Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 419 |19 de julho de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi fica estável na maioria das praças
Na terça-feira, 18 de julho, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo registrou novamente lentidão, ainda refletindo a cautela entre ambas as pontas do mercado, informou a S&P Global Commodity Insights
Pelo lado da indústria, diz a consultoria, muitos frigoríficos passaram a limitar o ritmo de compra de gado gordo, reduzindo o abate diário, diante do menor fluxo no escoamento da carne bovina ao mercado doméstico. Do lado de dentro da porteira, por sua vez, muitos pecuaristas estão ajustando o ritmo dos negócios para tentar evitar uma queda contínua nos preços da arroba. Há quedas ou altas pontuais em algumas regiões pecuárias, mas prevalecendo a estabilidade nas cotações. Segundo apurou a Scot Consultoria, no interior de São Paulo, algumas indústrias frigoríficas permanecem fora das compras, já que as escalas de abate estão preenchidas até o final de julho e o escoamento de carne segue enfraquecido. Com isso, informou a Scot, as cotações do boi gordo e da vaca gorda ficaram estáveis na terça-feira, em R$ 240/@ e R$ 212/@, respectivamente (valor bruto e a prazo). No entanto, a novilha gorda paulista apresentou recuo diário de R$ 5/@, caindo para R$ 230/@, no prazo, valor bruto. A arroba do “boi-China” está sendo negociada em R$ 250 (preço bruto e a prazo) em São Paulo, com ágio, portanto, de R$ 10/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. De acordo com levantamento da S&P Global, nas praças de Goiás e Mato Grosso, já há relatos de negócios envolvendo boiada gorda a preços mais baixos. Em Minas Gerais, a dificuldade em comprar animais padrão exportação permitiu firmeza aos preços locais, acrescentou a consultoria. No Pará, o preço do boi gordo também esboçou aparente firmeza. “Há relatos de fluxo de animais terminados saindo do Pará em direção a abatedouros localizados no Centro-Oeste e Sudeste, onde a disparidade entre os preços da arroba permite tal operação e deslocamento”, informou a S&P Global. No mercado atacadista da carne bovina, o ritmo das vendas não apresenta consistência, embora os preços dos principais cortes bovinos ainda permaneçam inalterados. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 222/@ (prazo)vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca R$ 207/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 264/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); TO- Araguaína: boi a R$ 209/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
Influência da China e preços mais baixos provocam queda nas exportações de carne bovina
Levantamento da Abrafrigo relativo ao primeiro semestre indica recuo de 21% na receita
Faturamento com as vendas externas foi de US$ 4,937 bilhões entre janeiro e junho, contra US$ 6,230 bilhões um ano antes. As exportações totais de carne bovina do Brasil, considerando o produto in natura e processado, atingiram 1,076 milhão de toneladas no primeiro semestre, leve queda de 1% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, enquanto a receita baixou 21% no período, em meio a um menor apetite de compras da China e retração nos preços. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) com base em dados do governo federal, divulgado nesta terça-feira (18/7), o faturamento com as vendas externas da proteína foi de US$ 4,937 bilhões entre janeiro e junho, contra US$ 6,230 bilhões um ano antes. "O resultado das receitas foi fortemente influenciado pelos preços médios, que passaram de US$ 5.740 por tonelada no primeiro semestre de 2022 para US$ 4.585 no primeiro semestre do ano corrente (-20%)", disse a entidade, em nota. A China continua a ser o maior cliente do Brasil, mas no acumulado do primeiro semestre deste ano os embarques para o país asiático recuaram 4,6% no volume e 29% em receitas, em comparação com o mesmo intervalo de 2022. Os chineses compraram 518.350 toneladas de carne bovina entre janeiro e junho (48,1% do total exportado pelo Brasil), gerando faturamento de US$ 2,612 bilhões (52,9% do total). Ainda de acordo com a Abrafrigo, os Estados Unidos foram o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, aumentando suas importações em 19,7%, para 116.851 toneladas no mesmo período de 2023, porém a receita caiu 12,7%, para US$ 485,2 milhões.
GLOBO RURAL
SUÍNOS
Suíno: Carcaça Especial cai 1,04% em São Paulo
Segundo a Scot Consultoria, o valor Carcaça Especial registrou queda de 1,04%/1,00%e ficou precificado em R$ 9,50/R$ 9,90 por kg
A negociação para o Suíno CIF apresentou recuo 0,78% e ele está precificado em R$ 126,00/@ e R$ 128,00/@. O preço do animal vivo em Minas Gerais está cotado em R$ 7,04/kg, queda de 1,25%, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última segunda-feira (17). No Paraná, ele ficou precificado em R$ 6,42/kg e teve desvalorização de 0,31%. O preço do animal vivo no estado de São Paulo está próximo de R$ 6,80/kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o animal vivo apresentou queda de 0,64% está em R$ 6,24/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno está cotado em torno de R$ 6,14/kg, desvalorização de 0,32%.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: Mercado estável
Segundo a Scot Consultoria, a cotação do frango na granja está em R$ 4,50/kg e no atacado está próximo de R$ 5,15/kg
As referências para o frango vivo em Santa Catarina também seguiram com estabilidade e precificado em R$ 4,21/kg. conforme divulgado pelo Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). A cotação do frango vivo no Paraná está estável e está em R$ 4,39/kg, enquanto em São Paulo a cotação do frango vivo está sem referência. No último levantamento realizado pelo Cepea/Esalq na segunda-feira (17), o preço do frango congelado seguiu estável em R$ 5,83/kg. A cotação do frango resfriado também registrou estabilidade em R$ 5,83/kg.
Cepea/Esalq
Indústria de carne de frango lamenta suspensão de compras por Japão
A indústria brasileira de carne de frango lamentou na terça-feira (18)a decisão do Japão em suspender as importações de carne de frango produzida em Santa Catarina após a confirmação de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade em ave de subsistência no estado
Em nota conjunta, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC) reafirmaram que o registro de gripe aviária em ave de fundo de quintal não altera o status do Brasil como livre da doença, segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde Animal. O Brasil não possui qualquer registro de gripe aviária na produção industrial. Os embarques mensais de carne de frango de plantas catarinenses para o Japão representam menos de 3% do total exportado pelo Brasil, segundo as entidades. “A ABPA, a Acav e o Sindicarne-SC esperam que parte do impacto da suspensão imposta seja absorvida por outras unidades frigoríficas também habilitadas a exportar, localizadas em outros estados – diminuindo, assim, os efeitos negativos para as exportações brasileiras e aos consumidores japoneses”, disseram as entidades em nota. O Japão já havia banido as compras de carne de frango do Espírito Santo após um caso de influenza aviária ter sido confirmado em ave doméstica no estado. As associações disseram que também estão apoiando o trabalho realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, juntamente com a Secretaria de Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, no monitoramento do caso de influenza aviária em ave de fundo de quintal registrado no estado.
CARNETEC
CARNES
Custos de produção de suínos e de frangos de corte voltam a cair em junho
Os custos de produção de suínos e de frangos de corte voltaram a cair no mês de junho segundo os estudos mensais da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves, disponível em embrapa.br/suinos-e-aves/cias.
O ICPSuíno foi de -1,11% no mês de junho em relação a maio, fechando em 329,58 pontos. Já o ICPFrango encerrou o mesmo período com uma variação de -3,07%, registrando 345,83 pontos. No caso do ICPSuíno, a maior influência foi a redução no item nutrição, com -3% de variação e um peso de 73,52% na composição do custo total. No ano, o ICPSuíno acumulado é de -28,65% e, nos últimos 12 meses, de -21,51%. Com isto, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina em junho chegou a R$ 5,76, uma queda de R$ 0,07 por quilo vivo em relação a maio e R$ 1,22 por quilo vivo a menos em relação a janeiro. O ICPFrango apresentou queda na maioria dos itens de composição dos custos, incluindo nutrição (-5,13%), apesar do aumento no custo da aquisição dos pintos de um dia (+1,84%). O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva em junho foi de R$ 4,47, o que representa R$ 0,14 a menos que em comparação a maio e uma queda de R$ 0,87 em comparação a janeiro. No ano, o ICPFrango acumula -19,30% e, nos últimos 12 meses, uma variação de -18,34%. A CIAS ampliou a informação dos custos de produção de suínos para mais três estados. Agora, os custos de produção de suínos no mercado independente de Goiás, referentes ao primeiro e segundo trimestre desse ano, e de Mato Grosso, desde o primeiro trimestre de 2019 até o primeiro trimestre desse ano, já estão disponíveis para consulta. O estado de Minas Gerais será o próximo a ter os custos de produção divulgados, ainda no segundo semestre.
EMBRAPA SUÍNOS E AVES
GOVERNO
Fim dos controles reforçados às exportações de carnes brasileiras para o Reino Unido
O governo brasileiro recebeu com satisfação a divulgação, pelo governo britânico, do fim dos controles reforçados às exportações brasileiras de produtos cárneos para o Reino Unido e da retomada plena do sistema de habilitação de estabelecimentos por indicação das autoridades sanitárias brasileiras, o chamado “pre-listing”
A decisão fundamentou-se no relatório da auditoria técnica realizada por equipes britânicas em outubro de 2022, cujo foco foi o sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal, notadamente carne bovina e carne de aves. Foi a primeira missão de auditoria britânica ao exterior depois do Brexit. A missão de auditoria reconheceu que o Brasil resolveu as questões relacionadas ao seu sistema regulatório sanitário e fitossanitário que haviam levado à instituição dos controles reforçados. A decisão das autoridades britânicas confirma a excelência dos controles sanitários oficiais brasileiros, que garantem a qualidade e a inocuidade dos produtos consumidos no Brasil e em países importadores. O governo britânico anunciou, ainda, a regionalização do território brasileiro em nível estadual em relação à gripe aviária. Dessa forma, eventuais focos da doença que venham a ocorrer no Brasil não mais levarão ao fechamento do mercado britânico para todas as exportações de carne de aves, mas apenas as provenientes do estado onde se tenha identificado a doença. A decisão reflete a sólida parceria entre o Brasil e o Reino Unido, adotando abordagem preventiva a fim de preservar o comércio entre os dois países. O resultado positivo ora alcançado é fruto de estreita coordenação entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), tanto em Brasília quanto em Londres. O anúncio segue-se a tratativas que a Embaixada do Brasil no Reino Unido, que conta com adidância agrícola do Mapa, manteve com o lado britânico desde a efetivação do Brexit. O Reino Unido é um importante destino das carnes exportadas pelo Brasil. Em 2022, o Brasil exportou US$ 282,2 milhões em carne de aves e cerca de US$ 134,5 milhões de carne bovina para aquele país. Desde o Brexit, as exportações agropecuárias brasileiras para o Reino Unido aumentaram 67%, atingindo US$ 1,8 bilhão em 2022.
Mapa
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Colheita do milho avança no Paraná e Deral relata altos e baixos de produtividade em diferentes regiões
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado.
De acordo com o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou para 11% do total. Até aqui, 58% das lavouras estão em maturação, 42% ainda em frutificação. As regiões mais adiantadas na colheita são Irati (95%), Guarapuava (85%), União da Vitória (60%), Cascavel (46%), Ponta Grossa (15%), Paranavaí, Toledo e Umuarama (10%), Francisco Beltrão (8%), Campo Mourão (7%), Pato Branco (5%), Laranjeiras do Sul (3%), Apucarana e Maringá (1%). Os técnicos do Deral classificam 82% das lavouras como em boas condições, 15% das lavouras em médias e 3% em ruins. As piores lavouras do estado estão em Pato Branco (30%), Paranavaí (20%), Umuarama (10%), Laranjeiras do Sul, Cascavel e Francisco Beltrão (5%), e Campo Mourão (4%). Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que o milho está em fase de frutificação avançando para maturação na região Norte, com bom vigor e controle adequado de pragas e doenças. A maior parte da produção será colhida somente no próximo mês. A colheita já começou nas regiões Sudoeste, Oeste e Centro-Oeste, mas avançou lentamente com a necessidade de reduzir a umidade dos grãos. “Os técnicos estão otimistas em relação às produtividades, esperando que sejam melhores do que o inicialmente previsto”. Já na região Noroeste, a colheita está em andamento em ritmo lento e com rendimentos médios por hectare abaixo do estimado inicialmente. Por fim, a região Sul iniciou a colheita da segunda safra de milho, mas os trabalhos foram paralisados devido às condições climáticas.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fica perto da estabilidade no Brasil após dados de varejo nos EUA
Numa sessão em que oscilou em margens bastante estreitas, o dólar fechou praticamente estável na terça-feira no Brasil, em leve alta ante o real, influenciado pelo viés positivo da moeda norte-americana no exterior, após a divulgação de dados sobre o varejo dos EUA
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8091 reais na venda, com alta de 0,04%. Na B3, às 17:16 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,04%, a 4,8215 reais. Os dados de vendas no varejo dos EUA mostraram uma alta abaixo do esperado, o que impactou a curva de juros norte-americana, com reflexos no Brasil, mas o núcleo das vendas demonstrou resiliência, garantindo certo suporte ao dólar. Departamento de Comércio informou que as vendas no varejo aumentaram 0,2% no mês passado, enquanto economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,5%. Já as vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação cresceram 0,6% em junho. Além disso, os dados de maio foram ligeiramente revisados para mostrar que o núcleo aumentou 0,3%, em vez do 0,2% relatado anteriormente. Neste cenário, o dólar ganhou força ante as moedas pares e as divisas de boa parte dos países exportadores de commodities, incluindo o real. “No exterior, o dólar mostrava um pouco de força ante as divisas ligadas a commodities, mas aqui toda vez que a moeda quer subir aparece um exportador vendendo”, pontuou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. “A cotação acima de 4,80 chama vendedores”, acrescentou. No exterior, a divisa se mantinha em baixa ante boa parte das moedas ligadas a commodities e tinha leves ganhos ante outras moedas fortes.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com volume reduzido
No setor de proteínas, JBS ON perdeu 2,77%, a 18,22 reais, com outros papéis do setor de proteínas também entre as maiores quedas -- MINERVA ON caiu 2,13% e MARFRIG ON cedeu 1,77%. BRF ON fechou em alta de 1,04%, quebrando uma sequência de seis pregões de baixa, período em que acumulou declínio de 14%
Na véspera, o governo brasileiro afirmou que o Japão suspendeu importação de carne de frango de Santa Catarina após caso de gripe aviária. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,32 %, a 117.841,19 pontos. O volume financeiro somou 18,6 bilhões de reais, de uma média diária de 25,9 bilhões de reais no ano. Em julho, a média está em 24,2 bilhões de reais. No mês passado, foi de 29,6 bilhões de reais. A bolsa paulista tem operado nos últimos dias com um volume baixo, com agentes financeiros aguardando catalisadores para novas compras, mas também sem motivação para vender ações. Na visão do analista Luis Novaes, da Terra Investimentos, entre os fatores que podem estar influenciando essa cautela a está a trajetória de juros nos Estados Unidos, ainda sem um consenso no mercado sobre a taxa terminal. "Investidores esperam por uma sinalização no comunicado pós-decisão que ocorre daqui alguns dias", afirmou, referindo-se à reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve que terá seu resultado conhecido no próximo dia 26. Na terça-feira, novos dados da economia norte-americana corroboraram o cenário de desaceleração da atividade, com expansão abaixo do esperado nas vendas no varejo e queda na produção industrial contra expectativa de estabilidade. Também no radar do mercado brasileiro está a segunda etapa da reforma tributária. Fontes da equipe econômica afirmaram à Reuters que o governo quer propor até o próximo mês mudanças na tributação sobre rendimentos de fundos exclusivos de investimento e o fim da distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) por empresas. Mais cedo, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a reforma do Imposto de Renda deverá ser apresentada ao Congresso somente no fim do ano pelo governo, mas os planos da pasta envolvem o envio antecipado de algumas medidas.
REUTERS
Exportações do agronegócio batem recorde no semestre com alta de 4,5%
No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 82,8 bilhões, alta de 4,5% na comparação com o primeiro semestre de 2022, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
O aumento de 8% no índice de quantum (volume exportado) foi responsável pelo maior valor da série histórica, uma vez que o índice de preços caiu 3,2% no período. De acordo com os analistas da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), o crescimento nas exportações de soja em grãos foi o que mais contribuiu para a expansão nas vendas do agro de janeiro a junho de 2023, com US$ 2,88 bilhões acima do que foi registrado no ano anterior. Outro destaque foi o milho (+US$ 1,58 bilhão). As exportações do agronegócio alcançaram US$ 15,54 bilhões em junho deste ano, recuo de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, apesar de diversos recordes observados em soja em grãos (valor e volume), açúcar de cana em bruto (valor), carnes bovina e de frango in natura (recordes em volume) e celulose (recorde em volume). Segundo análise da SCRI, este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das exportações brasileiras no mês (-12,9%), que reduziu levemente o valor mensal relativo a junho de 2022, mesmo com alta expressiva do índice de quantum (+14,2%). A participação das exportações do agronegócio no total da balança comercial de junho foi de quase 52%, já que a redução das exportações dos demais produtos foi superior (-15,7%). A principal carne exportada em junho foi a bovina in natura: U$$ 974,13 milhões (-6,4%), com alta de 26,4% nos volumes exportados e redução de 26% nos preços médios. A China foi o principal destino, responsável por 70,2% das exportações em volumes: US$ 698,52 milhões (-7,1%), e 135,37 mil toneladas (+32%). As exportações de carne de frango in natura em junho foram de US$ 835,88 milhões (-6,2%), alta de 4% em volumes e queda de 9,8% nos preços médios. Os principais destinos foram: China (US$ 155,88 milhões, +28,7%; 14,9% de participação; alta de 35,4% dos volumes exportados) e Japão (US$ 97,67 milhões, +9,7%; 9,6% do total; +11,8% em volumes).
CARNETEC
Exportações superam importações em US$ 1,559 bilhão na segunda semana de julho
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,559 bilhão na segunda semana de julho e corrente de comércio de US$ 11,282 bilhões - soma de exportações de US$ 6,42 bilhões e importações de US$ 4,862 bilhões
No mês, as exportações somam US$ 14,126 bilhões e as importações, US$ 9,79 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,336 bilhões e corrente de comércio de US$ 23,915 bilhões. No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 179,806 bilhões e as importações, US$ 130,405 bilhões, com saldo positivo de US$ 49,401 bilhões e corrente de comércio de US$ 310,211 bilhões. Dados foram disponibilizados nessa segunda-feira (17/7), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Nos embarques ao exterior, comparadas as médias até a segunda semana do mês (US$ 1,413 bilhão) com a de julho de 2022, (US$ 1,421 bilhão), houve queda de 0,6%. Em relação às importações, houve redução de 16% na comparação entre as médias até a segunda semana de julho (US$ 978,98 milhões) com a do mês de julho de 2022 (US$ 1,166 bilhão). Até a segunda semana, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,391 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 433,59 milhões. Comparando-se este período com a média de julho de 2022, houve queda de 7,6% na corrente de comércio. No acumulado até a segunda semana de julho, se compararmos com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 61,09 milhões (+19,1%) em agropecuária; queda de US$ 46,87 milhões (-14,9%) em indústria extrativa e queda de US$ 26,93 milhões (-3,4%) em produtos da indústria de transformação. Importações por setor e produtos - Pela média diária, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de US$ 8,17 milhões (-36,1%) em agropecuária; crescimento de US$ 12 milhões (+16,8%) em indústria extrativa e queda de US$ 187,66 milhões (-17,7%) em produtos da indústria de transformação.
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