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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 375 DE 17 DE MAIO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 375 |17 de maio de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: cotações da arroba recuam em Minas Gerais e nas praças da região Norte

Com oferta elevada de animais, sobretudo de fêmeas, frigoríficos forçam quedas nos preços da matéria-prima em regiões pecuárias importantes do País, informa a S&P Global


A terça-feira (16/5) registrou nova rodada de recuos nas cotações do boi gordo, sobretudo nas praças pecuárias da região Norte do País, informou a S&P Global. “A sobreoferta de animais e o compasso cadenciado de compras por parte das indústrias situadas no Norte do País fomentaram os movimentos negativos nesta manhã de terça-feira”, ressaltou a consultoria. Segundo os analistas, muitas indústrias do País permanecem elevando as suas programações de abates, já que o período de estiagem começa a reduzir o potencial de retenção de boiada no pasto. Além disso, muitos pecuaristas seguem descartando as suas fêmeas, estimulados pela mudança do ciclo pecuário – fase de baixa nas cotações. Na avaliação da S&P Global, o mês de maio ainda deve permitir recuos incisivos nos preços do boi gordo, sobretudo em lotes destinados ao mercado interno (animal “comum”, sem prêmio exportação). “Apesar do nível elevado de produção interna de carne bovina, como mostraram os dados de abate divulgados pelo IBGE na última quinta-feira, os preços da proteína ainda não se apresentam atrativos quando comparados às proteínas concorrentes (frango e carne suína)”, observa a S&P Global. A oferta de bovinos segue suficiente para manter as escalas de abates confortáveis entre os frigoríficos instalados em São Paulo, Estado referência para as demais regiões pecuárias do País. Segundo informou a Scot Consultoria, as cotações para todas as categorias apresentaram estabilidade na praça de São Paulo, com o boi gordo valendo R$ 260/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 240/@ e R$ 250/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 265/@ na praça paulista (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 227/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 223/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca R$ 217/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 214/@ (prazo) vaca a R$ 205/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 192/@ (à vista) MA-Açailândia: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Abates em 2023 são de gado mais leve

Mais vacas e custos da alimentação influenciaram, segundo pesquisador


Os abates de gado deste primeiro trimestre de ano foram de animais mais leves do que os de iguais períodos de 2021 e 2022. Em média, cada animal pesou 259,4 kg. Por ora, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou apenas o número de animais abatidos e o peso total das carcaças no período. Quando o instituto fizer a divulgação mais detalhada, provavelmente vai indicar um número maior de abate de vacas. A avaliação é de Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Para ele, deverá haver também uma oferta maior de gado mais leve, uma vez que a margem de ganho na criação é menor, e o preço do bezerro vem registrando forte queda. Os números do IBGE podem mostrar também uma perda de produtividade, em relação aos mesmos trimestres anteriores. Mesmo assim, porém, ela continua elevada. É a terceira maior do período, inferior apenas às de 2021 e de 2022, quando os animais rederam 263 e 264 kg, respectivamente. Evolução da tecnologia para engorda, nutrição, genética e melhoramento da qualidade do animal vêm permitindo um ganho de peso. Em 2000, o peso médio do animal era de 225 kg, volume que subiu para 239 kg em 2010, e para 253 em 2020, conforme dados do pesquisador. A queda no peso neste ano pode ter sido, ainda, pelo retorno do animal que estava em fase de engorda para o pasto, devido aos elevados custos dos grãos. Uma tendência que pode mudar agora com o recuo dos preços do milho. A saca do cereal está sendo negociada a R$ 59, segundo o Cepea. Há dois anos, neste mesmo período, estava em R$ 100. Bernardino diz que está preocupado com a oferta de cereais no ano que vem. Há uma perda de margem da rentabilidade do produtor, que poderá utilizar semente e adubo de menor qualidade. "Não sei qual será o nível de tecnologia utilizado nas lavouras na próxima safra, mas isso poderá impactar no setor de proteínas", afirma ele. De janeiro a março deste ano, foram abatidos 7,31 milhões de bovinos, 4,7% a mais do que no primeiro trimestre de 2022. Analistas da Agrifatto apontam esse aumento também como um movimento do ciclo pecuário, com mais fêmeas sendo descartadas devido aos baixos preços do bezerro. No mesmo período, o peso das carcaças somou 1,9 milhão de toneladas, 3% a mais, segundo o IBGE.

FOLHA DE SP


SUÍNOS


Suínos: quedas especialmente para o vivo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 128,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,05%/1,00%, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo


Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (15), o preço ficou estável somente em Santa Catarina, custando R$ 6,21/kg. Houve queda de 0,14% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,95/kg, baixa de 0,47% no Paraná, alcançando R$ 6,35/kg, recuo de 0,63% no Rio Grande do Sul, cotado em R$ 6,26/kg, e de 0,58% em São Paulo, fechando em R$ 6,80/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Preços estáveis para o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,07%, atingindo R$ 6,45/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou inalterado em R$ 4,32/kg, assim como no Paraná, custando R$ 4,71/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (15), a ave congelada teve recuo de 0,15%, chegando a R$ 6,81/kg, enquanto o frango resfriado baixou 0,44%, fechando em R$ 6,81/kg.

Cepea/Esalq


BRF vê redução de excedente global de carne de frango e melhora em margens

Os preços da carne de frango estão subindo à medida que as empresas começam a reduzir a produção para diminuir o excesso de oferta global, disse Fabio Mariano, CFO da BRF, nesta terça-feira, depois que um excedente ajudou a pressionar o resultado da companhia de carnes suína e de aves para um prejuízo no primeiro trimestre


A empresa registrou um prejuízo líquido de 1,024 bilhão de reais nos três meses encerrados em março, com os altos preços dos grãos também afetando os resultados. As ações da BRF caíam 5,6% no início da tarde. O CEO da BRF, Miguel Gularte, disse que uma queda significativa nos preços dos grãos, combinada com esforços para melhorar a eficiência operacional, ajudará a aumentar as margens e impulsionar os resultados daqui para frente. Gularte disse que, quando assumiu o cargo de CEO em agosto de 2022, o plano era obter "ganhos de eficiência" de 24,5%. Ele disse que a empresa já atingiu 25,5%, apesar de um cenário operacional desafiador. Os resultados da BRF refletiram a fraqueza nos mercados de exportação, com os preços mais baixos do frango arrastando as margens para território negativo em um segmento de negócios que registrou margens de dois dígitos no passado. A empresa disse que continuou a aumentar as vendas de produtos alimentícios processados de margem mais alta em mercados como a Turquia e nos estados do Golfo Pérsico, mantendo uma posição de liderança nessas regiões. A BRF também disse estar confiante de que a confirmação de dois casos de gripe aviária altamente patogênica em aves silvestres no Brasil provavelmente não provocará proibições comerciais. A situação sanitária do Brasil permanece inalterada, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal, disse Gularte em resposta à pergunta de um analista.

REUTERS


EMPRESAS


BRF diz China autorizou exportação de carnes a partir de Lucas do Rio Verde

A empresa de alimentos BRF informou nesta terça-feira que sua unidade produtiva de Lucas do Rio Verde (MT) foi autorizada pela General Administration of Customs China (GACC) a exportar carne suína e de frango à China, segundo comunicado


"A nova habilitação proporciona relevante capacidade de produção e comercialização de proteínas, além de promover flexibilidade e maior agilidade para capturar as melhores oportunidades de mercado", disse a empresa.

REUTERS


Marfrig espera recuperação de preços de exportações nos próximos meses

A Marfrig espera uma recuperação nos preços de carne bovina exportada nos próximos meses, com o aumento das vendas para China, Indonésia e México, disse executivo da companhia em teleconferência com analistas na terça-feira (16)


Os volumes e preços de venda para a China vêm se recuperando desde o fim do embargo temporário à carne bovina brasileira em 23 de março, segundo o presidente da Marfrig, Rui Mendonça. “A gente estima que a partir de junho/julho a demanda vai vir forte e os preços também. Então nós estamos bastante otimistas em relação a uma recuperação de preços fortes na China”, disse Mendonça. O executivo também espera que as vendas para Indonésia e México colaborem para o aumento nos preços de exportação. “Nós estamos começando somente agora os embarques para a Indonésia. O México terminou as auditorias nas unidades brasileiras no final de abril. São dois mercados de preço forte que vão auxiliar nessa recomposição, trazendo, com certeza, um ano bem favorável em relação a preços internacionais”, disse Mendonça. A Indonésia habilitou mais de uma dezena de plantas de carne bovina brasileiras a exportarem ao país desde o início do ano. O México anunciou a abertura do mercado para a carne bovina brasileira em março, com a habilitação de mais de 30 frigoríficos.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Exportações do Paraná registram maior alta da série histórica em abril

Além do melhor abril desde 1997, crescimento no primeiro quadrimestre também é o mais robusto dos últimos 26 anos. O Paraná figura como o quarto estado no ranking nacional do mês, representando 7,7% de tudo que o Brasil vendeu para fora


As exportações paranaenses em abril cresceram 7% em relação a abril do ano passado, somando US$ 2,1 bilhões, segundo informações fornecidas pela Secretaria de Comércio Exterior, do Governo Federal (Secex). No acumulado do ano, o total de mercadorias e serviços vendidos no mercado externo já cresceu 11%, totalizando US$ 7,3 bilhões em receitas cambiais. Este é o melhor desempenho para abril na série histórica, que começou a ser divulgada em 1997. O resultado do quadrimestre também é o melhor em 26 anos. Com esta performance, o Paraná figura como o quarto estado no ranking nacional do mês, representando 7,7% de tudo que o Brasil vendeu para fora. No Sul, responde por 45% das vendas internacionais, sendo o maior exportador da região. O valor das importações do mês caiu 16% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com US$ 1,5 bilhão adquiridos. Em relação ao acumulado do ano, há uma mesma tendência de queda. Até abril, o valor total das compras de mercadorias e serviços realizadas pelo Paraná retraíram 7%, somando US$ 6 bilhões. O estado é o quarto maior importador nacional, mas o segundo da região Sul, ficando atrás de Santa Catarina, com 32% do total comprado de fora. Com isso, o saldo da balança comercial do Paraná em abril ficou em US$ 636 milhões. No ano, o superávit chega a US$ 1,3 bilhão. Quase 74% das vendas externas paranaenses do mês estão concentradas em cinco grupos de produto: soja (41%), carnes (16%), material de transporte (8%), madeira (5%) e produtos químicos (3%). Já entre os mais comprados pelo Paraná em abril, 77% correspondem a cinco itens: produtos químicos (28%), petróleo (17%), material de transporte (15%), mecânica (11%) e materiais elétricos e eletrônicos (6%). No ano, soja também lidera as vendas externas, seguida por carnes, material de transporte, cereais, madeira e mecânica. Os mais comprados são produtos químicos, petróleo, material de transporte, mecânica e materiais elétricos e eletrônicos. Em abril, a economia paranaense exportou mercadorias e serviços para 175 países. Quase 52% das vendas realizadas estão concentradas em cinco grandes mercados. O destaque do mês é o mercado chinês, para onde foram exportados 35% do valor total negociado no comércio internacional. Em relação às importações, no mês ocorreram negociações com 104 países. Os cinco principais fornecedores representam 57% da pauta do mês. A economia chinesa é o destaque, responsável por 21% do total vendido de mercadorias e serviços ao Paraná, principalmente importações de produtos químicos (39%) e itens de informática, eletrônica e óptico (16%). Desde o início do ano, quem domina as exportações é a China (US$ 1,6 bilhão e 7% de alta na comparação com o mesmo intervalo do ano passado). Depois aparecem Argentina (US$ 502 milhões e 40%), Estados Unidos (US$ 443 milhões e queda de 23%), México (US$ 311 milhões e crescimento de 45%) e Japão (US$ 279 milhões e alta de 146%). “Para lá, a alta se deve principalmente às vendas de milho, que renderam US$ 178 milhões ao Paraná, assim como carnes (US$ 85 milhões)”, analisa Felippe. “Já a China, que vinha registrando queda no mês passado, teve uma recuperação por conta das vendas de carnes e produtos do complexo soja em abril”, justifica.

FIEP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar interrompe sequência de quedas e sobe mais de 1% sob influência do exterior

O dólar à vista fechou a terça-feira em alta de mais de 1% ante o real, influenciado pelo exterior, onde a moeda norte-americana também subia ante outras divisas, e pela percepção de que a mudança na política de preços da Petrobras pode segurar a inflação


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9419 reais na venda, com alta de 1,08%. Foi a primeira elevação da moeda norte-americana após cinco sessões em queda, com investidores também aproveitando o dia para realizar lucros e corrigir posições. Na B3, às 17:12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,98%, a 4,9580 reais. A divisa dos EUA se manteve em alta durante praticamente todo o dia. Pela manhã, as cotações repercutiam dados da economia da China considerados fracos, que penalizavam as divisas de países exportadores como Brasil, Chile, México e Austrália. A Agência Nacional de Estatísticas da China informou que a produção industrial no país cresceu 5,6% em abril em relação ao ano anterior. Analistas consultados pela Reuters projetavam alta de 10,9%. Já as vendas no varejo saltaram 18,4% em abril, mas os analistas esperavam por um crescimento de 21,0%. “Os números ruins da economia chinesa estão valorizando o dólar e desvalorizando as moedas ligadas a commodities”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. “As bolsas estão todas no negativo, então é um dia de aversão ao risco”, acrescentou. No fim da tarde, o dólar se mantinha em alta ante boa parte das divisas no exterior. No Brasil, a nova política de preços da Petrobras, conforme profissionais ouvidos pela Reuters, abriu a perspectiva de que a inflação possa ceder mais rapidamente, o que favorece a queda da taxa básica Selic, hoje em 13,75% ao ano. Durante a manhã, além de divulgar sua nova política de preços, a estatal anunciou a redução no custo dos combustíveis, o que trará impactos para a inflação. “No Brasil, tivemos dias de queda acentuada da moeda norte-americana. Então, nestes momentos, com uma queda tão acentuada, é natural ter movimento técnico de realização dos ganhos”, comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda e quebra série de ganhos

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, quebrando uma sequência de oito altas, enquanto Petrobras PN avançou quase 3% depois de anunciar uma nova política de preços para gasolina e diesel

Agentes financeiros também repercutiram na sessão proposta do novo marco fiscal acordado entre lideranças partidárias na véspera, que, entre outros pontos, prevê gatilhos para conter gastos caso o governo não cumpra objetivos estabelecidos para melhorar as contas públicas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,77 %, a 108.192,96 pontos, de acordo com dados preliminares, após oito altas seguidas, período em que acumulou ganho de 7,1%. Mais cedo, na máxima, chegou a subir a 110.151,03 pontos. O volume financeiro no pregão somava 25,55bilhões de reais.

REUTERS


BNDES tem lucro recorrente de R$1,7 bi no 1º tri, queda de 28% ano a ano

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido recorrente de 1,7 bilhão de reais no primeiro trimestre deste ano, queda de 28,4% em comparação a igual período do ano passado, informou o banco de fomento na terça-feira.


O lucro contábil, que inclui efeitos não recorrentes, foi de 4 bilhões de reais, ajudado em especial por recebimentos de dividendos da Petrobras. A carteira expandida de crédito do banco ficou em 479 bilhões de reais no trimestre, alta de 8,2% ano a ano, enquanto os desembolsos totais somaram 19,1 bilhões de reais, crescimento de 29,1% na mesma comparação. O índice inadimplência do BNDES acima de 90 dias caiu a 0,06%, ante 0,13% no último trimestre de 2022 e de 0,21% no primeiro trimestre do ano anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente (ROE) foi de 5,3% de janeiro ao fim de março, quedas de 2,7 pontos percentuais e de 5,3 pontos percentuais nas bases anuais e trimestrais, respectivamente.

REUTERS


Desembolsos do BNDES devem ficar em cerca de R$ 100 bi em 2023, diz diretor

Alexandre Abreu citou que houve um crescimento expressivo das consultas nos primeiros quatro meses deste ano, de 184%


O diretor financeiro, de controladoria e de operações e canais digitais do BNDES, Alexandre Abreu, disse há pouco que a instituição espera um comportamento “um pouco melhor dos desembolsos” nos próximos trimestres. A estimativa é que somem cerca de R$ 100 bilhões em 2023. O diretor citou que houve um crescimento expressivo das consultas nos primeiros quatro meses deste ano, de 184%. Ainda assim, os desembolsos devem subir de forma mais significativa apenas mais à frente, a partir de 2024. “Tivemos mais consultas, mas as fontes de recursos ainda não estão totalmente estabelecidas”, explicou o diretor. O objetivo da atual gestão do BNDES é chegar ao fim do mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com desembolsos anuais na casa de 2% do PIB, o equivalente a R$ 200 bilhões. Abreu destacou ainda que a instituição conseguiu, por ora, não ser prejudicada pela onda atual de recuperações judiciais. A dívidas da Americanas com o banco eram 100% garantidas por fiança bancária. Já a exposição com a Light é de menos de R$ 10 milhões.

VALOR ECONÔMICO


Volume de serviços no Brasil cresce mais que o esperado em março com transporte de cargas

O setor de serviços brasileiro encerrou o primeiro trimestre com crescimento acima do esperado no volume em março, impulsionado principalmente pelo setor de transporte de cargas


O volume de serviços teve em março alta de 0,9% na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%. O setor teve um início de ano com altos e baixos, apresentando forte queda em janeiro de 2,9% em meio ao esgotamento dos efeitos positivos da normalização da economia pós-pandemia, mas mostrou recuperação com taxas positivas nos dois meses seguintes. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 6,3% no volume de vendas enquanto economistas esperavam crescimento de 5,0%. Segundo o IBGE, o setor está agora 12,4% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-pandemia, e 1,3% abaixo de dezembro de 2022, o auge da série histórica. Na visão de especialistas, os serviços devem começar a sentir com mais força o efeito dos juros altos, com expectativa de que ande de lado no ano. Por outro lado, o desemprego baixo e as políticas de transferência de renda do governo podem dar impulso à atividade. O IBGE destacou no mês o desempenho do setor de transporte, que marcou a principal influência positiva em março com um crescimento de 3,6%. Esse resultado foi puxado principalmente pelo avanço de 4,7% no volume do transporte de cargas, que atingiu o ponto mais alto da série, registrado anteriormente em agosto de 2022. Por outro lado, o transporte de passageiros recuou 3,3% na comparação com fevereiro, ficando 22% abaixo do ponto mais alto da série histórica, de fevereiro de 2014. Também tiveram desempenho positivo em março os serviços profissionais, administrativos e complementares (+2,6%) e os serviços de informação e comunicação (+0,2%). Já os serviços prestados às famílias (-1,7%) e outros serviços (-0,6%) tiveram perdas. O índice de atividades turísticas, por sua vez, subiu 0,1% frente a fevereiro, ficando 1,4% acima do patamar pré-pandemia e 5,9% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em fevereiro de 2014.

REUTERS


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