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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 420 DE 20 DE JULHO DE 2023

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 420 |20 de julho de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Especulação baixista ganha força

Em São Paulo, alguns frigoríficos seguiram fora das compras, trabalhando com escalas de abate alongadas, informou a Scot; boi gordo em SP segue estável, em R$ 240/@. As cotações recuaram neste meio de semana em algumas praças brasileiras, estimuladas pela saída de muitas unidades frigoríficas dos negócios, informou a S&P Global Commodity Insights


“Algumas regiões do País registraram efetivações de novas negociações abaixo das mínimas vigentes, fortalecendo o viés de queda no mercado físico do boi gordo”, ressaltaram os analistas. Nas praças de Maringá, no Paraná, e de Açailândia, no Maranhão, houve relatos de um quadro de oferta de animais terminados acima da demanda vigente dos frigoríficos locais, resultando em valores mais baixos para o boi gordo, informou a S&P Global. Em ambos os Estados, os frigoríficos destacaram a elevação nos estoques diante do fraco escoamento da carne bovina no mercado atacadista local. Na praça de São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, as cotações de todas as categorias ficaram estáveis na quarta-feira. Com isso, a arroba do boi gordo paulista está sendo negociada em R$ 240, a da vaca gorda em R$ 212 e a da novilha gorda em R$ 230 (preços brutos e a prazo), apurou a Scot. A cotação do “boi-China” segue em R$ 250/@, base SP, (preço bruto e a prazo), com ágio de R$ 10/@ sobre o animal comum. “Algumas indústrias paulistas estão fora das compras, trabalhando com escalas de abate alongadas”, afirmou a Scot. “Há ofertas de compra (de boiada gorda) abaixo da referência de preço praticada, porém, nenhum negócio foi realizado”, acrescentou. Na B3, os contratos futuros para este ano permanecem abaixo dos R$ 250/@. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca R$ 207/@ (prazo); RS-Fronteira: vaca a R$ 234/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 209/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 297/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Preço do boi está com baixa "exagerada", afirmam criadores de Nelore

Novo presidente da entidade que representa pecuaristas atribui situação à pressão dos frigoríficos. Preços pagos ao produtor caíram 42% neste ano


A pressão de baixa nos preços do boi gordo está exagerada e traz incerteza aos pecuaristas. A avaliação é de Victor Miranda, que tomou posse como novo presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), em evento realizado na noite de segunda-feira (17/7), em São Paulo. “Não tem argumento para a carne estar tão baixa para quem produz. É algo para refletirmos e nos posicionarmos no âmbito da ACNB”, disse Miranda, em seu discurso durante a cerimônia. “Está havendo um exagero por parte dos atravessadores, dos frigoríficos, em relação ao que estão pagando”, acrescentou. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) iniciou julho a R$ 259,05 a arroba, com base no Estado de São Paulo. Chegou a cair para R$ 244,70 (5/7). Na segunda-feira (17/7), a referência fechou a R$ 257 a arroba, acumulando uma alta de 1,1% na parcial do mês. Ainda assim, é menor que a média de julho de 2022, que, de acordo com a instituição, estava acima de R$ 320. De janeiro a abril deste ano, antes do movimento mais acentuado de baixa, as médias mensais estavam superiores a R$ 280 por arroba, também com base no mercado paulista. Em Mato Grosso, o Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea) destaca em boletim semanal divulgado na segunda-feira que o diferencial de preço em relação a São Paulo está maior quando comparado a junho. Na semana passada, entre os dias 10 e 14 de julho, a arroba do boi gordo no Estado oscilou entre R$ 213 e R$ 214. À Globo Rural, Miranda afirmou que os preços pagos ao produtor caíram 42% neste ano enquanto o consumidor não percebeu essa retração na mesma intensidade. Segundo ele, a queda da carne nas gôndolas do varejo foi em torno de 15%, o que cria uma situação desproporcional no mercado. “A situação tem que ser corrigida. O consumo está freado porque o preço não baixou na gôndola do supermercado. Os preços estão muito baixos para quem produz”, afirmou. Dados do governo federal compilados pela indústria frigorífica apontam que os preços foram determinantes para o resultado das exportações de carne bovina no primeiro semestre deste ano. De acordo com a Abrafrigo, a cotação média entre janeiro e junho foi de US$ 4,6 mil por tonelada. No mesmo período do ano passado, o valor médio era de US$ 5,7 mil por tonelada. No primeiro semestre, o volume embarcado foi de 1,07 milhão de toneladas de carne bovina in natura e industrializada, queda de 1% em relação aos primeiros seis meses de 2022. Na mesma comparação, a queda na receita dos exportadores foi de 21%, de US$ 6,2 bilhões para US$ 4,9 bilhões. “No início do ano, tivemos o bloqueio pela China. Quando houve o retorno, para nossa surpresa, os preços não voltaram. Hoje, a produção de 'boi China' não tem muita diferença em relação ao convencional”, explicou o ex-presidente da ACNB, Nabih Amim El Aouar. Com a baixa nos preços, os pecuaristas estão abatendo mais fêmeas, o que contribui para pressionar ainda mais o mercado. Em função desse movimento, a tendência é de uma redução na oferta de bezerros e, consequentemente de boi gordo destinado a abate, levando a uma reversão de ciclo. Atualmente, a raça Nelore responde por 80% da bovinocultura nacional destinada à produção de carne. No entanto, criadores afirmam que a representatividade da raça zebuína na pecuária de corte é ainda maior, considerando a utilização da genética no cruzamento industrial com taurinos, como o Angus.

GLOBO RURAL


SUÍNOS


Mercado de suínos segue estável

Segundo a Scot Consultoria, o valor da carcaça especial seguiu estável frente ao dia anterior e está precificada em R$ 9,50/R$ 9,90 por kg. Assim como os preços para o suíno CIF está precificado em R$ 126,00/@ e R$ 128,00/@


O preço do animal vivo em Minas Gerais está cotado em R$ 6,96/kg e teve uma queda de 1,14%, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última terça-feira (18). Já no estado do Paraná ficou precificado em R$ 6,42/kg e sem alterações. O preço do animal vivo no estado de São Paulo está próximo de R$ 6,80/kg e teve alta de 0,29%. Em Santa Catarina, o animal vivo apresentou queda de 0,16% está ao redor de R$ 6,23/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno seguiu estável e está cotado em torno de R$ 6,14/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Mercado do frango segue estável

A Scot Consultoria informou que os preços para o frango na granja seguem precificados em R$ 4,50/kg e o frango no atacado paulista está cotado em R$ 5,15/kg


A referência para o frango vivo no estado de Santa Catarina também seguiu com estabilidade e precificado em R$ 4,21/kg. conforme divulgado pelo Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). Para o frango vivo, as cotações também seguiram estáveis em Santa Catarina o valor segue em R$ 4,21/kg. No Paraná, a cotação do frango vivo está estável e está cotado ao redor de R$ 4,39/kg. Em São Paulo, a cotação do frango vivo está sem referência. No último levantamento realizado pelo Cepea na terça-feira (18), o preço do frango congelado apresentou queda de 0,51% e está cotado em R$ 5,80/kg. Já a cotação do frango resfriado registrou recuo de 0,51% e está sendo negociado em R$ 5,80/kg.

Cepea/Esalq


Japão reabrirá mercado para frango brasileiro "o mais rápido possível", diz Fávaro

O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse em entrevista à CNN Brasil veiculada na quarta-feira que o mercado japonês para o frango brasileiro será reaberto "o mais rápido possível"


O país asiático suspendeu a importação de carne de frango de Santa Catarina e Espírito Santo depois da detecção de casos de gripe aviária em fazendas não comerciais nesses Estados. "O mais importante é que o Brasil tem um sistema seguro. É um dos poucos países do mundo, somente quatro, que têm o status de não presença de gripe aviária nos seus criatórios comerciais. Além de tudo, o Brasil tem especialidades que atendem o mercado japonês", disse Fávaro à emissora. "Então eu quero crer que o mais rápido possível, e aí esses indicativos do governo japonês, que o mercado será reaberto o mais rápido possível", acrescentou o Ministro. Os embarques mensais de carne de frango de unidades catarinenses para o Japão representam menos de 3% do total exportado pelo Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O país é o maior exportador mundial de carne de frango. Santa Catarina é o segundo maior processador de carne de frango do país, depois do Paraná. Todos os grandes exportadores brasileiros de alimentos têm fábricas no Estado. Já o Espírito Santo é um grande produtor de ovos. Fávaro irá liderar nos próximos dias uma delegação oficial que se reunirá com autoridades japonesas em Tóquio, com o intuito que elas "ajustem as exigências de importação de aves e seus produtos às diretrizes da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal)", segundo informou o ministério recentemente.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Com foco na exportação, frigorífico de bovinos é inaugurado no Paraná

Com capacidade de exportação, o frigorífico FrigoMendes inaugurou uma nova unidade em Nova Londrina, região noroeste do Paraná, no início deste mês. A estrutura tem capacidade de abate diário de 640 bovinos e de 1.000 suínos. A expectativa é gerar 300 empregos diretos e em torno de 600 indiretos.


A empresa paranaense tem sede no município paranaense de Califórnia, mas com planta de produção de cortes de bovinos em Apucarana e um setor de suínos em Rolândia. Ambas as unidades atendem para consumo interno. Mas a nova unidade em Nova Londrina tem licença para exportação. A meta é que metade da produção seja comercializada em outros países. “Temos áreas rurais na região e, como apareceu essa oportunidade [de adquirir a propriedade], nós compramos. O objetivo é exportar. Temos contato com vários países. O frigorifico que estava na propriedade era habilitado e exportava para Rússia e União Europeia”, disse João Paulo Mendes, diretor do FrigoMendes. Ele contou que o frigorífico começou em 2016, com atuação focada em bovinos e suínos. Contudo, no início, o FrigoMendes abatia animais de frigoríficos de terceiros, atuava como marchante. “A expectativa é aumentar, fabricar embutidos e aumentar a produção”, evidenciou o diretor do FrigoMendes. Na inauguração da nova sede do frigorífico, o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que o empreendimento faz parte de um processo que o governo paranaense tem investido e incentivado. “Produzir comida é o nosso negócio. Com conhecimento e inovação, esse setor tem muito espaço para crescer. Temos qualidade e sanidade reconhecida. Agora vamos exercitar mais nossa habilidade comercial”, frisou.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em baixa de 0,51%, a R$4,7847 na venda

Em um dia marcado pela volatilidade, o dólar à vista fechou a quarta-feira em baixa ante o real, com a moeda brasileira sendo favorecida pelo avanço de commodities como a soja e o milho nos mercados internacionais, importantes produtos de exportação do Brasil


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7847 reais na venda, com baixa de 0,51%. Na B3, às 17:18 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,62%, a 4,7950 reais. No exterior, o dia foi de alta para os contratos futuros de soja e milho. A soja registrou seu quinto dia consecutivo de ganhos na Bolsa de Chicago com as previsões de clima quente e seco elevando as preocupações em torno da safra norte-americana, o que também afeta os preços do milho. O avanço destas commodities deu certo suporte ao real ante o dólar nesta quarta-feira. "O Brasil é um país exportador de commodities, e soja e milho estão ganhando força. Isso favorece o real brasileiro por questão de fluxo", comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

REUTERS


Ibovespa fecha em leve queda com decisões de juros no radar

O Ibovespa fechou com tímido recuo na quarta-feira, novamente com volume financeiro abaixo da média diária, reflexo de uma certa falta de convicção de agentes financeiros, que aguardam os desfechos das decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil, além de um deslanche da safra de balanço no Brasil


A primeira divulgação da temporada de resultados do Ibovespa coube à Weg, que não decepcionou com salto de 50% no lucro do segundo trimestre, além de anúncio de recompra de ações e distribuição de dividendos intermediários. Já os números de produção e venda da Vale tiveram uma recepção morna. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,28%, a 117.510,86 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo recuado a 116.659,55 pontos na mínima e avançado a 118.011,46 pontos na máxima do dia.

O volume financeiro somava 19,3 bilhões de reais

REUTERS


Governo melhora projeção de alta do PIB em 2023 de 1,9% para 2,5% e vê inflação menor

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda melhorou na quarta-feira a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano e passou a enxergar dados melhores de inflação


O governo agora prevê um crescimento de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, contra previsão de 1,9% feita em maio. Para 2024, a secretaria apresentou estimativa de alta de 2,3%, a mesma prevista em maio. “A revisão no crescimento foi motivada, sobretudo, pelo resultado do PIB no primeiro trimestre, melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de serviços e indústria, e ainda pela expectativa de menores juros até o final do ano”, disse a secretaria em seu Relatório Macrofiscal. De acordo com a pasta, as projeções de crescimento neste ano melhoraram em todos os setores. Para 2024, no entanto, o ministério vê cenário “de leve desaceleração” diante de uma baixa contribuição esperada para o setor externo e uma menor expansão do agronegócio. As previsões do governo para a atividade estão melhores do que as expectativas do mercado, que apontam para crescimento de 2,24% em 2023 e 1,30% em 2024, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a equipe econômica baixou sua estimativa para 4,85% em 2023, contra 5,58% da projeção anterior. Para 2024, o patamar foi estimado em 3,30% -- estava em 3,63% antes. A estimativa melhor, que vem em meio a pressões do governo para que o Banco Central reduza a taxa de juros, segue abaixo da projeção mediana do mercado, que aponta para uma inflação de 4,95% neste ano e 3,92% em 2024, segundo o Focus mais recente. A meta é de 3,25% para este ano e 3% para 2024, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual nos dois casos. Segundo a SPE, a melhora nos dados de inflação em 2023 reflete surpresas positivas em dados recentes, reajuste menor que o esperado em planos de saúde, redução nos preços de combustíveis e revisões nas tarifas de energia elétrica e ônibus urbano. Para 2024, o órgão afirmou que a redução da projeção reflete a mudança no cenário de câmbio e de preço de commodities, além dos menores reajustes previstos para preços monitorados.

REUTERS


Brasil tem fluxo cambial positivo de US$3,876 bi em julho até dia 14, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 3,876 bilhões de dólares em julho até o dia 14, em movimento puxado tanto pela via comercial quanto pela financeira, informou na quarta-feira o Banco Central. O período corresponde às duas primeiras semanas de julho


Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de 1,253 bilhão de dólares em julho até o dia 14. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de julho até o dia 14 foi positivo em 2,623 bilhões de dólares. No acumulado do ano até 14 de julho, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 18,892 bilhões de dólares. Na semana passada, de 10 a 14 de julho, o fluxo cambial total foi positivo em 3,170 bilhões de dólares.

REUTERS


IPPA/Cepea: IPPA/CEPEA recua 2,2% em junho

Em junho, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) apresentou queda de 2,2% frente a maio, em termos nominais. Esse resultado refletiu os recuos observados em todos os grupos de alimentos: IPPA-Grãos (-2,9%), IPPA-Pecuária (-1,1%), IPPA-Cana-Café (-2,7%) e IPPA-Hortifrutícolas (-2,0%)


Também no último mês, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, recuou 1,5%, indicando que, de maio para junho, os preços agropecuários caíram frente aos valores industriais da economia brasileira. No cenário internacional, houve queda de 1,4% nas cotações dos alimentos, cujo índice é divulgado pela FAO, e de 2,6% na taxa de câmbio oficial (US$/R$), divulgada pelo Bacen. No primeiro semestre, o IPPA/CEPEA acumulou queda de 13,3% frente ao mesmo período de 2022 – sensivelmente mais intensa que a observada para o IPA-OG-DI Preços Industriais, de 3,4%. Na mesma comparação, os preços internacionais dos alimentos também acumularam queda importante (-16,2%), enquanto a taxa de câmbio nominal ficou 0,1% abaixo do patamar observado no mesmo período de 2022.

Cepea


Alimentos ficaram 13,3% mais baratos no primeiro semestre

De acordo com o Cepea, o índice da FAO para as cotações internacionais dos alimentos caiu 16,2%. A desvalorização dos preços para hortifrutícolas foi de 2% em relação aos dados de maio deste ano


Os preços dos alimentos ficaram 13,3% mais baixos no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período de 2022, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Os pesquisadores destacam que o índice da FAO para as cotações internacionais dos alimentos caiu 16,2% e a taxa de câmbio oficial (US$/R$) divulgada pelo Banco Central recuou 0,1% no mesmo comparativo. No mês passado, a queda dos preços internos em comparação com maio foi de 2,2%. A desvalorização mensal mais significativa ocorreu nos grãos (-2,9%), seguidos pelos cana e café (-2,7%), hortifrutícolas (-2%) e pecuária (-1,1%).

GLOBO RURAL


Balança comercial brasileira deve ter superávit recorde de US$ 86,472 bilhões

Projeção da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) prevê alta de 3% nas exportações em 2023


Revisão da balança comercial brasileira divulgada na quarta-feira (19) pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projeta exportações de US$ 323,937 bilhões este ano, com redução de 3% em relação aos US$ 334,136 bilhões efetivados em 2022; e importações de US$ 237,465 bilhões, queda de 12,9% em relação aos US$ 272,610 bilhões realizados no ano passado. De acordo com o presidente-executivo da AEB, José Augusto de Castro, as importações deverão cair mais que as exportações e será gerado um superávit recorde de US$ 86,472 bilhões em 2023, com aumento de 40,5% em relação aos US$ 61,526 bilhões apurados em 2022. Entretanto, esse será um superávit negativo, “porque será gerado por fatores negativos e não por fatores positivos. E não gera atividade econômica, nem empregos”, explicou Castro, à Agência Brasil. Como consequência das quedas de exportação e importação, a corrente de comércio, projetada em US$ 561,402 bilhões para 2023, mostrará queda de 7,5% em relação aos US$ 606,746 bilhões apurados no ano anterior. A previsão anterior da AEB para o ano de 2023, divulgada em 20 de dezembro do ano passado, sinalizava exportações brasileiras de US$ 325,162 bilhões, importações de US$ 253,229 bilhões e superávit de US$ 71,933 bilhões. O presidente-executivo da AEB atribuiu a queda estimada das exportações em 2023 basicamente à questão de preço no mercado internacional. “Porque os preços, este ano, estão pouco a pouco diminuindo. Nas importações, houve um crescimento muito forte em 2022 e, agora, os preços estão se ajustando à nova realidade, porque o crescimento interno não justificava aquele aumento forte das importações”. As exportações do Brasil seguirão baseadas em commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior). Dos 15 principais produtos de exportação do Brasil, 14 são commodities. A exceção são veículos. A crise na Argentina diminuirá também a exportação nacional de manufaturados, uma vez que o mercado argentino é o nosso grande importador de veículos. Por isso, Castro indicou que a tendência é que haja mais concentração de commodities e menos participação de manufaturados na nossa exportação. Soja em grão deverá manter a liderança das exportações brasileiras, ultrapassando, pela primeira vez, a casa de US$ 50 bilhões, graças à safra recorde colhida e apesar da queda de 12,7% nas cotações. Também em volume, a AEB projeta que as exportações de soja em grão deverão atingir, em 2023, o recorde de 98 milhões de toneladas, alta de 24% em relação aos 79 milhões de toneladas exportados em 2022. A entidade estima ainda que apesar das quedas das exportações e importações, o comércio exterior brasileiro contribuirá de forma positiva no cálculo do PIB deste ano. Os dados projetados pela AEB apontam que o Brasil deverá permanecer na atual 26ª posição no ranking mundial de exportação e, também, de importação.

AGÊNCIA BRASIL


FGV confirma tombo da economia em maio

O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - apresentou queda de 3% em maio deste ano, na comparação com abril


O dado foi divulgado na quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em sua pesquisa Monitor do PIB. Segundo a coordenadora do estudo, Juliana Trece, o recuo da atividade econômica brasileira no mês foi influenciado pelo fim dos principais meses de colheita da soja. Como o crescimento do PIB nos primeiros meses foi puxado pela produção do grão, o fim da colheita provocou um recuo no indicador em maio. Juliana afirmou que mesmo que o maior responsável pela queda tenha sido a agropecuária, houve recuos também nos setores da indústria e dos serviços.

REUTERS


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