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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 392 DE 12 DE JUNHO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 392 |12 de junho de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Na sexta-feira pós-feriado, preços do boi gordo ficaram estáveis

As cotações do boi para o mercado interno e do “boi-China” seguem apregoadas em R$ 240/@ em São Paulo (no prazo, valor bruto), informou a Scot Consultoria


Como geralmente ocorre às sextas-feiras, o mercado do boi gordo foi menos movimentado, fato acentuado pelo feriado da quinta-feira (Corpus Christi). Com isso, nas praças pecuárias paulistas, as cotações ficaram estáveis para todas as categorias, informou a Scot Consultoria. Dessa maneira, as cotações do boi para o mercado interno e do “boi-China” seguiram apregoadas em R$ 240/@ em São Paulo (no prazo, valor bruto) – portanto, sem ágio para o animal padrão-exportação. Por sua vez, a vaca e a novilha gordas valem R$ 215/@ e R$ 230/@ no mercado paulista (preços brutos e a prazo), acrescentou a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 229/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 182/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 192/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 194/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 187/@ (à vista) vaca a R$ 167/@ (à vista); MA-Açailândia:

boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Brasil embarcou mais e faturou menos com exportações de carne bovina em maio

De acordo com dados da Abrafrigo, receita ficou abaixo de US$ 1 bilhão. China se manteve como principal compradora do produto brasileiro


A receita com as exportações brasileiras de carne bovina voltou a cair em maio, pelo quarto mês seguido. O faturamento no mês passado somou US$ 965,2 milhões, 11% abaixo do US$ 1,086 bilhão em maio de 2022, segundo comunicado da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume exportado subiu 11%, na mesma comparação, para 200.849 toneladas. Em maio de 2022, haviam sido embarcadas 180.387 toneladas. Conforme o levantamento, o preço médio de venda caiu expressivos 20,3%, saindo de US$ 6.030 para US$ 4.805 por tonelada. No acumulado de janeiro a maio, a queda na receita é ainda maior na comparação com o mesmo intervalo de 2022, de 24%. Segundo a Abrafrigo, as exportações atingiram US$ 3,847 bilhões – haviam somado US$ 5,086 bilhões em igual período de 2022. Os volumes exportados caíram 8% na mesma comparação, para 840.419 toneladas. Nesse cenário, o preço médio por tonelada nos primeiros cinco meses de 2023 foi de US$ 4.578. No ano passado, até maio, o preço médio foi de US$ 5.593. Segundo o levantamento, a China continua sendo o principal comprador de carne bovina do Brasil. Em maio, o país asiático importou 112.338 toneladas do produto, bem acima das 40.909 toneladas do mês anterior. Nos primeiros cinco meses do ano, as importações chinesas alcançaram 381.447 toneladas (45,4% do total) e a receita somou US$ 1,911 bilhão (49,7% do total). No ano passado, no mesmo período, a receita com as vendas para a China havia sido bem maior, de US$ 2,922 bilhões, com 440.043 toneladas embarcadas. A razão para a queda neste ano em comparação com 2022 é a suspensão das compras chinesas em decorrência do caso atípico de ‘vaca louca’ no Pará. Os Estados Unidos mantêm em segundo lugar na lista dos 20 maiores clientes do Brasil. Nos primeiros cinco meses do ano compraram 93.307 toneladas, alta de 3% sobre o mesmo intervalo de 2022, com receita de US$ 413 milhões (queda de 17,3%), conforme o levantamento.

VALOR ECONÔMICO/GLOBO RURAL


SUÍNOS


Mercado de suínos com preços estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 107,00/R$ 112,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 8,40/kg/R$ 8,80/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (7), houve alta de 0,17% em São Paulo, chegando em R$ 5,90/kg, avanço de 0,57% no Paraná, custando 5,31% e baixa de 0,17% em Minas Gerais, caindo para R$ 5,96/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 5,65/kg), e em Santa Catarina (R$ 5,29/kg). Não há referência da quinta-feira (8) devido ao feriado de Corpus Christi. As principais bolsas que comercializam o suíno na modalidade independente não registraram bons resultados na semana passada, com quedas ou falta de acordo entre frigoríficos e suinocultores.

Cepea/Esalq


Suinocultura Independente: início de mês sem reajustes

As principais bolsas que comercializam o suíno na modalidade independente não registraram bons resultados nesta semana, com quedas ou falta de acordo entre frigoríficos e suinocultores


Em São Paulo, que sempre realiza a Bolsa de Suínos às quintas-feiras, a reunião ocorreu no final da tarde de quarta-feira (7), devido ao feriado de Corpus Christi na quinta-feira. Não houve acordo entre frigoríficos e suinocultores, o que deixou a bolsa em aberto, sem referência de preço, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, que também realizou a Bolsa na quarta-feira (7), o valor do animal ficou estável pela terceira semana em R$ 6,00/kg vivo, com acordo entre frigoríficos e suinocultores, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve leve baixa, saindo de R$ 5,90/kg vivo para R$ 5,52/kg vivo nesta semana, após negociação feita na sexta-feira. No Rio Grande do Sul, o valor do preço do quilo do suíno independente, divulgado pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, ficou estável em relação à semana anterior, na casa dos R$ 5,79/kg vivo.

AGROLINK


Suínos/Cepea: Demanda sustenta média de preços no Sudeste

O valor médio mensal do suíno vivo registrou leve avanço de abril para maio nas regiões acompanhadas pelo Cepea no Sudeste


Segundo levantamento do Cepea, a sustentação da média veio dos tímidos aumentos nos preços verificados no começo do mês, o que, por sua vez, esteve atrelado ao bom ritmo de vendas de carne naquele período. Já no Sul do País, os preços caíram de abril para maio. Com relação à proteína suína, apesar das boas vendas no período, a baixa liquidez e a oferta elevada resultaram em intensas quedas nos preços no encerramento de maio.

Cepea


FRANGOS


Preços do frango estáveis na sexta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve alta de 2,49%, valendo R$ 5,77/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, da mesma maneira que o preço no Paraná, fixado em R$ 4,74/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (7), a ave congelada ficou estável em R$ 6,05/kg, assim como o frango resfriado, fechando em R$ 5,99/kg. Não há referência da quinta-feira (8) devido ao feriado de Corpus Christi.

Cepea/Esalq


Frango/Cepea: Preços têm leve recuperação em algumas praças

Os preços da carne de frango vêm se recuperando neste começo de mês, todavia, o movimento de alta dos preços – observado em algumas das regiões acompanhadas pelo Cepea – não está tão intenso


De acordo com os colaboradores consultados pelos Cepea, reajustes positivos nos valores da proteína têm sido dificultados pela oferta elevada do produto no mercado brasileiro. No Sul do País, em específico, as cotações vêm recuando, devido à oferta mais elevada de carne de frango na região.

Cepea


Com mais suspeitas, gripe aviária mantém vigilância do setor produtivo no Brasil

De acordo com o Mapa, duas novas investigações são registradas em 24 horas


Na segunda atualização dos dados de gripe aviária no Brasil do sábado (10/06), às 19h, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) não confirmou nenhum outro foco de alta patogenicidade. Até agora, o Brasil registra 31 casos da doença. Duas investigações foram realizadas e as suspeitas descartadas. A pasta divulgou às 13h duas novas investigações, uma delas com coleta de amostra e outra em andamento, mantendo oito suspeitas sem resultados conclusivos durante esta semana. Desde o início do ano, já foram feiras cerca de 600 avaliações de casos suspeitos e ocorrências em dez espécies diferentes de aves silvestres, o que mantém a produção comercial sem ser afetada e o Brasil com o status de livre da doença.

GLOBO RURAL


EMPRESAS


Frigoríficos perderam R$ 40 bi na Bolsa e churrasquinho de picanha fica distante

JBS, Marfrig e Minerva sofreram queda no valor das ações; com preço elevado da carne bovina, saída é exportação


Até junho, JBS, Marfrig e Minerva perderam juntas R$ 40 bilhões em valor de mercado. Em junho de 2022, valiam R$ 91,4 bilhões. Os papéis da JBS sofreram queda de 46% e a empresa hoje vale R$ 39,3 bilhões. Só perdeu para a Marfrig (queda de 50,5%. No período, as ações da Minerva caíram menos (16,25%). Com o preço da carne bovina nas alturas, as vendas internas retraíram e a saída foram as exportações. Nem mesmo o crescimento do consumo da carne suína –que já representa 9% do consumo, segundo pesquisa da Kantar, fez mudar a preferência pelo mercado externo. As três companhias perderam vendas internas de carne bovina e passaram a concentrar esforços nas exportações, contando, sobremaneira, com a ajuda do governo na conquista de novos mercados. Projeções do Ministério da Agricultura indicam que, mantido o ritmo atual, o país deve terminar o ano com o recorde histórico de exportações de carnes. No mercado interno, a situação não é boa. O consumo de carne bovina caiu 4% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022, segundo pesquisa da Kantar. O instituto mostrou que o preço elevado está mantendo a tendência de queda no mercado interno, tornando cada vez mais distante o sonho do Presidente Lula de garantir a volta do churrasquinho de picanha nos fins de semana dos brasileiros. A participação da carne vermelha no consumo era de 43,1%, no primeiro trimestre de 2021, e passou para 39,3% no mesmo período do ano passado. Os brasileiros substituem a carne vermelha pelo frango —que já responde por 29% do consumo, segundo a Kantar— e pelo porco, que passou a representar 9,1% ante 4,6%, em junho de 2021. Do ponto de vista financeiro, isso levou a uma queda na rentabilidade das empresas, que tiveram de arcar com o aumento de custos. Elas foram forçadas a segurar a reprodução do gado, gerando uma restrição na oferta. Resultado: aumento de preços locais. Para Vinicius Steniski, analista de ações na TC Investimentos, a saída para Marfrig, Minerva e JBS foi equilibrar o problema de oferta no Brasil exportando mais carne. Em outros países, particularmente China e EUA, ao contrário do cenário brasileiro, o ciclo do gado foi favorável. "Enquanto aqui no Brasil existia uma oferta restrita, a China estava comprando muita carne bovina, por um preço mais elevado do que o mercado interno. Isso, de certa forma, ajudou a melhorar o resultado das companhias", diz Steniski. Esse cenário, no entanto, começa a mudar. Apesar do preço alto nos supermercados, que ainda afugenta consumidores, a inflação da carne bovina mostra sinais de queda. O principal fator por trás da trégua é a maior oferta disponível em 2023 no mercado interno. De janeiro a abril, os preços das carnes registraram quatro baixas mensais consecutivas no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A maior queda foi em fevereiro (-1,22%), e a menor, em abril (-0,45%).

FOLHA DE SP


MEIO AMBIENTE


União Europeia começa a vetar produtos agrícolas de áreas desmatadas em 2025

Medida que proíbe importações de itens como café, soja e carne bovina entra em vigor no dia 30 de dezembro de 2024. Agronegócio brasileiro critica a decisão do bloco


A União Europeia publicou na sexta-feira (9/6) o regulamento para proibir a entrada de itens agropecuários, como café, soja e carne bovina, produzidos em áreas desmatadas mesmo que de forma legal conforme legislação do país após 2020. As regras entrarão em vigor no dia 30 de dezembro de 2024. A medida é duramente criticada pelo setor produtivo brasileiro. A avaliação é que a normativa europeia extrapola a lei nacional, que prevê a possibilidade de abertura de novas áreas desde que respeitados os limites de acordo com o bioma em que a propriedade está localizada. A norma também prevê que as empresas importadoras deverão apresentar documentos "verificáveis" para comprovar que os produtos cumprem os critérios antidesmatamento. As regras serão aplicadas inicialmente para bovinos, cacau, café, óleo de palma, borracha, soja e madeira, mas podem abranger mais cadeias no futuro, como o milho. O prazo de implementação pelos importadores europeus é de 18 meses. O texto da lei já era conhecido pelos brasileiros, mas agora foi definido o cronograma para vigência. "Essas regras não respeitam a legislação local, o Código Florestal Brasileiro, além de ter um caráter punitivo, excludente e não colaborativo", disse à Globo Rural a Diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori. A preocupação é com o possível aumento dos custos de produção no campo, principalmente para pequenos e médios produtores, para comprovação do cumprimento das regras. "Não temos preocupação quanto a cumprir os requisitos, mas sim com o custo para comprovar isso", disse Mori. Cada lote de produto que entrar na UE deverá estar acompanhado de declaração contendo a relação de todos os produtores e respectivas coordenadas geográficas das áreas de produção. "A norma introduz uma série de novas exigências aos produtores e operadores, o que dificulta o acesso ao mercado europeu, sobretudo para pequenos e médios produtores, ao gerar custos adicionais e exigir uma reorganização da cadeia de produção", disse uma fonte da Missão do Brasil junto à União Europeia e à adidância agrícola do Ministério da Agricultura. Para essa fonte, a legislação preocupa pelo "caráter unilateral, pela utilização de restrições comerciais para atingir objetivos ambientais e também por seus aspectos punitivos e discriminatórios". O alerta também está ligado à possível classificação do Brasil como país de "alto risco", por conta da taxa de desmatamento, o ritmo de expansão de áreas agrícolas e a tendência de produção das commodities contempladas, e o potencial de desvio de comércio decorrente disso. "Se o ônus de comprovar a origem desses produtos está na mão do importador europeu, ele pode deixar de comprar do Brasil e ir buscar em lugares com risco baixo, vai fugir do risco", explicou a diretora da CNA. Até entrar em vigor, todos os países terão a mesma classificação. "O governo e setor privado brasileiro têm que trabalhar junto para que o Brasil não seja classificado como de alto risco, pois os requisitos para exportação ficam ainda mais pesados. O impacto para o setor como um todo vai ser muito grande", afirmou Mori. A UE classificará os países em três categorias de risco (alto, padrão, baixo) pelo sistema de “benchmarking” e vai impor regras distintas de diligência devida ou de controle aduaneiro aos produtos dos países de cada categoria. Para a carne bovina, o diferencial é o prêmio pago pelo bloco, que agrega valor à proteína brasileira vendida para lá. A madeira também tem mercado cativo na Europa. Foram US$ 3,2 bilhões em negócios em 2022.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Klabin põe em operação 2ª máquina de papel cartão do projeto bilionário no PR

A primeira etapa de Puma II entrou em operação no segundo semestre de 2021


Maior produtora de papéis para embalagens e de embalagens de papelão ondulado do Brasil, a Klabin colocou em operação a segunda fase do Projeto Puma II em Ortigueira (PR), praticamente concluindo o maior investimento de sua história e o maior desembolso privado do Estado do Paraná, de R$ 12,9 bilhões. Com a partida da MP 28, que pode produzir tanto papel cartão quanto kraftliner, na última sexta-feira, a companhia se coloca entre as maiores fabricantes de cartões do mundo, com 1,2 milhão de toneladas anuais, e alcança capacidade total de 4,7 milhões de toneladas por ano de celulose de mercado e papéis, um crescimento de mais de 10%. “Enfrentamos alguns desafios ao longo do projeto, como o lockdown na China e gargalos logísticos. Mas com esforços redobrados e replanejamento foi possível, mais uma vez, cumprir prazo e orçamento”, disse ao Valor o diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin, Francisco Razzolini. Apta a produzir 460 mil toneladas por ano, a MP 28 foi equipada com a mais moderna tecnologia disponível para a fabricação de papel cartão. Foram 24 meses de execução, que demandou o envolvimento de 10,6 mil trabalhadores. Nessa fase do projeto, a finlandesa Valmet foi a principal fornecedora da Klabin. Na partida, a máquina vai alcançar 70% da capacidade nominal, chegando a 85% em 12 meses. Conforme Razzolini, por causa do avanço tecnológico, é menor o consumo de energia, água e químicos no processo produtivo, e deve haver também menor consumo de fibras, reduzindo a gramatura do produto final. Nessa etapa do projeto, a companhia instalou ainda uma nova linha de celulose não branqueada (marrom), que pode ser alimentada de pinus ou eucalipto, uma nova planta de celulose de alto rendimento (BCTMP) e ampliou a capacidade de produção de celulose branqueada. No fim de 2022, a Klabin aprovou um investimento adicional de R$ 183 milhões, que vai permitir que a MP 28 produza também cartões brancos a partir do ano que vem. “Com isso, a Klabin passa a ter um portfólio completo de cartões, com foco nos cartões especiais”, afirmou o Diretor do negócio de papéis da companhia, Flavio Deganutti. A MP 28 nasce com 60% de seu volume já contratado, especialmente para os mercados de cerveja e alimentos líquidos, e com vocação exportadora. Por causa da elevada exposição ao mercado de alimentos, os cartões têm demanda mais resiliente. Segundo Deganutti, a nova máquina chega ao mercado em um momento de demanda estável e de ausência de novas capacidades com as mesmas característica. “Há uma janela especial do ponto de vista da oferta em 2023”, comentou. Na partida, a MP 28 vai produzir kraftliner, mas ainda neste mês produzirá cartões. Com a construção da MP 28, a unidade Puma alcança uma capacidade produtiva de 2,6 milhões de toneladas por ano, entre diferentes tipos de celulose e papéis para embalagem. A primeira etapa de Puma II entrou em operação no segundo semestre de 2021 e compreendeu a instalação de uma máquina de papel kraft — a MP 27 produz o Eukaliner, o primeiro kraftliner do mundo obtido exclusivamente a partir da celulose de eucalipto.

VALOR ECONÔMICO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar atinge menor cotação em um ano

O dólar à vista fechou a sexta-feira cotado a 4,8761 reais na venda, com baixa de 0,98%. Esta é a menor cotação de fechamento desde 7 de junho de 2022, quando encerrou a 4,8741. Na B3, às 17:16 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,14%, a 4,8960 reais


O gestor de renda fixa da Kínitro, Maurício Ferraz, pontuou que a perspectiva de queda de juros no Brasil, como precificado na curva a termo na sexta-feira, não deveria ser favorável ao real. No entanto, segundo ele, o ambiente para economias emergentes está mais positivo, o que justifica o movimento recente do câmbio. Com a sexta-feira espremida entre o feriado de Corpus Christi e o fim de semana, profissionais do mercado também citavam uma liquidez reduzida no Brasil, em especial nas operações comerciais do mercado à vista. Na prática, exportadores e importadores se mantiveram mais afastados dos negócios. O mercado futuro, no entanto, manteve um volume razoável de negócios para o dia, sendo que os investidores estrangeiros seguiram operando, com foco na rentabilidade dos ativos brasileiros, em especial na bolsa de valores. O dólar à vista oscilou em baixa durante praticamente toda a sessão e às 10h11 quebrou a barreira técnica dos 4,90 reais. Como de costume, quando a divisa superou este importante ponto de referência, algumas ordens de stop (ordens de parada) foram disparadas, ampliando as perdas. Às 11h29, a moeda à vista atingiu a mínima do dia, a 4,8556 (-1,40%). A partir daí, as cotações se recuperaram um pouco, mas ainda assim o dólar encerrou o dia em queda firme ante o real. No exterior, a moeda mantinha perdas ante divisas como o rand sul-africano, o peso mexicano e o dólar australiano, mas subia ante uma cesta de divisas fortes. No Brasil, pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de julho.

REUTERS


Ibovespa sobe mais de 1% e tem 7ª semana seguida no azul

O Ibovespa teve sua sexta sessão de alta seguida na sexta-feira, com a manutenção do otimismo doméstico após o feriado de Corpus Christi, o que ajudou a trazer fluxo de investidores estrangeiros à bolsa


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,33%, a 117.019,48 pontos. O volume financeiro somou 29,3 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa avançou 3,96%. Esta é a sétima semana seguida em que o índice acumula desempenho positivo, maior sequência desde o final de 2020. "Acreditamos que o desempenho forte do índice hoje é um prolongamento do movimento de alta dos últimos dias", disse o analista Luis Novaes, da Terra Investimentos. Ele citou fatores como o avanço do arcabouço fiscal no Congresso, discussões sobre a reforma tributária, queda nas expectativas de juros com dados positivos de inflação e perspectiva de término do ciclo de alta nos juros americanos. "Esses fatores estão sendo responsáveis por destravar o valor do índice e ativos de risco, que se encontravam descontados", acrescentou Novaes. As perspectivas de juros no Brasil e nos Estados Unidos estiveram em focos nos últimos dias. Por aqui, o IPCA de maio abaixo do esperado, divulgado na quarta-feira, reiterou expectativa de que a Selic caia no segundo semestre deste ano. Já nos Estados Unidos, as estimativas majoritárias no mercado apontam para uma interrupção na alta de juros na próxima semana. Esse momento de mais otimismo pode estar levando à entrada de recursos estrangeiros na bolsa, assim como à recomposição de posições pela indústria de fundos, que havia deixado a renda variável nos últimos meses. "Pelas compras intraday, bancos estrangeiros estão liderando o movimento de compra, o que sugere uma entrada de estrangeiro", disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos. Ele destacou, porém, que outros fatores também ajudaram o índice na sessão, como a queda dos juros futuros e um ajuste com o mercado externo, uma vez que a B3 esteve fechada na véspera para feriado. O saldo de entrada de recursos estrangeiros no país, contando follow-ons, é de 10,1 bilhões de reais em 2023 até 6 de junho. Neste mês, o saldo está em 560,3 milhões de reais.

REUTERS


Taxas futuras de juros têm nova queda firme com perspectiva de início de cortes da Selic

As taxas dos contratos futuros de juros retomaram nesta sexta-feira a trajetória mais recente de queda no Brasil, elevando a perspectiva de início do ciclo de cortes da Selic no futuro próximo, em um ambiente ainda marcado pelos índices de inflação mais fracos divulgados nas últimas semanas.


Na contramão do exterior, onde os rendimentos dos Treasuries sustentavam ganhos, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) apresentaram queda firme na sexta, em especial no contrato para janeiro de 2025, cuja taxa caiu 18 pontos-base. Por trás do movimento esteve a leitura de que os índices mais recentes de inflação abriram espaço para o Banco Central começar a cortar a taxa básica Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Na última quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,23% em maio. Este é o resultado mais fraco desde setembro de 2022 (-0,29%). O dado somou-se a um conjunto de indicadores de inflação que, recentemente, apontaram para o arrefecimento dos preços: IPCA-15, IGP-M e IGP-DI. No mercado financeiro ainda há dúvidas, no entanto, sobre quando exatamente começarão os cortes. Os números de inflação estão rodando abaixo do esperado. A perspectiva de que o BC poderia entrar no ciclo de corte de juros no terceiro ou no quarto trimestre deste ano está se materializando, e o mercado está se antecipando cada vez mais a este início de cortes. Em análise distribuída a clientes, economistas da XP avaliaram que “alimentos e combustíveis são os principais responsáveis pelo resultado benigno, embora a desinflação tenha sido generalizada entre os itens do IPCA”. Segundo eles, “esse resultado é consistente com nosso cenário de que o Banco Central iniciará um ciclo gradual de cortes de juros em agosto.” No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 13,025%, ante 13,096% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,11,08%, ante 11,262% do ajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,465%, ante 10,635% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,495%, ante 10,644%.

REUTERS


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