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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 408 DE 04 DE JULHO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 408 |04 de julho de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


2º semestre aponta quadro mais otimista para o pecuarista

A segunda metade do ano começa com expectativas mais positivas quanto aos preços do boi gordo nos mercados físicos e futuro (contratos na B3)


“Após a primeira etapa do ano registrar volumes significativos de oferta de boiada gorda – potencializada pelo forte movimento de descarte de fêmeas –, o segundo semestre mostra uma reversão de tendência”, destacaram os analistas da S&P Global Commodity Insights. Segundo a consultoria, neste momento o volume de animais disponíveis para abate é mais enxuto em praças onde há grande parcela de participação das atividades voltadas em atender ao mercado externo. “Tal conjuntura condiciona um cenário de expectativas para preços mais firmes, já que as compras de carne bovina por parte da China devem continuar aquecidas ao longo do segundo semestre do ano”, relatou a S&P Global. No entanto, diz a consultoria, apesar da atual redução de oferta de animais terminados e dos volumes de exportação em ritmo elevado, é preciso ficar atento ao comportamento do consumo interno de carne bovina.

Por enquanto, observam os analistas, a demanda doméstica pela proteína continua patinando, apesar das recentes quedas nos preços dos cortes bovinos, que ficaram mais competitivos em relação às proteínas concorrentes (frango e porco). Na segunda-feira, o mercado paulista do boi gordo registrou poucos negócios e os preços ficaram estáveis, informou a Scot Consultoria. No interior de São Paulo, o macho terminado continua negociado a R$ 247/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas são vendidas por R$ 212/@ e R$ 232/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente, segundo a Scot. O “boi-China” está cotado em R$ 255/@ mercado paulista (preço bruto e a prazo), com alguns negócios estão sendo fechados em R$ 260/@, acrescentou a consultoria. No mercado futuro, o contrato do boi gordo para outubro/23 (pico da entressafra) fechou junho/23 valendo R$ 264,50/@, ante R$ 243,60/@ registrado no final de maio/23 – uma alta mensal de quase 21 arrobas. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 220/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca R$ 197/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 199/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 200/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Consumo doméstico é principal desafio do setor de carne bovina

O fraco consumo no mercado doméstico deverá continuar sendo o principal desafio da cadeia produtiva de proteína bovina nos próximos meses, segundo análise divulgada pelo Rabobank à imprensa na segunda-feira (03)


“Entendemos que a tendência de perda de poder de compra deve se manter neste ano, mesmo com maior oferta e preços menores de carne bovina, o que não deve permitir recuperação do consumo per capita”, escreveram analistas do Rabobank em relatório.

“Em termos de fundamento pode ser um fator de pressão negativa nas cotações do boi gordo.” Além do baixo consumo doméstico, a desvalorização do boi gordo se deve ao aumento nos abates de fêmeas e maior estoque de machos, segundo o Rabobank. Em maio, a participação média das fêmeas nos abates em Mato Grosso, estado com o maior rebanho de bovinos do país, superou a dos machos e chegou a 52,6%, forte aumento em relação às médias dos dois últimos anos (39,1% e 37,3%), segundo informações já divulgadas pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Já na última quinzena de junho, a arroba do boi gordo passou a sinalizar recuperação no mercado futuro. “Esse cenário é resultado, principalmente, da restrição na oferta de bovinos terminados com o início da estiagem, que pode favorecer as cotações do boi gordo no mercado físico no segundo semestre”, disse o Imea em relatório divulgado na segunda-feira (03).

CARNETEC


Exportação de carne bovina in natura aumenta 26,44% em junho, mas preço médio continua em queda

O volume movimentado em junho teve o melhor desempenho do ano com 192,7 mil toneladas


A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), informou que o volume exportado de carne bovina in natura encerrou o mês de junho/23 com 192,7 mil toneladas. O volume teve alta de 26,44% frente ao total embarcado em junho do ano passado, com 152,4 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária ficou em 9,1 mil toneladas, avanço de 26,4%, frente ao ano anterior, com 7,2 mil toneladas no mesmo mês. O preço médio ficou em US$ 5.054 por tonelada, queda de 26,00% frente aos dados divulgados em junho de 2022, com preços médios de US$ 6.826 por tonelada. O valor negociado para o produto foi de US $ 974,1 milhões, contra US$ 1,040 bilhão no ano passado. A média diária ficou em US $ 46,3 milhões, queda de 6,40%, frente ao observado no mês de junho do ano passado, com US$ 49,5 milhões.

AGÊNCIA SAFRAS


SUÍNOS


Leves altas para o mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve aumento de 0,85%/0,83%, valendo R$ 119,00/R$ 121,00, enquanto a carcaça especial subiu 1,15%/1,10%, custando R$ 8,80/kg/R$ 9,20/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (30), houve alta de 0,77% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,53/kg, aumento de 1,02% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 5,95/kg, e de 0,16% em São Paulo, fechando em R$ 6,30/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná (R$ 5,83/kg) e em Santa Catarina (R$ 5,80/kg).

Cepea/Esalq


Exportações de carne suína em junho superam em volume e faturamento junho/22

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura nos 21 dias úteis de junho superaram em 24% o faturamento obtido em junho do ano passado e em 16,5% no volume.


A receita, US$ 248,3 milhões, superou em 24,54% o total de junho de 2022, com US$ 202.6 milhões. No volume embarcado, as 97.139 toneladas, ele é 16,51% maior do que o total registrado em junho do ano passado, com 83.371 toneladas. Em comparação com maio deste ano, a receita apresentou aumento de 5,28%. No volume embarcado, as 97.139 toneladas são 6,5% superiores às 91.158 toneladas exportadas em maio. A receita por média diária, US$ 11,8 milhões, é 22,5% a maior do que a de junho de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 6,6%. Nas toneladas por média diária, 4.625 toneladas, houve crescimento de 16,5% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, baixa de 6,78%. No preço pago por tonelada, US$ 2.556, ele é 5,2% superior ao praticado em junho passado. Frente a semana anterior, representa diminuição de 50,35%.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Ave congelada ou resfriada em SP com leves quedas

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 5,18/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não teve alteração, fixado em R$ 4,37/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 4,51/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (30), houve recuo de 0,33% para a ave congelada, atingindo R$ 6,04/kg, e retração de 0,50% para o frango resfriado, fechando em R$ 5,95/kg.

Cepea/Esalq


Volume de carne de frango embarcada em junho supera junho de 2022

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura nos 21 dias úteis de junho tiveram volume maior que junho do ano passado, mas com faturamento ligeiramente inferior


A receita, US$ 832,9 milhões, é 4,9% menor que o total de todo o mês de junho de 2022, com US$ 876 milhões. No volume embarcado, as 419.253 toneladas são 5,4% maiores do que em junho do ano passado, com 397.746 toneladas. Na comparação com maio deste ano, os US$ 832,9 milhões representam aumento de 5,8% em relação aos US$ 786,9 milhões registrados em maio deste ano. No volume, as 419.253 toneladas de junho são 4,9% superiores a maio. Na receita média diária, US$ 39,6 milhões, ela é 4,9% menor do que o registrado em junho de 2022. No comparativo com a semana anterior, recuo de 7,7%. Em toneladas, por média diária, 19.964 toneladas, houve alta de 5,4% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, baixa de 7,19% em relação às 21.512 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.986, ele é 9,8% inferior ao de junho do ano passado. Frente ao valor da semana anterior, queda de 0,55%.

AGÊNCIA SAFRAS


Gripe aviária: Brasil soma 57 casos; SP, BA e PR registram novas ocorrências em aves silvestres

Novos casos de gripe aviária de alta patogenicidade foram confirmados no Brasil durante o final de semana, conforme atualização da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar os dados sobre influenza aviária no país. Desde a última atualização, foram quatro novos casos registrados, todos em aves silvestres


Um dos casos foi detectado em Santos, São Paulo, em um Trinta-réis-de-bando. Outra ave do tipo Trinta-réis-de-bando também foi diagnosticada com o vírus em Porto Seguro, na Bahia. O Paraná confirmou outros dois casos na região litorânea, em Pontal do Paraná, sendo um deles em uma Gaivota-maria-velha e outro em um Trinta-réis-de-bando. Casos: Espírito Santo: 28 (sendo 27 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência), Rio de Janeiro: 13 (aves silvestres), Rio Grande do Sul: 01 (ave silvestre), São Paulo: 05 (aves silvestres), Bahia: 04 (aves silvestres), Paraná: 05 (aves silvestres), Santa Catarina: 01 (ave silvestre).

MAPA


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná tem cinco focos de influenza aviária; Adapar monitora

Dois novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foram confirmados no município de Pontal do Paraná na sexta-feira (30), em uma ave da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalesseus maximus) e em uma Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis)


O Paraná apresenta até o momento cinco focos da doença, todos em aves silvestres no Litoral do Estado. As medidas de vigilância em propriedades em torno dos focos estão em andamento, informou a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O município de Pontal do Paraná já tinha um foco de IAAP identificado em uma ave da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus) na semana passada. Os outros dois casos, um em aves da mesma espécie, haviam sido registrados em Antonina e Paranaguá. As amostras são enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal - OMSA - como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária. A infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo. A Adapar atende 100% das notificações de suspeita. Quando verificado um caso provável, é feita a coleta de amostra para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da unidade epidemiológica (propriedade), verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos. Na semana passada, a Adapar publicou uma portaria que suspende temporariamente a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves do Litoral para outras regiões. A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os donos de aviários devem reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Restrição do acesso das cooperativas ao Pronaf Agroindústria preocupa a Ocepar

As pequenas cooperativas terão acesso restrito ao Pronaf Agroindústria na safra 2023/2024


Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) limitou o enquadramento à linha de crédito apenas a cooperativas que tenham mais de 75% de seus cooperados como beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Anteriormente, para acessar o crédito rural, as organizações que comprovassem que 60% ou mais do seu quadro de associados fossem pronafianos, poderiam se beneficiar do Pronaf Agroindústria. “Essa restrição é um dos pontos mais preocupante das resoluções do CMN”, analisa Flávio Turra, Gerente de Desenvolvimento Técnico da Ocepar. Segundo ele, a Ocepar e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) já iniciaram uma articulação junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para reverter a resolução e voltar ao modelo anterior. A Ocepar observa ainda que falta definir a política de equalização de juros do crédito rural e o volume que será disponibilizado para a subvenção do prêmio do seguro rural. No caso do seguro rural, a OCB e a Ocepar estão pleiteando R$ 2,5 bilhões, enquanto o governo federal sinaliza com R$ 2 bilhões.

OCEPAR


Adapar faz busca ativa para cadastramento de rebanhos

Desde 1º de julho, os produtores que não cadastraram seus rebanhos não têm permissão para emitir Guia de Trânsito Animal até a regularização


Com o fim da Campanha de Atualização de Rebanhos de 2023, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) está iniciando a busca ativa de produtores que não realizaram o cadastro. A atualização pelo site e pelo aplicativo Paraná Agro encerrou na sexta-feira (30) e agora só pode ser feita de maneira presencial. O índice de atualização neste ano foi de aproximadamente 85,3%, desempenho superior ao registrado em 2022, de 83,6%. Os servidores da Adapar estão fiscalizando as propriedades inadimplentes para que todas tenham seus cadastros atualizados, provendo, com isso, o controle da população de animais de produção e a vigilância de doenças. Os produtores também podem procurar a Unidade Local da Adapar para fazer o cadastro. Desde 1º de julho, os produtores que não cadastraram seus rebanhos não têm permissão para emitir a GTA (Guia de Trânsito Animal) até a regularização, e poderão ser autuados por essa infração. O resultado da campanha e o índice de cadastros estão dentro do esperado pela Adapar, o equivalente a 157.861 propriedades rurais. Considerando os números por regionais, os índices mais baixos se concentraram nas regiões de Curitiba (67,2%) e União da Vitória (71,3%) e os mais altos nas regiões de Toledo (99,1%) e Paranavaí (95,8%). Com a certificação internacional do Paraná como de área livre de febre aftosa sem vacinação, em maio de 2021, a estratégia da vacinação foi substituída pela atualização do rebanho. Assim, uma vez por ano o produtor deve declarar a quantidade de animais na propriedade. Isso possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. Neste ano, a campanha iniciou em 1º de maio.

Adapar


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista tem leve alta

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8067 reais na venda, com alta de 0,37%.


Na B3, às 17:46 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,36%, a 4,8300 reais. A moeda norte-americana chegou a sustentar perdas pela manhã, após o relatório Focus do BC, que compila as projeções do mercado para os principais indicadores, mostrar que a inflação calculada para 2023 foi de 5,06% para 4,98%. Para 2024, passou de 3,98% para 3,92% e, para 2025, de 3,80% para 3,60%. No caso de 2026, a inflação projetada foi de 3,72% para 3,50%. Os dados elevaram as apostas de que, em sua reunião de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC dará a largada no processo de redução da taxa básica Selic com um corte de 0,50 ponto percentual. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Em um primeiro momento, a leitura foi de que, apesar de a queda da Selic reduzir o diferencial de juros para o Brasil, o país continuará atrativo ao capital externo no médio e no longo prazo, favorecendo o real. Em relatório, o UBS ajustou suas projeções para o dólar no encerramento dos próximos trimestres, de 4,85 para 4,60 reais no terceiro trimestre de 2023 e de 5,00 para 4,80 reais no quatro trimestre de 2023. Para o primeiro trimestre de 2024, a projeção para o dólar foi mantida em 5,00 reais e, para o segundo trimestre de 2024, passou de 5,25 para 5,00 reais. “Nós vamos enfrentar uma situação mais difícil para o dólar daqui para frente, com o diferencial de juros caindo”, avaliou Wagner Varejão, especialista em investimentos e sócio da Valor Investimentos. “Para o real se valorizar mais, temos que ter algum nível de melhora estrutural, como por meio da aprovação de reformas. O vento a favor vai parar de soprar um pouco.” Em função do feriado do Dia da Independência nos EUA nesta terça-feira, a expectativa também é de menos negócios com moedas no Brasil na próxima sessão.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta e começa semestre perto de 120 mil pontos

O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% na segunda-feira, voltando a orbitar os 120 mil pontos, em movimento endossado pelo avanço de ações de siderúrgicas e mineradoras, em particular Vale, além de nova melhora nas projeções de inflação e para a taxa básica de juros no país


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,34%, a 119.672,78 pontos. O volume financeiro na sessão somou 21,4 bilhões de reais, afetado na parte da tarde pelo fechamento antecipado das bolsas norte-americanas por causa do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos na terça-feira. A média diária em 2023 é de 26 bilhões de reais. Em junho, foi de 29,6 bilhões de reais. A pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central na segunda-feira, mostrou "melhoria considerável das expectativas de inflação de 2025-26", nas palavras do Goldman Sachs, bem como recuo nas previsões de 2023 e 2024, além de queda nas projeções para a Selic no final deste ano -- para 12%, de 12,25% ao ano estimado anteriormente. Na visão da Commcor, na cena doméstica, o momento é de confiança no início do ciclo de corte da Selic na próxima reunião do Copom, em agosto, com investidores apenas divididos sobre o ritmo do corte a ser feito pelo Banco Central, com apostas entre redução de 0,25 e 0,50 ponto percentual. A equipe da corretora destacou em nota a clientes na segunda-feira que a pesquisa Focus trouxe relevantes ajustes baixistas nas projeções inflacionárias, especialmente de longo prazo, "movimentos que reforçam o atual fechamento da curva de juros futuros". Para analistas da BB Investimentos, o recuo nos contratos de DI e sua influência positiva sobre a redução do custo de capital das companhias é inegável, mas esse movimento já foi observado, sendo necessários sinais mais claros em relação às perspectivas de crescimento, que por ora têm surpreendido positivamente. Como exercício e tomando as estimativas atuais de lucros do Ibovespa para os próximos 12 meses, para operar próximo às médias históricas de longo prazo o índice deveria ser negociado entre 150 mil e 160 mil pontos, o que mostra que o preço atual não está caro, pelo contrário.

REUTERS


Focus: Mercado reduz previsão para Selic a 12% este ano e vê inflação menor até 2026

Analistas do mercado reduziram suas estimativas para a inflação até 2026 e passaram a ver maior afrouxamento monetário neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira


O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa agora é de que a taxa básica de juros Selic encerre 2023 a 12,00%, de 12,25% esperados antes. Na última reunião, o BC deixou a Selic em 13,75%, mas indicou na ata desse encontro a possibilidade de iniciar um afrouxamento monetário "parcimonioso" na próxima reunião, em agosto. O Focus mostra que os economistas seguem vendo em agosto um corte de 0,25 ponto percentual, o que já era esperado. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda reduções na perspectiva para a inflação de 2023 a 2026, com a alta do IPCA estimada abaixo de 5% este ano. As previsões agora são de inflação de 4,98% em 2023, 3,92% em 2024, 3,60% em 2025 e 3,50% em 2026. Na pesquisa anterior, as estimativas eram respectivamente de 5,06%, 3,98%, 3,80% e 3,72%. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou em 0,01 ponto percentual, a 2,19%, enquanto que para 2024 subiu a 1,28%, de 1,22%.

REUTERS


Taxas futuras de juros caem no Brasil e já precificam corte de 0,50 ponto da Selic em agosto

As taxas dos contratos futuros de juros passaram por mais um dia de queda firme no Brasil, com investidores já precificando de forma majoritária um corte de 0,50 ponto percentual da Selic em agosto, após o relatório Focus mostrar novas reduções nas projeções de inflação até 2026.


Na quinta-feira da semana passada, o governo manteve a meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 3% em 2024 e 2025, e estabeleceu o mesmo percentual para 2026. Ao mesmo tempo, anunciou que a partir de 2025 o BC irá perseguir uma meta contínua, não mais limitada a cada ano-calendário. Em reação, as taxas dos contratos futuros de juros tiveram forte baixa na sexta-feira, com investidores avaliando que a mudança abre espaço para que a taxa básica Selic, atualmente em 13,75% ao ano, opere em patamares menores nos próximos anos. Os ajustes na curva a termo continuaram na segunda-feira. Pela manhã, o relatório Focus do BC, que compila as projeções do mercado para os principais indicadores, mostrou que a inflação calculada para 2023 recuou de 5,06% para 4,98%. Para 2024, passou de 3,98% para 3,92% e, para 2025, de 3,80% para 3,60%. No caso de 2026, a inflação projetada foi de 3,72% para 3,50%. Neste cenário, as taxas voltaram a ceder na segunda-feira, e a curva a termo passou a precificar, de forma majoritária, que o BC dará a largada no processo de redução da Selic em agosto com um corte de 0,50 ponto percentual. Perto do fechamento, a precificação na curva para a reunião de agosto era de 61% de chances de corte de 0,50 ponto percentual da Selic e 39% de probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual. Na sexta-feira, estes percentuais eram 28% e 72%, respectivamente.

REUTERS


Brasil tem superávit comercial de US$10,6 bi em junho e governo eleva projeção de saldo anual

A balança comercial brasileira registrou superávit de 10,592 bilhões de dólares em junho, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira, com exportações de 30,094 bilhões de dólares e importações de 19,502 bilhões de dólares


A Secex, que está ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), também atualizou sua projeção para o saldo da balança comercial em 2023, para um superávit de 84,7 bilhões de dólares, ante superávit de 84,1 bilhões de dólares no cálculo anterior. A secretaria projeta exportações de 330,0 bilhões de dólares no ano e importações de 245,2 bilhões de dólares. A projeção de 84,7 bilhões de dólares da Secex para o saldo comercial em 2023 contrasta com a previsão de 54 bilhões de dólares calculada pelo Banco Central, conforme o último Relatório de Inflação. Questionado a respeito da diferença nas projeções, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Alves Brandão, afirmou durante coletiva de imprensa que isso ocorre em função das metodologias utilizadas. "Eles seguem uma metodologia diferente da nossa. A gente mede bens com transposição de fronteiras, e o BC considera os bens com troca de propriedade", explicou Brandão. Segundo ele, a Secex utiliza a metodologia da ONU, enquanto o BC está alinhado à metodologia do Fundo Monetário Internacional (FMI), que inclusive leva em conta fatores como a importação de criptomoedas e de plataformas de petróleo. "O BC parte de premissas diferentes para fazer suas projeções", resumiu. Os dados da Secex mostraram ainda que o saldo comercial acumulado no primeiro semestre de 2023 foi de 45,5 bilhões de dólares, valor 32,9% superior ao verificado no primeiro semestre do ano passado. O desempenho foi resultado de exportações de 166,2 bilhões de dólares, contra importações de 120,6 bilhões de dólares. Conforme Brandão, as exportações foram recorde para o período, de acordo com série histórica que tem início em 1989. A soja foi um dos destaques da pauta no semestre, com exportações de 33,474 bilhões de dólares.

REUTERS


Fazenda elevará projeção de crescimento do PIB em 2023 para 2,5%-3%, diz secretário

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou na segunda-feira que a pasta deve revisar sua projeção para o crescimento econômico do país neste ano a uma faixa entre 2,5% e 3%, defendendo ainda que uma recente melhora nas condições fiscais e inflacionárias justifica o início de um ciclo de afrouxamento monetário


Atualmente a Fazenda prevê uma expansão de 1,91% da economia este ano, enquanto o Banco Central melhorou na semana passada sua projeção para o PIB de 2023 a um crescimento de 2%, depois de surpresa positiva nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Diante da redução de temores fiscais com o avanço do arcabouço fiscal, do recente arrefecimento do ritmo de alta dos preços e das expectativas de inflação mais baixas, o secretário defendeu que estão dadas as condições para um ciclo de harmonização entre a política fiscal e monetária, com o governo "na expectativa de que esse ciclo se consolide o quanto antes". Mello falou na cerimônia de instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado Conselhão. Também presente no evento, o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, disse que a segunda etapa da reforma tributária, de tributação da renda, já está sendo desenvolvida. O texto da proposta da primeira etapa da reforma tributária, que trata da taxação do consumo, foi apresentado recentemente pelo relator da matéria, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), mas vem sofrendo resistência de alguns governadores e prefeitos de grandes cidades, que temem perder arrecadação com as mudanças. Appy disse acreditar que a apresentação do relatório inicial da reforma tributária na Câmara dos Deputados já "avançou muito na construção de um texto que permita sua aprovação", acrescentando que esta será uma semana de "negociações finais" para viabilizar o avanço da proposta no Congresso. "Obviamente o ideal no longo prazo seria até reduzir a carga sobre o consumo. Infelizmente a situação fiscal do país não permite que a gente faça isso no curto prazo, mas existe o compromisso absoluto do governo de que não haverá esse aumento de carga tributária durante a transição", afirmou ele.

REUTERS


IPC-S fecha junho com queda de preços de 0,10%

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou o mês de junho com deflação (queda de preços) de 0,10%. Em maio, o indicador havia registrado inflação de 0,08%. Segundo dados divulgados na segunda-feira (3) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-S acumula taxa de inflação de 2,22% em 12 meses.


Dos oito grupos de despesa, dois apresentaram deflação e contribuíram para a taxa negativa do IPC-S, alimentação (0,36%) e transportes (1,14%). Entre os seis grupos com inflação, o principal destaque foi educação, leitura e recreação, que teve alta de preços de 0,87%. Em maio, o grupo havia tido a maior deflação (3,37%). Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas: vestuário (0,50%), habitação (0,23%), saúde e cuidados pessoais (0,19%), comunicação (0,14%) e despesas diversas (0,12%).

REUTERS


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