Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 376 |18 de maio de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Apertem os cintos pois o ágio do ‘boi-China’ sumiu
O preço do animal com padrão-exportação, comprado pelos importadores chineses, se igualou ao valor da cotação do bovino destinado ao mercado interno (base SP), segundo Scot. A cotação do “boi-China” caiu R$ 5/@ na praça de São Paulo, chegando a R$ 260/@, informou na quinta-feira (17/5) a Scot Consultoria
O preço do animal com padrão-exportação se igualou ao valor da cotação do bovino destinado ao mercado interno (paulista) – sem prêmio exportação, segundo os analistas da Scot. “As escalas de abate estão confortáveis por conta da maior oferta de boiadas gordas”, disse a consultoria. No mercado paulista, os valores da vaca e da novilha gordas seguiram estáveis na quinta-feira, valendo R$ 240/@ e R$ 250/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), acrescentou a Scot. Segundo apuração da S&P Global, a quarta-feira deu continuidade ao ambiente baixista no mercado físico do boi gordo. Nesta toada, com ofertas elevadas de animais terminados e escalas avançadas, o mercado segue registrando baixas na arroba em algumas das principais praças pecuárias. Nesta quarta-feira, o movimento de queda da arroba foi m observado nas áreas pecuárias do Mato Grosso e nas regiões Norte e Nordeste do País, relatou a S&P Global. Nas praças de São Paulo, Mato Grosso do Sul e do Paraná, segundo a consultoria, observa-se um cenário com fortes especulações de baixas, porém sem resultar em negociações com preços abaixo dos patamares atuais. Nas praças de Goiás e de Minas Gerais, as escalas de abate dos frigoríficos estão praticamente finalizadas para o mês de maio, porém as compras de boiadas gordas para junho seguem paralisadas, ausentando frigoríficos das negociações, informou a S&P Global. Cotações: SP-Noroeste: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 223/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 227/@ (prazo); vaca R$ 204/@ (prazo); PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista); vaca a R$ 227/@ (à vista); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 214/@ (prazo) vaca a R$ 205/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 192/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Cotações estáveis para o mercado de suínos
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 128,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (16), houve ligeira quela apenas no Paraná, na ordem de 0,63%, chegando a R$ 6,31/kg. Ficaram inalterados os valores em Minas Gerais (R$ 6,95/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,26/kg), Santa Catarina (R$ 6,21/kg), e São Paulo (R$ 6,80/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango tem cotações em queda
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,55%, atingindo R$ 6,35/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, não houve alteração de valor, fixado em R$ 4,71/kg, enquanto Santa Catarina subiu 1,16%, alcançando R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (16), a ave congelada baixou 0,44%, atingindo R$ 6,78/kg, enquanto o frango resfriado retraiu 0,29%, fechando em R$ 6,79/kg.
Cepea/Esalq
China consultou Brasil sobre gripe
Ministro afirmou que as autoridades chinesas se disseram satisfeitas com as informações prestadas
O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse ontem, que o Ministério da Agricultura foi consultado pelo governo da China a respeito dos casos de gripe aviária de alta patogenicidade detectados em aves marinhas no Estado do Espírito Santo. Ele afirmou que a resposta já foi dada e que as autoridades chinesas se disseram satisfeitas com as informações prestadas. “Estamos tranquilos. Vamos continuar dando satisfações a todos os países para continuarmos exportando”, disse Fávaro, durante o Congresso Brasileiro do Milho, promovido pela Abramilho, em Brasília. O Ministro voltou a descartar riscos de fechamento de mercados à carne de frango brasileira em decorrência da detecção. Fávaro observou que, mesmo depois de o governo brasileiro ter informado os casos de gripe aviária em aves silvestres, a China retirou o embargo de uma planta de exportação de carne de frango e carne suína da BRF, em Lucas do Rio Verde (MT). Para ele, isso é um sinal de que o país asiático confia no sistema de defesa sanitária do Brasil. “Nosso sistema de defesa é eficiente. Vamos superar o momento atual e manter nosso status de livre de gripe aviária”, disse Fávaro. Ele reforçou a importância de governo e cadeia produtiva trabalharem juntos em medidas de prevenção e controle da doença no território brasileiro. Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura confirmou que duas aves marinhas da espécie Thalasseus acuflavidus (conhecida como trinta-réisde-bando), encontradas no litoral do Espírito Santo, testaram positivo para a doença. No mesmo dia, a Pasta declarou estado de alerta de emergência para impedir o avanço da doença no país.
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
Coamo investe R$ 250 milhões em armazéns
Plano é ampliar em 400 mil toneladas a capacidade estática de estocagem de unidades
A Coamo, a maior cooperativa agrícola da América Latina, investirá cerca de R$ 250 milhões nos próximos dois anos para ampliar a capacidade estática de armazenamento de suas unidades em 400 mil toneladas. Nesta safra, com o maior recebimento de grãos da sua história e o baixo volume de comercialização antecipada, a cooperativa calcula que ficará com um déficit de 1,35 milhão de toneladas, mesmo tendo instalado 194 hectares de silo bolsa, alugado 13 armazéns infláveis e alugado mais 30 unidades de terceiros no Paraná e em Mato Grosso do Sul. A capacidade total de armazenamento da cooperativa é de 7 milhões de toneladas. Segundo Jarbas Luiz Kleveston, Gerente de engenharia da Coamo, até a semana do dia 10 de maio, 93,5 milhões de sacas (5,6 milhões de toneladas) de soja e 4,6 milhões de sacas (276 mil toneladas) de milho da safra de verão tinham sido recebidos pelas unidades da Coamo, e 35 milhões de sacas tinham sido comercializadas. “A questão é que a comercialização está mais lenta que em anos anteriores, e nossa capacidade estática está muito aquém do necessário”, disse Kleveston ao Valor. Não bastasse a situação da temporada de verão, a previsão é que a cooperativa receba entre 50 milhões e 60 milhões de sacas (cerca de 3 milhões de toneladas) de milho de inverno e mais 10 milhões de sacas (60 mil toneladas) de trigo. De acordo com o gerente, o ideal é receber uma vez e meia a capacidade estática. “Com organização, isso permite economia e gerenciamento de frete”, afirma. No último ano, a Coamo investiu R$ 104 milhões na construção de quatro silos na unidade de Rio Brilhante, em Mato Grosso do Sul, com 10 mil toneladas de capacidade cada e mais 6 mil toneladas de silo pulmão. “A meta era receber 900 mil sacas nesta unidade neste primeiro verão de funcionamento, mas recebemos 1,3 milhão”, afirmou o executivo. Para a safrinha, a previsão é que a unidade receba mais 1,2 milhão de sacas. Outra unidade foi construída na cidade paranaense de Ponta Porã. Em São Gabriel do Oeste e Bandeirantes, ambas em Mato Grosso do Sul, postos de recebimento de produtos já em funcionamento estão em fase de ampliação A Coamo, que teve receita recorde em 2022, de R$ 28,1 bilhões, recebeu 7,5 milhões de toneladas de grãos de seus 31 mil associados no ano passado. A cooperativa tem 114 unidades, localizadas nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
VALOR ECONÔMICO
INTERNACIONAL
Exportação de carne bovina: Austrália vem aí
Os exportadores de carne bovina da Austrália devem retornar às condições “mais normais” de mercado ao longo desta nova temporada, após o país da Oceania registrar o menor abate de gado em 37 anos em 2022, período marcado pela disparada nos preços do boi gordo e a alta volatilidade, o que reduziu drasticamente a competitividade das indústrias locais
A análise faz parte de um relatório divulgado pelo Rabobank e que foi repercutido pelo portal australiano beefcentral.com. Os mercados globais de carne bovina estão lentamente ganhando força, diz o relatório. “No geral, as condições econômicas desafiadoras e a demanda mais lenta dos consumidores serão combatidas com a redução da oferta de carne bovina dos EUA e a recuperação do serviço de alimentação chinês”, afirma Angus Gidley-Baird, analista sênior de proteína animal do Rabobank. O Rabobank espera que a produção global de carne bovina permaneça relativamente estável em 2023. “O crescimento da oferta de carne bovina na Austrália e no Brasil será compensado por uma contração nos EUA”, diz o relatório. “Os preços mais altos da carne bovina nos EUA, impulsionados por uma contração na produção local, devem sustentar os preços globais da carne bovina, embora o impacto real não seja esperado até o final do ano, mais provavelmente em 2024 e 2025”, diz Gidley-Baird, que acrescenta: “Isso deve gerar condições comerciais muito mais favoráveis para os fornecedores australianos”. Segundo o banco, as exportações de carne bovina da Austrália devem aumentar 10%, impulsionadas pelo crescimento projetado da produção. “A redução da demanda por carne bovina no Japão e na Coreia do Sul em 2023 nos leva a esperar pouco crescimento nesses mercados”, relata Gidley-Baird. Porém, o mercado dos EUA – que têm produção de carne bovina em declínio e um mercado consumidor razoavelmente forte – oferece “possivelmente as oportunidades mais prováveis para o crescimento das exportações da Austrália”, diz o analista. A China também oferece oportunidades de crescimento nas exportações de carne bovina australiana, após o relaxamento das restrições da Covid-19, que deve apoiar uma recuperação na demanda de carne bovina no canal de foodservice. No entanto, o analista Gidley-Baird, cita alguns obstáculos para o avanço das vendas ao mercado chinês: O esperado “enfraquecimento da economia local e também o crescimento dos embarques de carne bovina brasileira” ao país asiático. Segundo o banco de origem holandesa, uma faixa de preço (do boi gordo) mais estável para 2023 permitirá o reequilíbrio da cadeia de abastecimento. “As cotações do gado voltaram a patamares médios, tornando a carne bovina australiana competitiva novamente e criando um mercado mais sustentável para todos na cadeia de abastecimento”, afirma analista do Rabobank. Essa estabilidade de preços também oferece uma oportunidade ideal para os produtores de gado planejarem o futuro, acrescenta ele. “A maior estabilidade, juntamente com a expectativa de que os lucros agrícolas ainda serão fortes, também oferece um momento ideal para planejar e se preparar para o futuro”, ressalta Gidley-Baird. Na avaliação do banco, os preços do boi gordo serão mais “normais” em 2023, em vez de continuar com as flutuações dramáticas observadas nos últimos três anos. “Os preços recordes do gado no início de 2022 não podem durar para sempre. Agora, após uma contração significativa, acreditamos que as cotações atuais estão mais em equilíbrio com os fundamentos do mercado”, observa Gidley-Baird.
BEEF CENTRAL
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná: Conselho de sanidade agropecuária alerta sobre cuidados para a gripe aviária
Em reunião extraordinária na quarta-feira, Conesa destacou que eventual caso de doença não impede o consumo da carne de frango, mas pede que Adapar seja comunicada se observar alterações no comportamento dos animais. Orientação é reforçar medidas de proteção e vigilância.
A necessidade de reforçar as medidas de segurança sanitária em relação à gripe aviária (H5N1), mas ao mesmo tempo manter a serenidade porque o Brasil e o Paraná estão preparados para enfrentar eventuais casos que possam aparecer, foi o recado transmitido pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) durante reunião extraordinária nesta quarta-feira (17). O encontro foi convocado em razão de ter sido detectada infecção pelo vírus em aves silvestres no Estado do Espírito Santo. “Esses dois casos em aves silvestres não têm o poder de derrubar o nosso status sanitário e não representam nenhuma repercussão comercial”, afirmou Norberto Ortigara, Presidente do Conesa e Secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. As exportações somente podem ser afetadas se houver incidência em granjas comerciais. “Precisamos que os produtores de frango de corte e de postura atualizem todas as ações que já fizeram e reforcem ainda mais a proteção de seus negócios”, salientou Ortigara. A Secretaria da Agricultura e Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) continuarão promovendo reuniões em todas as regiões do Estado para orientar os produtores sobre as medidas a serem reforçadas. Entre as principais ações estão cercar e se certificar de que não há falhas que permitam entrada de outras aves nos barracões comerciais, manter as portas permanentemente fechadas, não permitir visitas às instalações produtivas e assegurar a higienização correta das pessoas que precisam adentrar na granja. “Não há nenhum motivo para alarde, mas apenas uma intensificação das medidas que já têm sido tomadas”, ponderou o gerente de Sanidade Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias. Segundo ele, todos os fiscais da agência estão treinados para atender eventual emergência. O Estado realizou exames em 12 mil aves de 350 propriedades dentro de sua estratégia de vigilância ativa e não houve nenhuma positividade. O Presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, salientou que os consumidores não devem ficar preocupados em razão dessa doença, visto não haver nenhum registro de alguma complicação. “A preocupação é no nível da produção, adotando todos os cuidados para evitar contato com outras aves e não permitir a entrada de visitantes na granja”, reforçou. O Diretor-Executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Inácio Kroetz, destacou a importância da avicultura para o Estado, que é o principal produtor e exportador de aves do Brasil. No Paraná foram abatidos 2,1 bilhões de frangos em 2022. Há 37 frigoríficos com inspeção federal, que exportam cerca de 40% do frango vendido pelo País. “É uma grande responsabilidade cuidar disso”, alertou. Além das entidades citadas participaram da reunião representantes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Defesa Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Agricultura e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Paraná (Fetaep), Associação Paranaense de Suinocultores (APS) e Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Setor de serviços cresce 11,1% no trimestre no Paraná
O setor de serviços fechou o trimestre com bons resultados para o Paraná. Compreendendo atividades como salões, academias, atividades administrativas, imobiliárias, transporte e alimentação, o setor cresceu 11,1% entre janeiro e março, na comparação com os primeiros três meses de 2022. Foi praticamente o dobro da média nacional para o período, que aumentou 5,8%
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada na terça-feira (16/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o quinto mês seguido de resultados positivos do setor no Estado, que vem crescendo desde novembro do ano passado. Neste ano, as atividades avançaram 3,1% em janeiro, 0,7% em fevereiro e 1% em março. O resultado do último mês também foi superior à média nacional, de 0,9%. Com relação a março do ano passado, a variação no Paraná foi de 11,4%, bem acima da média de 6,3% de crescimento no País. Já no acumulado de 12 meses, entre abril de 2022 e março de 2023, o desempenho do setor foi 5,5% superior ao acumulado nos 12 meses anteriores. Praticamente todos os segmentos que compõem o setor de serviços tiveram desempenho positivo no trimestre. O bom resultado nos três primeiros meses foi puxado pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que avançaram 21,5% no período. Na sequência estão transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (11,6%); serviços prestados às famílias (7,9%) e serviços de informação e comunicação (5%). A única baixa foi em outros serviços, com queda de 2,2%. Na comparação entre março deste ano e o mesmo mês do ano passado, o segmento que teve melhor participação foi o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que aumentou 17,4% de um ano para outro. Também avançaram os serviços profissionais, administrativos e complementares (12,7%); serviços prestados às famílias (9,6%) e serviços de informação e comunicação (1,3%). Outros serviços caíram 7,5%. No acumulado de 12 meses, o desempenho foi positivo em todas as atividades, com crescimento de 16,1% nos serviços prestados às famílias; 12,9% nos serviços profissionais, administrativos e complementares; 4,3% em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; 0,6% em outros serviços e 0,1% em serviços de informação e comunicação.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Comércio paranaense cresce quase 9% em março
Dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada na quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Instituto também aponta um crescimento de 10,7% no varejo em março na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O comércio paranaense cresceu 8,9% no mês de março, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada na quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice que engloba todos os setores, inclusive construção civil e automóveis, refere-se à comparação com fevereiro e supera a média nacional (3,6%). Também foi o melhor resultado região Sul, à frente de Santa Catarina (2,4%) e Rio Grande do Sul (-4%). O IBGE também aponta um crescimento de 10,7% no varejo em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. A variação acumulada no ano (primeiro trimestre) foi de 1%. Mesmo na pesquisa sem os dois principais setores em volume (construção civil e veículos), houve um aumento de 2,6% nas vendas em março deste ano. No comparativo com o mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 3%. Neste ano já acumula um crescimento de 11,1% no setor de serviços no trimestre. Os setores que puxaram os números de março na comparação com o mesmo mês de 2022 foram combustíveis e lubrificantes (13,4%), artigos farmacêuticos (10,6%), móveis e eletrodomésticos (9,9%), veículos e motocicletas (5,5%) e hipermercados, supermercados e produtos alimentícios (2,2%). No acumulado do primeiro trimestre de 2023, em relação aos primeiros três meses de 2022, os destaques foram eletrodomésticos (13,8%), combustíveis (12%), artigos farmacêuticos (4,6%), móveis e eletrodomésticos (3,5%), veículos e motocicletas (1,9%) e equipamentos e materiais para escritório (1,7%). Na variação acumulada em 12 meses, o crescimento do segmento de livros, jornais e revistas foi o mais expressivo, chegando a 23,8%, seguido por combustíveis (20,3%) e artigos farmacêuticos (7,7%). Em relação à receita, houve um aumento de 15,8% no faturamento do comércio no Paraná em março deste ano em relação ao mesmo mês no ano anterior. No acumulado do ano o crescimento foi de 7,8% e nos últimos 12 meses, de 9,7%. Os segmentos com maior evolução da receita em março, no comparativo com o mesmo mês em 2022, foram artigos farmacêuticos (25,7%) e hipermercados, supermercados e produtos alimentícios (10,8%). No resultado nacional, o volume de vendas do comércio varejista ampliado em março de 2023 mostrou aumento de 3,6% frente ao mês imediatamente anterior. A média móvel trimestral foi de 1,5% no trimestre encerrado em março. Frente a março de 2022, o comércio varejista avançou 3,2%, acumulando alta de 1,2% nos últimos 12 meses e, também, de 2,4% no ano. A alta no mês foi puxada por três das oito atividades que fazem parte do comércio varejista: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%) e móveis e eletrodomésticos (0,3%).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista tem leve queda ante real
Em uma sessão em que oscilou em margens estreitas ante o real, o dólar à vista fechou em leve baixa nesta quarta-feira, em meio à expectativa e ao otimismo com a tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso brasileiro
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9347 reais na venda, com baixa de 0,15%.O diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, pontuou que, em patamares mais altos, a moeda atraiu exportadores para os negócios, que aproveitaram as cotações para vender divisas. Ao mesmo tempo, segundo ele, permanecia nas mesas uma percepção positiva em relação à tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso. Perto do meio-dia no Brasil, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou, antes de sua viagem ao Japão para encontro do G7, que está confiante em um acordo com os parlamentares republicanos e democratas que evite o default a partir de 1º de junho. Com isso, a moeda norte-americana também perdeu força ante o real. Biden busca ampliar o teto da dívida norte-americana e as negociações se arrastaram nos últimos dias. “O mercado está em compasso de espera. Ninguém quer se reposicionar agora, porque ninguém consegue falar exatamente qual é o sentido atual da moeda, se de baixa ou de alta”, comentou Bergallo. Na B3, às 17:20 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,15%, a 4,9475 reais. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de julho.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com apoio de metálicas e otimismo doméstico
No exterior, há expectativa de resolução para uma elevação do teto da dívida americana e o minério de ferro teve alta expressiva na China
O Ibovespa terminou o pregão da quarta-feira (17) em alta firme, num dia de maior otimismo doméstico e internacional. Indicadores macroeconômicos e a tramitação do arcabouço fiscal melhoraram o humor doméstico, enquanto no exterior há expectativa de resolução para uma elevação do teto da dívida americana e o minério de ferro teve alta expressiva na China. Após ajustes, o Ibovespa subiu 1,17%, aos 109.459 pontos. O volume de negócios para o índice no dia foi de R$ 20,83 bilhões. Em Nova York, S&P 500 subiu 1,19%, aos 4.159 pontos, Dow Jones avançou 1,24%, para 33.421 pontos, e Nasdaq ganhou 1,29%, aos 12.501 pontos. Com a alta da quarta-feira, o Ibovespa avançou em nove das últimas dez sessões, dando sequência ao movimento de valorização das ações locais. Thalles Franco, sócio e gestor da RPS Capital, afirma que a maior parte dos ganhos já parece ter acontecido, mas que o índice ainda tem espaço para avançar. “Primeiramente, vemos uma economia doméstica mais resiliente do que imaginávamos, com dados positivos de emprego, varejo e serviços”, afirma. “Outro ponto é que esperamos o início do ciclo de redução de juros, o que costuma ser positivo para ações. Por último, o valuation da bolsa está bem atrativo, principalmente entre as empresas voltadas à economia doméstica.” Para ele, o cenário interno é mais positivo – ou pelo menos mais claro – do que o global, o que indica que os ativos locais têm mais espaço para avançar. “No exterior, existe debate sobre eventual recessão nos Estados Unidos, além de disputa geopolítica dos EUA com China e Rússia. Dessa forma, o Brasil vai bem no relativo. A Petrobras continuou no foco de investidores, enquanto o mercado buscava compreender a mudança na política de preços da estatal. A leitura entre agentes econômicos parece ter sido de que a nova forma de precificação foi pouco clara, mas poderia ter sido pior – o que deu suporte às ações no pregão de terça-feira (16). O fato de o preço do papel estar em patamares de preço considerados muito baixos também sustentou as ações. O Itaú BBA e o BTG afirmaram que os cenários mais pessimistas, que parte do mercado vinha precificando, parecem afastados. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse em entrevista à GloboNews que o conselho de administração poderá pedir esclarecimentos “a qualquer momento” sobre a nova política de preços, e que nenhum país é 100% marcado pelo preço de paridade de importação (PPI).
VALOR ECONÔMICO
Vendas no varejo do Brasil sobem bem mais do que o esperado em março, diz IBGE
As vendas no varejo brasileiro subiram muito mais do que o esperado em março sobre o mês anterior, registrando forte aumento frente ao mesmo período de 2022, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira
Em março, as vendas no varejo tiveram alta de 0,8% em comparação com fevereiro, resultado bem melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de retração de 0,8%. Em relação a março do ano passado, o volume de vendas saltou 3,2%, superando com força a projeção de baixa de 0,10%. "Esse aumento de 0,8% (no mês) representa a saída de uma estabilidade em fevereiro para um resultado que podemos considerar como crescimento", disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, no comunicado com os dados. "Além disso, ao observarmos os últimos três meses juntos, vemos ganho de patamar de 4,5% em relação a dezembro do ano passado, último mês de queda", acrescentou ele. Segundo o IBGE, o resultado de março foi influenciado pela alta de três das oito atividades do comércio varejista pesquisadas. O volume de vendas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação subiu 7,7%, enquanto o de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria avançou 0,7% e o de Móveis e eletrodomésticos ganhou 0,3%. Segundo Santos, a maior contribuição veio dos artigos farmacêuticos, que têm o segundo maior peso no indicador geral. A atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo --principal influência sobre o volume total de vendas-- ficou estável. "Foi um resultado bastante equilibrado na análise dos setores", avaliou o gerente da pesquisa. O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, teve alta de 3,6% das vendas em março. Depois de encerrar 2022 com fraqueza, o setor varejista brasileiro deu um salto no início do ano, favorecido por onda de promoções e liquidações, mas tem à frente agora as consequências dos juros altos no país, que encarecem o crédito. A taxa Selic está atualmente em 13,75%, nível elevado que tem sido criticado pelo governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A alta do setor varejista em março foi acompanhada de expansão de 1,1% da produção industrial e de 0,9% do setor de serviços, segundo relatórios divulgados pelo IBGE mais cedo neste mês.
REUTERS
IGP-10 tem maior deflação da série histórica em maio, diz FGV
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou suas perdas em maio e registrou as deflações mais intensas da série histórica tanto em base mensal quanto no acumulado em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira
O índice caiu 1,53% em maio, contra queda de 0,58% registrada no mês anterior. Em 12 meses, o IGP-10 passou a recuar 3,49%, contra baixa de 1,90% acumulada no ano findo em abril. Segundo a FGV, essas foram as maiores deflações nas taxas mensais e interanuais desde setembro de 1993, quando tem início a série histórica do IGP-10. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou o declínio a 2,25% neste mês, de queda de 0,96% em abril. "O aprofundamento da deflação do IPA foi impulsionado pelo comportamento dos preços do minério de ferro (de 0,58% para -11,50%), da soja (de -7,63% para -10,41%) e do milho (de -2,61% para -12,48%)", disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou ligeiramente a alta a 0,60% em maio, de 0,57% na leitura anterior. Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC registraram acréscimo em suas taxas de variação no mês, com destaque para Alimentação, que subiu 1,04%, contra avanço de 0,15% em abril. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,09% em maio, ante alta de 0,22% no mês passado. O declínio do IGP-10 vem em meio aos efeitos defasados do forte aperto monetário promovido pelo Banco Central. A taxa Selic está atualmente em 13,75%. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
REUTERS
IPPA/Cepea: preços ao produtor agropecuário em queda em abril
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários caiu 4,8% frente a março, em termos nominais
O resultado reflete, essencialmente, o desempenho observado para o IPPA-Grãos (-10,2%), tendo em vista que os demais grupos de alimentos avançaram – IPPA-Pecuária (0,1%), IPPA-Hortifrutícolas (1,4%) e IPPA-Cana-Café (2,5%). Também de março para abril, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, recuou 1%, indicando que os preços agropecuários recuaram frente aos industriais da economia brasileira. No cenário externo, houve alta de 0,6% dos preços internacionais dos alimentos (FAO) e queda de 3,6% da taxa de câmbio oficial (US$/R$), divulgada pelo Bacen. No acumulado do ano, o IPPA/CEPEA registra retração de 9,3%, sendo essa variação bem superior à observada para o IPA-OG-DI Preços Industriais, que foi de 0,6%. Na mesma comparação, houve queda de 13,6% dos preços internacionais dos alimentos, e alta de 0,7% da taxa de câmbio nominal. Nesse sentido, nota-se que o comportamento do IPPA/CEPEA converge para aquele observado pelos preços internacionais dos alimentos, levando em consideração, ainda, as variações cambiais.
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