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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 371 DE 11 DE MAIO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 371 |11 de maio de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Viés baixista persiste; preços do ‘boi-China’ e da novilha recuam em São Paulo


Com isso, o animal que atende os padrões dos importadores chineses é negociado por R$ 265/@ em São Paulo, no prazo, valor bruto. Por sua vez, a novilha está valendo R$ 250/@, enquanto a vaca gorda segue cotada em R$ 240/@ (preço bruto e a prazo), acrescentou a Scot. Segundo o economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, as escalas de abate dos frigoríficos de São Paulo seguem em posição confortável, em 11 dias. Na média nacional, diz ele, as programações giram em torno de 10 dias. “A facilidade de compra de animais terminados mostra que os frigoríficos vão continuar mantendo a pressão de baixa sobre a arroba, garantindo as suas margens de negociação em níveis de elevados”, afirma Travagini. Segundo a médica veterinária Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto, mesmo com uma sensível melhora no consumo doméstico de carne bovina, os preços do boi gordo continuam em patamares baixos, o que resultou em recuperação expressiva das margens dos frigoríficos brasileiros. “A diferença entre o preço do boi gordo e a carcaça no atacado teve expressivo avanço”, diz ela. “Houve transferência de margens dos pecuaristas para as indústrias processadoras de carne”, acrescentou. Segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights, na quarta-feira, o mercado operou com movimentos de compras limitados, já que muitas indústrias se encontram ausentes do ambiente de negócios diante de escalas de abate que atendem as necessidades de curtíssimo prazo. A S&P Global identificou novas baixas nos preços dos animais terminados na quarta-feira. Na região de Feira de Santana-BA, as cotações da arroba do boi gordo recuaram justamente pelo alongamento das operações de abate, que estão prontas para até a última semana de maio. Na praça de Araguaína, no Tocantins, verificou-se aumento na oferta de animais disponíveis para abate, já o clima na região favoreceu o desenvolvimento de cigarrinha na pastagem, pressionando os pecuaristas locais a elevar as vendas de gado, acrescentou a S&P Global. Na região norte de Minas Gerais, a estiagem reduziu a qualidade das pastagens, informou. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 227/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 226/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca R$ 217/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 224/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 233/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Preço do suíno vivo sobe nas principais praças

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 128,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,50/R$ 10,00 o quilo


Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (9), houve alta de 1,16% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,95/kg, avanço de 2,95/kg no Paraná, alcançando R$ 6,28/kg, incremento de 0,48% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,30/kg, aumento de 2,14% em Santa Catarina, valendo R$ 6,21/kg, e de 1,33% em São Paulo, fechando em R$ 6,87/kg.

Cepea/Esalq


Preço do suíno vivo sobe 2,1% em maio em SP, diz Cepea; carcaça avança 2,2%

Em relatório, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada aponta o típico aquecimento da demanda doméstica em início de mês


A primeira semana de maio seguiu a toada dos últimos dias de abril e, assim, os preços dos suínos vivos seguiram em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Em relatório, o Cepea aponta o típico aquecimento da demanda doméstica em início de mês. Na praça paulista, o animal teve média de R$ 6,87/kg até a terça-feira, 9, avanço de 2,1% na última semana. Com os avanços no preço do animal vivo, reajustes também foram observados pelo centro de estudos nos valores da carcaça. No atacado paulista, a carcaça especial suína se valorizou 2,2% no período, alcançando R$ 9,90/kg.

ESTADÃO CONTEÚDO


FRANGOS


Frango: preços seguem em estabilidade no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,15%, atingindo R$ 6,63/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o valor ficou inalterado em R$ 4,80/kg, assim como em Santa Catarina, valendo R$ 4,32/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (9), a ave congelada teve leve alta de 0,30%, avançando para R$ 6,72/kg, enquanto o frango resfriado subiu 1,04%, fechando em R$ 6,78/kg.

Cepea/Esalq


GOVERNO


Prazo para recebimento de subsídios à regulamentação da lei do autocontrole é prorrogado até 16 de maio

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou no Diário Oficial da União dessa quarta-feira (10/05) a Portaria nº 797, ampliando o prazo para a participação na Tomada Pública de Subsídios sobre a proposta de regulamentação da Lei n° 14.515/2022. O novo prazo para envio das colaborações é até 16 de maio.


A Lei 14.515/2022 dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária e sobre a organização e os procedimentos aplicados pela defesa agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor agropecuário. Obrigatoriedade - Sancionada em dezembro do ano passado, a lei estabelece a obrigatoriedade da elaboração, implementação e monitoramento dos sistemas de autocontrole nos processos produtivos em todos os setores regulados pela defesa agropecuária. A ideia é aperfeiçoar a atuação da defesa agropecuária, incorporando as informações geradas nos programas de autocontrole de responsabilidade dos agentes regulados, produtores agropecuários e indústria. Tomada Pública de Subsídios - A Tomada Pública de Subsídios é parte do processo de participação social e da promoção da transparência com a coleta de informações e dados relevantes para o processo de regulamentação. O formulário para participação encontra-se no sistema SISMAN da Secretaria de Defesa Agropecuária. Para ter acesso ao SISMAN, o usuário deverá fazer cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - SOLICITA, por meio do link https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

Mapa


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Mesmo com leve aumento de preços em abril, inflação acumulada desacelera no Paraná

Em abril, todos os municípios paranaenses que compõem o Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas observaram leve aumento nos preços, o que resultou em uma alta de 0,93%. Na comparação com abril de 2022, no entanto, que registrou IPR de 3,77%, houve queda de quase três pontos percentuais


Entre os 35 produtos integrantes do índice mensal calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) destacaram-se, em abril, os reajustes do tomate (24,41%), da batata-inglesa (18,68%) e do leite integral (3,67%). As duas primeiras oscilações positivas estão relacionadas à transição de safras, como explica o coordenador de pesquisas periódicas e editoração do Ipardes, Marcelo Antônio. “As fases de colheita e comercialização da primeira safra estão próximas do fim, enquanto na segunda safra esses mesmos procedimentos ainda são incipientes, gerando, dessa forma, uma restrição na oferta desses produtos ao consumidor e aumento de preços”, disse. Por outro lado, observou-se queda nos preços de maçã (-5,11%), laranja pera (-5,55%) e, a maior de todas, de óleo de soja (-6,77%), também decorrente de fatores agrícolas. “A redução de preços do óleo de soja tem relação com o avanço na colheita de soja, que tem apresentado uma boa produtividade”, afirmou Marcelo Antônio. Maringá alcançou o maior índice entre as regiões pesquisadas no mês, de 1,57%, seguida por Cascavel (1,53%) e Londrina (1,49%). No que tange aos últimos 12 meses foi possível observar uma prevalência de queda contínua. Com isso, o IPR acumulado entre maio de 2022 e abril de 2023 foi de 4,63%, frente ao acumulado de 12 meses calculado em março de 7,57%, e muito distante do maior número das últimas medições, de 21,40%, em julho de 2022, por exemplo. Nesse mesmo período, os principais produtos que apresentaram altas foram, segundo o coordenador do Ipardes, os alimentos industrializados como biscoito e maionese, refletindo o impacto dos preços de insumos como o trigo e o ovo. O biscoito teve um aumento nos últimos 12 meses de 35,87%, seguido de ovos de galinha (23,17%) e maionese (19,24%). Em sentido oposto, a redução maior se deu com o óleo de soja (-28,56%), batata-inglesa (-23,01%) e tomate (-20,93%). Regionalmente, Maringá alcançou o índice de 5,82% no acumulado, também o maior entre as áreas analisadas, seguida por Londrina (5,77%) e Cascavel (4,60%).

IPARDES


Portos do Paraná registram alta de 7% na movimentação geral de carga em abril

Os portos de Paranaguá e Antonina exportaram e importaram, em abril, 4.952.059 toneladas de cargas. O volume é 7% maior que as 4.614.088 toneladas movimentadas nos mesmos 30 dias de 2022. Neste primeiro quadrimestre, o total acumulado passa das 19 milhões de toneladas, 2% a mais que as 18,7 milhões registradas de janeiro a abril no ano passado


Tanto no último mês quanto nos quatro primeiros meses do ano as exportações superam as importações em volume e em percentual. Mais de 62% de tudo o que os portos do Paraná movimentam são de embarques, cargas que saem do Estado para todos os continentes. Os cinco principais destinos das cargas que saíram pelos portos paranaenses, nesse período, foram China, Japão, Coreia do Sul, Holanda e Índia. Os produtos mais exportados, no ano, foram os do complexo soja (grão, óleo e farelo), açúcar e frango. “Este último, em contêineres. Os demais, todos a granel”, diz o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. Segundo ele, o aumento de 2% no volume total movimentado no primeiro quadrimestre pode parecer pouco, mas foi bastante representativo. “Considerando que, neste ano, no acumulado de janeiro a abril, tivemos 5,5 dias a mais de chuva, o aumento registrado é muito positivo e confirma os nossos esforços em sermos mais produtivos e eficientes em nossos tempos operacionais”, garante Vieira. Em abril, as exportações somaram 3.175.309 toneladas, volume 10% maior que em abril do ano passado, com 2.892.813 toneladas. “Somente de soja em grão, embarcamos quase 100% a mais comparado a abril de 2022. Esse dado confirma a mudança no comportamento da nova safra que, neste ano, está chegando mais tarde”, afirma Vieira. No quadrimestre, um total de 11.952.978 toneladas saíram sentido exportação. Na comparação às 10.972.696 toneladas acumuladas de janeiro a abril no ano passado, o aumento obtido neste ano foi de 9%. “Nas importações, registramos alta de 6% no mês, mas queda de 11% no acumulado do quadrimestre”, destaca Vieira. “Diferente do que observamos nos três primeiros meses, em abril o desembarque de fertilizantes, principais produtos que chegam por aqui, voltou a subir”. No último mês de abril, 1.916.365 toneladas de cargas entraram pelos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2022, nos mesmos 30 dias, os desembarques somaram 1.807.648 toneladas. De janeiro a abril, neste ano, as importações somaram 5.331.293 toneladas. No ano passado, foram descarregadas 5.999.414 toneladas de produtos.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Copel contrata bancos e encaminha oferta de ações bilionária para outubro

Transação caminha para ser maior negócio do mercado de capitais neste ano


A Copel, estatal de energia elétrica do Paraná, fechou a contratação dos bancos para a oferta bilionária de ações que deve privatizar a companhia. A expectativa é que seja o maior da transação deste ano. A operação, prevista para outubro na B3, terá como líder o BTG Pactual, e inclui ainda Bradesco BBI, UBS BB e Itaú BBA, este último devendo atuar como agente estabilizador. Com os bancos definidos, deve ser finalizado agora o modelo da oferta. A empresa precisa emplacar a oferta de ações até outubro para garantir a renovação automática da concessão de sua principal usina hidrelétrica, Foz do Areia, cujo contrato atual vence em 2024. Com a operação, a Copel também deverá obter a renovação da concessão de mais duas usinas, cujos contratos atuais vencem nos próximos anos, Segredo e Salto Caxias. Juntas, as três hidrelétricas somam quase 4,2 gigawatts (GW) de potência instalada, o equivalente a 60% da capacidade de geração da empresa do Paraná. Por meio de um dispositivo legal já usado na privatização da Cesp, a concessão pode ser renovada por mais 30 anos quando há troca de controle. Para isso, a empresa deverá pagar uma outorga, pelas três usinas, de R$ 3,7 bilhões.

No processo de privatização com venda de ações, o governo do Paraná sairá do controle da empresa ao reduzir sua participação dos atuais 31% do capital total para um patamar entre 15% a 17%. A expectativa é que a oferta seja apenas de ações ordinárias (ON, com direito a voto), que hoje possuem liquidez reduzida por estarem concentradas nas mãos do Estado. Além da oferta secundária, também há perspectiva de uma oferta primária, para fazer frente ao pagamento da outorga, já que o valor deve ser pago a vista, no prazo de 20 dias após a assinatura do novo contrato. Antes da operação ir para rua, o Tribunal de Contas da União (TCU) ainda precisa aprovar o valor de outorga pelas usinas, além disso o Tribunal de Contas do Estado tem de aprovar o processo de privatização.

ESTADÃO CONTEÚDO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista cai pelo 2º dia no Brasil

O dólar à vista emplacou nesta quarta-feira a segunda sessão consecutiva de queda ante o real, com uma percepção mais positiva sobre a área fiscal brasileira


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9491 reais na venda, com queda de 0,77%. O movimento foi ampliado no meio da manhã, quando o Departamento do Trabalho dos EUA informou que seu índice de preços ao consumidor subiu 0,4% em abril, após alta de 0,1% em março. O percentual ficou em linha com a projeção de 0,4% dos economistas ouvidos pela Reuters. Embora os núcleos de inflação sigam fortes, a inflação de abril em linha com o esperado alimentou apostas de que o Federal Reserve manterá sua taxa básica na faixa de 5,00% a 5,25% em sua próxima decisão de política monetária. Na B3, às 17:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,83%, a 4,9690 reais. No caso específico do real, a moeda teve uma performance melhor do que vários pares em função de um noticiário mais positivo para a área fiscal, conforme avaliação do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Além da perspectiva de andamento no Congresso do projeto do novo arcabouço fiscal, repercutiram positivamente declarações durante evento na terça-feira em Nova York do presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), em defesa da reforma administrativa. Em relatório a clientes, o JPMorgan recomendou uma posição comprada no real (no sentido de alta para a moeda brasileira, queda para o dólar). Ao justificar a posição, o banco pontuou que o Brasil segue oferecendo a maior taxa de juros real entre os emergentes e que a volatilidade da divisa brasileira é a menor do ano, com os riscos em queda. Pela manhã, o Banco Central todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta com Yduqs em destaque; Vale pesa

MINERVA ON subiu 3,5%, a 9,45 reais, mesmo com o balanço da maior exportadora de carne bovina na América do Sul mostrando lucro líquido de 114 milhões de reais no primeiro trimestre, variação negativa de 0,5% na base anual. No setor, JBS ON, que apresenta seu resultado trimestral na quinta-feira, após o fechamento, caiu 2,75%


O Ibovespa fechou em alta pelo quinto pregão seguido na quarta-feira, com Yduqs disparando mais de 20%, na esteira de resultado trimestral e projeções otimistas, enquanto o declínio da Vale freou um desempenho mais robusto. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,31%, a 107.448,21 pontos, acumulando um ganho de 5,55% nessa série de altas. Na sessão, oscilou entre a mínima de 106.538,01 pontos e a máxima de 107.744,37 pontos. O volume financeiro somou 22,1 bilhões de reais, que muitos profissionais do mercado veem como fraco, mantendo incertezas sobre se o ânimo recente é sustentável. Para Enrico Cozzolino, sócio e chefe de análise da Levante Investimentos, foi mais um dia de recuperação na bolsa paulista, movimento que começou no final da última semana, e sem grandes causas aparentes. Nos Estados Unidos, Wall Street fechou sem uma direção única, com a agenda do dia mostrando um aumento ligeiramente menor do que o esperado da inflação em 12 meses ao consumidor norte-americano no mês passado. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% no mês passado, após alta de 0,1% em março, informou o Departamento do Trabalho. Nos 12 meses até abril, teve alta de 4,9%, após avançar 5,0% na comparação anual em março. De acordo com Fabrício Gonçalvez, presidente-executivo da Box Asset Management, a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano após o CPI acabou também trazendo alívio à curva de juros no Brasil, o que beneficiou a bolsa. Ele chamou a atenção para o desempenho de ações do setor de consumo, que costumam se beneficiar da queda das taxas futuras de juros, destacando que a performance do Ibovespa só não foi melhor por causa das perdas no setor de mineração.

REUTERS


Brasil tem fluxo cambial negativo de US$200 mi em maio até dia 5, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 200 milhões de dólares em maio até o dia 5, em movimento puxado pela via financeira, informou nesta quarta-feira o Banco Central


Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 1,217 bilhão de dólares em maio até o dia 5. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de maio até o dia 5 foi positivo em 1,017 bilhão de dólares. No acumulado do ano até 5 de maio, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 13,333 bilhões de dólares.

REUTERS


Indústria do Brasil cresce mais que o esperado em março e interrompe 2 meses de perdas

A produção da indústria do Brasil cresceu um pouco mais do que o esperado em março e interrompeu dois meses seguidos de quedas, mas ainda sem recuperar perdas recentes diante de um cenário de estagnação para o setor em meio aos juros elevados no país e desaceleração econômica global


Em março, a indústria apresentou crescimento de 1,1% na produção em relação ao mês anterior, marcando a taxa mais elevada desde outubro (+1,3%) e depois de ter acumulado nos dois primeiros meses do ano recuo de 0,5%. Os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que, em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 0,9% na produção. Os resultados ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters de altas de 0,8% na comparação mensal e de 0,4% na base anual. Ainda assim, a indústria nacional está 1,3% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 17,9% abaixo do nível recorde da série, visto em maio de 2011. "Há uma melhora de comportamento da produção industrial, especialmente considerando esse crescimento de magnitude mais elevada, mas ainda está longe de recuperar as perdas do passado recente", explica o Gerente da pesquisa, André Macedo. Em meio aos impactos da política monetária contracionista no Brasil, com a taxa básica de juros em 13,75%, a indústria enfrenta ainda a desaceleração da atividade econômica global que afeta a demanda e esgotamento do impulso de normalização pós-pandemia. Diante disso, analistas avaliam que o setor deve manter uma trajetória de arrefecimento gradual ao longo de 2023, muitas vezes andando de lado. “Ainda permanecem no nosso escopo de análise as questões conjunturais, como a taxa de juros em patamares mais elevados, que dificultam o acesso ao crédito, a taxa alta de inadimplência e o maior nível de endividamento por parte das famílias, assim como o grande número de pessoas fora do mercado de trabalho e a alta informalidade”, completou Macedo. No mês de março, 16 das 25 atividades pesquisadas apresentaram aumento de produção. As principais influências sobre o índice geral partiram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%). O maior peso negativo, por sua vez, foi exercido pelo segmento de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com queda de 4,7% em março. Entre as categorias econômicas, as maiores expansões foram apresentadas pelos setores de bens de capital (6,3%) e bens de consumo duráveis (2,5%). Os bens intermediários apresentaram alta de 0,9%. A única queda entre as categorias veio de bens de consumo semi e não duráveis, de 0,5%, segundo mês seguido no vermelho.

REUTERS


Crédito rural supera R$ 290 bilhões em dez meses

Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 171,74 bilhões; já as contratações das linhas de investimentos totalizaram mais de R$ 78 bilhões


Os valores contratados pelos pequenos e médios produtores foram, respectivamente, de R$ 45,7 bilhões no Pronaf e de R$ 41,4 bilhões no Pronamp Globo Rural. O desembolso do crédito rural totalizou R$ 290,43 bilhões no Plano Safra 2022/23, no período de julho/2022 até abril/2023. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 171,74 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram mais de R$ 78 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 26,8 bilhões e as de industrialização, R$ 13,8 bilhões. De acordo com análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 1.591.366 contratos no período de dez meses, sendo 1.154.635 no Pronaf e 174.517 no Pronamp. Os valores contratados pelos pequenos e médios produtores foram, respectivamente, de R$ 45,7 bilhões no Pronaf e de R$ 41,4 bilhões no Pronamp, em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização). Entre os projetos prioritários de financiamento agropecuário, o Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Programa ABC+, se destaca, com a aplicação de R$ 3,6 bilhões. Em seguida, estão os programas de construção de armazéns, de inovação e de apoio aos médios produtores rurais, cujas respectivas contratações foram de, aproximadamente, R$ 2 bilhões. Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, foi de R$ 67,4 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada manteve os R$ 53 bilhões. As duas fontes somam 41% do total do crédito rural. A demanda por recursos não controlados somou R$ 123 bilhões, com destaque para os recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) com R$ 72,3 bilhões, o equivalente a 25% de todos os financiamentos. A região Sul continua com o destaque nos financiamentos do Plano Safra, com R$ 95,2 bilhões. O estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking das contratações na região, com 44% das contratações da região, seguido pelo Paraná, com 41%. O Centro-Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 79,8 bilhões, sendo que Mato Grosso e Goiás respondem por 74% das contratações da região. No atual governo, de janeiro a abril, foram liberados R$ 78,9 bilhões de crédito rural, que representa 9% a mais do aplicado no mesmo período do ano passado, em todas as finalidades do crédito rural (custeio, investimento, comercialização e industrialização). Nos quatro primeiros meses do ano, o custeio totalizou quase R$ 44 bilhões, os financiamentos em investimentos alcançaram R$ 18,5 bilhões, a comercialização somou R$ 13 bilhões e a industrialização, R$ 3,4 bilhões. Para o Pronaf, no período, houve liberação de R$ 10,7 bilhões, para o Pronamp, R$ 7,3 bilhões e para os demais agricultores, R$ 60,9 bilhões. Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 4 de maio do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

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