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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 400 DE 22 DE JUNHO DE 2023

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 400 |22 de junho de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Semana em ritmo lento no mercado. arroba segue estável

Repetindo a tendência dos dias anteriores, o mercado do boi gordo seguiu em ritmo cadenciado na terça-feira (21/6), marcado pela estabilidade nos preços da arroba na maioria absoluta das praças brasileiras


No interior de São Paulo, conforme apuração da Scot Consultoria, as cotações ficaram estáveis para todas as categorias, enquanto o volume de ofertas de boiadas gordas aparentemente diminuiu. Com isso, o animal macho “comum” (destinado ao mercado doméstico) segue valendo R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” paulista (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está em R$ 245/@ (prazo, valor bruto), sem ágio, portanto, diz a Scot, acrescentando, porém, que há registro de negócios em R$ 250/@. Apesar da demanda interna pela carne bovina não registrar sinais de evolução, a baixa oferta de boiada gorda passou a ser o fator preponderante para o comportamento de estabilidade – com leve viés de alta – da arroba do boi gordo, observou a S&P Global Commodity Insights. Na avaliação dos analistas, nas próximas semanas, as cotações do boi gordo podem registrar avanços pelas regiões pecuárias, notadamente nas áreas onde os preços abriram ágios de mais de R$ 50/@ frente ao valor referencial de São Paulo, como nas praças de Rondônia, Maranhão e Tocantins.

No varejo/atacado, o mercado da carne bovina segue com baixa liquidez. “Em plena segunda quinzena do mês, o mercado consumidor vê seu poder de compra reduzir e passa a reconsiderar o consumo de carne vermelha”, observa a Agrifatto, acrescentando que os cortes que mais têm saída atualmente são os mais acessíveis financeiramente, como os do ponta de agulha e do dianteiro. A carcaça casada do boi segue estável, sendo comercializada na média de R$ 16,50/kg em São Paulo, “mas com tendência de novas baixas nos próximos dias”, prevê a Agrifatto. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 190/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 192/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 192/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 185/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Pecuária paranaense adota tecnologias de ponta para produzir carne de alta qualidade

Localizada em Santa Tereza D’Oeste (PR), a Fazenda Santo Antônio utiliza a ultrassonografia de carcaça para evolução da qualidade da produção – assim como a Fazenda Cotegipe, de Cascavel (PR). “Esses confinamentos que trabalham com a tecnologia de avaliação por ultrassom são parceiros da Padrão Beef, cooperativa criada com o objetivo de oferecer carne premium ao mercado”, comenta Jayne Costa, zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria,


A ultrassonografia de carcaça é uma tecnologia aplicada na pecuária, que desempenha papel significativo ao fornecer informações valiosas sobre a composição e qualidade de carne, permitindo aos pecuaristas tomadas de decisões assertivas em relação às estratégias adotadas no sistema de produção. Além disso, permite ampliar o nicho de produção da carne premium, já que, por meio desse exame, é possível analisar características específicas do produto final, como Área de Olho de Lombo (AOL), Espessura de Gordura Subcutânea (EGS) e Marmoreio (MAR), fatores determinantes para a qualidade superior da proteína. O uso dessa ferramenta foi detectado pela equipe da primeira rota do Confina Brasil ao passar pela Fazenda São Domingos, onde é realizado o trabalho com bovinos F1 Angus. A propriedade utiliza a ultrassonografia para definir o momento correto do abate. Diego Rossin, médico-veterinário e técnico do Confina Brasil, informa que “a estratégia de abate no confinamento é individualizada – e não por lote, como é frequentemente visto na pecuária. Isso se dá pelo uso da tecnologia, que permite a análise individualizada de cada carcaça, tornando a tomada de decisão muito mais assertiva para produção de carne de qualidade superior”. Jayne Costa, afirma que “em um futuro próximo, a Cotegipe também fará uso da tecnologia para promover o melhoramento genético do rebanho, como preparação das fêmeas para inseminação artificial. Com o ultrassom, será mais fácil acertar o timing para realizar testes de reprodução com as precocinhas, que são as novilhas de até 16 meses.” Apoiando-se na tecnologia de ultrassom, a Fazenda Indira Vivace, de Nova Prata do Iguaçu (PR), junto com seus cooperados, recebe uma bonificação pelo grau de marmoreio e de acabamento na carcaça dos bovinos. Para alcançar as metas que levam à bonificação, a Indira opta pela produção de carne com predominância de bovinos Angus.

SCOT CONSULTORIA


SUÍNOS


Mercado de suínos com alta no PR e RS

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 114,00/R$ 116,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 8,70/kg/R$ 9,00/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (20), o preço ficou estável somente em Santa Catarina, valendo R$ 5,44/kg. Houve alta de 0,98% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,16/kg, elevação de 0,55% no Paraná, alcançando R$ 5,50/kg, crescimento de 1,29% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 5,51/kg, e de 0,50% em São Paulo, fechando em R$ 6,08/kg.

Cepea/Esalq


Custo médio de produção do suíno registra queda de 9,9% em maio

Levantamento da Embrapa através de sua Central de Inteligência de Suínos e Aves, apontou que o custo de produção do suíno vivo na região Sul apresentou nova queda em maio, proporcionada por nova baixa verificada nos Estados sulinos pelo terceiro mês consecutivo


O custo médio de maio a partir dos custos aferidos nos três Estados da Região retrocedeu para R$5,81, significando o maior índice mensal de queda no decorrer do ano, atingindo 9,9%, enquanto apresentou retrocesso de 16,5% sobre o mês de abertura do ano. A comparação com o mesmo período de 2022 perdeu a relevância diante da alteração dos parâmetros para o levantamento do custo no decorrer de 2023 sem que os anos anteriores tenham sido corrigidos. Mesmo atingindo quedas consecutivas, o custo médio de criação na região Sul segue acima do recebido na comercialização do cevado e, com isso, os suinocultores sulistas seguem absorvendo prejuízos.

EMBRAPA


FRANGOS


Mercado do frango estável no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de 0,36%, valendo R$ 5,58/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,49/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (20), a ave congelada teve queda de 0,65%, chegando a R$ 6,08/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,98%, fechando em R$ 6,18/kg.


EMPRESAS


Minerva é condenada a pagar R$ 1,39 milhão por más condições no transporte de gado vivo

Ação foi proposta este ano pelo Ministério Público de São Paulo após conclusão de inquérito sobre embarque de animais no porto de Santos em 2017

A Justiça de São Paulo condenou em primeira instância o frigorífico Minerva por maus tratos durante o transporte de 30 mil cabeças de gado para embarque no porto de Santos com destino à Turquia em 2017. Em sua decisão, o juiz da 4ª Vara Cível de Santos, Frederico dos Santos Messias Vistos, acatou o pedido feito Ministério Público do Estado para o pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 1,39 milhão. A Ação é fruto de um inquérito aberto pelo MP durante as apurações sobre maus tratos na exportação dos animais para a Turquia, fato que chegou a gerar a suspensão da exportação de gado vivo em todo o país à época. Neste caso, os promotores focaram nas condições de transporte terrestre dos animais até o porto. Segundo auto de infração lavrado da Secretaria do Meio Ambiente do Município de Santos citado pelo Ministério Público, os veículos que levavam os animais tinham pouca ventilação, espaço insuficiente, além de “carroceria insalubre, com madeiramento em mau estado de conservação”. Além disso, o trajeto dos veículos desde sua origem, no interior do Estado, até Santos, teria levado de 10 a 13 horas, quando o limite máximo regulamentar é de 8 horas, deixando alguns animais extenuados e, inclusive, levando-os a viajar sobre seus próprios dejetos. O fato gerou multa de R$ 1,39 milhões na época, usada como base para o pedido de indenização realizado cinco anos depois pela promotoria e aceito pela justiça. “Independentemente da sanção administrativa já aplicada pelo Poder Executivo Municipal à requerida, cumpre, aqui, buscar sua responsabilização civil pelo dano moral coletivo decorrente do sofrimento físico e psíquico infligido injustamente aos animais inspecionados pelo Município”, afirma o Ministério Público em sua petição inicial.

GLOBO RURAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Pelo quinto mês seguido, exportações do Paraná batem recorde

Desde o início do ano a atividade de comércio internacional registra forte crescimento no estado


Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior, do Governo Federal (Secex), as exportações paranaenses alcançaram o maior valor da série histórica (desde 1997) em maio, chegando a US$ 2,5 bilhões. O valor representa 26% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2022. No ano, já somam o maior valor em receitas cambiais ao longo de toda a série, com total de US$ 9,8 bilhões, 15% a mais do que o obtido no mesmo período do ano passado. A China, com alta de 39% no acumulado de janeiro a maio, absorveu 24% das exportações totais do estado. Já as importações tiveram redução de 26% em relação ao mesmo mês do ano anterior, em torno de US$ 1,7 bilhão. Em relação ao acumulado do ano, se observa a mesma tendência de queda. Até maio, as compras de mercadorias e serviços realizadas pelo Paraná retraíram 12%, somando US$ 7,6 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial paranaense chegou a US$ 824 milhões. No ano, já acumula superávit de US$ 2,157 bilhões. Em maio, as vendas externas foram distribuídas para 176 países, mas 52% tiveram como destino cinco mercados principais. Para a China foram 31% das mercadorias comercializadas para fora do país. Na sequência aparecem Argentina (7%), Estados Unidos (5,3%), México (5%) e Holanda (4%). No ano, o cenário muda pouco. A China, com alta de 39% no acumulado de janeiro a maio, absorveu 24% das exportações totais do estado. A Argentina fica com a segunda colocação (representa 7% dos valores exportados no ano e está com alta acumulada de 46%), seguida por Estados Unidos (5,8% e queda de 22% este ano), México (4,4% do total e 53% de alta no ano) e Japão (3,2% e alta de 120% no ano). Por outro lado, em maio, o Paraná negociou a compra de produtos com 101 países, sendo a maior parte de cinco regiões principais, que representaram 48% da pauta do mês. A economia chinesa é o destaque, responsável por 18% do total vendido, principalmente mercadorias do setor químico (33%) e máquinas e equipamentos (16%). Em seguida está a Argentina (9,6%), Estados Unidos (7,3%), Rússia (7,1%) e Canadá (5,4%). No ano, o estado continua adquirindo mais produtos oriundos da China, cerca de 20% do total importado. Mas as receitas das negociações com o país asiático vêm caindo 31% este ano na comparação com o mesmo intervalo de 2022. Os Estados Unidos seguem como segundo parceiro das importações, representando 10% das compras externas do ano, mas também há redução de 31% nos valores atuais. Depois vem Rússia (representa 7,6% do total e tem alta de 38% no ano), Argentina (representa 7,5% do total e tem alta de 91% no ano) e Alemanha (representa 5,3% do total e tem alta de 14% no ano). Produtos do complexo soja continuam liderando as exportações paranaenses com 44% do total vendido no mês. Depois seguem carnes (12%), material de transporte (7%), mecânica (5%) e madeira (4,5%). Nas importações os itens mais adquiridos pelo estado estão ligados ao agronegócio. Produtos químicos representaram 31% da pauta, enquanto material de transporte respondeu por 19%, petróleo por 12%, mecânica 10% e materiais elétricos e eletrônicos 6%.

FIEP


Vendas do Dia dos Namorados apresentam redução no Paraná

A venda de presentes para o Dia dos Namorados (12 de junho) retrocedeu 8,7% em todo o Paraná, quando comparada com o ano passado. O resultado foi apurado em pesquisa realizada pelo grupo DataCenso, sob encomenda da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), em parceria com a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina)


Na apuração por regiões, os resultados foram negativos em Curitiba (-6,4%), Ponta Grossa (-12,2%), Londrina (-12,6%), Cascavel (-9,8%), Maringá (-8%), Francisco Beltrão (-7,8%) e Guarapuava (-5,3%). Em Londrina, 15% dos comerciantes entrevistados disseram que as vendas foram superiores a 2022, enquanto 26% afirmaram que foram iguais e 58% consideram inferiores. Entre os motivos apontados pelos comerciantes de Londrina para a diminuição nas vendas estão o menor poder de compra do consumidor (38%), o clima (10%), preços altos (7%), concorrência com as compras pela internet (5%), cenário político (5%), o fato de a data ter caído em uma segunda-feira (5%), pouco movimento (5%), falta de produtos (2%) e outros motivos (17%). As formas de pagamento mais utilizadas pelos londrinenses foram a prazo no cartão de crédito (57%), em uma vez no cartão de crédito (19%), à vista com PIX (11%), à vista no cartão de débito (6%), crediário da loja (4%) e à vista em dinheiro (3%). Quanto à expectativa em relação à economia, os comerciantes londrinenses estão animados (38%), preocupados (56%) e desanimados (7%). Já em relação ao próprio negócio, a maioria está animada (67%), enquanto 33% estão preocupados. Em Londrina, dos comerciantes entrevistados que vendem pela internet, 23% disseram utilizar o WhatsApp; 40% usam o Instagram; 18% vendem pelo site da loja; 13% pelo Facebook; 3% por redes sociais em geral; 28% por e-commerce; 8% no Mercado Livre; 3% no Magalu; 5% na Shopee e 3% por outros meios. Entre os principais motivos apontados pelos comerciantes de Londrina para a diminuição nas vendas está o menor poder de compra do consumidor (38%).

FOLHA DE LONDRINA


ECONOMIA/INDICADORES


Banco Central mantém juros em 13,75% ao ano mesmo com ofensiva do governo e do setor produtivo

Com a estabilidade da taxa Selic pela sétima reunião consecutiva e recuo das expectativas inflacionárias, o Brasil continua a ter a maior taxa de juro real (descontada a inflação) do mundo, em uma lista com 40 economias. Cálculos do site MoneYou indicam que o juro real brasileiro está agora em 7,54% ao ano. Em segundo lugar na lista que considera as economias mais relevantes, aparece o México (5,94%), seguido da Colômbia (5,16%). A média dos 40 países avaliados é de -0,73%


Sob renovada ofensiva do governo e do setor produtivo para a queda de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central perseverou em sua estratégia e manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida -- ou mais de 10 meses. A decisão foi unânime. A decisão de hoje, que mantém a Selic no maior nível desde janeiro de 2017, já era amplamente aguardada pelo mercado financeiro. Dos 46 analistas consultados pelo Projeções Broadcast na última semana, 45 previam estabilidade dos juros básicos e apenas um projetava queda de 0,25 ponto porcentual, a 13,50%. Apesar da manutenção, notícias favoráveis se acumularam desde a última reunião, em maio, em relação ao cenário inflacionário e aos riscos considerados pelo Copom. Houve surpresa desinflacionária nos dados do IPCA de maio e as expectativas de inflação começaram a ceder de forma mais consistente, ainda que permaneçam acima da meta. Além disso, houve forte valorização da moeda brasileira, e o avanço do novo arcabouço fiscal reduziu a curva longa de juros. No último Boletim Focus, a expectativa para o IPCA de 2023 era de 5,12% -- ainda acima do teto da meta (4,75%) --, contra 6,05% na pesquisa anterior ao Copom de maio. Já a projeção para 2024, foco da política monetária, cedeu de 4,18% para 4,00%, contra o centro da meta de 3,0%. No longo prazo, as expectativas estão em 3,80%. Diante das “boas novas”, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem sinalizado espaço para queda de juros à frente, mas tem pedido “paciência” e repetido que é só “um voto de nove” no colegiado. Outros membros do Copom, como o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Dias Gomes, afirmou que há “sinais preliminares” de melhoria. No mercado, a aposta é de queda da Selic em agosto.

O ESTADO DE SÃO PAULO


Dólar à vista fecha em baixa de 0,56%, a R$4,7681 na venda

Mesmo com os investidores à espera da decisão do Banco Central sobre a Selic, marcada para o início da noite, o dólar à vista teve uma nova sessão de perdas ante o real na quarta-feira, em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também cedia após comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a inflação nos EUA


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7681 reais na venda, com baixa de 0,56%. Esta é a menor cotação de fechamento desde 31 de maio de 2022, quando atingiu 4,7542. Na B3, às 17:05 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,57%, a 4,7725 reais. Após os recuos das últimas semanas, o dólar à vista chegou a ensaiar uma recuperação na manhã da quarta, enquanto investidores aguardavam pelo depoimento de Powell à Câmara norte-americana. Powell começou a falar às 11h e seus comentários não reforçaram necessariamente uma visão mais dura -- ou hawkish, no jargão do mercado -- sobre o futuro da política monetária nos EUA. Apesar de dizer que o combate à inflação tem “um longo caminho a percorrer”, o chair do Fed afirmou que pode fazer sentido aumentar os juros a um “ritmo mais moderado”. Com a fala de Powell, que se estendeu até o início da tarde, o dólar foi se firmando em queda ante diversas divisas ao redor do mundo, incluindo o real.

REUTERS


Ibovespa fecha na máxima desde abril de 2022 na espera do BC; Petrobras ajuda

O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, acima dos 120 mil pontos pela primeira vez desde abril de 2022, em sessão marcada por expectativas para a decisão de política monetária do Banco Central, em especial sinais sobre o rumo da Selic à frente, tendo Petrobras entre os principais suportes


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,56 %, a 120.295,13 pontos, máxima de fechamento desde 4 de abril de 2022, de acordo com dados preliminares. No melhor momento do dia, chegou a 120.518,52 pontos. Na mínima, a 119.332 pontos. O volume financeiro no pregão somava 24,7 bilhões de reais.

REUTERS


Emprego formal surpreende e analistas já reveem projeções

Com exceção de 2020, quando a covid afetou as estatísticas, taxa de formalização do mercado de trabalho brasileiro é a maior desde 2016


Após um movimento de retomada que priorizou os empregos do setor informal, que têm pior qualidade e remuneram pior, a recuperação do mercado de trabalho brasileiro tem sido capitaneada pela criação de vagas no setor formal, em especial as com carteira assinada. Em linha com o crescimento mais forte que o esperado da economia brasileira desde o início do ano, essa modalidade de emprego também vem surpreendendo, levando analistas a revisarem suas projeções para o mercado de trabalho no fim do ano. De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a economia abriu 1,9 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado nos últimos 12 meses até abril, na série ajustada. Destes, 705 mil apenas nos quatro primeiros meses do ano. Já o salário médio real de admissão chegou a R$ 2.015,58, ainda 8% abaixo do patamar visto em janeiro de 2020. O número ajudou a taxa de formalização do mercado de trabalho a alcançar 61,1% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua. Exceção feita a 2020, quando a taxa de formalização teve um salto em meio à onda de demissões ocorridas na pandemia, afetando sobretudo as camadas de renda mais baixa, esse nível não é visto desde 2016, no início da série histórica da Pnad Contínua. “Tanto o Caged quanto a Pnad vêm mostrando aumento da oferta de vagas formais. De certa forma, isso faz parte do processo de normalização do mercado de trabalho, após um início de recuperação pós-pandemia focado no setor informal. O que tem surpreendido é a magnitude da melhora do setor formal”, afirma o economista da LCA Consultores Bruno Imaizumi. Para Imaizumi, a maior parte desses empregos pode ser explicada pela normalização após a pandemia - não apenas escritórios e lojas, mas também escolas e hospitais. A administração pública, continua, se beneficiando dessas tendências e também da mudança de governo. “Vimos uma retomada de abertura de vagas no setor público após quatro anos de perdas e é de se esperar que um governo do PT se reflita em uma tendência mais forte de contratações”, diz. O mesmo raciocínio vale para a construção, que também se mantém aquecida devido ao estoque de concessões feitas recentemente. “Embora seja um setor mais sensível a crédito e com grande participação de trabalhadores informais, a gente vê alguma resiliência principalmente pela retomada das obras públicas, um ramo em que a formalização do vínculo de emprego é mais exigida.” Há ainda um possível outro motivo para essa recuperação mais forte que o esperado, diz Imaizumi. “O que talvez possamos estar subestimando são os efeitos das reformas conduzidas na década passada”, diz. “A gente sabe que a reforma trabalhista, por exemplo, reduziu muito a litigância de má-fé e que pequenas empresas - as que mais contribuem para geração de vagas - são muito afetadas pela abertura de um processo trabalhista. Logo, essa redução da litigância pode ter contribuído para que mais empresas tenham conseguido sobreviver.” Para Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, outro fator que pode estar colaborando para uma maior retenção do mercado de trabalho formal é a reforma da Previdência. “Não é algo muito palpável, é mais uma hipótese que temos e que ainda carece de dados. Mas o que temos observado é que a entrada na força de trabalho de população com mais de 50 anos cresceu. Ainda precisa de robustez econométrica para comprovar que isso ocorreu por causa da reforma da Previdência. Mas faz sentido: a reforma elevou o tempo necessário para o trabalhador se aposentar por tempo de contribuição. E o perfil de quem tipicamente se aposenta por esse esquema é o trabalhador do mercado formal”, nota.

VALOR ECONÔMICO


Brasil tem fluxo cambial negativo de US$ 1,5 bi em junho até dia 16, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 1,589 bilhão em junho até o dia 16, em movimento puxado principalmente pela via financeira, informou na quarta-feira (21) o Banco Central


Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$ 1,587 bilhão em junho até o dia 16. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de junho até o dia 16 foi negativo em US$ 2 milhões. No acumulado do ano até 16 de junho, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de US$ 10,570 bilhões.

REUTERS


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