CLIPPING DO SINDICARNE Nº 424 DE 26 DE JULHO DE 2023
- prcarne
- 26 de jul. de 2023
- 21 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 424 |26 de julho de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: arroba fica estável nas praças brasileiras, mas pressão de baixa continua
Com as vendas de carne bovina demonstrando fragilidade no varejo doméstico, a pressão negativa sobre o preço do boi gordo continua pelas praças brasileiras, informaram na terça-feira, 25 de julho, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário
Segundo apuração da S&P Global Commodity Insights, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo seguiu esparso na terça-feira. De acordo com a consultoria, muitas indústrias alegam possuir elevados estoques de carne nas câmaras frigoríficas em função da morosidade no escoamento da produção. Desta forma, a estratégia adotada é limitar as compras de gado gordo e aguardar por repiques de negócios com a virada de mês (fim das férias escolares e período de recebimento dos salários nas contas dos trabalhadores). No atacado, relata a S&P Global, mesmo depois das quedas nos preços dos principais cortes bovinos, o fluxo de negócios não ganhou maior tração. Neste ano, a produção de carne de frango, no Brasil, está em expansão, ao mesmo tempo em que os custos de produção da cadeia avícola diminuíram devido a safra recorde de grãos no País, justificam os analistas. No mercado paulista, segundo dados da Scot Consultoria, os preços dos animais terminados ficaram estáveis nesta terça-feira. “Com as escalas de abates tranquilas, a ponta compradora desacelerou”, destaca a Scot, referindo-se ao mercado de São Paulo. Com isso, o boi gordo “comum” (destinado ao consumo interno) segue negociado em R$ 240/@, enquanto a vaca e novilhas gordas são vendidas por R$ 212/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo), informa a Scot. A cotação do “boi-China” vale R$ 250/@ (valor bruto e a prazo), em São Paulo, com ágio de R$ 10/@ sobre o macho “comum”. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 238/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 207/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 228/@ (prazo) vaca R$ 202/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 228/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 205/@ (prazo) vaca a R$ 184/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 209/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 297/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
Queda do boi favorece os grandes confinamentos
Estruturas com capacidade para receber mais de 10 mil animais receberão 52% das 7 milhões de cabeças que devem ser terminadas em 2023, segundo censo da DSM-Firmenich
O recuo do preço do boi gordo nos últimos meses e os prejuízos financeiros no ano passado desencorajaram o confinamento em unidades de pequeno e médio porte em 2023. Os grandes negócios, no entanto, esperam encerrar o ano com um desempenho parecido com o do anterior — aumentando sua participação no total de gado confinado no país. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a arroba do boi em São Paulo foi negociada, em média, a R$ 275,49 no primeiro semestre. O valor é 17,3% inferior à média do mesmo período do ano passado. Censo realizado pela DSM-Firmenich, em abril de 2023, indica que confinamentos com capacidade para receber mais de 10 mil animais receberão 52% das 7 milhões de cabeças que devem ser terminadas nessa modalidade em 2023. O número total de cabeças deve se manter estável em relação ao ano passado, enquanto a participação dos grandes confinamentos aumentará um ponto percentual — ou seis pontos percentuais se o comparativo for com 2021. Hugo Cunha, gerente técnico de Confinamento da DSM-Firmenich para a América Latina, afirma que as condições climáticas favoráveis à terminação a pasto também jogam contra o crescimento da atividade intensiva. “A umidade favorece a condição dos pastos, e muitos produtores optam por fazer um giro só”, afirma. Na pecuária, o primeiro período de confinamento (giro) compreende animais terminados entre março e maio, enquanto o segundo começa em abril e vai até dezembro. Pecuaristas responsáveis por grandes confinamentos e boitéis (instalações que recebem animais de outros pecuaristas) do país afirmaram à reportagem que a queda no número de animais confinados no primeiro período dificilmente será compensada no segundo. “O milho estava mais barato, mas a arroba caiu bastante, e o cenário futuro ficou muito incerto, o que fez o pecuarista se retrair bastante”, diz André Campanini, gerente técnico corporativo da MFG Agropecuária. Segundo ele, a empresa deve confinar praticamente o mesmo número de animais (próprios e de terceiros) do ano passado, cerca de 220 mil. O diretor técnico da Agro Pastoril Paschoal Campanelli, Victor Campanelli, diz que os pequenos confinamentos vão terminar menos animais neste ano, e que alguns boitéis encontraram dificuldade para atingir níveis operacionais saudáveis. Na empresa dele, a expectativa é aumentar de 90 mil para 120 mil o número de animais este ano. Todo o gado confinado por ele é próprio. Segundo Campanelli, a desvalorização do boi e a manutenção das taxas de juros em patamares elevados desencorajam o confinamento nas empresas menos competitivas. “Não vejo uma quebradeira no setor, mas houve uma perda de valor muito grande de quem tinha estoque [de milho e de gado]. Tem muito investidor que vai perder dinheiro e não vai voltar para o negócio”, avalia. Hugo Cunha relata que são poucos os pecuaristas afetados muito diretamente pela taxa de juros. “Isso se reflete mais no produtor ou confinador que opera alavancado, que precisa de crédito para comprar animais. Mas a maioria já vem com esse animal da recria e engorda”, afirma. O que o gerente da DSM vê como tendência é um menor investimento na ampliação ou na melhoria da infraestrutura do confinamento. “O pecuarista vai deixar para um ano em que o juro esteja mais acessível, porque o retorno demora”. Na Agro Pastoril Paschoal Campanelli, a estratégia é agregar valor combinando agricultura e pecuária. Das lavouras saem boa parte da ração para o gado, que devolve esterco em forma de adubo orgânico. “É algo sustentável, e não só para o meio ambiente. Fizemos um mais um virar três”, afirma Victor Campanelli. Para ele, a tendência é que a atividade do confinamento acabe se consolidando nas grandes estruturas, que são mais competitivas, com pequenos e médios pecuaristas ficando com as etapas de cria e recria. O sócio diretor do confinamento Maximus Feedlot, Antonio Sartor Neto, mais conhecido como Neto Sartor, afirma que muitos pecuaristas que entraram no ramo de confinamento quando o boi estava em alta devem acabar saindo da atividade agora. “Foi mais falta de juízo do que má sorte”, afirma. Em 2022, os confinamentos geridos por Sartor fizeram a terminação de cerca de 90 mil animais (dele e de terceiros), desempenho que deve se manter neste ano.
Globo Rural
SUÍNOS
Suínos com quedas fortes e generalizadas
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF caiu 3,33%/3,23%, chegando a R$ 116,00/R$ 120,00, enquanto a carcaça especial cedeu 2,15%/2,06%, custando R$ 9,10/kg/R$ 9,50/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (24), houve recuo de 2,80% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,59/kg, baixa de 3,78% no Paraná, valendo R$ 6,11/kg, desvalorização de 2,79% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 5,29/kg, queda de 1,29% em Santa Catarina, custando R$ 6,13/kg, e de 1,62% em São Paulo, fechando em R$ 6,66/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Paraná decreta emergência zoosanitária para proteger o setor avícola
Para agilizar o atendimento nos casos notificados de suspeita de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) e ter acesso facilitado a recursos no combate à doença, o Governo do Paraná decretou na terça-feira (25) estado de emergência zoosanitária no Estado pelo prazo de 180 dias
A medida, que teve aprovação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), é uma forma de alinhar as ações com o Ministério da Agricultura e Pecuária. Em maio, o ministério já havia adotado essa providência e agora orientou para que decretos semelhantes fossem assinados pelos estados com vistas ao trabalho conjunto entre as 27 unidades da Federação e o Distrito Federal, garantindo agilidade nos processos, disponibilidade imediata de recursos, caso necessário, e segurança para os importadores do frango brasileiro e para os consumidores. “É importante deixar claro que essa é uma medida protetiva. Com esse decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, livrando-nos de algumas barreiras burocráticas caso se detecte a gripe aviária”, salientou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que também preside o Conesa. “A medida possibilita ainda acesso mais imediato a recursos que nos ajudem a manter o controle já estabelecido no Estado”. Até agora o Paraná detectou sete casos da doença apenas em aves silvestres migratórias, o que está dentro do esperado, visto que há migração natural de pássaros entre os continentes em busca de alimentação e para reprodução. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), todos os focos já foram declarados encerrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. “O que temos de evitar, empregando todos os meios possíveis, é que adentre granjas comerciais”, reforçou o secretário. A avicultura foi a atividade que mais gerou valor nas propriedades rurais do Paraná em 2022. Nas mais de 19 mil granjas produtoras de frango de corte, de recria e de ovos foi gerado um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 45 bilhões.
SEAB-PR
Frango fica estável no sul na terça-feira (25); ave no atacado paulista sobe
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve elevação de 2,91%, valendo R$ 5,30/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,19/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (24), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preço valendo, ambos, R$ 5,78/kg.
Cepea/Esalq
Após orientação do MAPA sobre declaração de emergência zoossanitária para gripe aviária, sete Estados adotam medida
Santa Catarina, Bahia, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná e Sergipe seguiram o Ministério, com medida válida por 180 dias
Após reunião realizada entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com governadores e representantes dos estados e Distrito Federal orientando para que os governos declarem o estado de emergência zoossanitária e reforcem as ações de contenção e impeçam o avanço da influenza aviária, cinco Estados adotaram a medida. Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia,Tocantins, Paraná e Sergipe seguiram a orientação. O estado de emergência zoossanitária já havia sido declarado pelo Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ainda no dia 22 de maio, após o início das detecções de casos da doença em aves silvestres no país. Santa Catarina já havia adotado estado de emergência logo após a declaração do MAPA. Até a tarde desta terça-feira (25), o país conta com 67 ocorrências da doença, sendo 65 em aves silvestres e duas em aves de fundo de quintal, em Santa Catarina e no Espírito Santo.
MAPA
Brasil tem 68 focos de gripe aviária
O Brasil tinha 68 focos de influenza aviária de alta patogenicidade confirmados até a noite de terça-feira (25), após um novo caso confirmado em ave silvestre em Santa Catarina, em Itapoá, segundo dados atualizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
O país continua livre de casos em aves comerciais, do setor produtivo. Entre os casos confirmados, 66 são em aves silvestres e dois em aves domésticas. Sete investigações com coletas de amostras estavam em andamento na terça-feira (25). Desde o primeiro caso de gripe aviária confirmado no último dia 15 de maio, 1.591 investigações foram realizadas no país, das quais 353 com coleta de amostras. O estado com o maior número de focos é o Espírito Santo (28 em aves silvestres e um em ave de subsistência), seguido de Rio de Janeiro (15 em aves silvestres), São Paulo (09), Paraná (07), Bahia (04), Santa Catarina (dois em aves silvestres e um em ave de subsistência) e Rio Grande do Sul (01). Ao menos seis estados brasileiros já decretaram emergência zoossanitária até terça-feira (25): Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Tocantins e Sergipe, segundo levantamento da CarneTec. O Mapa declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em 22 de maio, dias após o primeiro caso de gripe aviária em ave silvestre ter sido identificado no Espírito Santo. Santa Catarina decretou emergência zoossanitária na quinta-feira (20), segundo informações da Secretaria da Agricultura do Estado. No mesmo dia, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse em publicação em sua conta oficial do Twitter que também tinha decidido decretar emergência zoossanitária por 180 dias. Na sexta-feira (21), o governo de Mato Grosso do Sul também adotou a medida, mesmo sem ter registrado caso da doença. O governo do estado reivindicou ao governo federal um aporte de R$ 2,7 milhões para reforçar barreiras sanitárias e unidades móveis de fiscalização, entre outras medidas, segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). O governo do Tocantins adotou a emergência zoossanitária na sexta-feira (21), conforme publicação no Diário Oficial do estado. A Bahia decretou emergência zoossanitária no sábado (22), como parte de um “pacto coletivo” entre governadores que participaram da reunião do Mapa, segundo o governador Jerônimo Rodrigues, em nota divulgado pelo governo da Bahia. O governo do Sergipe publicou decreto declarando emergência zoossanitária no Diário Oficial estadual de terça-feira (25). O ministro Fávaro está em missão oficial na Ásia nesta semana, quando encontrará representantes do governo japonês para reafirmar as medidas de segurança sanitária na produção brasileira. O Japão suspendeu compras de carne de frango produzidas no Espírito Santo e em Santa Catarina, após a confirmação de focos de gripe aviária em aves domésticas, de subsistência, nestes estados.
CARNETEC
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Porto de Paranaguá tem maior volume de exportação em 50 anos com maiores embarques de soja
As exportações pelo corredor leste do Porto de Paranaguá, o segundo mais movimentado do Brasil, totalizaram 11,1 milhões de toneladas no primeiro semestre, o maior volume para um único semestre desde a criação do porto há 50 anos, disseram as autoridades portuárias de Paranaguá na terça-feira
Executivos do porto citaram um aumento significativo nos embarques de grãos em geral, mas destacaram a soja, cujo volume de exportação saltou 22,4% depois que o Brasil colheu sua maior safra de todos os tempos em 2023. As exportações de soja representaram 6,5 milhões de toneladas do total embarcado no primeiro semestre via Paranaguá, ou quase 60%, segundo autoridades. Em seguida, veio o farelo de soja, com cerca de 24% dos embarques totais, e o milho, que representou cerca de 17% -- ou 1,9 milhão de toneladas. O Brasil envia a maior parte de sua soja para a China, mas nesta temporada, a quebra de safra na Argentina provocou vendas de volumes inéditos para o próprio país vizinho, que também é um grande fornecedor global de soja e subprodutos. Em 2023, o Brasil também está colhendo safra recorde de milho, ajudando a aumentar a demanda por serviços portuários nos primeiros meses do ano. Tradicionalmente, o Brasil exporta a maior parte do milho no segundo semestre, quando compete com o produto norte-americano nos mercados globais. De acordo com analistas, problemas com a oferta da Ucrânia e a nova demanda da China, que aprovou importações brasileiras de milho em dezembro passado, também estão aumentando a demanda pelo milho brasileiro este ano. As autoridades de Paranaguá disseram que os resultados do primeiro semestre também refletem o aumento da eficiência portuária, citando o tempo médio de atracação no corredor leste caindo para 2,35 dias em junho, de 2,84 dias em junho do ano passado. O ritmo médio dos embarques subiu para cerca de 1.088 toneladas por hora, ante cerca de 817 toneladas/hora no mesmo período do ano passado, informou o porto.
REUTERS
Clima ainda limita avanço da colheita do milho no Paraná, relata Deral
Trabalhos avançaram de 6 para 11% em uma semana
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou para 11% do total. Até aqui, 70% das lavouras estão em maturação, 30% ainda em frutificação. Os técnicos do Deral classificam 83% das lavouras como em boas condições, 15% das lavouras em médias e 2% em ruins. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que a colheita ocorre somente em áreas pontuais, com predomínio de lavouras em maturação, na região Norte. O clima úmido está retardando a maturação e postergando a colheita nas regiões Oeste e Centro-Oeste. “O efeito cigarrinha continua sendo o principal fator de queda de produtividade. Apesar disso, o fechamento da safra deverá registrar uma das melhores médias de produtividade”, destaca a publicação. Na região Noroeste o ritmo de colheita aumento aproveitando as boas condições de umidade dos grãos, mas muitas lavouras ainda se encontram nas fases de frutificação e maturação. “Tem sido identificada variação de produtividade em alguns municípios devido a momentos de seca ocorridos na fase inicial do plantio ou do florescimento”, relatam os técnicos. Já na região Sul, o milho segunda safra apresenta bom desenvolvimento com lavouras em fase de frutificação e maturação. Porém, devido ao atraso no plantio, alongamento de ciclo e demora na perda de umidade, grande parte ainda não foi colhida.
SEAB-PR/DERAL
Copel prevê lançar oferta para privatização até 4ª-feira, podendo levantar até R$5 bi
A Copel anunciou na terça-feira que planeja lançar, até quarta-feira, a oferta de ações que levará à sua privatização
Em fato relevante, a companhia elétrica paranaense disse que a potencial operação poderia levantar entre 4,3 bilhões e 5 bilhões de reais, com base no preço de fechamento de sua ação na segunda-feira. A companhia elétrica disse ainda que a operação deve ser constituída por emissão primária de ações, além da oferta secundária, tendo como vendedor o Estado do Paraná. O "follow on" de privatização, que foi inspirado na operação da Eletrobras, deve ir a mercado mesmo sem haver uma definição sobre condições consideradas importantes para a operação que estão pendentes de análise por órgãos de controle. O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda precisa definir o bônus de outorga que a Copel deverá pagar pela renovação da concessão de três usinas hidrelétricas, em operação atrelada à oferta de privatização. O processo começou a ser apreciado pelo plenário da Corte no início de julho, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo. O ministro disse que poderia trazer o caso novamente ao plenário antes do prazo regimental de 30 dias, que encerra no início de agosto. Por ora, o processo não entrou na pauta de julgamento do TCU desta semana. Em paralelo, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná deverá fixar o preço mínimo para que o governo venda suas ações na oferta. Assim como no caso da Eletrobras, esse preço não se tornará público.
REUTERS
Inadimplência no Paraná fica abaixo da média nacional em junho
O índice de inadimplência do Paraná ficou abaixo da média nacional em junho de 2023, de acordo com o Mapa da Inadimplência da Serasa. O índice atingiu 42%, pouco abaixo dos 43,78% relativos à população adulta brasileira. No total são 3.766.560 paranaenses inadimplentes, cujas dívidas somam mais de R$ 20,9 bilhões
Segundo a Serasa, o índice nacional teve a primeira queda no ano, com redução de 450 mil pessoas inadimplentes sobre os 71,9 milhões de endividados no período, uma queda de 0,63%. Ao mesmo tempo, o número total de dívidas também caiu, passando de 264,5 milhões (maio) para 262,8 milhões (junho), uma queda de -0,62%. Já o valor total de dívidas no mês passado ficou em R$ 346,3 bilhões, com um valor médio das dívidas por pessoa de R$ 4.846,15. “Apesar do cenário econômico ainda desfavorável, com inflação e juros altos, a primeira queda na inadimplência do ano representa um dado significativo e que pode sinalizar melhoras na saúde financeira dos consumidores”, avalia a gerente do Serasa Limpa Nome, Aline Maciel.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
IPCA-15 cai em julho pela 1ª vez desde setembro e taxa em 12 meses vai abaixo do centro da meta
O IPCA-15 registrou deflação em julho pela primeira vez em dez meses diante do recuo nos preços da energia elétrica, com a inflação em 12 meses no menor nível em quase três anos e abaixo do centro da meta, em um resultado que deve dar uma direção mais clara ao Banco Central sobre o tamanho e velocidade do provável afrouxamento monetário a ser iniciado em agosto.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) recuou 0,07% em julho, contra variação positiva de 0,04% em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. O resultado do mês foi o mais baixo desde setembro de 2022 (-0,37%), e a queda foi mais intensa do que a expectativa em pesquisa da Reuters de uma variação negativa de 0,01%. Considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, o índice passou a acumular em 12 meses até julho alta de 3,19%, de 3,40% em junho, contra projeção de analistas de 3,26%. É a leitura mais fraca nessa base de comparação desde setembro de 2020 (+2,65%), e passa a ficar abaixo do centro da meta para a inflação deste ano, que é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. O Banco Central se reúne em 1 e 2 de agosto para deliberar sobre a política monetária, com ampla expectativa de que inicie um ciclo de afrouxamento monetário. Atualmente a taxa básica Selic está em 13,75%, patamar elevado que atrai fortes críticas do governo. Diante de uma desinflação no país, o próprio BC já indicou que pode iniciar em agosto os cortes, desde que se mantenha o cenário de arrefecimento da inflação, e o dado do IPCA-15 deve consolidar essa expectativa. A pesquisa Focus divulgada na terça mostra que a aposta do mercado é de um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. Os dados do IPCA-15 mostram que principal impacto negativo para o resultado de julho decorreu do recuo de 3,45% nos preços da energia elétrica residencial após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho. Também ajudou no recuo de 0,94% do grupo Habitação e julho a deflação de 2,10% nos preços do botijão de gás, segundo o IBGE. Também apresentou deflação o grupo Alimentação e bebidas, de 0,40%, graças à queda de 0,72% nos custos da alimentação em domicílio. Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se feijão-carioca (-10,20%), óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). Na outra ponta, os Transportes subiram 0,63% em julho, com aumento de 2,99% nos preços da gasolina. O gás veicular também subiu (0,06%), enquanto óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação. Com esses resultados, os combustíveis registraram alta de 2,28% no mês.
REUTERS
Dólar à vista fecha em alta de 0,38%, a R$4,7509 na venda
Após atingir na véspera o menor valor em 15 meses, o dólar à vista passou na terça-feira por uma sessão de realização de lucros e fechou em alta, com investidores ponderando também a perspectiva de corte de juros no Brasil e aumento nos EUA, nas próximas reuniões de política monetária.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7509 reais na venda, com alta de 0,38%. Na B3, às 17:03 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,44%, a 4,7535 reais. No início do dia, a moeda norte-americana à vista chegou a oscilar no terreno negativo no Brasil, dando continuidade ao movimento da véspera, mas a divisa acabou migrando para o positivo, com alguns investidores realizando lucros e refazendo posições compradas no mercado futuro (no sentido de alta para as cotações).
REUTERS
Ibovespa sobe com promessa de estímulo na China e apostas sobre Selic após IPCA-15
O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com a disparada de Vale e outras empresas de commodities metálicas diante da expectativa de estímulos econômicos na China, enquanto uma deflação maior que a esperada do IPCA-15 em julho ampliou apostas de um corte de 0,5 ponto percentual na Selic na semana que vem.
Weg, Bradesco e aéreas foram destaques negativos, limitando os ganhos. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 0,58%, a 122.045,12 pontos, de acordo com dados preliminares, o que seria o maior patamar de fechamento desde agosto de 2021. Na máxima, o índice tocou o nível dos 123 mil pontos. O volume financeiro somava 22,3 bilhões de reais.
REUTERS
Taxas futuras de juros caem após IPCA-15 registrar deflação em julho
As taxas dos contratos futuros de juros fecharam a terça-feira em queda no Brasil, na esteira da divulgação de dados que indicaram deflação em julho, o que ampliou as chances precificadas na curva a termo de o Banco Central iniciar o novo ciclo de redução da Selic com corte de 0,50 ponto percentual na semana que vem.
Este foi o terceiro dia consecutivo de baixa nas taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs). O gatilho para o movimento foi a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mostrou deflação de 0,07% em julho, contra variação positiva de 0,04% em junho, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do mês foi o mais baixo desde setembro de 2022 (-0,37%), e a queda foi mais intensa do que a expectativa de pesquisa da Reuters, de variação negativa de 0,01%. Considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, o IPCA-15 passou a acumular em 12 meses até julho alta de 3,19%, de 3,40% em junho. A projeção dos analistas era de 3,26%. “Já se vê este movimento de queda das taxas faz um bom tempo. Com esta confirmação do IPCA-15 mais fraco, o mercado está basicamente dando sequência à tendência mais clara de queda dos juros, que começou em março”, afirmou Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos. Segundo ele, apesar dos recuos recentes, os DIs mostram taxas elevadas até o contrato para janeiro de 2029, perto de 10,5%, o que sugere um “caminho até confortável para cair mais que isso”.
REUTERS
Arrecadação federal tem queda real de 3,37% em junho, diz Receita
A arrecadação do governo federal teve queda real de 3,37% em junho sobre igual mês do ano anterior, a 180,475 bilhões de reais, informou a Receita Federal na terça-feira
O resultado é o segundo melhor da série histórica iniciada em 1995, com valores corrigidos pela inflação, abaixo apenas do resultado de 2022, quando ficou em 186,764 bilhões de reais. O dado veio acima da expectativa de mercado, conforme pesquisa da Reuters, que apontava para uma receita de 178 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a junho, o crescimento real da arrecadação foi de 0,31%, a 1,143 trilhão de reais. Em valores corrigidos pela inflação, foi o melhor resultado da série histórica. A arrecadação administrada pela Receita, que engloba a coleta de impostos de competência da União, caiu 2,70% em termos reais em junho, para 174,956 bilhões de reais. Já aquelas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, recuaram 20,60%, a 5,519 bilhões de reais. Os setores da economia em que a arrecadação caiu com mais força no mês foram combustíveis (recuo de 59%, queda equivalente a 8,970 bilhões de reais), extração de minerais metálicos (-59%, ou 1,453 bilhão de reais) e metalurgia (-50%, ou 1,172 bilhão de reais). No recorte por tipo de tributo, a maior queda ocorreu nos ganhos de Imposto de Renda da pessoa jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), uma retração real de 30,6% na comparação com junho de 2022, redução de 10,817 bilhões de reais. Segundo a Receita, esse comportamento foi influenciado por arrecadações atípicas de 6 bilhões de reais em IRPJ e CSLL em junho do ano passado, o que distorceu o dado deste ano.
REUTERS
FMI passa a ver crescimento de mais de 2% do Brasil em 2023
O Fundo Monetário Internacional melhorou com força sua estimativa para o crescimento da economia do Brasil neste ano depois do forte desempenho no primeiro trimestre, mas rebaixou a perspectiva para 2024 em relatório divulgado na terça-feira
Na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI passou a ver uma expansão do Produto Interno Bruto do Brasil de 2,1% em 2023, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação à estimativa de abril. No entanto, para 2024 a projeção do FMI foi reduzida em 0,3 ponto percentual, para 1,2%. Segundo o FMI, a revisão para cima na estimativa deste ano se deve "ao aumento na produção agrícola no primeiro trimestre de 2023, com repercussões positivas na atividade em serviços". A economia brasileira superou as expectativas no primeiro trimestre com uma taxa de crescimento de 1,9%, refletindo o desempenho mais forte do setor agrícola em quase três décadas. Mas a política monetária restritiva ainda deve pesar com mais intensidade sobre a atividade à frente, contendo a expansão. Após esse resultado do PIB as projeções do FMI feitas em abril foram criticadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse desejar provar que o Fundo estava errado sobre sua perspectiva para o crescimento do país. Mas mesmo com a revisão, a estimativa do FMI para 2023 ainda é um pouco mais pessimista do que a do Ministério da Fazenda, que este mês passou a calcular um crescimento de 2,5% para o PIB deste ano, contra previsão de 1,9% feita em maio. Para 2024, a pasta apresentou estimativa de alta de 2,3%, a mesma de maio.
O desempenho melhor esperado do Brasil foi um dos motivos por trás da melhora de 0,3 ponto na estimativa para o crescimento da América Latina e Caribe, para 1,9%, em 2023. Reflete também um crescimento mais forte esperado para o México, com aumento de 0,8 ponto percentual na estimativa, a 2,6%, o que representa, portanto, um desempenho melhor do que o do Brasil, devido à recuperação pós-pandemia em serviços e em meio à resiliência da demanda dos Estados Unidos. Para 2024, a previsão para a região da América Latina e Caribe permaneceu em expansão 2,2%. Já para o grupo de Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, o FMI melhorou sua projeção de expansão em 2023 em 0,1 ponto percentual, mas piorou a de 2024 pela mesma magnitude, a, respectivamente 4,0% e 4,1%.
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Analistas da focus reduzem projeções para inflação e dólar e seguem vendo corte de 0,25 p.p. na Selic em agosto
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram suas expectativas para a inflação de 2023 a 2025 e passaram a ver o dólar abaixo de 5 reais este ano, mas mantiveram a expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual na Selic na próxima semana
De acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira, a projeção para a alta do IPCA caiu a 4,90%, 3,90% e 3,50%, respectivamente, em 2023, 2024 e 2025, de 4,95%, 3,92% e 3,55% antes. Para 2026 a projeção para a inflação permaneceu em 3,50%. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou ainda que os analistas seguem vendo redução da taxa básica de juros na reunião da semana que vem do BC dos atuais 13,75% para 13,50%. Eles também mantiveram o cenário de que a Selic terminará este ano a 12,0% e o próximo a 9,50%. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que o dólar passou a ser estimado em 4,97 reais ao final de 2023, contra 5,0 reais na semana anterior. Para 2024 a moeda norte-americana segue sendo calculada em 5,05 reais. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento permaneceram em 2,24% e 1,30% para este ano e o próximo.
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Confiança do consumidor no Brasil vai a pico em 4 anos e meio em julho, diz FGV
A confiança do consumidor no Brasil subiu em julho para o maior patamar em quatro anos e meio, informou na terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), principalmente devido à melhora das expectativas sobre o futuro diante de arrefecimento da inflação e otimismo sobre o programa do governo de renegociação de dívidas
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV Ibre subiu 2,5 pontos em julho, para 94,8 pontos, pico desde janeiro de 2019 (95,3). No período, o Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção do consumidor sobre o momento presente, avançou 1,1 ponto, para 76,8 pontos. O destaque, no entanto, foi o ganho de 3,4 pontos do Índice de Expectativas (IE), que chegou a 107,4 pontos, máxima desde janeiro de 2019 (108,5). "Os resultados refletem o arrefecimento da inflação, a recuperação da renda do trabalho e as expectativas quanto ao início de programas voltados para a quitação de dívidas", explicou Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre. "Atualmente, o maior obstáculo para a recuperação mais robusta da confiança do consumidor parece ser o cenário de endividamento e inadimplência, agravado pelos juros elevados", ponderou ela. Por outro lado, como os mais recentes dados de inflação brasileiros têm, num geral, mostrado sinais claros de arrefecimento, há amplas expectativas no mercado financeiro de que o Banco Central começará a cortar a taxa Selic já em sua reunião de agosto. Os juros básicos estão atualmente em 13,75%. Quanto ao endividamento das famílias, foi lançado em julho o programa Desenrola, com o objetivo de renegociar dívidas e limpar nomes em cadastros de inadimplentes. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o programa completou uma semana de funcionamento com 500 milhões de reais em dívidas renegociadas e 2 milhões de registros desnegativados.
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