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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 395 DE 15 DE JUNHO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 395 |15 de junho de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Maioria das praças pecuárias com cotações da arroba estáveis. Queda de R$ 4 na novilha gorda no Paraná

Ainda que a pressão baixista se mantenha, há mais dificuldades dos frigoríficos brasileiros em promover quedas no preço do boi gordo, relatou a Agrifatto, que acompanha de perto os negócios no mercado pecuário. Na região Noroeste do Paraná, no comparativo diário, houve queda de R$4,00/@ de novilha gorda. Para o boi e vaca gordos, preços estáveis


Em São Paulo, segundo apuração da Scot Consultoria, o preço do boi gordo está estável desde o início de junho, o que sugere certa acomodação da arroba no Estado. “Durante a primeira quinzena do mês, as únicas categorias que apresentaram quedas nos preços no mercado paulista foram o ‘boi-China’ e a vaca gorda, com recuos de R$ 10/@ e R$ 5/@, respectivamente”, informou a Scot. Segundo a consultoria, as negociações estão travadas e, quem pode, está segurando os lotes de gado gordo nas fazendas na expectativa de uma eventual reação nos preços no curto prazo. Dessa maneira, no Estado de São Paulo, o boi gordo “comum” (direcionado ao mercado interno) e o “boi-China” seguem valendo R$ 240 – portanto, sem ágio para o animal padrão-exportação –, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215 e R$ 230, respectivamente (preços brutos e a prazo). Segundo a S&P Global Commodity Insights, nas praças do Centro-Sul do País, observa-se que as programações de abate das indústrias frigoríficas não evoluem com tanta elasticidade como observado nas semanas anteriores. “As indústrias estão com dificuldade maior em fechar negociações com preços inferiores aos pisos atuais”, ressaltou a S&P Global. Por sua vez, nas regiões Norte e Nordeste, o quadro é de maior oferta de animais gordos, devido ao avanço do período mais seco. Especialmente no Pará, informa a S&P Global, há relatos de ocorrência de cigarrinha nas pastagens, o que estimulou ainda mais a desova de animais terminados. No atacado, relata a Agrifatto, os cortes de carne bovina mais acessíveis têm apresentado boa saída, com o dianteiro e ponta de agulha sendo comercializados em maior volume. No entanto, o traseiro “segue na prateleira”, diz a consultoria. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 229/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 190/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 192/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 185/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 191/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


No Rio Grande do Sul, suíno vivo caiu 4,63% na quarta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 107,00/R$ 112,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 8,40/kg/R$ 8,80/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (13), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 5,95/kg), e houve leve alta de 0,51% em São Paulo, chegando a R$ 5,92/kg. Quedas foram registradas no Paraná, na ordem de 0,76%, caindo para R$ 5,24/kg, recuo de 1,32% em Santa Catarina, atingindo R$ 5,24/kg, e de 4,63% no Rio Grande do Sul, baixando para R$ 5,35/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Preços do frango sobem na quarta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve alta de 0,83%, valendo R$ 6,05/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, da mesma maneira que o preço no Paraná, fixado em R$ 4,62/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (13), a ave congelada subiu 2,68%, alcançando R$ 6,13/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 0,84%, fechando em R$ 5,97/kg.

Cepea/Esalq


O Equador abriu mercado para farinhas de aves para alimentação animal produzida no Brasil, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na quarta-feira (14)


O Equador importou um total de US$ 554 milhões em farinha de origem animal para alimentação animal em 2022, segundo o Mapa. O Brasil também conquistou recentemente a aprovação para exportar alimentos mastigáveis para animais de estimação (pet food) para a África do Sul. A África do Sul importou US$ 60 milhões em pet food em 2022, quando o Brasil exportou quase US$ 100 milhões de produtos desta categoria para outros mercados. O Mapa disse que 24 novos mercados para produtos da agropecuária brasileira foram abertos desde janeiro de 2023. No segmento de proteína animal, as aberturas de mercado incluem o México (carne bovina, carne suína in natura, carne avícola termoprocessada, miúdos e pele de aves), Cingapura (produtos bovinos), China (farinha de aves e suínos), Polinésia Francesa (carne de frango), entre outros.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Plano safra: Cooperativas pleiteiam aumento de recursos e manutenção da atual arquitetura do crédito rural

Com a proximidade do novo calendário agrícola no Brasil, a partir do dia 1º julho, aumentam as expectativas do setor produtivo em torno do Plano Safra 2023/2024, principal mecanismo de financiamento da agropecuária nacional


Para discutir o assunto, o Sistema OCB, organização que representa as cooperativas no país, se reuniu, na tarde da segunda-feira (12/06), com o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Em pauta, as reivindicações das cooperativas e o posicionamento do governo em relação às medidas de apoio oficial. A reunião, realizada no formato virtual, foi acompanhada por mais de 350 lideranças de cooperativas dos ramos agro e crédito. “Temos aqui cooperativas de norte a sul do país, o que dá legitimidade aos pleitos que serão apresentados”, disse o presidente da organização, Marcio Lopes de Freitas. A preocupação das cooperativas em garantir um plano robusto tem relevância, já que o setor responde por 53% da produção agrícola nacional e pela distribuição de 64% dos insumos para a agricultura. “Estamos na reta final de construção dessa importante política agrícola. Há muita expectativa por parte das cooperativas agropecuárias, mas também há confiança de que os nossos pleitos serão ouvidos”, comentou o dirigente. Os principais pleitos das cooperativas foram apresentados pelo diretor da Ocepar e representante nacional do ramo Agropecuário, Luiz Roberto Baggio. “Já definimos um pedido, uma linha de reivindicação, focada em questões fundamentais para a agricultura brasileira, como aumento no volume de recursos para financiar projetos de armazenagem e agroindústria, e manutenção da atual arquitetura do crédito rural”, afirmou. “As cooperativas estão preocupadas com a questão dos recursos, por isso colocamos à disposição dos agentes públicos todo o corpo técnico do cooperativismo para pensar junto e ajudar a construir um plano robusto e que atenda as demandas da agropecuária brasileira”, frisou. As propostas das cooperativas para o novo plano agrícola contemplam um montante mínimo de R$ 410 bilhões, sendo R$ 125 bilhões para investimentos e outros R$ 285 bilhões para custeio. Outros destaques incluem o fortalecimento da atual política de crédito e seguro rural; a elevação dos tetos para contratações frente ao encurtamento das margens de custos de produção e recuo dos preços agrícolas do país, com foco em linhas de investimento. Sobre as taxas de juros, a articulação é no sentido de deixá-las abaixo de dois dígitos em todas as linhas de planejamento agropecuário. Outro pleito é a manutenção e elevação das exigibilidades de depósitos à vista de 25% para 34%; da poupança rural de 59% para 65%, e da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) de 35% para 60%, com isenção tributária. A ampliação orçamentária do Seguro Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) também foram defendidas como forma de mitigar riscos à produção e ao mesmo tempo ampliar a abrangência e a efetividade das ações. O aumento da safra exige uma adequação na infraestrutura para suportar o volume produzido. Por este motivo, os pleitos das cooperativas incluem uma linha específica e permanente para a construção de armazéns. Sobre a sustentabilidade ambiental, o pedido é para fomentar o acesso das cooperativas do agro como beneficiárias estratégicas dos programas vigentes e a criação de novos direcionamentos à promoção da sustentabilidade ambiental no agro nacional”. Depois de ouvir as cooperativas, o Ministro Carlos Fávaro disse ser um “entusiasta do cooperativismo”, pelas características desse modelo de negócios que oferece escala de produção ao produtor rural, e oportunidades como apoio técnico e inserção no mercado. “Podem contar comigo e com o Ministério da Agricultura, pois temos convicção em relação a importância do cooperativismo para o país”, frisou. Segundo o Ministro, o novo Plano Safra deve ser anunciado em breve. “Temos a expectativa de que até o final deste mês, possamos fazer o anúncio oficial. O que posso adiantar é que as todas medidas todas estão muito alinhadas com os pleitos das cooperativas”, afirmou. Fávaro contou que o plano já tem apoio das pastas de Planejamento e Orçamento, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário. Fávaro também concordou com Baggio no que diz respeito aos planos de armazenagem. “A infraestrutura tem que caminhar na mesma linha da produção, então precisamos investir em armazenagem e como um programa permanente. Estamos buscando essas equalizações também”. O ministro citou ainda a defasagem que o plano vem enfrentando desde 2014. “Se considerarmos as correções, tivemos uma perda de R$ 20 bilhões de lá para cá. Podemos pensar em linha de crédito dolarizada, inclusive para armazenagem, agroindústria, recuperação de solo e outros custeios. Tudo de forma acessível e competitiva para os produtores. Talvez possamos buscar prazos mais longos, como 15 anos, e entre 2 e 3 anos de carência, que é quando vão começar a operar de fato. Temos grandes oportunidades para ampliar isto sem nos restringirmos apenas ao Plano Safra”, avaliou. Fávaro relatou que o Plano Safra 2023/24 está baseado na Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e que as cooperativas podem ficar tranquilas pois já praticam uma agricultura sustentável. Ao final da reunião, Baggio fez uma avaliação positiva da conversa com o ministro. “Ele se mostrou disposto em acatar as reivindicações do setor cooperativista. Falou muito a respeito da importância do segmento e está trabalhando fortemente para construir um plano safra que atenda às necessidades da agricultura brasileira”, disse. Outro ponto que chamou a atenção na fala do ministro, de acordo com o dirigente, é o foco nas questões sustentabilidade, em especial, a ideia de criar um bônus na taxa de juro para os produtores que adotam boas práticas.

OCEPAR


Be8 anuncia R$ 1,5 bi em nova esmagadora de soja no Paraná

Óleo servirá como matéria-prima para a fabricação de biodiesel e os demais insumos serão destinados à indústria de rações. Fábrica terá capacidade de processamento de 5 mil toneladas por dia de soja


Com a expectativa de uma demanda crescente por biodiesel após a definição da mistura no diesel, a Be8 acelerou seus planos de expansão e anunciou nesta quarta-feira (14/06) a construção de uma nova planta esmagadora de soja na cidade de Marialva (PR), onde já tem uma unidade de produção do biocombustível. A empresa (antiga BSBios), que é a maior produtora de biodiesel do país, estima que o investimento no projeto poderá chegar a R$ 1,5 bilhão. A nova planta terá capacidade de processamento de 5 mil toneladas por dia de soja para produção de óleo, farelos e casca de soja. O óleo servirá como matéria-prima para a fabricação de biodiesel e os demais insumos serão destinados à indústria de rações. “Esse investimento ocorre porque estamos vendo agora uma previsibilidade de aumento de mistura (...) Temos mistura de 12% (do biodiesel ao diesel) e nos próximos anos devemos chegar aos 15%, então, em função disso estamos dando sequência a esse projeto que já iniciamos há algum tempo, já contamos com licenciamento ambiental e vamos dar início às obras”, disse à Globo Rural o presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella. A Be8 assinou nesta quarta-feira protocolos de intenções com o Estado e o município de Marialva para viabilizar as instalações da processadora. Atualmente, o projeto está em fase de definição da tecnologia industrial que será empregada na produção e a expectativa é de que as obras se iniciem nos próximos seis meses, com duração prevista para 24 meses até conclusão. O novo empreendimento fomentará a criação de, pelo menos, 100 empregos diretos e aproximadamente 2.000 indiretos, além da movimentação de cerca de 1.200 empregos que serão gerados a partir do início das obras e devem durar pelo período da construção. Segundo Battistella, a companhia pretende utilizar no processamento soja originada no Paraná em parceria com as cooperativas do Estado, com os cerealistas da região, e parte dessa matéria-prima também deve ser proveniente da agricultura familiar. Nós já produzimos (biodiesel) aqui em Marialva há 13 anos e compramos 40% de toda a matéria-prima que é usada aqui na indústria da agricultura familiar. — Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8. A empresa acaba de ampliar pela sexta vez a capacidade instalada de produção do biocombustível na cidade, agora em 15,4%, elevando para 540 milhões de litros por ano. Quando a nova unidade alcançar a capacidade plena de operação, o consumo de soja será de 85 mil sacas por dia, conforme estimativas da companhia. A área do novo projeto abrigará armazéns graneleiros, planta de recebimento e beneficiamento de 20 mil toneladas de grãos por dia, considerando modais rodoviário e ferroviário que farão a conexão da unidade ao porto de Paranaguá. Haverá também um sistema de tratamento de resíduos do beneficiamento de soja (proteinado), torres de resfriamento, parque de caldeira de biomassa, nova linha de transmissão e subestação de energia elétrica de 138kV. “Estamos finalizando a certificação dessa (atual) unidade para exportar biodiesel para a Europa e os Estados Unidos. Principalmente para os Estados Unidos, que vai ser a segunda unidade do Brasil certificada ao país. A primeira é nossa unidade em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul”, ressaltou Battistella à Globo Rural. Em 2022, a Be8 anunciou investimento na nova unidade em Passo Fundo, que será responsável pela maior produção gaúcha de etanol em grande escala. Quando a instalação for concluída, a unidade produzirá 220 milhões de litros de etanol (anidro ou hidratado) e 155 mil toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal, a partir do processamento de cereais como milho, trigo, triticale, arroz, sorgo e outros. O projeto tem investimento de R$ 556 milhões.

GLOBO RURAL


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cai mais de 1% sob influência do anúncio da S&P

O dólar à vista voltou a cair ante o real na quarta-feira, pela quarta sessão consecutiva, com as cotações reagindo à expectativa de novos cortes de juros na China, a uma leitura dovish da decisão de política monetária do Federal Reserve e à elevação da perspectiva do Brasil por uma agência de risco, a S&P


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8108 reais na venda, com baixa de 1,06%. Esta é a menor cotação de fechamento desde 6 de junho de 2022, quando encerrou a 4,7959. Pela manhã, a moeda norte-americana recuava no Brasil e no exterior, em meio à expectativa de que Banco do Povo da China possa cortar seus juros de médio prazo para estimular a economia. Sempre que a China anuncia estímulos econômicos, as moedas de países exportadores de commodities, como o real brasileiro, são favorecidas, em detrimento do dólar. O Fed anunciou a manutenção dos juros na faixa de 5% a 5,25% ao ano, mas sinalizou em novas projeções econômicas que os custos dos empréstimos podem aumentar mais 0,5 ponto percentual até o final do ano. No entanto, o chair do Fed, Jerome Powell, acabou segurando a recuperação do dólar, ao adotar em alguns momentos um discurso um pouco mais brando -- ou “dovish”, no jargão do mercado – em fala à imprensa. Powell afirmou que as projeções do Fed não são um “plano” ou uma “decisão”. Na prática, ele manteve a porta aberta para a instituição realizar qualquer movimento – seja manter a taxa de juros, seja elevá-la. Com isso, o dólar voltou a perder força ao redor do mundo, inclusive em relação ao real. Perto do fechamento do dólar à vista no Brasil, a agência de classificação de risco S&P elevou a perspectiva para a nota de crédito do Brasil de "estável" para "positiva", e reafirmou o rating "BB-". De acordo com a agência, sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país, atualmente baixas. O anúncio deu novo impulso baixista à moeda norte-americana, que encerrou com baixa superior a 1%. No mercado futuro, o dólar para julho seguia apresentando perdas firmes na esteira do noticiário do dia. Na B3, às 17:23 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,26%, a 4,8195 reais.

REUTERS


Ibovespa avança e fecha acima dos 119 mil pontos em dia com Fed e S&P

O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, acima dos 119 mil pontos pela primeira em quase oito meses, após o Federal Reserve confirmar expectativas no mercado e manter os juros dos Estados Unidos na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, embora tenha deixado a porta aberta para aumento adicional até o final do ano


A melhora na perspectiva da nota de classificação de risco do Brasil para "positiva" pela Standard & Poor's fez o Ibovespa acelerar a alta e renovar máxima da sessão na última meia-hora de pregão. Apesar de titubear, reagiu nos ajustes para confirmar uma máxima de fechamento desde outubro do ano passado. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,99%, a 119.068,77 pontos. O volume financeiro somou 71,9 bilhões de reais, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa. O banco central norte-americano sinalizou em novas projeções econômicas que os juros nos Estados Unidos provavelmente aumentarão mais 0,5 ponto percentual em 2023, diante de uma atividade econômica mais forte do que o esperado e uma desaceleração lenta da inflação. "A decisão pode ser considerada hawkish na nossa avaliação, haja vista as alterações observadas nos dots (projeções para os juros), algo que considerávamos estratégico para afastar cenários de cortes precoces", avaliou o economista-chefe do Ativa Investimentos, Étore Sanchez, em comentário a clientes. Na visão dele, o Fed "comprou tempo" para avaliar o andamento da economia, e o fez afastando cenários de cortes precoces, para no mínimo o início do ano que vem. Mesmo sendo uma decisão amplamente esperada, houve volatilidade em praticamente todos os mercados.

REUTERS


S&P eleva perspectiva do Brasil para “positiva” e reafirma nota de crédito

A agência de classificação de risco S&P elevou na quarta-feira a perspectiva para a nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva”, e reafirmou o rating “BB-“.

Trata-se da primeira melhora de perspectiva da nota de crédito do Brasil por uma das três principais agências de classificação de risco globais desde o início do novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. A agência disse, em relatório, que a mudança reflete sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis, que podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país, atualmente baixas. Além disso, a S&P afirmou que, apesar de ainda elevados déficits fiscais, o crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB) somado ao arcabouço fiscal proposto podem resultar em um aumento menor da dívida do governo do que o inicialmente esperado. Para a agência, esse fator pode dar suporte à flexibilização monetária e sustentar a posição externa líquida. "Tais desenvolvimentos reforçariam nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil, com estabilidade na formulação de políticas baseada em amplos freios e contrapesos entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do governo", disse a S&P. A agência, como de costume, também citou os cenários que poderiam levar a uma elevação na nota de crédito, ou a um rebaixamento. Do lado negativo, poderia levar a um corte na nota de crédito a inadequada estrutura de políticas econômicas ou uma implementação deficiente que resulte em crescimento econômico limitado, e, consequentemente, em uma deterioração fiscal ainda maior e endividamento acima do esperado. Já do lado positivo, a S&P citou que uma elevação de rating pode acontecer caso as instituições governamentais sejam capazes de implementar uma política econômica pragmática que contenha as vulnerabilidades das finanças públicas e crie uma base para um maior crescimento econômico. "Essencial para isso seria a aprovação de reformas adicionais -- entre elas uma reforma tributária atualmente em debate", disse à agência.

REUTERS


Vendas no varejo do Brasil sobem 0,1% em abril sobre mês anterior, diz IBGE

As vendas no varejo brasileiro tiveram alta de 0,1% em abril na comparação com o mês anterior e avançaram 0,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira. Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de altas de 0,3% na comparação mensal e de 0,95% sobre um ano antes.

REUTERS


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