Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 404 |28 de junho de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: atacado fraco limita avanço mais consistente
Os frigoríficos de SP abriram o dia aumentando em R$ 2/@ os preços do gordo e da vaca gorda, agora negociados por R$ 255/@ e R$ 230/@, no prazo, informa Scot Consultoria
Com isso, o macho destinado ao mercado interno passou a valer R$ 247/@, enquanto a vaca subiu para R$ 212/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) e novilha gorda seguem valendo R$ 255/@ e R$ 230/@ (valores brutos, no prazo), respectivamente, acrescentou a Scot Segundo apuração da S&P Global Commodity Insights, na terça-feira, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo seguiu a passos lentos. “A dificuldade na ‘originação’ (compras) de animais terminados vem aumentando, mas as folgas nas escalas de abate em algumas unidades frigorificas tem limitado altas mais consistentes nos preços da arroba”, observa a S&P Global. A cautela dos compradores de gado também repousa na lentidão das vendas da carne bovina no atacado e na maior competitividade das proteínas concorrentes (sobretudo o frango e a carne suína), produtos mais baratos. Nesse contexto, o ritmo mais forte das exportações brasileiras de carne bovina exerce importante papel no escoamento da produção. Neste mês, as vendas externas da proteína ganharam fôlego, sustentadas pelo maior interesse dos importadores chineses, informam os analistas. “O produto brasileiro segue competitivo no exterior, mas com margens mais apertadas, sobretudo pelo comportamento cambial no Brasil”, relata a S&P Global. Na visão da consultoria, a atual lacuna criada entre o final da safra do “boi de capim” e a entrada no mercado animais oriundos do segundo giro de confinamento (neste segundo semestre) sugere um ambiente de preços mais firmes no curtíssimo prazo. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 239/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 207/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 190/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 199/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 190/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Preço do suíno vivo tem boa reação
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve aumento de 0,86%/1,69%, chegando a R$ 117,00/R$ 120,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, custando R$ 8,70/kg/R$ 9,00/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (26), houve alta de 0,7¨% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,38/kg, avanço de 2,87% no Paraná, alcançando R$ 5,73/kg, incremento de 2,52% no Rio Grande do Sul, avançando para R$ 5,70/kg, valorização de 2,36% em Santa Catarina, atingindo R$ 5,63/kg, e de 1,63% em São Paulo, fechando em R$ 6,24/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: cotações estáveis na terça-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de 1,32%, valendo R$ 5,23/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,53/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (26), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 5,94/kg e R$ 6,07/kg.
Cepea/Esalq
Mapa confirma primeiro foco de influenza aviária em ave de subsistência no Espírito Santo
A ocorrência do foco confirmado de IAAP em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou na terça-feira (27) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP - H1N5) em uma criação de subsistência onde havia pato, ganso, marreco e galinha. A detecção ocorreu no município da Serra, no estado do Espírito Santo. Esse é o primeiro foco detectado em aves domésticas em criação de subsistência desde a entrada do vírus no Brasil, no dia 15 de maio. As medidas sanitárias estão sendo aplicadas para contenção e erradicação do foco de IAAP, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região relacionada ao foco. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pelo Mapa e pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF) para evitar a disseminação do vírus e proteger a avicultura nacional.
Atualmente, o Brasil conta com 50 focos de IAAP detectados em aves silvestres, nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
MAPA
Brasil chega a 50 casos de gripe aviária em aves silvestres, com primeiro caso confirmado em Santa Catarina
A atualização das 13h (horário de Brasília) da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou o primeiro caso de gripe aviária em Santa Catarina, em um Trinta-réis-real no Município de São Francisco do Sul. Ao todo, o país soma 50 ocorrências da influenza aviária de alta patogenicidade, todos em aves silvestres
Todas as confirmações de gripe aviária até o momento no país foram em aves silvestres, e segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil segue reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue sem qualquer registro. No total, 50 casos confirmados de influenza aviária altamente patogênica até a tarde de 27 de junho. Espírito Santo: 27. Rio de Janeiro: 13. Rio Grande do Sul: 01. São Paulo: 03. Bahia: 03. Paraná: 02. Santa Catarina: 01
MAPA
CARNES
Carne bovina entre itens com maior queda no índice de preços da agropecuária paulista
O Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) medido pelo Instituto de Economia Agropecuária (IEA) caiu 1,31% em maio, sendo que a carne bovina registrou uma das principais quedas entre os itens considerados, informou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo na segunda-feira (26)
A carne bovina registrou queda de 7,21% em maio, em relação a abril, a terceira maior queda entre os itens considerados no índice que mede a variação dos preços recebidos pelos produtores paulistas. Em relação a maio do ano passado, a queda foi de 16,15%. O IEA disse que a queda no preço da carne bovina é reflexo da redução das exportações para a China devido ao embargo temporário que vigorou entre o fim de fevereiro e de março, que levou a uma expansão da disponibilidade da carne bovina no mercado nacional, contribuindo para reduzir as cotações da arroba do boi gordo. O preço da carne de frango teve a sexta maior queda registrada em maio dentro do IqPR, de -2,28% ante abril. Na comparação com maio do ano passado, o declínio de preço foi de 6,71%. Já o preço da carne suína considerado no índice teve uma elevação de 0,58% na comparação com abril e de 9,07% ante maio do ano passado.
CARNETEC
INTERNACIONAL
EUA gastarão US$ 502 milhões em respostas futuras à gripe aviária
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos gastará 502 milhões de dólares para garantir uma resposta rápida a quaisquer futuros casos de gripe aviária, à medida que o pior surto do vírus na história do país se estabiliza, disse à agência na última sexta-feira (23)
A gripe aviária matou 58,7 milhões de frangos, perus e outras aves em 47 estados desde janeiro de 2022, um número recorde nos EUA, de acordo com dados de 7 de junho dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. O novo financiamento permitirá que o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do USDA (APHIS) se prepare para a possibilidade de futuros surtos, pois o vírus continua a se espalhar em outros países, disse o USDA. A agência já gastou US$ 793 milhões em sua resposta ao surto, incluindo o descarte de aves mortas, a implementação de quarentenas e a realização de vigilância. O USDA também está testando vacinas contra a gripe aviária, informou a Reuters em abril.
REUTERS
EMPRESAS
Cooperativas da Unium se filiam à Aurora
Além disso, a Aurora comprou o frigorífico da Unium, responsável pelos produtos da Alegra Foods
As cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, que formam a Unium, vão se juntar à Central Aurora Alimentos (Aurora Coop), cooperativa central que já tem outras 11 sob seu guarda-chuva. Além disso, a Aurora comprou o frigorífico da Unium, localizado em Castro (PR), responsável pelos produtos da Alegra Foods. O valor da transação não foi divulgado. Em nota, a diretoria da Unium falou em um “acordo de intercooperação, inclusive de origem societária”, envolvendo sua unidade industrial de carnes. As três cooperativas operavam o frigorífico em conjunto até então. “O acordo de intercooperação depende de aprovação junto ao órgão regulador competente”, destacaram as cooperativas, em comunicado, referindo-se ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Aurora Coop, que é formada por cooperativas que atuam em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, faturou R$ 22 bilhões no ano passado. Já a Alegra Foods é um negócio de R$ 1 bilhão em vendas - e que pode chegar a R$ 1,28 bilhão em 2023, segundo projeções internas. Abastecida pela produção dos suinocultores cooperados da Unium, a empresa abate e desossa 3,5 mil animais ao dia e industrializa mais 3 mil toneladas de carne por mês. No início deste mês, a Alegra informou ao Valor o plano de investir R$ 15 milhões este ano, dos quais R$ 12 milhões foram aplicados no primeiro semestre. A empresa não comentou ontem se os R$ 3 milhões restantes vão se realizar em meio à mudança no controle do frigorífico. Com esses investimentos, a Alegra informou que pretendia manter em curso sua expansão em São Paulo, principal Estado consumidor de proteína do país. A empresa inaugurou um Centro de Distribuição em Barueri, município da Grande São Paulo, em fevereiro. Conforme disse Otávio Morelli, gerente executivo da Alegra, na ocasião, o novo centro pode movimentar 1,5 mil toneladas em 2023, quase o dobro das 800 toneladas entregues no ano passado, entre carne suína in natura e charcutaria. Com isso, a expectativa é atender o triplo de estabelecimentos comerciais (1,5 mil) e elevar a participação de São Paulo na receita do frigorífico de 17% para 30%, algo em torno de R$ 180 milhões. A Alegra também tem apostado na estratégia de aumentar a produção de itens de maior valor agregado, como os de charcutaria, disse Morelli. A empresa fechou 2022 com 40% de industrialização de toda a matéria-prima recebida e a expectativa, antes da venda do frigorífico à Aurora, era finalizar 2023 com o indicador em 54%, impulsionado pela maior demanda do food service paulista.
VALOR ECONÔMICO
TCP em Paranaguá registra novos recordes de produtividade em maio
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, conquistou mais dois recordes de produtividade em maio deste ano. Um deles é o número mensal de passagens de contêineres no gate (entrada e saída de veículos). Ao todo, 43.352 contêineres acessaram o terminal, 1.030 a mais que o recorde anterior, registrado em março de 2023
O segundo número foi de passagens diárias: em 30 de maio, 1.982 contêineres passaram no gate, 30 a mais que no último recorde alcançado em abril de 2021. Um dos fatores para o crescimento, segundo a companhia, é o investimento em melhorias nos dois portões de acesso. O gerente de operações da TCP, Felipe de França, explica que “os recordes refletem a evolução constante das obras em áreas de acesso rodoviário, como a ampliação de infraestrutura dos gates e investimentos em tecnologias de última geração. Em parceria com os times de comercial e de logística integrada, também foram feitos análises e ajustes para trazer mais flexibilidade durante o atendimento ao cliente.” Além do crescimento em estrutura, os gates passaram por melhorias nos processos internos, que ajudaram a acelerar a validação dos agendamentos.
GAZETA DO POVO
GOVERNO
Lançamento do Plano Safra 2023/24
Recursos para financiar a agricultura e a pecuária empresarial serão de R$ 364,22 bilhões Custo com a equalização do Plano Safra 2023/24 será de R$ 5,1 bilhões, diz subsecretário Gilson Bittencourt, do Ministério da Fazenda. Agricultura familiar terá R$ 8,5 bilhões. "Equalização do Plano Safra 2023/24 depende da aprovação de PLN no Congresso Nacional", diz.
PLN em tramitação no Congresso Nacional fará suplementação de R$ 1,5 bilhão no orçamento para iniciar equalização do Plano Safra 2023/24. "Expectativa do governo é iniciar a equalização até o fim da primeira semana de julho", diz subsecretário. Segundo ele, spread médio dos bancos vai cair no Plano Safra 2023/24. "Distribuição dos limites equalizáveis entre bancos deverá ser anunciada até o fim da próxima semana", afirma. Distribuição dos limites equalizáveis será limitada em até 30% dos valores totais por instituição financeira. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na terça-feira que seu governo não é “um clube de amigos” e que se engana quem pensa que “o governo vai fazer mais ou fazer menos porque tem problemas ou não com o agronegócio”. A fala ocorreu durante o lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto. Em seu discurso, Lula elogiou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que tem tentado promover uma aproximação entre ele e o agronegócio, amplamente alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. E disse que o governo “não age ideologicamente” ao elaborar o Plano Safra, que ele prometeu que será melhorado a cada ano. “O Fávaro tem sido uma dessas coisas que aconteceu num governo que não é um clube de amigos. Nós [governo] não somos um clube de amigos. Nós somos um governo com gente de partidos, ideologias e histórias diferentes, que têm uma única coisa que unifica todos nós: é provar a nós mesmos e ao povo brasileiro que este país pode ser do tamanho que a gente quer que ele seja ou ele pode ser pequeno, se a gente deixar de fazer”, disse Lula. “Se enganam aqueles que pensam que o governo pensa ideologicamente quando vai tratar de um Plano Safra. Se enganam aqueles que pensam que o governo vai fazer mais ou fazer menos porque tem problemas ou não com o agronegócio brasileiro. A cabeça de um governo responsável não age assim, não tem a pequenez de ficar insuflando o ódio entre as pessoas. Este país só vai dar certo se todo mundo ganhar.” Lula comentou a recente liberação de um carregamento 70 mil toneladas de carne brasileira pela China, afirmando ter sido alertado do problema pela ex-presidente Dilma Rousseff. Hoje presidente do banco dos Brics, ela também sofre forte rechaço do setor agrícola. O Presidente lembrou que telefonou para o líder chinês Xi-Jinping para liberar o carregamento, afirmando que “um governo não tem que atacar o governo de outro país”. “Isso é diplomacia”, disse Lula. “A mim, não importa o que pensa um governante de outro país. Eu não estou estabelecendo uma relação pessoal, mas uma relação de Estado.” O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na terça-feira (27/6) que o principal ativo do Plano Safra 2023/24 será a sustentabilidade. "O cerne é a sustentabilidade. É aí que vamos crescer, ganhar mais mercado e criar oportunidades", disse durante a cerimônia de lançamento do plano, em Brasília. Neste ano, R$ 12 bilhões serão direcionados para o custeio com juros até 1 ponto porcentual menor para produtores que tiverem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado e adotarem técnicas sustentáveis de produção. Fávaro destacou que queria um "prêmio" maior, de até 3 pontos porcentuais, mas que será possível começar com o desconto de 1 p.p. Uma das questões para a limitação da redução nos juros é a necessidade de mecanismos de verificação e comprovação das técnicas sustentáveis. "Tudo requer parametrização para os órgãos de controle, para que não tenha irregularidade", disse Fávaro. O Ministro destacou que, como todo o Plano Safra é baseado no Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+), a linha de crédito que tinha esse nome foi batizada agora de RenovAgro. Segundo ele, o programa começará a incentivar a conversão das pastagens degradadas em lavouras produtivas, com a possibilidade de financiamento do calcário para o tratamento do solo. Fávaro ainda destacou a redução de juros para o RenovAgro. A taxa será de 7% para médios produtores. Os grandes pagarão 8,5%. O ministro da Agricultura também destacou a redução nos juros do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Para unidades até 6 mil toneladas, a taxa será de 7%. O volume de recursos do programa aumentou 70%, para R$ 6,6 bilhões. "É um plano para construção de armazenagem. Não podemos comemorar safra recorde e não construir armazém", disse Fávaro. Fávaro destacou também os juros mais baixos para os médios produtores para a compra de máquinas, por meio do Moderfrota. A taxa será de 10,5%. Grandes produtores pagarão 12,5% ao ano.
VALOR ECONÔMICO
Plano Safra 2023/24 terá taxas menores para produção sustentável
A redução será de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio para os produtores rurais que possuírem o CAR analisado
O Plano Safra 2023/2024 incentivará os sistemas de produção ambientalmente sustentáveis. Os produtores rurais que já estão com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado e também aqueles produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis pagarão taxas de juros menores. A redução será de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio para os produtores rurais que possuírem o CAR analisado, em uma das seguintes condições: 1) em Programa de Regularização Ambiental (PRA), 2) sem passivo ambiental ou 3) passível de emissão de cota de reserva ambiental. Também terão direito à redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio para os produtores que adotarem práticas de produção agropecuária consideradas mais sustentáveis, como: produção orgânica ou agroecológica, bioinsumos, tratamento de dejetos na suinocultura, pó de rocha e calcário, energia renovável na avicultura, rebanho bovino rastreado e certificação de sustentabilidade. A definição do rol dessas práticas, bem como a regulamentação de como elas serão comprovadas pelos produtores rurais junto às instituições financeiras, ocorrerá posteriormente ao lançamento do Plano Safra 2023/24. Segundo o Ministério da Agricultura, essas reduções na taxa de juros de custeio poderão ocorrer de forma independente ou cumulativa. “Ou seja, caso o produtor preencha os dois requisitos, ele poderá ter uma redução de até 1 ponto percentual na sua taxa de juros de custeio.” Além disso, o Programa para Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro) incorpora os financiamentos de investimentos identificados com o objetivo de incentivo à Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária.
VALOR ECONÔMICO
Presidente da FPA 'parabeniza' esforço do governo no Plano Safra 23/24
Importante ressaltar a preocupação em relação ao volume de equalização de juros
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, parabenizou o ‘esforço’ do governo federal, especialmente do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na elaboração do Plano Safra 2023/2024. “Gostaria de destacar e parabenizar o esforço do governo, em especial do ministro Fávaro, em buscar entendimentos entre as diferentes pastas para atender a uma grande demanda de negócios no Plano Safra. O montante disponibilizado é significativo e merece nosso reconhecimento”, disse. Segundo Lupion, no entanto, é importante ressaltar a preocupação em relação ao volume de equalização de juros, uma vez que essa equalização é essencial para viabilizar de fato essa grande quantidade de negócios. “Se a equalização for insuficiente, os recursos se esgotarão rapidamente e perderemos uma parte significativa do potencial de negócios que poderia ser alcançado. Precisaremos aguardar o lançamento do MDA amanhã para obter uma compreensão mais precisa desse montante disponível”, afirmou. A FPA solicitou um volume da ordem de R$ 25 bilhões para garantir as operações necessárias. Lupion também fez questão de parabenizar a iniciativa de premiar com taxas menores os produtores mais sustentáveis. “Os produtores brasileiros cumprem a legislação ambiental mais eficiente e restritiva do mundo. Todos nós adotamos boas práticas em nossas propriedades, tanto em relação às áreas de preservação, quanto ao plantio direto e à proteção de nascentes. Vale ressaltar a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e sua inscrição, que são fundamentais e indispensáveis. Portanto, devemos aplaudir e reconhecer amplamente que os produtores rurais brasileiros serão beneficiados, sem dúvida alguma”. O presidente da FPA, diz que a banca sempre busca evitar o viés ideológico nas discussões. “Quando a ideologia entra em cena, as conversas se complicam e os desentendimentos surgem. É evidente que ao abordarmos os assuntos de forma técnica, conseguimos avançar. Hoje mesmo, durante o pronunciamento no Palácio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu o esforço da nossa bancada da FPA nas negociações para garantir um Plano Safra adequado. Estamos envolvidos nas negociações, as pontes foram estabelecidas”, disse. “É importante enfatizar que nossa frente não é política, mas sim técnica, focada especificamente em um setor que depende da atuação do governo. Portanto, buscamos nos despir ao máximo de questões partidárias, políticas e ideológicas para atender efetivamente às demandas técnicas do nosso setor”, completou.
CANAL RURAL
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
PIB do Paraná cresceu 9,16% no 10 trimestre de 2023
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 9,16% no 1º trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 193,9 bilhões. Essa expansão foi puxada pela agropecuária (38,32%), indústria (7,95%) e serviços (4,89%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) na segunda-feira (26/06)
O Estado respondeu por 7,6% do PIB nacional no período de janeiro a março de 2023, acima da participação de 7,1% registrada no mesmo intervalo do ano passado. Responsável pela maior contribuição do PIB paranaense, a agropecuária foi impulsionada principalmente pela produção de soja, que contabilizou incremento de 84,5% entre os trimestres, saltando de 12,2 milhões de toneladas colhidas na safra de verão de 2022 para 22,5 milhões no início de 2023. Entre os grãos, o milho também registrou evolução, com ampliação de 29,1% da produção na 1ª safra, de 3 milhões para 3,8 milhões de toneladas. No âmbito da pecuária, houve um crescimento de 9,7% do abate de frangos, de 499 milhões de cabeças no 1º trimestre de 2022 para 547 milhões em idêntico intervalo de 2023 – o maior resultado já observado em um trimestre. A primeira vez que o Estado ultrapassou a marca de 500 milhões foi no 4º trimestre de 2020. Na indústria, os impactos positivos sobre a alta de 7,95% foram na geração de energia elétrica, que compõe o grupo das atividades manufatureiras, e os aumentos produtivos dos segmentos alimentício e de refino de petróleo. Em relação aos serviços, que inclui o comércio, o crescimento está relacionado às expansões dos ramos de alojamento e alimentação, e serviços profissionais e transportes. Esse é o setor que mais emprega em nível estadual. Em valores monetários, o PIB do Paraná (R$ 193,9 bilhões) foi composto por R$ 47,1 bilhões da agropecuária, R$ 40,4 bilhões da indústria, R$ 86,1 bilhões dos serviços e R$ 21,9 bilhões dos impostos. Na evolução trimestral, em relação ao 4º trimestre de 2022, o aumento do PIB do Paraná no 1º trimestre de 2023 foi de 3,41%. Setorialmente, os impactos mais significativos foram da agropecuária (12,54%), indústria (1,75%) e serviços (3,05%). Essa também é a quarta evolução trimestral consecutiva na produção de bens e serviços no Paraná. No 2º trimestre a alta foi de 2,03%; no 3º trimestre de 2022, de 2,70%; e no 4º trimestre de 2022, de 2,78%. A evolução do Paraná ficou à frente da média nacional nos dois comparativos do 1º trimestre deste ano. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB nacional cresceu 4%, e em relação a outubro a dezembro de 2022, 1,9%. Em valores correntes, o PIB nacional do primeiro trimestre foi de R$ 2,6 trilhões. A média nacional é calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
IPARDES/AEN
A poucos dias do fim, campanha de atualização de rebanhos alcança 70% das propriedades, diz Adapar
A campanha de atualização dos rebanhos do Paraná termina na sexta-feira (30). A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Segundo a Adapar, 72,9% dos produtores paranaenses atualizaram seu rebanho
A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda). Os produtores podem fazer a atualização no sistema online pelo site da Adapar ou pelo aplicativo Paraná Agro. Também podem fazer presencialmente em uma das unidades locais da Adapar, sindicatos rurais ou escritório de atendimento de seu município (prefeituras). A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas. O Paraná foi reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em 27 de maio de 2021, como Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. Como compromisso do Estado, há a necessidade de cadastrar todos os animais uma vez por ano.
A atualização do rebanho é importante para a defesa agropecuária do Paraná e para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida em casos de suspeita de doenças nos animais e garante informações mais exatas para o trabalho de vigilância. Segundo balanço parcial (26/06), a regional de Curitiba é a que registrou o menor percentual de comprovação de cadastro até o momento, com 56,01%. É seguida pela de União da Vitória, onde 58,7% dos proprietários de rebanhos fizeram o cadastro. Ponta Grossa vem em terceiro entre os menores índices de atualização, registrando 66,4%. Na outra ponta lidera o índice o núcleo regional de Toledo, onde 93,9% das propriedades já cumpriram com a obrigação. É seguido pela região de Paranavaí, onde o índice chegou a 82,8% e pela regional de Umuarama (78,6%).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe ante real após BC sinalizar possível corte de juros em agosto
Em um dia marcado pela última ata do Copom, o dólar à vista fechou a terça-feira em alta ante o real, após sinalizações de que o Banco Central poderá começar a cortar juros no Brasil já em agosto, enquanto no exterior o viés predominante para a divisa norte-americana era negativo
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7985 reais na venda, com alta de 0,68%. Na B3, às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,61%, a 4,7990 reais. Perto das 10h o dólar migrou para o positivo. Por trás do movimento estiveram a divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC e o resultado do IPCA-15 de junho -- ambos com indicações de que o início do ciclo de cortes da taxa básica Selic poderá começar em agosto. Após ter mantido a taxa básica Selic em 13,75% ao ano na semana passada, o Copom adotou um tom considerado mais ameno -- ou dovish, no jargão do mercado -- na ata. Em um dos trechos mais significativos, o colegiado registrou que “a avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”. No mercado, a avaliação foi de que o BC abriu a porta para o início do processo de cortes da Selic. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 de junho subiu 0,04%, taxa mais baixa em nove meses, contra alta de 0,51% em maio. Em 12 meses até junho, o avanço acumulado é de 3,40%, resultado mais baixo desde setembro de 2020 (2,65%). Ainda assim, o avanço do dia foi incapaz de fazer a divisa superar os 4,80 reais no mercado à vista, em um sinal de que a visão mais geral sobre o Brasil ainda é positiva. No exterior, no fim da tarde o dólar mantinha-se em baixa ante uma cesta de divisas fortes.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda apesar de BC indicar chance de corte da Selic em agosto
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, em mais uma sessão de correção na bolsa paulista, mesmo após o Banco Central sinalizar claramente a possibilidade de começar o ciclo de flexibilização monetária em agosto
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,57 %, a 117.565,55 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima, em uma primeira reação à ata do Copom, chegou a 119.211,58 pontos. O volume financeiro somava 23 bilhões de reais.
REUTERS
IPCA-15 sobe 0,04% em junho, diz IBGE
O IPCA-15 ficou praticamente estável em junho graças à queda dos preços de combustíveis e a taxa em 12 meses foi ao menor nível em quase três anos, o que deve intensificar os argumentos para o início de um ciclo de corte de juros depois de o Banco Central ter indicado essa possibilidade para agosto
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou variação positiva de 0,04%, taxa mais baixa em nove meses, contra alta de 0,51% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. Assim, considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, o índice acumulou em 12 meses até junho alta de 3,40%, de 4,07% em maio, resultado mais baixo desde setembro de 2020 (2,65%). A meta para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. Em junho, o que puxou o IPCA-15 para baixo foi a queda de 3,75% do preço dos combustíveis, ajudando o grupo de Transportes a registrar deflação de 0,55%. O maior impacto negativo individual foi exercido pelo recuo de 3,40% no preço da gasolina, mas os demais combustíveis também sofreram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Além dos Transportes, outros dois grupos registraram queda de preços -- Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de residência (-0,01%). A alimentação no domicílio registrou queda de 0,81% em junho, enquanto na alimentação fora de casa houve desaceleração na alta dos preços para 0,29%. Na outra ponta, a maior variação no IPCA-15 de junho foi a alta de 0,96% do grupo Habitação, enquanto os custos de Vestuário aumentaram 0,79% Despesas pessoais subiram 0,52%. Analistas também alertam para a resiliência da inflação de serviços, acompanhada de perto pelo Banco Central, e a pressão nos núcleos.
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Taxas futuras caem após Copom reforçar apostas de corte da Selic em agosto
As taxas dos contratos futuros de juros de curto prazo fecharam em baixa na terça-feira, após a divulgação da ata do Copom e do IPCA-15 de junho, com investidores reforçando as apostas de que o Banco Central começará a cortar a Selic em agosto, e não em setembro
No início do dia, o foco esteve concentrado na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que na semana passada manteve a taxa básica Selic em 13,75% ao ano. O documento foi considerado mais ameno – ou dovish, no jargão do mercado – que o comunicado da última semana. “Consideramos que a ata do Copom apresentou um tom mais dovish do que o comunicado, sinalizando fortemente a possibilidade de iniciar o ciclo de flexibilização monetária em agosto, com um corte de 25 bps, em linha com o nosso call”, comentou o estrategista-chefe da Warren Rena, Sérgio Goldenstein, em relatório enviado a clientes. A leitura de que a ata foi dovish trouxe um viés de baixa para as taxas futuras, reforçado pelo resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15). Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 de junho subiu 0,04%, taxa mais baixa em nove meses, contra alta de 0,51% em maio. Em 12 meses até junho, o avanço acumulado é de 3,40%, resultado mais baixo desde setembro de 2020 (2,65%). “O IPCA-15 veio bem próximo das expectativas, confirmando a deflação de alimentos e transportes, levando a uma desaceleração pronunciada na margem”, avaliou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. “O mercado já vinha incorporando este IPCA-15, que sugere uma deflação no IPCA do fechamento do mês”, completou. O recuo das taxas dos DIs (Depósitos Financeiros), no entanto, foi amenizado pelo exterior. Isso porque uma bateria de dados positivos sobre a economia norte-americana elevou a expectativa de que os juros nos EUA atingirão patamares mais elevados para segurar a inflação.
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PIB-Agro/Cepea: alta modesta no 1º tri
O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), apresentou ligeiro avanço de 0,19% no primeiro trimestre de 2023
Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado modesto refletiu os comportamentos opostos em termos de preços e de volumes. Nesse sentido, por um lado, o crescimento do PIB foi sustentado pela safra recorde no campo – que, por sua vez, influencia também em uma maior movimentação de agrosserviços no País. Por outro, o desempenho do PIB foi prejudicado por preços desfavoráveis ao setor, já que houve reduções frente aos registrados no primeiro trimestre de 2022 para vários dos principais produtos agropecuários e agroindustriais que compõem o setor. Considerando-se também o comportamento do PIB brasileiro no período, o Cepea/CNA estima que a participação do setor na economia fique próxima de 24,5% em 2023, pouco abaixo dos 25% registrados em 2022. O ramo agrícola apresentou avanço de 0,66%, com a sustentação vinda dos desempenhos observados para o segmento primário, para a agroindústria e agrosserviços – o setor de insumos recuou, pressionado pela desvalorização dos fertilizantes e defensivos. No caso do segmento primário, apesar das quedas nos preços de muitos produtos (algodão, café, tomate, milho, soja, trigo, cana, cacau, banana e batata), o crescimento foi sustentado pela expectativa de uma safra recorde de grãos no campo, somada às maiores produções esperadas de café e cana. O PIB também foi favorecido pelo arrefecimento dos preços dos fertilizantes e defensivos frente a 2022. Na indústria, o PIB cresceu devido a uma redução de custos com insumos, tendo em vista que a produção industrial registrou queda modesta e os preços dos produtos também caíram (com destaques negativos para o etanol, os produtos de madeira e o café industrializado). Quanto aos agrosserviços, o crescimento do PIB decorreu sobretudo do desempenho agrícola dentro da porteira. Essa expansão se traduz em demanda por serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros serviços (como financeiros, contábeis, jurídicos, de comunicação, entre outros). Diferentemente do agrícola, o ramo pecuário caiu (-1,09%), influenciado pelas baixas observadas em todos os quatros segmentos. No caso dos insumos, o desempenho negativo foi impactado sobretudo pelos menores preços das rações e dos medicamentos veterinários. Para o segmento primário pecuário, a retração decorreu do menor valor bruto da produção esperado para o ano, mesmo em um cenário de certo alívio dos custos com insumos. A queda do valor da produção refletiu os menores preços de bovinos e aves de corte, uma vez que se projeta expansão de produção para todas as atividades pecuárias acompanhadas – exceto o leite. Na agroindústria pecuária, apesar da maior produção estimada de carnes para o ano, o PIB também foi pressionado pelo comportamento desfavorável dos preços da carne bovina e dos couros bovinos. Quanto aos agrosserviços pecuários, a baixa esteve em linha com as reduções observadas a montante. O fraco desempenho dos segmentos pecuários, com valores brutos da produção pressionados por preços desfavoráveis, também deve ter se refletido numa demanda mais enfraquecida por serviços.
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