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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 421 DE 21 DE JULHO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 421 |21 de julho de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: mercado físico com baixa liquidez ao longo da semana

Na quinta-feira, 20 de julho, o mercado brasileiro do boi gordo registrou estabilidade na maioria absoluta das regiões brasileiras, informaram as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. No geral, diz S&P Global Commodity Insights, os frigoríficos seguem fora das compras de boiadas gordas, trabalhando apenas com compromissos de curtíssimo prazo.


A lentidão no escoamento da carne bovina, sobretudo ao mercado interno, explica a posição de cautela das indústrias brasileiras. Por sua vez, os frigoríficos que tem de compor as suas operações de abate tentaram efetivar novas negociações em preços inferiores aos pisos atuais da arroba do boi gordo, prevalecendo a estabilidade nas cotações da arroba. Frigoríficos que operam somente com vendas ao mercado interno registram escalas que não avançam mais de três dias, e optam em paralisar as suas operações em pelo menos dois dias da semana. Por sua vez, informa a S&P Global, entre as indústrias que operam atendendo ao mercado externo, há relatos de escalas de abate que já avançam a primeira semana de agosto/23. “Tais condições entres os compradores limita a liquidez de negócios, fomentando a especulação baixista”, observa a S&P Global. Segundo a consultoria, os movimentos de baixa da arroba tomaram fôlego ao longo desta semana diante da onda de frio (e falta de chuva) registrado nas regiões pecuárias do Centro-Sul do País, condição que reduziu a capacidade de suporte das pastagens. Porém, na visão dos analistas da S&P Global, apesar do período de estiagem, há ainda uma janela de oportunidade para manejos integrados com pasto e suplementação, já que que o período de chuvas durante o primeiro semestre condicionou bons volumes de matéria verde nos campos. Em São Paulo, as cotações de todas as categorias terminadas seguiram estáveis na quinta-feira, informou a Scot Consultoria. “As escalas de abate estão bem posicionadas e há ofertas de compra para o boi gordo abaixo da referência, reflexo do fraco escoamento da carne e da queda nos preços dos cortes”, destacou a Scot. Com isso, o boi gordo seguiu valendo R$ 240/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 212/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está em R$ 250/@ em São Paulo, no prazo, valor bruto – portanto, com ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca R$ 207/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 264/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 209/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 297/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Cotações de suínos perdem força

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 126,00/R$ 128,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,05%/1,01%, custando R$ 9,40/kg/R$ 9,80/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (19), houve tímida alta de 0,15% em São Paulo, chegando a R$ 6,83/kg, e recuo de 0,81%, atingindo R$ 6,09/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,96/kg), Paraná (R$ 6,42/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,23/kg). As principais praças que comercializam suínos de forma independente, e que realizaram a Bolsa de Suínos na quinta-feira (20), registraram preços em queda para o animal vivo. A exceção foi o Paraná, que fechou a semana com leve alta. Lideranças do setor destacam uma oferta mais elevada do que a demanda, mesmo que as exportações tenham mostrado bom ritmo.

Cepea/Esalq


Suinocultura Independente: preços cedem na maior parte das praças

Com exceção de leve alta no PR, outros Estados mostraram recuos, pelo excesso de oferta em relação à demanda


No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 13/07/2023 a 19/07/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 1,62%, fechando a semana em R$ 6,05/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,23/kg vivo", informa o reporte do Lapesui. Em São Paulo, o preço caiu, saindo de R$ 7,00/kg vivo para R$ 6,83/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), com acordo entre suinocultores e frigoríficos. No mercado mineiro houve queda, passando de R$ 7,00/kg para R$ 6,50/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), após acordo entre suinocultores e frigoríficos. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve baixa, saindo de R$ 6,38/kg vivo para R$ 6,15/kg vivo nesta semana.

AGROLINK


Suínos: valores da carne suína continuam em alta no mercado interno

De acordo com levantamento do Cepea, a proteína suinícola perdeu competividade frente às concorrentes


Os valores médios da carne suína seguem avançando. De acordo com levantamento do Cepea, a proteína vem registrando valorizações sutis desde o encerramento de junho, ganhando força no início do mês, quando tradicionalmente a demanda se aquece, devido ao recebimento de salários. Com relação à competitividade, o preço médio da carne bovina também está avançando, enquanto o da carne de frango vem registrando queda nesta parcial de julho. Nesse cenário, a proteína suinícola perdeu competividade frente às concorrentes.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Mercado do frango desaquecido

Os preços para o mercado do frango na quinta-feira (20) registraram estabilidade ou leves perdas. Segundo análise do Cepea/Esalq, os valores da carne de frango estão em baixa em muitas regiões acompanhadas pelo órgão


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,39%, valendo R$ 5,13/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,21/kg, da mesma maneira que no Paraná, com valor de R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (19), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram leve queda de 0,17%, valendo, ambos, R$ 5,79/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


MAPA: produção de carnes crescerá 22% no Brasil

Segundo o estudo "Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/2023 a 2032/2033" realizado pela Secretaria de Política Agrícola, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção das carnes bovina, suína e de frango no Brasil terá um aumento de 6,6 milhões de toneladas nos próximos dez anos, representando um crescimento significativo de 22,4%


A previsão é de que a produção anual de carnes salte dos atuais 29,6 milhões de toneladas para 36,2 milhões de toneladas em 2032/2033. O estudo destaca que as carnes de frango e suína liderarão o crescimento, com altas estimadas em 28,1% e 23,2%, respectivamente. Já a produção de carne bovina apresentará um crescimento de 12,4%. Ainda assim, o Brasil manterá sua posição de liderança no mercado internacional de carne, abastecendo 28,5% do consumo global. Para alcançar essas projeções, o documento enfatiza a necessidade de investimentos em infraestrutura, pesquisa e financiamento no setor, dado o aumento da demanda por proteína animal. O estudo também destaca que o crescimento do mercado interno, as exportações e o aumento da produtividade serão os principais fatores impulsionadores desse crescimento. Aproximadamente 35,5% da produção de carne de frango será destinada ao mercado interno, enquanto a participação da carne suína será de 14,8%.

MAPA


GOVERNO


Governo analisa 12 propostas ‘verdes’ para o agro

Grupo de trabalho sugere ações para o Plano de Transição Ecológica da agropecuária


A agropecuária sustentável é um dos sete setores incluídos no Plano de Transição Ecológica que está em construção em Brasília e deverá ser lançado até setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao menos 12 propostas para o campo são discutidas por um grupo que auxilia o governo na elaboração do programa, apurou a reportagem da Globo Rural. Entre as ações prioritárias estão medidas como o aumento do limite de crédito rural para quem tem seguro rural, a implementação de selo ambiental para produtos alimentícios e a criação de um marco regulatório para produção e uso de bioinsumos. As propostas para o agronegócio que estão em análise incluem ações para capacitação no campo, incentivos econômicos, boas práticas de produção e combate ao desmatamento. Algumas já estão em fase de implementação, como a “fusão” do Plano Safra com o Plano ABC+, rebatizado de RenovAgro, com linhas de apoio à agricultura de baixa emissão de carbono. A novidade já foi anunciada no lançamento das linhas de crédito para a agricultura empresarial em junho deste ano. Na lista de ações de incentivo econômico, o grupo de apoio ao governo avalia a concessão de crédito para a conversão de pastagens degradadas. A indicação é que o financiamento deve ser dado em conjunto com a recuperação das pastagens e medidas de manejo. Outra sugestão é aumentar o limite de crédito rural de custeio agropecuário com recursos controlados para fazendas que possuem apólice de seguro rural vigente. Esses temas têm feito parte das discussões do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Um dos focos dele é buscar recursos internacionais, em parcerias com países como Japão e Arábia Saudita, para financiar a conversão das pastagens degradadas. A Pasta mantém diálogo também com tradings e multinacionais na mesma linha. O grupo de apoio à elaboração do plano discute a ampliação do alcance da Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e a requalificação de agentes que fazem assistência técnica e extensão rural. A intenção é melhorar o atendimento de setores que serão impulsionados com a transição para uma economia de baixo carbono. Cogita-se também o uso de recursos dos Fundos Constitucionais para apoiar a capacitação técnica, com a possibilidade de direcionar investimentos para entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Selo ambiental para alimentos Uma das propostas sugere a criação de um selo ambiental para produtos alimentícios. A ideia é, a médio prazo, criar estratégias educacionais de crianças para consumo dos alimentos com o selo e indicadores de impacto ambiental para tais produtos. Na lista das boas práticas agrícolas, a proposta do grupo inclui a elaboração de agenda comum para incorporar técnicas de baixa emissão de carbono no contexto da implementação da Política Nacional de Irrigação. Outro marco regulatório demandado é a criação de normas para a produção de bioinsumos nas próprias fazendas ("on-farm"). Também há indicação para desenvolver a produção agrícola em áreas urbanas em parceria com as principais metrópoles do país. A intenção é promover o cultivo de alimentos orgânicos, com logística facilitada, e a geração de “empregos verdes”. Outra proposta em discussão envolve os tributos pagos pelos produtores. A sugestão é passar aos municípios a arrecadação e a gestão do Imposto Territorial Rural (ITR) e das Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) de Uso do Solo. As sugestões também miram a redução do desmatamento atrelado à produção de alimentos. A proposta é estabelecer um sistema de rastreabilidade para o gado, como forma de impedir a comercialização de animais oriundos de terras desmatadas. Medidas parecidas, como o protocolo anunciado recentemente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), têm sido criticadas por integrantes do setor produtivo. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera o conjunto de medidas para tornar a economia mais verde, potencial marca da terceira gestão do presidente Lula. Como informou o Valor, o Plano de Transição Ecológica vai se basear em seis grandes eixos (finanças sustentáveis, adensamento tecnológico do setor produtivo, bioeconomia, transição energética, economia circular e nova infraestrutura e serviços públicos para adaptação ao clima) e pode ter mais de cem ações ao todo. Fontes que acompanham as discussões dizem que as propostas para o agro estão em linha com o que o governo quer anunciar, mas não garantem que elas estarão no documento final.

GLOBO RURAL


EMPRESAS


IAT concede licença ambiental para nova unidade da Frisia em Ponta Grossa

O Instituto Água e Terra (IAT) concedeu neste mês a Licença Ambiental de Operação que permite o início da construção de uma nova sede da Frísia Cooperativa Agroindustrial em Ponta Grossa, nos Campos Gerais


A empresa vai instalar um barracão climatizado (câmara fria) de 4,1 mil metros quadrados em uma área no km 495 da BR-376, próximo à atual planta empresarial. O investimento é de aproximadamente R$ 20 milhões, com previsão de finalização da estrutura para julho de 2024. Não há estimativa de quantos postos de trabalho serão gerados. Quando entrar em funcionamento, o complexo vai aumentar a capacidade de produção e de estocagem de sementes em cerca de 30%, garantindo ainda maior qualidade e segurança por meio da climatização. A Frísia, por meio da Sementes Batavo, é parceira das principais detentoras de genética de soja e trigo do Brasil e tem uma capacidade de produção que chega a 800 mil sacas por ano. Com quase um século de história, a Cooperativa Agroindustrial é a mais antiga do Estado e a segunda do Brasil, com unidades no Paraná e Tocantins. Em 2022, produziu 313 milhões de litros de leite, 1,1 milhão de toneladas de grãos, 75,7 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína, resultado do trabalho de 1.046 cooperados e 1.190 colaboradores. Por causa do trabalho de cooperativas como a Frísia, o Paraná se tornou o segundo maior produtor de leite do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, de acordo com levantamento mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Produz aproximadamente 4,4 bilhões de litros por ano. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apenas em 2021, a produção de leite gerou R$ 9 bilhões para o Estado. A região dos Campos Gerais é uma das maiores bacias leiteiras do Brasil. Os municípios com maior produção na região são Carambeí, Castro e Arapoti, com sistema produtivo predominantemente via cooperativas. Entre as condições que favorecem o setor estão a eficiência dos produtores, base sólida, alta aderência em tecnologia e qualidade genética, além de suporte técnico especializado.

Agência Estadual de Notícias


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Plantio de soja deve subir 27,5% e o de arroz, cair 65% em dez anos no Brasil

Projeção foi divulgada na quinta-feira pelo Ministério da Agricultura. Projeção para a safra total de grãos em 2022/23 é de 390 milhões de toneladas


A produção brasileira de grãos deverá chegar a quase 390 milhões de toneladas nos próximos dez anos, segundo estudo divulgado pelo Ministério da Agricultura. A projeção aponta para um crescimento de 24,1% na colheita das principais culturas, como soja e milho, em comparação com as 313,8 milhões de toneladas produzidas na safra 2022/23, e um incremento de 19,1%, passando dos atuais 77,5 milhões de hectares cultivados (entre primeira, segunda e terceira safras) para 92,3 milhões de hectares na temporada 2032/33. Os dados do Ministério da Agricultura sugerem um acréscimo de 75,5 milhões de toneladas de grãos no próximo decênio, com uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. O estudo indica ainda a incorporação de 14,5 milhões de hectares ao sistema produtivo até a safra 2032/33, com aumento anual de 1,7%. “Esses resultados indicam uma tendência de crescimento com ganhos de produtividade”, diz o documento. A adição de área plantada de grãos poderá vir da conversão de áreas atualmente degradadas, apontou a Pasta. De acordo com a análise, 78% da expansão deve ser ocupada com soja, um acréscimo de 12 milhões de hectares para o plantio da oleaginosa. "É previsto que a adição de 14,7 milhões de hectares à área plantada entre os dois períodos, conquanto representando um total significativo, poderá não representar um impacto negativo expressivo e acarretar necessariamente algum passivo ambiental de maior impacto. Para tanto, o papel das políticas públicas, como o Plano ABC+ (entre outras ações e políticas) será decisivo, além das numerosas iniciativas no campo da sustentabilidade estimuladas pelo setor privado", diz o estudo. Se considerar outras culturas, como frutas e hortaliças, a área ocupada pelas lavouras passará de 95 milhões de hectares para 105,8 milhões de hectares. As projeções mostram ainda a tendência de aumento da área plantada de soja e milho e redução das áreas de cultivo de arroz e feijão, o que vai na contramão das intenções do próprio governo, de incentivar a produção desses alimentos no país. Segundo o estudo, a área plantada de arroz deve sair de 1,4 milhão de hectares em 2022/23 para apenas 489 mil hectares daqui dez anos. Para o feijão, o cenário é de diminuição dos atuais 2,7 milhões de hectares para 1,7 milhão de hectares. Já a área de soja deve aumentar 27,5%, de 43,8 milhões de hectares para 55,8 milhões de hectares, e a de milho 17,1%, passando de 21,9 milhões de hectares para 25,7 milhões de hectares. A cultura do trigo também deve expandir, saindo de 3,3 milhões de hectares para 3,9 milhões de hectares. Juntas, as cinco principais culturas de grãos deverão ocupar 87,7 milhões de hectares na safra 2032/33.

GLOBO RURAL


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha em alta e volta a operar acima dos R$ 4,80 após dados dos EUA

O dia foi marcado pela apreciação global da divisa americana diante de dados mais fortes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos e com uma perspectiva otimista do setor manufatureiro

O dólar comercial encerrou a sessão da quinta-feira (20) em alta, voltando a operar acima da marca de R$ 4,80. O dia foi marcado pela apreciação global da divisa americana diante de dados mais fortes do mercado de trabalho nos Estados Unidos e com uma perspectiva otimista do setor manufatureiro, conforme apontou levantamento do Fed de Filadélfia. Por aqui, a sessão seguiu sem grandes novidades e com a liquidez levemente abaixo da média. Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,35%, a R$ 4,8023. A sessão de ontem começou com o dólar apresentando fraqueza frente a maioria das divisas, em especial frente ao yuan chinês, com a agência de notícias Reuters reportando que os bancos estatais chineses estão vendendo dólares para dar apoio à cotação da moeda chinesa. Depois de se beneficiar frente ao dólar por alguns minutos, a divisa brasileira passou a cair, principalmente após os dados de seguro-desemprego dos EUA. Os números vieram aquém da expectativa, indicando ainda uma resiliência do mercado de trabalho americano. Outro fator que pesou sobre as negociações hoje foi o levantamento do Fed Filadélfia com empresas do setor manufatureiro. Pesou também o fato de que, enquanto ainda há uma incerteza em torno da trajetória do Fed ao longo deste ano, outros BCs já alteram seus discursos. Depois do Banco Central Europeu (por meio de integrantes) sinalizar ajuste no tom, até então conservador, e dados de inflação no Reino Unido abrirem espaço para uma alta de juros menos agressiva pelo Banco da Inglaterra (BoE), hoje foi a vez dos BCs da Turquia e da África do Sul darem as cartas e também reforçarem o tom “dovish” (favorável à queda de juros). “O receio é de que a tensão entre Ucrânia e Rússia volte a mexer nos preços das commodities, como ocorreu no ano passado.”

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em alta com ajuste de posições em sessão de liquidez reduzida

Índice oscilou próximo à estabilidade durante boa parte do dia e ganhou algum ímpeto no fim do pregão


Em nova sessão com liquidez e gatilhos reduzidos na quinta-feira, o Ibovespa oscilou próximo à estabilidade durante boa parte do dia e ganhou algum ímpeto no fim do pregão, conforme agentes seguem ajustando posições à espera da temporada de balanços do segundo trimestre. No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,45%, aos 118.083 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (apurado até às 17h35) foi de R$ 15,43 bilhões no Ibovespa e R$ 20,56 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,68%, aos 4.534 pontos, o Dow Jones fechou em alta de 0,47%, aos 35.225 pontos, e o Nasdaq caiu 2,05%, aos 14.063 pontos. Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, diz que o noticiário local reduzido devido ao recesso parlamentar e os volumes de negócios mais contidos por conta das férias de verão no Hemisfério Norte têm levado alguns investidores a reduzir taticamente suas exposições, de maneira a ficarem "mais leves" enquanto aguardam maiores gatilhos de curto prazo para retomarem suas posições. Ainda assim, ele diz manter viés construtivo para ativos locais no terceiro trimestre, à espera que continuem sendo beneficiados por um ambiente ainda pró-risco nos mercados externos e um ambiente doméstico fortalecido com a iminente reforma ministerial, o que deve continuar suportando um bom trâmite da agenda econômica." Para analistas do Citi liderados por Antonio Junqueira, a leve queda apresentada pelo Ibovespa nos últimos 30 dias — após forte desempenho nos três meses anteriores — é uma “acomodação” que não deve ser lida como esgotamento do potencial de alta da bolsa local ou valuations caros. "A combinação de juros em queda e preços no patamar atual ainda apontam para uma perspectiva otimista de curto a médio prazo para as ações", escrevem.

VALOR ECONÔMICO


Prévia sinaliza nova deflação no IGP-M em julho

Commodities no atacado e gasolina no varejo ajudam a desacelerar a queda dos preços


A segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de julho teve queda de 0,72%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em igual prévia em junho, o recuo foi mais intenso, de 1,78%. Commodities e gasolina mais caras, respectivamente no atacado e no varejo, levaram ao resultado, informou André Braz, economista da FGV responsável pelo indicador. Mesmo com taxa negativa mais fraca na segunda prévia, é “muito provável” que o IGP-M de julho ainda termine em deflação, embora menor que no mês anterior, segundo ele. Em junho, o IGP-M caiu 1,93%. Braz disse que também ocorreu queda menos intensa de preços no atacado - que tem peso de 60% no total do IGP-M. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) na segunda prévia passou de -2,58% para -1,03% de junho para julho. No período, foram observados altas e quedas menos intensas de preços em minério de ferro (de -3,14% para 5%); milho em grão (-de 12,48% para -4,48%), trigo (de -6,36% para -0,36%) e soja (de -3,28% para -1,23%). O minério passa por movimento de recuperação de preços, após sucessivas quedas. Já no caso de trigo e soja, Braz lembrou recente embargo russo às exportações ucranianas desses dois itens. Isso reduz oferta e eleva preços. Embora as commodities tenham contribuído para queda mais fraca na segunda prévia do IGP-M de julho, bem como do IPA, esses produtos ainda têm muito “recuo acumulado”, em 12 meses até a segunda prévia de julho. Para ele, isso deve impedir que a alta de commodities no atacado seja repassada para derivados no varejo. E no varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) voltou a subir, e passou de -0,30% para 0,04%, da segunda prévia de junho para igual prévia em julho. “Mas isso foi causado por gasolina”, explicou. Mesmo com anúncios sucessivos de queda de preços nesse combustível este ano pela Petrobras, a gasolina passou de -11,02% para -6,42% na segunda prévia de junho para a de julho. A alta no preço já era esperada com a retomada de cobrança integral de impostos federais sobre o produto este mês. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) passou de 1,31% para 0,03%, da segunda prévia de junho para a de julho.

GLOBO RURAL


Agroindústria cresce em maio, informa FGV Agro

De acordo com a pesquisa mensal do FGV Agro sobre a Agroindústria, em maio de 2023, a produção agroindustrial registrou uma leve alta de 0,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior


A expansão só não foi mais intensa por conta do segmento de Produtos Não-Alimentícios, que registrou queda de -3,7%, impactado, sobretudo, por Insumos Agropecuários, Produtos Têxteis e Produtos Florestais. Em contrapartida, o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas registrou uma alta de 4,4%, apresentando expansão interanual pelo terceiro mês consecutivo. O melhor desempenho da Agroindústria, no mês, acompanha a evolução da conjuntura macroeconômica do país, que contou com uma inflação mais moderada, o que favoreceu o consumo das famílias e, consequentemente, a produção agroindustrial (notadamente, a de Produtos Alimentícios). Além disso, o mercado de trabalho demonstrou maior aquecimento, com redução da taxa de desocupação, apesar de a informalidade ainda se manter elevada.

FGV Agro


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