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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 429 DE 02 DE AGOSTO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 429 |02 de agosto de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: cotações da arroba iniciam agosto sob grande pressão de baixa

Na terça-feira (1/8), os preços do boi “comum” e do “boi-China” recuaram R$ 5/@ no mercado paulista, para R$ 230/@ e R$ 235/@, respectivamente, informou a Scot Consultoria


O primeiro dia útil do mês começa com preços majoritariamente estáveis para o boi gordo, efeito da baixa liquidez de negócios, informou a S&P Global Commodity Insights. “Apesar da oferta enxuta de animais prontos para abate na maior parte das regiões produtoras do Centro-Sul do Brasil, o baixo consumo doméstico de carne bovina mantêm fraca a demanda por boiada gorda, renovando o fôlego de movimentos especulativos”. Segundo a S&P Global, o mercado segue atento quanto ao resultado das exportações brasileiras de carne bovina em julho/23. “Há uma grande frustração em relação aos embarques, sobretudo em relação ao valor da tonelada negociado no mercado externo”, observou a S&P Global. De acordo com relatos de agentes exportadores, houve contratos (para carne bovina brasileira in natura) negociados abaixo de US$ 4 mil por tonelada, pressionando ainda mais as margens de operação, já prejudicadas pela fragilidade do câmbio. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria na terça-feira (1/8), em São Paulo, grande parte dos frigoríficos ficou fora das compras de boiadas gordas, com escalas de abates o suficiente para atender um mercado com dificuldade no escoamento de carne. Com isso, as cotações do boi “comum” (enviado para o consumo doméstico) e do “boi-China” recuaram R$ 5/@, enquanto o preço da vaca gorda teve baixa diária de R$ 2/@. O boi gordo paulista está sendo negociado em R$ 230/@ (valor bruto, no prazo), com negócios ocorrendo abaixo da referência, informa a Scot. A vaca gorda é vendida por R$ 205/@, enquanto a novilha gorda vale R$ 225/@ (preços brutos e a prazo), também no mercado de São Paulo. O “boi-China” está sendo negociado em R$ 235/@ (bruto e a prazo), em SP, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 238/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 232/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 207/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); GO- Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 197/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 228/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 199/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 194/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Volume exportado de carne bovina recua 4% em Julho/23 frente ao comparativo anual

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o volume exportado de carne bovina ficou em 160,7 mil toneladas no fechamento de julho/23


Isso significou queda de 4% frente ao total embarcado no ano passado, com 167,1 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária exportada ficou em 7,6 mil toneladas, recuo de 3,80%, frente a julho do ano anterior, com 7,9 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 4.740 por tonelada, queda de 27,60% frente aos dados de julho de 2022, com US$ 6.549 por tonelada. O valor negociado para o produto ficou em US $ 762,2 milhões, US$ 1,094 bilhão no ano anterior. A média diária ficou em US $ 36,2 milhões, queda de 30,40%, frente a julho do ano passado, com US$ 52,1 milhões.

AGÊNCIA SAFRAS


Ágio do bezerro frente ao boi gordo recua fortemente em MT

Preço do animal jovem recuou 36,8% em julho/23, ante julho/21 (período de alta do ciclo pecuário), enquanto o macho terminado teve queda de 29,5% na mesma base de comparação, aponta Imea eu redução de 29,51%, compara o instituto

Nas praças de Mato Grosso, o ágio entre a arroba do bezerro de ano (com 7@) e do boi gordo fechou julho/23 em 33,8%, com redução de 13,57 pontos percentuais em relação ao resultado de mesmo período de 2021, período de alta do ciclo pecuário, relata o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). “Esse reajuste negativo foi motivado pela maior retração nos preços do bezerro ante o boi gordo, que saiu de R$ 445,04/@, em julho/21, para R$ 281,28/@, em julho/23, uma queda de 36,8%”, informa o Imea. Por sua vez, considerando a mesma base de comparação, o boi gordo sofreu redução de 29,51%, compara o instituto. Segundo o Imea, o cenário atual, que reflete o momento de baixa do ciclo pecuário, favorece o aumento do rebanho para os recriadores, uma vez que o custo com aquisição de bovinos equivale a 64,46% do custeio da atividade de recria e engorda em Mato Grosso (dado referente ao 2º trimestre de 2023).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Preços em queda generalizada no mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve baixa de 0,88%/0,85%, chegando a R$ 112,00/R$ 116,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 8,80/kg/R$ 9,20/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (31), houve queda de 2,18% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,28/kg, baixa de 0,50% no Paraná, atingindo R$ 5,99/kg, recuo de 1,02% no Rio Grande do Sul, custando R$ 5,84/kg, baixa de 0,69% em Santa Catarina, com valor de R$ 5,72/kg, e de 3,71% em São Paulo, fechando em R$ 6,23/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de carne suína em julho é maior do que a de junho/22

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura nos 21 dias úteis de julho foram maiores em receita e volume do que as de julho de 2022, com leve queda no comparativo com junho deste ano


Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, quando for contabilizado, além dos produtos in natura, os processados, serão mais de 100 mil toneladas de carne suína exportada. "O Brasil consegue distribuir melhor as vendas, mas o que está pesando um pouquinho é o preço médio. Isso vem mantendo o mercado externo mais vantajoso que o interno, mas é preciso monitorar, pois é um momento de retração nos preços”, disse. A receita, US$ 233,4 milhões, é 11,6% maior do que a de julho de 2022, com US$ 209,1 milhões. No volume, as 94.176 toneladas são 7,2% superiores a julho do ano passado, com 87.833 toneladas. Na receita, US$ 233.4 milhões arrecadados em julho deste ano representam redução de 6% em relação aos US$ 248,3 milhões registrados em junho deste ano. No volume, 94.176 toneladas são 3% inferiores às 97.139,221 toneladas exportadas em junho. Na receita por média diária, US$ 11,1 milhões, ela é 11,6% maior do que a de julho de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 1,6%. Em toneladas por média diária,4.484 toneladas, houve incremento de 7,2% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, alta de 2,5%, comparado às 4.374 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.478, ele é 4,1% superior ao praticado em julho passado. Frente ao valor atingido na semana anterior, queda de 0,8% em relação aos US$ 2.498 anteriores.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Frango na granja e no atacado sobem em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja teve aumento de 2,13%, chegando a R$ 4,80/kg, enquanto o frango no atacado teve alta de 2,73%, valendo R$ 5,50/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,19/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,36/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (31), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preço, valendo, respectivamente, R$ 5,93/kg e R$ 5,92/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de carne de frango em julho supera volume de 2022 e passa de 400 mil toneladas

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura nos 21 dias úteis de julho conseguiram superar em volume o que foi embarcado em julho de 2022

Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, "mesmo com esse desempenho de exportação impressionante, com o Brasil vendendo 400 mil toneladas mensalmente com alguma regularidade, ainda sobra produto no mercado interno. Isso vai além da necessidade de importar; existe a necessidade de se fazer um ajuste produtivo, fazer cortes na produção, para que a avicultura consiga conviver com margens melhores", disse.

A receita, US$ 787,1 milhões, representa 94,11% do total arrecadado em todo o mês de julho de 2022, que foi de US$ 836,3 milhões. No volume, as 404.605 toneladas são 7,54% maiores do que o total registrado em julho do ano passado, com 376.211 toneladas. Na receita, os US$ 787,1 milhões arrecadados em julho deste ano representam redução de 5,50% em relação aos US$ 832,9 milhões registrados em junho passado. No volume embarcado, as 404.605 toneladas são 3,49% menores do que as 419.253 toneladas exportadas em junho. Na receita por média diária, US$ 37,4 milhões, ela é 5,9% menor do que a registrada em julho de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 3,97%. Em toneladas por média diária, 19.266 toneladas, alta de 7,5% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se queda de 3,17% em relação às 19.899,534 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.945, ele é 12,5% inferior ao praticado em julho do ano passado. Frente a semana anterior, retração de 0,82%.

AGÊNCIA SAFRAS


LEGISLAÇÃO


Regra antidesmate da União Europeia provoca apreensão no agronegócio

Maioria dos setores não sabe como atender às normas e reclama que nova lei da UE é mais rigorosa que Código Florestal brasileiro e procura se sobrepor a ele


A regra antidesmatamento da União Europeia, que proíbe importações de produtos com origem em áreas desmatadas, está atemorizando produtores brasileiros. Alguns não sabem como cumprir a regra e afirmam que as exigências europeias são mais restritivas que a própria legislação brasileira. Alertam para potencial aumento de custos e perda de competitividade nos produtos brasileiros enviados à Europa. Os laços comerciais entre Brasil e UE vêm crescendo: a corrente de comércio passou de US$ 69,9 bilhões em 2018 para US$ 74,8 bilhões em 2021 e US$ 95,2 bilhões em 2022. Em 12 meses até junho chegou a US$ 95 bilhões. A UE é o segundo principal destino das exportações brasileiras, atrás somente da China. Mas o futuro dessa relação no médio prazo é incerto. Aprovado em abril pelo Parlamento Europeu e em vigor desde 29 de junho, o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, na sigla em inglês) deve impactar 356 produtos brasileiros de sete cadeias produtivas - café (que tem metade da produção exportada para a Europa), soja (15%), carne bovina e couro (5%), cacau (5%), madeira e papel (13%), óleo de palma (10%) e borracha (4%), segundo o Ministério da Agricultura. A lei europeia proíbe a entrada de produtos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento até dezembro de 2020, seja legal ou não. O Código Florestal brasileiro permite que na Amazônia legal sejam desmatadas 20% da área de floresta onde a propriedade está situada e 65% no cerrado. Dentre as principais punições que a nova legislação europeia prevê estão a suspensão do comércio importador, apreensão e destruição dos produtos e multas de até 4% do valor anual arrecadado pela operadora responsável. A nova regra começa a ser aplicada em dezembro de 2024, o que significa que produtores têm menos de 18 meses para implementar mecanismos e rastrear as cadeias. A UE diz que é necessário recolher dados sobre coordenadas de geolocalização de onde foram produzidas as commodities e que grandes produtores e exportadores são responsáveis por fiscalizar, podendo comparar a geolocalização com imagens de satélite ou mapas de cobertura florestal para avaliar o atendimento aos requisitos. Pequenos e médios produtores têm 24 meses para se adaptar. O setor de carne bovina ainda não sabe ao certo quais procedimentos terá de implementar para conseguir cumprir as exigências até dezembro de 2024. “Não sabemos quais mecanismos usar. Se quisermos cumprir tudo, teremos de rastrear desde o nascimento do animal, e não apenas a última fazenda por onde ele passou antes do abate”, diz Paulo Mustefaga, Presidente Executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). “Se formos cumprir tudo o que determina o novo regulamento para exportar para a UE, quantos dólares a mais vai nos custar? Ainda não sabemos, mas haverá mais custos de certificação e implementação, o que pode resultar em perda de competitividade dos nossos produtos.” Mustefaga argumenta que um produto pode ser barrado na Europa por ser proveniente de área desmatada ilegal segundo as regras europeias, mas legal dentro do Código Florestal brasileiro, o que para ele é “uma grande incoerência”. Leia mais em: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/08/02/regra-antidesmate-da-uniao-europeia-provoca-apreensao-no-agronegocio.ghtml

VALOR ECONÔMICO


GOVERNO


Ministério da Agricultura atualiza normas para abate de vacas prenhas

Dentre as mudanças, o protocolo veda o embarque dos animais com sinais de preparação para o parto

O Ministério da Agricultura publicou na terça-feira (1/8) portaria que atualiza as normas para abate humanitário de vacas prenhas publicado pela pasta em 2021. Dentre as mudanças, o protocolo veda o embarque dos animais com sinais de preparação para o parto. Dentre esses sinais descritos pela portaria estão a distensão da bacia, secreção vaginal e aumento do úbere decorrente da produção de colostro. Na prática, a medida inibe que fêmeas dêem a luz no curral de frigoríficos, que poderão ser autuados caso isso ocorra, segundo explica a fiscal agropecuária do Rio Grande do Sul, Raquel Cannavô. “Na rotina prática é comum a vaca parir no curral do frigorífico e, tendo esse artigo, isso se torna proibido e, se a vaca parir no frigorífico, ele vai ser autuado”, pontua a profissional ao destacar também os procedimentos a serem adotados com os fetos identificados durante o abate. O novo texto deixa claro que o manejo do feto, que em resumo prevê a sua remoção apenas após a sua morte, seja feito mesmo nos casos em que a prenhez seja identificada durante o abate. “Antes esses incisos estavam ligados a um artigo que dizia que as vacas prenhas deveriam ser separadas e, agora, está aplicado a qualquer fêmea mesmo que a gestação seja identificada na sala de abate”, explica a média veterinária. O abate de vacas prenhas passou a ser previsto no protocolo de abate humanitário do Ministério da Agricultura em 2021, o que gerou críticas tanto de entidades de proteção animal quanto de fiscais agropecuários envolvidos na atividade frigorífica. A mudança, segundo Cannavô, pode ser considerado um avanço do ponto de vista do bem-estar animal, mas ainda insuficientes para assegurar um manejo humanitário nesses casos. “Eu acredito que a redução do sofrimento aqui é mínima ainda porque o problema maior que a gente enxerga é o transporte da vaca no terço final de gestação. Isso já é um desrespeito, mas agora vamos começar a coibir aquelas que já estão realmente parindo” conclui a fiscal agropecuária.

Globo rural


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


TCU decide hoje destino da privatização da Copel

Corte analisa valor da outorga a ser paga à União para renovação de concessões de hidrelétricas da concessionária paranaense


O Tribunal de Contas da União (TCU) analisa hoje o bônus de outorga de valor de R$ 3,71 bilhões definido pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda a ser pago pela Copel para a renovação de concessões dos contratos das usinas Salto Caxias, Segredo e Foz do Areia, ativos somam 4,17 gigawatts (GW) de capacidade instalada. O julgamento marcado para o plenário desta quarta-feira é essencial para a privatização da empresa, visto que uma eventual não aprovação ou alteração dos valores a serem pagos à União pode levar ao cancelamento da oferta de ações lançada pela empresa na semana passada. A decisão da empresa foi de lançar a oferta mesmo sem que o assunto tivesse sido pautado, já que a intenção era de precificar a operação ainda em meados de agosto. A operação foi lançada com grande interesse de investidores, segundo fontes, com a oferta “já coberta”, ou seja, já com demanda suficiente para o sucesso da operação, incluindo com o comprometimento de investidores estrangeiros. No momento, apurou o Valor, a demanda no “book” do “follow-on” está em 1,5 vez, ou seja, cobrindo volume em 150%. O processo ocorre sob forte pressão sobre o tribunal. O Ministério Público enviou na quinta-feira (27) uma representação ao TCU para que seja suspenso o processo de privatização da Copel. O documento é assinado pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, e foi enviado ao tribunal um dia após a Copel confirmar a oferta pública. Além disso, a privatização é alvo de críticas da oposição ao governo de Ratinho Jr. (PSD) e da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Não aprovação ou alteração dos valores pode levar ao cancelamento da oferta de ações O processo tem a relatoria do ministro do TCU Antonio Anastasia e deveria ter sido votado na sessão plenária de 5 de julho, mas foi objeto de pedido de vista por 30 dias pelo ministro Vital do Rêgo e tem prazo regimental até o dia 2 de agosto, com a precificação da oferta programada nos dias seguintes. A questão foi retirada da pauta da corte em 14 de julho, fato que colocou ainda mais tensão se o processo iria ocorrer ou não. Apesar do risco apontado no lançamento da oferta pública, a expectativa é que os valores sejam aprovados sem grandes problemas, uma vez que os cálculos se baseiam em fórmulas já usadas em outros casos de renovação de concessões de usinas. O “follow on” da Copel segue os mesmos parâmetros do adotado pela Eletrobras, como o aumento do capital social da empresa, limitação do poder de voto dos acionistas ordinaristas a no máximo 10%, exclusão dos dispositivos da lei das estatais e a criação de uma “golden share”, ação de classe especial de titularidade do Estado do Paraná. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou o caso da Copel, dizendo que a privatização da elétrica estadual é um caso “completamente distinto” da Eletrobras por não envolver a participação direta do governo federal. Entretanto, o BNDESPar é um acionista relevante da empresa, detendo cerca de 24% do capital total da Copel, sendo 12,4% de ações ordinárias e 31% de preferenciais, e se manifestou recentemente contra a entrada da elétrica no Novo Mercado. Falta ainda a definição do preço mínimo pelo Tribunal de Contas do Paraná (TCE) para se chegar ao preço de venda das ações.

VALOR ECONÔMICO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista sobe 1,31% no Brasil após dados fracos da indústria chinesa

O dólar à vista fechou em alta firme ante o real nesta terça-feira, em um dia marcado pela fuga dos investidores de ativos de maior risco na maioria dos mercados, após a divulgação de dados industriais fracos em países da Ásia e da Europa, que elevaram as preocupações em torno da atividade econômica global


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7910 reais na venda, com alta de 1,31%. Foi a maior alta percentual em um único dia desde 6 de julho, quando a divisa subiu 1,62%. Na B3, às 17:30 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,38%, a 4,8175 reais. No início da sessão os mercados já repercutiam uma bateria de dados industriais decepcionantes, em especial da China. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria do Caixin/S&P Global caiu para 49,2 em julho, de 50,5 em junho, abaixo das previsões dos analistas de 50,3. Foi o primeiro declínio na atividade chinesa desde abril. A marca de 50 separa crescimento de contração. Já o PMI de manufatura final do Japão caiu para 49,6 em julho, ante os 49,8 de junho. Na Europa, houve resultados fracos nos PMIs da França, da Alemanha, do Reino Unido e da zona do euro. Os resultados elevaram os receios em torno de uma desaceleração econômica global, em que a China -- importante importador de commodities -- tem potencial para afetar exportadores como o Brasil. Em reação, o real perdeu força ante o dólar. De acordo com Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, o dia foi de “fuga do risco” nos mercados globais. “O ponto que mais está pegando são os dados que saíram de ontem (segunda-feira) para hoje (terça) de alguns PMIs de atividade industrial, que vieram bem fracos. Os dados ruins geram uma sensação de risk-off”, pontuou Izac.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda com Vale e Petrobras antes de decisão de juros

No setor de proteínas, a MINERVA ON valorizou-se 1,29%, a 10,22 reais, em sessão positiva para o setor de proteínas, com JBS ON em alta de 1,28% e MARFRIG ON avançando 0,4%


O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, pressionado particularmente pelo declínio de Petrobras e Vale, em sessão também marcada por expectativas para o desfecho da reunião de política monetária do Banco Central. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,57%, a 121.248,39 pontos. O volume financeiro somou 23,2 bilhões de reais. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia na quarta-feira, após o fechamento do mercado, sua decisão sobre a Selic, atualmente em 13,75%. De acordo com a sócia e especialista da Blue3 Investimentos, Bruna Centeno, há uma expectativa muito grande para a decisão do Copom, com a maior parte do mercado esperando um corte de 0,25 ponto percentual, mas alguns prevendo uma queda de 0,50 ponto. "Todo mundo quer saber qual será o tom do Copom", acrescentou. O BC mantém a Selic em 13,75% ao ano desde setembro de 2022, quando interrompeu um agressivo ciclo de altas que tirou a taxa de uma mínima histórica de 2% -- atingida em agosto de 2020, quando a economia sentia os efeitos da pandemia de Covid-19. Pesquisa da Reuters com 46 economistas mostrou que 36 esperam que o BC cortará os juros básicos em 0,25 ponto, enquanto dez aguardam uma queda de 0,50 ponto. Na curva de DI, também não há consenso sobre o resultado da reunião. Estrategistas do BTG Pactual avaliam que a perspectiva de o BC dar início a um ciclo de afrouxamento monetário neste mês pode impulsionar ainda mais as ações brasileiras. Em relatório a clientes, eles afirmaram que ainda há espaço para ganhos na bolsa.

REUTERS


Balança comercial brasileira tem superávit de US$9,035 bi em julho, diz MDIC

A balança comercial brasileira registrou superávit de 9,035 bilhões de dólares em julho, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados na terça-feira, com exportações de 29,062 bilhões de dólares e importações de 20,027 bilhões de dólares


Este foi o maior saldo comercial para meses de julho em toda a série histórica da secretaria. "O saldo comercial tem batido recordes, motivado pela redução da importação e uma certa resiliência das exportações, mesmo com a queda de preços", pontuou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Alves Brandão, durante entrevista coletiva. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de 8,223 bilhões de dólares para julho. A Secex, que está ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), projeta um saldo positivo para a balança comercial em 2023 de 84,7 bilhões de dólares. A secretaria projeta exportações de 330,0 bilhões de dólares no ano e importações de 245,2 bilhões de dólares. Os dados da Secex mostraram ainda que o saldo comercial acumulado no ano até julho foi de 54,100 bilhões de dólares. O desempenho foi resultado de exportações de 194,742 bilhões de dólares, contra importações de 140,642 bilhões de dólares.

REUTERS


Mercado de trabalho/Cepea: População ocupada no agro soma 28 mi, o maior número para um 1º tri desde 2012

A população ocupada (PO) no agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2023 somou 28,1 milhões de pessoas, conforme nova metodologia aplicada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)


Trata-se do maior número para um primeiro trimestre dessa nova série histórica, iniciada em 2012. Com isso, a participação do setor no total de ocupações do Brasil foi de 27%. Frente ao primeiro trimestre de 2022, a PO do setor aumentou 0,9% (aproximadamente 237 mil pessoas). Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado foi decorrente do maior contingente ocupado nos agrosserviços (+6,7%, ou de aproximadamente 616 mil pessoas) – o que reflete sobretudo o excelente desempenho da produção agrícola dentro da porteira, já que as safras recordes se traduzem em expansão dos serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros prestados ao agronegócio. Quanto ao perfil da mão de obra, na comparação entre trimestres iguais, pesquisadores do Cepea indicam que o aumento da PO do agronegócio foi puxado por empregados, sobretudo com carteira (evidenciando um avanço na formalização do emprego), por trabalhadores com maior nível de instrução (tendência verificada no setor desde o início da série histórica) e por mulheres (houve aumento da participação feminina no período).

Cepea


Indústria do Brasil surpreende e cresce em junho pelo 2º mês

O setor industrial brasileiro surpreendeu e registrou alta da produção em junho pelo segundo mês seguido, mas ainda assim terminou o segundo trimestre sem conseguir recuperar perdas anteriores em meio às dificuldades apresentadas pelo encarecimento do crédito


A produção industrial do Brasil avançou 0,1% em junho em relação ao mês anterior, resultado que contrariou a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,1%. Em maio, a indústria registrou aumento da produção de 0,3%, mas os resultados positivos dos dois meses não revertem a queda de 0,6% vista em abril. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 0,3%, de acordo com os dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em linha com a expectativa. “Ainda que o primeiro semestre de 2023 mostre saldo positivo de 0,5% quando comparado com o patamar de dezembro de 2022, o ritmo está muito aquém do que o setor precisa para recuperar as perdas do passado recente, afinal, ainda se encontra 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia de fevereiro de 2020”, explicou André Macedo, analista da pesquisa no IBGE. Segundo especialistas, a indústria deve continuar enfrentando problemas à frente, pressionada pelos juros elevados, endividamento das famílias e pela estagnação global da atividade manufatureira. A taxa básica Selic está em 13,75%, nível restritivo para a economia, mas a expectativa é de que o Banco Central inicie o afrouxamento monetário ao anunciar sua decisão de política monetária na quarta-feira, após dois dias de reuniões. No mês de junho, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e sete dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram crescimento na produção. A maior influência positiva veio das indústrias extrativas, que avançaram 2,9% em junho depois de crescerem 1,4% em maio, influenciadas pelo avanço na extração de petróleo e minérios de ferro. Outros setores que contribuíram para o resultado positivo de junho foram confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%), de produtos de borracha e de material plástico (1,2%) e de produtos de metal (1,2%). Já os destaques negativos ficaram para a produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,0%) e máquinas e equipamentos (-4,5%). Entre as categorias econômicas, os Bens de Consumo foram os únicos com aumento da produção, de 0,3%, enquanto os Bens de Capital e os Bens Intermediários tiveram respectivamente quedas de 1,2% e 0,3%.

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