Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 417 |17 de julho de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Semana termina com preços da arroba estáveis
Apesar da especulação baixista, frigoríficos tiveram pouco sucesso nas tentativas de redução das cotações do boi gordo; em SP, macho pronto para abate vale R$ 245/@, segundo a Scot
Na avaliação de Jéssica Olivier, engenheira agrônoma e analista de mercado da Scot Consultoria, nos próximos dias, os preços do boi gordo podem perder ainda mais a firmeza. No entanto, diz ela, o movimento do mercado dependerá “da oferta de gado, principalmente dos bovinos terminados no primeiro giro de confinamento, e do escoamento no mercado interno, que não está dos melhores”. Com a morosidade atual do mercado, os preços dos animais terminados fecharam a sexta-feira (14/7) com estabilidade na maioria absoluta das praças brasileiras. Segundo apuração da Scot, no mercado paulista, o relato é de queda na oferta de bovinos terminados, mas, mesmo assim, as escalas de abate têm atendido ao menos sete dias, informa Jéssica. A referência de preço para o boi gordo de São Paulo, de acordo com dados da Scot, segue em R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 212/@ e R$ 235/@ (valores brutos e a prazo). A cotação da arroba do “boi-China” está em R$ 250, em São Paulo (preço bruto e a prazo) – portanto, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. Na sexta-feira, a S&P Global Commodity Insights também detectou uma fraca movimentação de negócios no mercado físico do boi gordo. “Não houve alterações nos preços da arroba na maior parte das praças monitoradas, com exceção do Mato Grosso do Sul, onde os frigoríficos da região de Campo Grande efetivaram novos negócios a preços mais baixos”, observa a S&P Global. Porém, relata a consultoria, a sinalização de valores (para o boi gordo) abaixo das máximas vigentes é incisiva em todas as regiões produtoras do País. De toda forma, prevê a consultoria, as indústrias devem seguir pressionando as cotações, pois os frigoríficos atuam com poucas necessidades de compras de boiadas e com escalas ajustadas apenas para atender as suas demandas de curtíssimo prazo. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 225/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo); vaca a R$ 222/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca R$ 207/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 264/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 209/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Suínos: cotações estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 126,00/R$ 129,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,70/kg/R$ 10,00/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (13), houve leve recuo de 0,41% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,23/kg, e de 0,31% no Paraná, atingindo R$ 6,44/kg. Ficaram estáveis os preços no Rio Grande do Sul (R$ 6,18/kg), Santa Catarina (R$ 6,26/kg), e São Paulo (R$ 6,84/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Preços estáveis para o mercado do frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de 0,96%, valendo R$ 5,15/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,21/kg; já no Paraná, o valor cedeu 1,57%, atingindo R$ 4,39/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (13), a ave congelada ficou com valor inalterado, cotada em R$ 5,82/kg, enquanto o frango resfriado teve ligeira alta de 0,52%, fechando em R$ 5,82/kg.
Cepea/Esalq
Santa Catarina registra gripe aviária em ave de fundo de quintal, casos no BR chegam a 64
Este é o segundo caso em aves de subsistência no Brasil; o primeiro foi detectado no Espírito Santo
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina, um caso de gripe aviária de alta patogenicidade foi confirmado em uma criação de aves de subsistência (fundo de quintal) em Maracajá. Este é o segundo caso em aves de subsistência no país; o primeiro foi detectado no Espírito Santo. O comunicado, assinado pela Secretaria e pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) informaram o caso no sábado, depois que as amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal - OMSA como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária. "A ocorrência de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves de subsistência (fundo de quintal) não compromete a condição sanitária do Estado de Santa Catarina e do país como livre de IAAP, já que a produção comercial segue sem qualquer registro. Portanto, não devendo impactar no comércio internacional de produtos avícolas de Santa Catarina como consequência da notificação", informa o documento. São 64 casos confirmados de influenza aviária altamente patogênica até a tarde de 15 de julho. Espírito Santo: 29 (sendo 28 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 13 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 01 (ave silvestre). São Paulo: 08 (aves silvestres). Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 07 (aves silvestres). Santa Catarina: 02 (um em ave silvestre e um em aves de subsistência).
MAPA
Frango/Cepea: Preços da carne estão em queda
Os valores da carne de frango estão em baixa em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea. A oferta elevada de carne persiste no mercado doméstico, ao passo que a indústria vem adotando a estratégia de redução de preços para manter o escoamento dos produtos de origem avícola e evitar o acúmulo de estoques. O cenário de baixas tem sido verificado apesar do período de início do mês, quando, usualmente, a demanda se aquece.
Cepea
EMPRESAS
Aurora Coop responderá pela operação da unidade de carnes da Alegra
A diretoria da Unium - composta pelas cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, firmou acordo de intercooperação “inclusive de ordem societária”, envolvendo a unidade industrial de carnes da Unium (Alegra) com a Aurora Coop
“Em decorrência do mencionado acordo, as cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal passam a integrar o quadro de societários da Aurora Coop sendo que esta na condição de Cooperativa Central passa a responder pela operação da Unidade Industrial de Carnes da Unium (Alegra)”, informou comunicado da Alegra destinado a clientes e parceiros comerciais. O acordo de incorporação ainda depende de aprovação do órgão regulador, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Unium conta com as marcas de lácteos Colaso, Colônia Holandesa e Naturalle, carne suína Alegra e farinha de trigo Herança Holandesa, envolvendo 5 mil cooperados e faturamento anual de R$ 7 bilhões. A produção da Alegra Foods envolve 3,2 mil suínos por dia e 1,8 mil toneladas de carne industrializadas por mês.
GAZETA DO POVO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Comércio do Paraná avança 1,3% nos primeiros cinco meses de 2023, mostra IBGE
Houve avanço de 6,4% na receita nominal de vendas de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2023. Especificamente em maio, o aumento no volume de vendas foi de 2%, e nas receitas, 4,6%
O comércio varejista do Paraná cresceu 1,3% nos primeiros cinco meses de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado, com avanço de 6,4% na receita nominal de vendas. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada na sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recorte da pesquisa é ampliado, que agrega todos os segmentos do varejo, incluindo comércio de veículos e motos, partes e peças e materiais de construção. Com relação a abril deste ano, foi apresentada queda de 2,9% no comércio no Estado, dentro do observado no panorama nacional, que também recuou no período, caindo 1,1%. No acumulado de 12 meses, de junho de 2022 a maio de 2023, o volume de vendas no setor no Paraná foi 1,1% menor, mas as receitas subiram 8,2%. Desconsiderando veículos, peças e materiais de construção, o varejo avançou 0,9% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2022; e 0,3% no acumulado do ano. Houve queda, porém, em abril (de 0,4%) e não apresentou variação no acumulado de 12 meses. Já o comércio atacadista especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 4% em abril na comparação com o mesmo mês de 2022, mas caiu 4,4% nos primeiros cinco meses. A venda de combustíveis e lubrificantes foi a que mais cresceu no Estado em todos os períodos analisados pelo IBGE, com aumento de 11,7% de janeiro a maio. Também avançaram no período o comércio de eletrodomésticos (10,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,2%) e móveis e eletrodomésticos (3,3%). As quedas no período foram registradas na comercialização de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-15%), livros, jornais, revistas e papelaria (-12,9%), móveis (-10,5%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-6,8%), tecidos, vestuário e calçados (-5,3%), hipermercados e supermercados (-1,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%). Em maio, na comparação com maio de 2022, o comércio de combustíveis e lubrificantes cresceu 12,7%. É seguido pelos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosmético (11,3%), eletrodomésticos (7,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (6%), móveis e eletrodomésticos (3,7%), hipermercados e supermercados (2,3%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2%). A redução nas vendas no quinto mês do ano se concentrou em outros artigos de uso pessoal e doméstico (-19%), tecidos, vestuário e calçados (-14,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-12,6%) e móveis (-4,2%). Já no acumulado de 12 meses, as vendas de combustíveis e lubrificantes cresceram 22,9%, seguidas por livros, jornais, revistas e papelaria (12,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,9%) e eletrodomésticos (4,3%). Houve recuo no comércio de móveis (-18,2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,4%), tecidos, vestuário e calçados (-6,9%), móveis e eletrodomésticos (-4,3%), hipermercados e supermercados (-2,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,8%).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista acumula queda de 1,43% na semana
O dólar à vista interrompeu na sexta-feira uma sequência de três sessões de queda e encerrou o dia com leve ganho ante o real, com a moeda norte-americana encontrando certo suporte no noticiário dos EUA, onde dados reforçaram apostas de que o Federal Reserve pode promover dois aumentos de juros até o fim do ano
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7954 reais na venda, com alta de 0,12%. Na semana, no entanto, a moeda norte-americana acumulou baixa de 1,43%. O contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,02%, a 4,8100 reais. Durante a tarde a moeda norte-americana à vista se reaproximou da estabilidade, enquanto o dólar futuro chegou a registrar leve queda, sem força para perdas maiores. Na B3, às 17:26 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,02%, a 4,8100 reais. “Temos tido uma briga boa com o dólar em 4,79 reais ou 4,80 reais. Quando a moeda bate ali, entram compras no mercado. Pode haver um suporte técnico nesta região, assim como a curva de juros pegou algum suporte e começou a puxar um pouco”, comentou Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, citando o avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) na sexta-feira. No exterior, no fim da tarde o dólar se mantinha em alta ante divisas fortes e tinha movimentos mistos ante moedas de emergentes ou exportadores de commodities.
REUTERS
Ibovespa recua e acumula perda em semana com inflação sob holofote
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, em nova sessão de ajustes, com BRF recuando cerca de 7% após precificar oferta de ações de 5,4 bilhões de reais, enquanto Méliuz disparou mais de 13% após renovar mínima histórica na véspera
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,3 %, a 117.710,54 pontos, acumulando um declínio de 1% na semana. O volume financeiro nesta sessão somou 21,4 bilhões de reais. Para o gestor de ações da Ace Capital Tiago Cunha, o último pregão da semana refletiu nova correção, após o rali do segundo trimestre, particularmente maio e junho, tendo também de pano de fundo uma piora recente na dinâmica na curva de juros doméstica. "Os juros futuros têm se mantido em patamar mais elevado nos últimos dias, em parte precificando que o espaço para um corte da Selic pode ser menor. E isso acaba impactando a bolsa." Na última terça-feira, a resiliência na alta dos preços de serviços mostrada pelo IPCA reforçou expectativas de o Banco Central começar de forma gradual a flexibilização monetária no país, com corte de 0,25 ponto percentual na Selic em agosto. "Mesmo que em uma trajetória de alívio, o IPCA ainda tem variáveis que exigem cautela do BC", afirmou a equipe da Commcor, acrescentando que houve um esvaziamento das apostas de uma queda de 0,50 ponto em agosto. Em paralelo, o noticiário sobre preços nos Estados Unidos trouxe algum alívio, abrindo espaço para perspectivas de que o Federal Reserve elevará os juros no final do mês e encerrará o ciclo de aperto monetário que teve início em 2022.
REUTERS
Vendas no varejo caem 1,0% em maio sobre mês anterior, diz IBGE
As vendas no varejo brasileiro tiveram queda de 1,0% em maio na comparação com o mês anterior e recuaram também 1,0% em relação ao mesmo período de 2022, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. Pesquisa da Reuters apontava expectativas de estabilidade na comparação mensal e de 1,95% sobre um ano antes.
REUTERS
Exportações do agronegócio registraram alta de 4,5% no semestre
Nos primeiros seis meses de 2023, os embarques dos produtos agrícolas atingiram o valor recorde de US$ 82,80 bilhões
As exportações dos produtos agrícolas brasileiros aumentaram 4,5% com um resultado recorde de US$ 82,80 bilhões no primeiro semestre de 2023 se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o país atingiu US$ 79,24 bilhões, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária na sexta-feira (14/07). O crescimento de 8% no índice de quantum foi responsável pelo maior valor da série histórica, uma vez que o índice de preços caiu 3,2% no período, como apontou o ministro Carlos Fávaro em comunicado. A participação das exportações na balança comercial de junho foi de quase 52%, enquanto os envios internacionais do setor chegaram a US$ 15,54 bilhões no mês, um recuo de 0,6% na comparação anual. Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das exportações no mês (-12,9%), que reduziu levemente o valor mensal relativo a junho de 2022, mesmo com alta expressiva do índice de quantum (+14,2%). Segundo o MAPA, o volume exportado do grão foi recorde em junho com 13,77 milhões de toneladas, uma alta de 37,9% em comparação ao mesmo período de 2022. O valor exportado foi de US$ 6,89 milhões, aumento de 9,3% se relacionado a junho do ano passado. No entanto, o acumulado apresentou uma queda do preço médio de exportação de 20,7%, o que refletiu as condições de produção global da oleaginosa, com safra recorde no Brasil e boa produção nos Estados Unidos. As exportações de açúcar em junho foram recordes em valor, US$ 1,40 bilhão, com aumento de 51,3%, alta de 23,1% dos volumes e 22,9% dos preços médios de exportação. Os preços internacionais do açúcar, influenciados por uma disponibilidade mais apertada no mundo, crescem desde novembro de 2022 e, em maio de 2023, chegaram ao nível mais alto desde outubro de 2011, de acordo com o índice de preços da FAO. A principal carne exportada em junho foi a bovina in natura com U$$ 974,13 milhões com alta de 26,4% nos volumes exportados e redução de 26% nos preços médios. A China foi o principal destino, responsável por cerca de 70% das exportações em volumes, informou o Ministério. As exportações de carne de frango in natura foram de US$ 835,88 milhões, crescimento de 4% em volumes e declínio de 9,8% nos preços médios em junho. Os principais destinos foram a China (US$ 155,88 milhões) e Japão (US$ 97,67 milhões).
GLOBO RURAL
Indicador do IPEA aponta deflação para famílias de baixa e média renda em junho
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a junho aponta que, à exceção da classe de renda alta, todas as demais faixas apresentaram deflação nos preços dos bens e serviços, com exceção da classe de renda alta
O estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na sexta-feira (14/07) revela que, na média, os preços consumidos pela faixa de renda muito baixa recuaram 0,16%. Em contrapartida, as famílias de renda alta tiveram uma taxa de inflação de 0,10%, impulsionada, principalmente, pelos reajustes nos preços dos serviços relacionados à habitação. No acumulado do ano, até junho, as famílias de renda muito baixa apresentaram a menor taxa de inflação (2,48%), enquanto as de renda média-alta registram a maior taxa (3,06%). Os dados mostram que, considerando os últimos 12 meses, a menor taxa de inflação é observada na faixa de renda média-baixa (2,96%), enquanto a maior está na classe de renda alta (4,13%). A inflação acumulada nos últimos 12 meses para as famílias com renda muito baixa, até junho, é de 3,38%. Na desagregação por grupo, os dados indicam que o principal alívio inflacionário no mês de junho surge da deflação dos alimentos consumidos em domicílio. Dos 16 subgrupos que compõem este conjunto de itens, 11 apresentaram queda de preços, como cereais (-1,8%); carnes (-2,1%); leites e derivados (-1,3%); óleos e gorduras (-5,3%); frutas (-3,4%), hortaliças (-3,8%) e tubérculos (-0,76%). Esses produtos contribuíram significativamente para a redução dos índices de inflação no mês, especialmente para as famílias de renda mais baixa, que têm maior peso na cesta de consumo. De modo semelhante, a queda dos preços do grupo transportes também contribuiu de forma expressiva para a desinflação em junho, refletindo, a deflação de 1,9% dos combustíveis. Por fim, o recuo de 1,2% dos preços dos eletroeletrônicos e de 1,6% dos artigos de cama, mesa e banho atuaram com que o grupo artigos de residência gerasse uma contribuição negativa à inflação para todas as faixas de renda. Os reajustes nas tarifas de energia elétrica (1,4%), água e esgoto (1,7%) e condomínio (1,7%) foram os principais pontos de pressão sobre o grupo de habitação, que teve a maior contribuição positiva para a inflação em junho. No entanto, para as faixas de renda mais altas, essa contribuição foi ainda maior, uma vez que esses segmentos se beneficiaram pouco da queda nos preços do gás de botijão (-3,8%). A deflação dos alimentos no domicílio trouxe um alívio menor para as faixas de renda mais elevadas, uma vez que esse grupo tem pesos menor no orçamento destes segmentos. De modo semelhante, nas classes mais elevadas, o efeito da queda dos preços dos combustíveis foi parcialmente anulado pelo aumento das passagens aéreas (11,0%), reduzindo assim o impacto baixista do grupo transportes. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, todas as faixas de renda pesquisadas registraram desaceleração da inflação. A queda da inflação foi significativamente maior para as faixas de renda mais baixas, devido ao comportamento dos alimentos no domicílio e dos combustíveis, com deflações de 1,1% e 1,9%, respectivamente. Esses números ficaram bem abaixo das taxas registradas no mesmo mês do ano passado (0,63% e -1,2%, respectivamente). A descompressão inflacionária, em 2023, também pode ser explicada pela trajetória mais benevolente dos grupos artigos de residência, vestuário e saúde e cuidados pessoais, com variações de -0,42%, 0,35% e 0,11%, em junho, em comparação com altas de 0,55%, 2,0% e 1,2% em 2022, respectivamente. De uma maneira geral, nos últimos 12 meses, a maior pressão inflacionária está no grupo de saúde e cuidados pessoais, devido aos aumentos de 6,5% dos produtos farmacêuticos, 12,4% dos artigos de higiene e de 14,5% nos planos de saúde. Para as famílias de rendas mais baixas, o grupo de alimentos e bebidas ainda contribui para a alta da inflação acumulada em 12 meses, devido aos aumentos de cereais (6,6%), farinhas e massas (11,9%), frutas (13,4%), leite e derivados (5,2%) e produtos de panificados (10,1%). Já para as famílias de maior poder aquisitivo, as altas de 5,9% nos serviços pessoais e de 9,2% nos serviços de recreação explicam a contribuição do grupo de despesas pessoais à inflação acumulada no período. A queda de 26,4% nos preços dos combustíveis, nos últimos 12 meses fez com que o grupo transportes fosse o principal fator de alívio inflacionário nesse período para todos os níveis de renda.
Assessoria de Comunicação Ipea
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