normalmente, com capacidade para abater 620 animais diariamente, mas a média atual é de 500 abates. A empresa possui cerca de 400 funcionários, e o sindicato Sindimassa não estava ciente do pedido de recuperação. O frigorífico comercializa carne no mercado local, bem como em estados do Sudeste e Sul, e exporta para o Chile e países árabes. Se o pedido for aprovado, as ações e execuções contra a empresa serão suspensas por 180 dias, e a empresa terá 60 dias para apresentar um plano de renegociação das dívidas, que incluem débitos bancários, trabalhistas e com fornecedores.

PECUARIA.COM.BR


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Ritmo de contratações na indústria do PR desacelera no primeiro semestre

Setor é o segundo que mais contratou, com participação de 17% nos empregos formais do estado. O Paraná ocupa a quinta posição no ranking nacional na geração de empregos na indústria este ano, superado por São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina


A indústria do Paraná contratou 1.362 trabalhadores em junho. Foi o segundo setor que mais admitiu profissionais no estado, atrás apenas do setor de serviços, que abriu 4.843 novas vagas. A construção civil ficou em terceiro (1.035), seguida de comércio (754) e agropecuária, que fechou 95 postos. No total, o Paraná gerou 7.899 empregos no mês. O resultado da indústria superou em 61% o registrado em maio, quando foram abertas 846 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho. No Brasil, o setor industrial foi responsável por 12.117 empregos formais (com carteira assinada) em junho. Embora junho tenha sido positivo, a oferta de empregos no setor caiu 40% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre, a redução é de 31% frente aos primeiros seis meses de 2022. E, nos últimos 12 meses, também caiu 67% em relação ao período que vai de julho do ano passado até junho deste ano. O Paraná ocupa a quinta posição no ranking nacional na geração de empregos na indústria este ano, superado por São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, somando 12.280 contratações. No período, a indústria brasileira criou 135.361 postos. “A indústria, assim como os demais setores da economia, enfrenta um ambiente adverso à geração de emprego”, sinaliza a analista de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Mari Santos. Das 24 atividades analisadas pelo Caged em junho, 13 abriram novas vagas. O setor alimentício lidera o ranking no Paraná, com 1.275 novas admissões. Na sequência aparecem fabricação de produtos químicos (406), manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (183), produtos diversos (164) e madeira (117). Os que mais dispensaram trabalhadores no mês foram automotivo (-206), confecções e artigos do vestuário (-198), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-154), produtos têxteis (-113) e metalurgia (-98). Já no acumulado de janeiro a junho, apenas cinco segmentos, dos 24 avaliados, fecharam mais vagas do que abriram. São eles, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-887), metalurgia (-304), fabricação de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (-198), minerais não-metálicos (-115) e outros equipamentos de transporte (-35). Do outro lado, setor alimentício abriu 5.941 postos neste primeiro semestre. Depois aparecem fabricação de produtos químicos (1.336), confecções e artigos do vestuário (1.017), borracha e material plástico (884) e produtos de metal (704). O município campeão de oportunidades preenchidas na indústria paranaense foi Assis Chateaubriand, no Oeste do estado, com 1.050 novas contratações. Maringá está em segundo lugar, com 894. Seguida por Toledo (833), Cascavel (831) e Rolândia (811). Curitiba está do outro lado do ranking, como a cidade que mais demitiu trabalhadores este ano na indústria (-1.799). Palotina (-248), Matelândia (-222), Tapejara (-209) e Quedas do Iguaçu (-173) completam a lista.

FIEP


TCU aprova pagamento de R$ 3,7 bi pela Copel para renovação de concessões e destrava privatização

Tribunal considerou não haver impedimento para o prosseguimento das concessões de três usinas para a estatal paranaense; privatização poderá ser concluída nos próximos dias


Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), aprovaram na quarta-feira, 2, o processo da renovação das concessões de geração hídrica de três usinas da Copel. Com isso, o processo de privatização da estatal paranaense poderá ser concluído nos próximos dias. Na sessão, o tribunal considerou que foram atendidos os requisitos previstos e que não haveria impedimento para o prosseguimento das concessões das usinas Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), Governador Ney Braga (Segredo) e Governador José Richa (Salto Caxias). Juntas, elas respondem por aproximadamente 60% da capacidade de geração de energia da empresa. O valor estabelecido pelo governo para a renovação das concessões aprovado pelo TCU foi de R$ 3,719 bilhões. A Copel espera usar parte do dinheiro da privatização para pagar pelas outorgas. A decisão constitui uma etapa do processo de obtenção de novo contrato de concessão das UHEs pelo prazo de 30 anos, segundo a Copel. “É uma etapa importante para a conclusão da Oferta Pública de Distribuição de ações da companhia”, destaca a empresa. Em seu voto, o relator, ministro Antonio Anastasia, disse que acatou uma recomendação do ministro Vital do Rêgo para recomendar que o Ministério de Minas e Energia (MME) avalie a conveniência e a oportunidade de estabelecer, em futuras concessões, parâmetros para que parte do bônus de outorgas arrecadado pela União seja destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Com essa sinalização, a tendência é que a oferta de ações por meio da qual o governo do Paraná reduzirá sua participação, aconteça na próxima terça-feira, 8. E, ao final do procedimento, passarão a ser válidas as mudanças no estatuto da companhia que a transformam numa empresa de capital disperso (corporation), na qual nenhum acionista poderá exercer direito a voto correspondente a mais de 10% de participação. Durante a sessão houve sustentação oral do advogado Edson Abdala, que representou a Frente Parlamentar de deputados da oposição ao governo Ratinho Jr., e que são contrários à privatização. Ele sinalizou o interesse dos parlamentares de participar como terceiros interessados no processo, e pediu que seja validado um questionamento do grupo em relação a uma suposta diferença de R$ 5,9 bilhões nos cálculos. Na terça-feira, o ministro Anastasia já havia indeferido a participação da Frente Parlamentar no processo.

O ESTADO DE SÃO PAULO


ECONOMIA/INDICADORES


BC corta Selic em 0,50 ponto percentual e opta por estratégia menos conservadora

É a primeira redução desde 5 de agosto de 2020, quando cortou a taxa de 2,25% para 2%. O placar foi de 5 a 4


Após meses de pressão do governo para cortar juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu reduzir a taxa básica (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ano, na quarta-feira. É a primeira redução desde 5 de agosto de 2020, quando cortou a taxa de 2,25% para 2%. O placar foi de 5 a 4. O comitê ainda previu novo corte de 0,50 na próxima reunião, em setembro, "em se confirmando cenário esperado". Votaram por redução de 0,50 ponto Roberto Campos Neto, Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso. Outros quatro queriam queda de 0,25 pp: Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes. A Selic ficou estacionada em 13,75% ao ano por 12 meses depois do ciclo de alta mais agressivo desde a criação do regime de metas para a inflação, em 1999. De março de 2021 a agosto do ano passado, a autoridade monetária elevou os juros em 11,75 pontos percentuais. A decisão veio acima da mediana das expectativas do mercado, embora tenha crescido as apostas por um corte mais agressivo nas últimas semanas – em levantamento feito pelo Valor com 128 instituições financeiras e consultorias, 82 casas (64,6%) projetavam uma redução de 0,25 ponto percentual na Selic e 44 (36,4%) esperavam queda de 0,5 ponto. Essa é a primeira reunião do Copom com a participação dos diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gabriel Galípolo (política monetária) e Ailton Aquino (fiscalização). Os dados mais recentes de inflação mostraram um cenário mais favorável para a política monetária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,08% em junho, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado acumulado em 12 meses ficou em 3,16%, perto do centro da meta de 3,25% com tolerância de 1,5 ponto para mais e para menos. Para os anos seguintes, o objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3% com o mesmo intervalo. Além da queda no índice cheio, a média de cinco núcleos de inflação, que retiram do cálculo itens mais voláteis, passou de 6,72% em maio para 5,99% em junho. Esses indicadores são acompanhados de perto pelo colegiado e ainda estão acima da meta. O Copom se reúne novamente em 19 e 20 de setembro.

VALOR ECONÔMICO


Dólar à vista sobe com investidores de olho no exterior

Com investidores à espera da decisão do Copom sobre a Selic, o dólar à vista fechou a quarta-feira em leve alta ante o real, em sintonia com a elevação da moeda norte-americana no exterior, após a agência Fitch reduzir a classificação de longo prazo dos EUA na véspera, o que disparou a procura por ativos de menor risco em vários mercados


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8051 reais na venda, com alta de 0,29%. Na B3, às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,20%, a 4,8305 reais. Os mercados globais repercutiam no início do dia o corte da classificação dos EUA pela Fitch, na noite de terça-feira. A agência cortou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do país de "AAA" para "AA+", apontando para uma deterioração fiscal nos próximos três anos, bem como para uma alta da carga geral da dívida do governo. Em reação, os principais índices de ações nos EUA recuaram, enquanto o dólar ganhou força ante várias divisas, com investidores em busca de ativos mais seguros. “Houve uma aversão a risco no mercado global com o rebaixamento dos EUA pela Fitch. Isso não repercutiu bem nos mercados -- as bolsas ficaram em queda e o dólar subiu”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. Ainda assim, conforme um operador ouvido pela Reuters, as cotações ficaram “travadas” em margens estreitas, com investidores posicionados à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na noite da quarta. “Lá fora, o dólar ganhou espaço frente as principais moedas, como a libra, o euro e o dólar australiano. Mas no Brasil o real está conseguindo segurar esta deterioração de humor vinda de fora”, disse durante a tarde João Piccioni, analista da Empiricus Research. De fato, a moeda norte-americana à vista chegou a oscilar perto da estabilidade na segunda metade da sessão, para depois encerrar com leve alta ante o real.

REUTERS


Ibovespa tem queda discreta com expectativa sobre Selic atenuando exterior negativo

O Ibovespa fechou com um leve recuo na quarta-feira, apesar de perdas expressivas em Wall Street após corte da nota de crédito dos Estados Unidos, com agentes financeiros voltando as atenções para o Banco Central


No setor de proteínas, a JBS ON subiu 2,52%, a 19,5 reais, engatando a quarta alta seguida, conforme segue suscetível aos planos anunciados no mês passado pela companhia de listar suas ações nos EUA. Analistas do BTG Pactual, porém, esperam que a companhia apresente resultados mais fracos em todas as suas unidades de negócios no segundo trimestre ano a ano. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,32 %, a 120.858,72 pontos. O volume financeiro somou 20,8 bilhões de reais, de uma média diária do ano de 25,75 bilhões de reais. Na visão de estrategistas do JPMorgan, uma redução de 0,50 ponto poderia dar um impulso ao mercado, enquanto uma eventual queda em caso de um corte de 0,25 ponto seria uma oportunidade de compra, conforme relatório a clientes na quarta-feira, ressaltando que a equipe de economia do banco espera diminuição de 0,25 ponto. "Nos próximos meses, o ritmo da flexibilização, juntamente com a magnitude total do ciclo, continuará a guiar os movimentos do mercado, desde que haja uma sensação de que há uma oportunidade de 're-rating' à frente", afirmam Emy Shayo e equipe no relatório. Eles estimam que o Ibovespa pode avançar para perto de 135 mil pontos até o final de 2023 apenas com base na expansão de múltiplos impulsionada por juros mais baixos. "Além desse nível, será preciso ver o crescimento dos lucros e/ou a compressão do risco para que o mercado se expanda ainda mais." O Ibovespa contabilizou em julho o quarto mês seguido de alta, e acumula até a quarta-feira um ganho de 10,1% no ano. O capital externo voltou para as ações na B3, com as compras por estrangeiros superando as vendas em junho e julho, ampliando o fluxo em 2023 para mais de 24 bilhões de reais, sem incluir IPOs e follow-ons.

REUTERS


Otimismo do brasileiro é o maior em uma década

Segundo empresa de pesquisas Ipsos, Brasil só perde para a Indonésia em confiança no futuro.

Quedas dos preços de combustíveis, carros novos e alimentos básicos, como carne e leite, foram fatores que elevaram otimismo dos brasileiros


O nível de otimismo do brasileiro é o maior em uma década e a população do País só perde para a da Indonésia em termos de confiança no futuro, segundo levantamento mensal da Ipsos. O Brasil chegou a 60 pontos no Índice de Confiança do Consumidor da empresa de pesquisas, enquanto a média global ficou em 47,6 pontos. Nos últimos 12 meses, o indicador no País teve evolução de 13,9 pontos, a maior entre todas as 29 nações pesquisadas. Entre os acontecimentos que motivaram a melhora no otimismo dos brasileiros estão as quedas nos preços dos combustíveis, dos carros novos e de alimentos básicos, como carne e leite, segundo Marcos Calliari, presidente da Ipsos no Brasil. Além da deflação registrada no mês passado, diz ele, “as contas de luz também estão ficando pontualmente mais baratas, devido ao repasse do chamado ‘Bônus de Itaipu’ e houve avanço na aprovação da Reforma Tributária, que traz novo ânimo a uma parcela considerável da população.” Por outro lado, a confiança dos consumidores segue caindo em diversos países europeus, com destaque para Hungria (-4,7 pontos), Holanda (-2,4) e França (-2,1), além do Reino Unido, com queda de 4,2 pontos porcentuais em um mês. Além da alta na inflação, alguns países da região enfrentam recessão. A pesquisa foi realizada entre 23 de junho e 7 de julho de 2023, com 21 mil adultos de até 75 anos.

O ESTADO DE SÃO PAULO


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