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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 378 DE 22 DE MAIO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 378 |22 de maio de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Frigoríficos tiram o pé das compras e arroba se estabiliza

Na praça de São Paulo, cotações do boi, vaca e novilha ficam em R$ 260, R$ 240 e R$ 250, respectivamente (brutos e a prazo); "boi-China" paulista segue sem premiação, apurou a Scot Consultoria


Com escalas de abate praticamente finalizadas em maio, os frigoríficos brasileiros pisaram no freio nas compras de boiadas gordas na sexta-feira (19/5), resultando em estabilidade nas cotações da arroba na maioria das praças do País, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor. “Sexta-feira sem grandes novidades no mercado físico da arroba do gordo”, afirma a S&P Global Commodity Insights, que acrescenta: “Muitos frigoríficos registram operações programadas até o final do mês, permanecendo fora das compras e sem referenciar preços”. Segundo apurou a consultoria, as escalas de abate para junho ainda permanecem estabilizadas, não alongando as programações para além da primeira semana. Isso porque o consumo doméstico de carne bovina segue patinando, e tende a piorar neste período final de maio. De acordo com a S&P Global, na manhã da sexta-feira, as indústrias que ainda atuavam no mercado conseguiram efetivar negociações em patamares inferiores aos preços até então vigentes, sobretudo nos Estados do Mato Grosso e de Rondônia. Nessas regiões a estiagem e o clima seco prejudicam a pastagem e forçam os pecuaristas a permanecerem ativos em suas vendas de animais prontos para abate. O ritmo acelerado de queda no início da cadeia produtiva começa a dar reflexos nos preços da carne bovina no atacado, informa a S&P Global. “Os preços da proteína registraram recuos na cadeia de distribuição”, ressaltou a consultoria. “As atenções já se voltam em como se dará a dinâmica de mercado em junho”, relata a S&P Global, que completa: “O período de meio de ano não deve trazer grandes alterações na toada de oferta e demanda”. Segundo a Scot Consultoria, as ofertas de compra de boiadas diminuíram em função da boa oferta de bovinos e do volume já adquirido. “Boa parte das indústrias frigoríficas estão fora das compras, com as escalas de abate preenchidas”, relata a consultoria. Na praça de São Paulo, as cotações do boi, vaca e novilha fecharam a semana estáveis, em R$ 260, R$ 240 e R$ 250, respectivamente (brutos e a prazo). O “boi-China” também ficou estável, em R$ 260/@ (preço bruto e a prazo) – ainda sem ágio frente ao animal “comum”, acrescentou a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 227/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 223/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MT-Colíder; boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca R$ 204/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 214/@ (prazo) vaca a R$ 199/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 192/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Suínos: estabilidade no RS e PR

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 128,00, enquanto a carcaça especial caiu, pelo menos, 1,08%, valendo R$ 9,20/R$ 9,80 o quilo


Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (18), os valores ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,32/kg), e no Rio Grande do Sul (R$ 6,26/kg). Houve queda de 1,44% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,86/kg, recuo de 0,32% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,19/kg, e de 0,44% em São Paulo, fechando em R$ 6,74/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Cotações do frango sobem no PR e caem em SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,91%, atingindo R$ 6,15/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, houve aumento de 1,06%, atingindo R$ 4,76/kg, e baixa de 10,63% em Santa Catarina, cotado em R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (18), a ave congelada ficou estável em R$ 6,63/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,75%, fechando em R$ 6,64/kg.

Cepea/Esalq


Mapa confirma mais dois casos de influenza aviária no Brasil

Sobe para 5 o número de confirmações em aves silvestres, mas nenhum em humanos


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que tem intensificado as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o país. No sábado (20), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou mais dois casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1. Com isso, sobe para 5 o número de confirmações de casos em aves silvestres. O estado de Espírito Santo contabiliza mais um caso confirmado em ave silvestre, agora da espécie Thalasseus Maximus (nome popular trinta-réis-real). O animal foi encontrado na zona rural do município de Nova Venécia. Como a ocorrência foi em área não litorânea, a ação de vigilância será ampliada também para os municípios vizinhos: São Gabriel da Palha e Águia Branca. Já o outro caso, também em ave silvestre, foi detectado no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra em área litorânea. Trata-se de ave da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando). O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF/ES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA/RJ) já estão adotando os procedimentos técnicos relacionados a essas novas ocorrências, em complementação às ações de comunicação e de vigilância que vinham sendo realizadas desde a detecção dos primeiros casos no Espírito Santo, em 15 de maio de 2023.

MAPA


Governo busca acordos para evitar embargos por gripe aviária

Negociações priorizarão os dez principais compradores da carne de frango brasileira. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avalia como baixo o risco de os importadores bloquearem totalmente as compras


O governo brasileiro vai tentar avançar nas tratativas com os principais importadores de carne de frango para revisar os requisitos sanitários aplicados ao Brasil em caso de introdução do vírus da gripe aviária em granjas comerciais do país. O objetivo é impedir restrições totais às exportações da proteína de aves — que representam 35% de todo comércio mundial desse produto — e regionalizar os bloqueios nas vendas em uma eventual ocorrência da doença nesses aviários. Esses países isolam áreas dentro de um raio de 10 quilômetros do foco e continuam exportando a partir de outras granjas. Porém, o governo brasileiro vê na falta de um acordo formalizado uma brecha para que, se o vírus for detectado em uma granja comercial brasileira, as exportações de todo o país sejam bloqueadas. Esse cenário seria muito mais grave e preocupante do que a ocorrência do “mal da vaca louca”, por exemplo, que resultou no embargo chinês e de alguns países de forma mais pontual. A proposta do Brasil e de outros países exportadores de carnes de aves é para que apenas as áreas ou regiões onde esses casos eventualmente forem registrados possam ser embargadas até a eliminação da doença, o que evitaria um impacto econômico e social muito maior no restante da cadeia produtiva do país. As negociações são tratadas com prioridade total pelo Ministério da Agricultura e serão o foco das discussões da 90ª reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), que será realizada em Paris, na França, a partir deste domingo - a primeira após a pandemia. A delegação do Ministério da Agricultura, que embarcou na sexta-feira (19/5) para a Europa, tem nove integrantes, a maior representatividade de um governo no encontro. Além da alteração dos protocolos para garantir a continuidade das exportações, a Omsa também vai discutir a possibilidade de vacinação das aves contra a gripe no mundo todo. “É uma oportunidade única para discutir tecnicamente os requisitos e, se não concluir essa revisão na reunião, ao menos avançar bastante”, afirmou o Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart. A prioridade são os dez principais compradores da carne de frango brasileira: China, Coreia do Sul, Japão, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, México, Chile, África do Sul e Países Baixos. Mas a ideia é conversar com o máximo de parceiros possível, disse Goulart, por isso a delegação é mais numerosa. O Brasil exporta para mais de 130 destinos.

GLOBO RURAL


Frango/Cepea: Negócios seguem firmes, mas setor está em alerta com casos de IAAP em aves silvestres

A notícia sobre três casos de H5N1 (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, conhecida também como IAAP) em aves silvestres no litoral do Espírito Santo deixou o setor avícola

nacional em alerta


A confirmação veio por parte do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) no último dia 15, mas o Ministério reforçou que a doença, por ter sido detectada em animais silvestres, não deve impactar a condição do Brasil como “país livre de IAAP” e nem em imposição de proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O Cepea verificou que, mesmo diante das notificações, as comercializações envolvendo o frango vivo e a carne no mercado nacional seguiram firmes.

CEPEA


EMPRESAS


Cargill quer fazer aquisição no Paraná

A Cargill disse que pretende adquirir uma unidade industrial da Anhambi Produção Animal, localizada em Pato Branco (PR), e que acaba de submeter o negócio à análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).


A compra da fábrica de rações prontas para suínos "fortalecerá o comprometimento da Cargill em expandir mercados e resultados, focando em setores atrativos como o de nutrição animal". A unidade possui capacidade produtiva de 60 mil toneladas de ração peletizada ao ano. A Anhambi atua há mais de 35 anos no mercado da região Sul do país.

REUTERS


BRF atinge 100% de rastreabilidade de fornecedor direto de grãos e 75% de indireto

A companhia de alimentos BRF atingiu a marca de 100% de rastreabilidade dos seus fornecedores diretos de grãos provenientes dos biomas Amazônia e Cerrado, enquanto o monitoramento dos indiretos avançou para 75% no primeiro trimestre, conforme comunicado divulgado na sexta-feira

A rastreabilidade no fornecimento de grãos da BRF, uma das maiores consumidoras de milho e farelo de soja para a fabricação de rações, segue a busca da companhia por uma cadeia livre de desmatamento e com menor impacto a biodiversidade, em sua "jornada de sustentabilidade e no compromisso de ser Net Zero" em emissões de gases de efeito estufa até 2040. Para obter esse resultado, a empresa investiu na implementação de novas tecnologias voltadas à garantia da rastreabilidade dos grãos. "Por meio de monitoramento geoespacial... além da atuação focada e disciplinada do nosso time, conseguimos garantir um eficiente processo de rastreabilidade...", disse Gilson Ross, diretor de operações e compras de commodities da BRF. A companhia anunciou em 2020 seu compromisso de garantir a rastreabilidade de 100% de fornecedores de grãos da Amazônia e do Cerrado até 2025.

REUTERS


INTERNACIONAL


EUA detectam caso atípico de vaca louca

Departamento de Agricultura americano não mudará status de 'risco insignificante' no país


O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou um caso atípico de vaca louca na sexta-feira (19). A doença neurológica Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE, sigla em inglês) foi detectada em uma vaca de aproximadamente cinco anos, em um matadouro na Carolina do Sul. Esta é a 7ª detecção no país, informou o “Globo Rural”. Segundo o USDA, o animal não foi abatido e em nenhum momento apresentou risco ao abastecimento de alimentos ou à saúde humana dos americanos. Por tratar-se de um caso atípico, os EUA não mudarão o status de risco insignificante no país, sem causar problemas comerciais.

VALOR ECONÔMICO


Produção de carne bovina dos EUA vai diminuir

“Apesar das chuvas recentes, para alguns produtores, o suprimento muito baixo de feno pode não ser suficiente”


A produção de carne bovina nos EUA no próximo ano cairá 8%, para 24,7 bilhões de libras, em meio a uma oferta mais restrita de gado, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em um relatório. O desaparecimento agregado da carne bovina doméstica cairá mais de 7%, para 52,8 libras per capita em uma base equivalente ao varejo, disse a agência. É o nível mais baixo desde que os registros começaram em 1970. A queda na produção levará os preços do gado a novos patamares em 2024, disse o governo. Uma "parte central" do rebanho bovino dos EUA ainda enfrenta condições de seca nas planícies do sul, apesar das condições melhorarem, disse o USDA. Isso resultou em escassez de feno, cujos estoques em 1º de maio caíram 13% em relação ao ano anterior, para o nível mais baixo em uma década. “Apesar das chuvas recentes, para alguns produtores, o suprimento muito baixo de feno pode não ser suficiente para compensar as pastagens ruins para sustentar os rebanhos neste verão e permitir que os produtores mantenham reprodutores para reconstruir seus rebanhos”, disse o USDA. "Como resultado, o abate de vacas de corte continua em uma taxa relativamente alta." As taxas semanais de abate ainda estão altas, contrariando uma tendência estabelecida nos últimos dois anos em março e abril, o que provavelmente enfraquecerá a previsão de safras de bezerros para o resto deste ano e em 2024, disse à agência. "Pelo lado positivo, os preços dos alimentos devem cair, provavelmente melhorando os retornos para os produtores", disse o USDA em seu relatório.

AGROLINK


Órgão de saúde animal pede vacinação contra gripe aviária para evitar pandemia

A partir deste domingo, a Organização Mundial de Saúde Animal se reúne para uma sessão geral de cinco dias, na qual se concentrará no controle global da gripe aviária


A Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês) afirmou ne domingo (21) que governos devem considerar realizar vacinação de aves contra a gripe aviária para evitar que o vírus - responsável pela morte de centenas de milhões de aves e mamíferos infectados no mundo - desencadeie uma nova pandemia. A gravidade do atual surto de influenza aviária, comumente chamada de gripe aviária, e os danos econômicos e pessoais que ela causou levaram governos a reconsiderar a vacinação de aves. No entanto, alguns países, como os Estados Unidos, permanecem relutantes principalmente por causa das restrições comerciais que isso acarretaria. "Estamos saindo de uma crise de Covid em que todos os países perceberam que a hipótese de uma pandemia era real", disse a Diretora-Geral da WOAH, Monique Eloit, em entrevista à Reuters. “Como quase todos os países que fazem comércio internacional já foram infectados, talvez seja hora de discutir a vacinação, além do abate sistemático que continua sendo a principal ferramenta (para controlar a doença)”, acrescentou. A partir deste domingo, o órgão se reúne para uma sessão geral de cinco dias e se concentrará em debater ações para o controle global da gripe aviária.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná tem melhor quadrimestre da história em exportações

A balança comercial internacional do Paraná registrou o melhor desempenho dos quatro primeiros meses do ano da sua história. As exportações somaram cerca de US$ 7,3 bilhões no período em 2023, resultado 11,2% acima do primeiro quadrimestre de 2022 (US$ 6,5 bilhões) e o mais alto índice da série histórica analisada pela Secretaria de Comércio Exterior, do Governo Federal (Secex) desde 1997.


O recorde de desempenho paranaense foi puxado, sobretudo, pelas exportações de carne de frango, com US$ 1,3 bilhão de exportações acumuladas no ano, o equivalente a 17,6% do total. A soja também tem um grande peso na balança comercial do estado, com 16,5% do valor total das vendas no caso dos grãos (US$ 1,2 bilhão), 7,4% no farelo (US$ 536 milhões) e 3,8% no óleo (US$ 276 milhões). Em valores proporcionais, a maior alta entre 2022 e 2023 foi registrada nas exportações de cereais, que passaram de US$ 135,5 milhões para US$ 450,3 milhões, um crescimento de mais de 232% entre os quadrimestres analisados, fazendo com que o produto passasse de 2,1% para 6,2% das vendas paranaenses ao mercado internacional. O desempenho na exportação de máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração, com 81,9% de aumento (US$ 110 milhões), seguido por veículos de carga (47,8% de aumento, chegando a US$ 131 milhões) e produtos químicos (46,5% de aumento, chegando a US$ 91,4 milhões), também contribuíram consideravelmente com o resultado inédito do Paraná. De acordo com o Diretor-Presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, a aceleração das exportações do estado já era prevista, considerando o presente ritmo de escoamento da produção agrícola. “Além disso, o Paraná vem registrando aumento considerável das exportações de vários bens manufaturados, como os automóveis, o que evidencia a diversificação produtiva do estado”, afirma. Neste ano, os produtos fabricados no Paraná chegaram aos mercados de 175 países. Entre os principais destinos da produção paranaense, a China lidera com folga, com mais de US$ 1,5 bilhão no 1º quadrimestre do ano, o que representa uma variação positiva de 7,1% em relação a 2022. Na sequência, aparecem Argentina (US$ 502 milhões), Estados Unidos (US$ 443 milhões) e México (US$ 311 milhões).

GAZETA DO POVO


Salário dos trabalhadores paranaenses cresce 6,2% no primeiro trimestre de 2023

Valor efetivamente recebido pelos trabalhadores passou de R$ 3.098 no último trimestre de 2022 para R$ 3.290 mensais no primeiro trimestre deste ano. Rendimento médio no Estado superou o rendimento médio no País


O rendimento médio mensal dos trabalhadores paranaenses cresceu 6,2% no 1º trimestre de 2023, em comparação ao valor registrado nos últimos três meses do ano passado, já com o desconto da inflação. Com um valor efetivamente recebido de R$ 3.290 mensais, considerando apenas a atividade principal, contra R$ 3.098 no trimestre anterior, o rendimento médio no Estado superou o do País, que alcançou R$ 3.057 no período, com alta real de 5,7%. Os dados foram levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada na quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Diretor Presidente do Ipardes, Jorge Callado, avalia que o aumento dos salários no Paraná está diretamente relacionado ao aquecimento do mercado de trabalho local. “Com uma taxa de desocupação baixa, pouco mais de 5%, era esperada a elevação real dos salários no Estado, estabelecendo uma melhor condição de bem-estar à população”, analisa. Houve variação positiva no salário médio na maior parte dos setores da economia, com destaque para o de serviços, que cresceu 16,1% no primeiro trimestre. Também tiveram aumento no rendimento as pessoas que trabalham com serviços domésticos (14,9%), na administração pública (13,2%), empregados do comércio (12%) e da indústria da transformação (8,8%). Além disso, o rendimento médio aumentou em todas as faixas etárias, sendo que tanto os jovens trabalhadores como os mais experientes tiveram ganhos expressivos na remuneração. Entre os ocupados com 60 anos ou mais, houve elevação real de 13,2% do salário médio, enquanto que no grupo de 14 a 17 anos, o aumento foi de 13,1%. A seguir, surgem as faixas etárias de 18 a 24 anos, com ganho de 9,9%; de 25 a 39 anos, que cresceu 5,5%; e de 40 a 59 anos, com aumento de 5,1%. Já o salário médio das mulheres evoluiu mais que o rendimento dos homens, registrando percentual de 9,1% entre janeiro e março de 2023, na comparação com o trimestre anterior, chegando à remuneração média de R$ 2.832. O aumento salarial dos homens foi de 4,4%, alcançando R$ 3.623 por mês.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha em alta com novo impasse em negociações da dívida dos EUA

O dólar fechou em alta frente ao real na sexta-feira, com investidores reagindo a novo revés nas negociações para subir o teto da dívida norte-americana


A moeda norte-americana à vista avançou 0,53%, a 4,9949 reais na venda, maior cotação de encerramento desde 8 de maio (5,0150). Em relação ao fechamento da última sexta-feira, o dólar subiu 1,48%, embora essa tenha sido apenas a segunda alta semanal das últimas nove semanas. Depois de abrir em leve baixa --segundo Márcio Riauba, Gerente da mesa de operações da Stonex, provável reflexo de uma contração menor do que a esperada no índice de atividade do Banco Central (IBC-Br) de março--, o dólar ganhou fôlego já nos primeiros negócios e passou a maior parte do pregão em alta, mostrando forte volatilidade. Segundo Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank, alguns comentários de Powell ajudaram a sustentar o humor do mercado global, principalmente depois de ele sugerir que o juro básico norte-americano talvez não precise avançar tanto quanto se pensava por conta da contração da oferta de crédito. Ainda assim, o chair do Federal Reserve disse que ainda não está claro se a taxa básica de juros dos Estados Unidos precisará subir ainda mais, conforme autoridades do banco central avaliam a incerteza sobre o impacto de aumentos anteriores nos custos de empréstimos. Na cena doméstica, investidores continuaram monitorando a tramitação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, enquanto acompanharam falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do Banco Central. O Ministro voltou a dizer que há espaço para cortes de juros no Brasil e argumentou que debater essa possibilidade não significa afrontar a autoridade monetária, ao mesmo tempo que defendeu novamente uma revisão no prazo de cumprimento das metas de inflação. O dólar ainda está em patamares considerados mais baixos, em torno da faixa de 5 reais, e acumula queda de mais de 5% até agora em 2023. A divisa tem sido pressionada, em grande parte, pelo nível elevado da taxa Selic, de 13,75%. Já Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais, acredita que os movimentos do real têm tido relação mais estreita com fatores externos, como a inflação norte-americana e as expectativas sobre a política monetária do Fed.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta e avança mais de 2% na semana com apoio de estrangeiros

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, em sessão marcada por vencimento de opções sobre ações, com Bradesco entre os principais suportes, enquanto Itaú Unibanco caiu após o Morgan Stanley cortar a recomendação dos papéis do maior banco privado brasileiro para "equal weight".


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,58%, a 110.744,51 pontos, acumulando um ganho de 2,1% na semana. O volume financeiro somava 31,7 bilhões de reais. O Ibovespa avançou em 11 das últimas 12 sessões, período em que contabilizou uma valorização de 8,8%, voltando a mostrar sinal positivo no ano, com um acréscimo de 0,92%. De pano de fundo, estão expectativas mais positivas com o andamento do novo marco fiscal no país, que deve ser votado na Câmara dos Deputados na próxima semana, além de sinais mais benignos sobre a inflação, embora dados de atividade resilientes nos últimos meses possam retardar um corte na Selic. Dados da B3 também mostram que o fluxo de capital externo voltou a ficar positivo, com as entradas superando as saídas em 369,4 milhões de reais em maio até o dia 17, conforme dados que excluem recursos relacionados a ofertas de ações (IPOs ou follow-ons). Até o dia 16, o saldo estava negativo em 378,1 milhões.

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IBC-Br cai menos que o esperado em março e indica expansão de 2,4% da economia no 1º tri

A atividade econômica brasileira apresentou crescimento no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do Banco Central na sexta-feira, em meio a sinais de resiliência das atividades de varejo e serviços e mesmo com os impactos da política monetária restritiva

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,15% em março em relação ao mês anterior, mostrou dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), menos do que a expectativa em pesquisa da Reuters de uma retração de 0,30%. Com isso, o IBC-Br fechou o primeiro trimestre com avanço de 2,41% na comparação com os três meses anteriores. O IBC-Br iniciou o ano com alta de 0,59% em janeiro na comparação com o mês anterior. Em fevereiro, o IBC-Br teve expansão de 2,53%, em dado fortemente revisado pelo BC de uma expansão de 3,32% informada antes, atrelada ao desempenho das atividades agrícola e de serviços. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve em março alta de 5,46%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,31%, de acordo com números observados. Em março, a produção da indústria do Brasil cresceu um pouco mais do que o esperado, 1,1%, e interrompeu dois meses seguidos de quedas, mas ainda assim fechou o primeiro trimestre com estagnação. Ao mesmo tempo, o setor de serviços brasileiro cresceu mais do que o esperado em março, 0,9%, enquanto as vendas varejistas surpreenderam com uma alta de 0,8% em relação ao mês anterior. Com a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano, a economia brasileira vem sentindo com mais intensidade os efeitos da política monetária restritiva, com setores industriais ligados ao crédito mais fortemente atingidos e endividamento elevado no país, além de uma desaceleração global. Por outro lado, novas medidas de transferência de renda pelo governo devem dar alguma ajuda, junto com fortes resultados esperados do setor agrícola, ajudando a evitar uma desaceleração mais intensa do PIB. Nesta semana, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a aprovação pelo Congresso de um novo arcabouço fiscal e da reforma tributária colocarão o Brasil em uma trajetória de crescimento acima da média mundial, estimando o crescimento da economia neste ano na casa de 2%, o que ele considerou baixo.

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