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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 370 DE 10 DE MAIO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 370 |10 de maio de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: cotações seguem estáveis

Na terça-feira, 9 de maio, o mercado do boi gordo registrou estabilidade nos preços da arroba na maioria absoluta das praças brasileiras, informaram as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário


“O período de pressão de baixa ainda está ativo e as especulações não devem ser cessadas no curtíssimo prazo”, acreditam os analistas da S&P Global Commodity Insights. Segundo a consultoria, em regiões como o Centro-Oeste, onde o período de estiagem já começa avançar, muitos pecuaristas elevaram as suas ofertas de animais a pasto nas últimas semanas, visando evitar a perda de rendimento na produção. No entanto, diz a consultoria, no Estado de São Paulo, há relatos de boa conservação do pasto em algumas regiões pecuárias, o que impediu o registro de recuos mais fortes na cotação da arroba da boiada local. “Foi reportado que a quantidade de lotes de animais com o padrão exportação começa a dar sinais de encolhimento, ao passo em que boiada direcionada ao mercado interno ainda se apresenta com volume bem superior à demanda vigente”, observa a consultoria. Tal fator pode desencadear um suporte aos preços pagos pelos animais que atendem à demanda externa, elevando a diferença de valores sobre o boi “comum”. Essa discrepância de valores entre as duas categorias de animais terminados pode crescer, já que as compras de boiadas das indústrias com foco de atuação no mercado interno de carne bovina seguem bastante enfraquecidas, reflexo de um consumo doméstico em rimo muito lento. Segundo os analistas, os embarques brasileiros de carne bovina ganharam força neste início de maio, depois de um abril mais enfraquecido. Nas praças paulistas, a cotação do boi gordo ficou estável na terça-feira, em R$ 260/@, no prazo, valor bruto. Os preços da vaca e da novilha gordas também não sofreram alteração, e seguem valendo R$ 240/@ e R$ 252/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” vale R$ 270/@ no Estado de São Paulo (preço bruto e a prazo), ou seja, registra atualmente um ágio de R$ 10/@ sobre o boi destinado ao mercado interno, acrescentou a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 227/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 226/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca R$ 217/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 224/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 233/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 220/@ (prazo) vaca a R$ 197/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 217/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Suínos registraram elevações na terça-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve alta de 1,65%/2,40%, chegando a R$ 123,00/R$ 128,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 9,50/R$ 10,00 o quilo


Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (8), o preço ficou inalterado apenas no Rio Grande do Sul, fixado em R$ 6,27/kg. Houve elevação de 2,84% em Minas Gerais, alcançando R$ 6,87/kg, alta de 2,52% no Paraná, custando R$ 6,10/kg, avanço de 1,33% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,08/kg, e de 0,15% em São Paulo, fechando em R$ 6,78/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Cotações estáveis ou com pequenas alterações para o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,91%, atingindo R$ 6,63/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o valor ficou inalterado em R$ 4,80/kg, enquanto em Santa Catarina, houve recuo de 0,23%, atingindo R$ 4,32/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (8), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preço, fechando, respectivamente, em R$ 6,70/kg e R$ 6,71/kg.

Cepea/Esalq


Exportações de carne de frango crescem 4% em abril

Média das exportações do setor se mantém acima das 430 mil toneladas no quadrimestre


As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 435,1 mil toneladas em abril, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 4% o total embarcado no mesmo período de 2022, quando foram exportadas 418,2 mil toneladas. Em receita, as vendas internacionais do setor alcançaram US$ 840,3 milhões, número 2,3% maior que o total registrado em abril do ano passado, com US$ 821 milhões. No acumulado de 2023, as exportações de carne de frango já totalizam 1,749 milhão de toneladas, volume 12,1% superior ao registrado no 1° quadrimestre de 2022, com 1,560 milhão de toneladas. No mesmo período, a receita acumulada chegou a US$ 3,413 bilhões, saldo 18,9% superior ao realizado no ano passado, com US$ 2,872 bilhões. “O volume embarcado em abril praticamente repete a média mensal registrada ao longo deste ano, que está acima das 430 mil toneladas. Nos próximos meses, são esperados números de exportações equivalentes aos de abril, projetando para o ano volumes superiores a 5 milhões de toneladas de carne de frango embarcadas pelo Brasil para mais de 150 países”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Principal destino das exportações brasileiras, a China importou no quadrimestre 262,8 mil toneladas, volume 33,3% superior ao embarcado no mesmo período de 2022. Outros destaques foram o Japão, com 140,6 mil toneladas (+6,2%), África do Sul, com 134,1 mil toneladas (+12%), Arábia Saudita, com 119,5 mil toneladas (+36,9%), União Europeia, com 79,6 mil toneladas (+11%), Filipinas, com 76 mil toneladas (+8,3%) e México, com 69,6 mil toneladas (+18,9%). No levantamento por estado, o Paraná segue como principal exportador do setor, com 727,5 mil toneladas exportadas entre janeiro e abril, superando em 16,75% o resultado registrado em 2022. Em seguida estão Santa Catarina, com 366,2 mil toneladas (+8,88%), Rio Grande do Sul, com 245,6 mil toneladas (+1,02%), São Paulo, com 101,5 mil toneladas (+26,27%) e Goiás, com 79,8 mil toneladas (+37,49%).

ABPA


EMPRESAS


Argentina e Uruguai limitam queda dos ganhos da Minerva

Além da suspensão das vendas à China, mercado de carne sentiu os impactos da limitação de crédito pós-crise da Americanas


A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 114 milhões. O resultado foi apenas 0,5% menor do que o de igual período de 2022, mesmo com a interrupção temporária dos embarques da proteína brasileira para sua principal compradora, a China. Em fevereiro, o Brasil interrompeu voluntariamente suas exportações de carne bovina ao mercado chinês, após a descoberta de um caso de “vaca louca” no Pará. A suspensão durou cerca de um mês. Em parte, o leve recuo do lucro da Minerva deveu-se à diversificação geográfica das operações da companhia, que continuou atendendo a demanda chinesa durante o período do embargo por meio de suas operações na Argentina e Uruguai. A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda caiu 17,7% em relação ao primeiro trimestre de 2022, para R$ 531,9 milhões. A receita líquida, por sua vez, diminuiu 11,7%, para R$ 6,38 bilhões. O volume de abates da Minerva caiu 4,3% no primeiro trimestre deste ano, para 836,3 mil cabeças, enquanto as vendas ficaram praticamente estáveis - o volume cresceu apenas 0,6%, para 277,4 mil toneladas. A empresa conseguiu sustentar suas margens apesar da suspensão temporária das exportações à China e da necessidade de apoiar financeiramente sua cadeia de suprimentos, afetada pelos impactos da crise da Americanas sobre os bancos, disse ontem o CFO da companhia, Edison Ticle. Segundo ele, todo o mercado de crédito do Brasil foi afetado pelo rombo bilionário da varejista, que elevou os custos para tomada de empréstimos. “Os bancos encolheram o crédito e encareceram bastante o crédito (...) principalmente no financiamento de fornecedores. Isso dificultou bastante o mercado”, afirmou o executivo. Para contornar a situação, a Minerva substituiu parte dos financiamentos que seriam feitos pelos bancos. “Nós mesmos fizemos o financiamento” principalmente a pecuaristas, afirmou Ticle. Segundo ele, a medida foi um dos fatores que fizeram a empresa ter um capital de giro negativo de R$ 841,5 milhões no primeiro trimestre. Com isso, o fluxo de caixa proveniente das atividades operacionais da companhia foi negativo em R$ 8,4 milhões entre janeiro e março. Um ano antes, o resultado havia sido de R$ 840,2 milhões positivos. A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,6 vezes no período, 0,1 ponto percentual acima do desempenho do primeiro trimestre de 2022. Ainda assim, a margem Ebitda atingiu 8,3% no intervalo de janeiro a março, somente 0,6 ponto percentual abaixo da margem do primeiro trimestre do ano passado. O CEO da empresa, Fernando Galletti de Queiroz, ressaltou que, mesmo com as exportações afetadas pela suspensão das vendas à China, 63% da receita bruta foi proveniente dos mercados externos no primeiro trimestre. Queiroz disse que a “China continua demandando bastante” e seguirá entre os compradores de destaque.

VALOR ECONÔMICO


Frigol fechou primeiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 15 milhões

Companhia teve Ebitda negativo de R$ 2,6 milhões no período


A FriGol, quarto maior frigorífico do país, atrás de JBS, Marfrig e Minerva, fechou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 15 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado a companhia teve lucro líquido de R$ 65 milhões. A receita bruta foi de R$ 730 milhões no período, queda de 30%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 2,6 milhões (abaixo do break-even). O número foi bem diferente do resultado recorde de R$ 94 milhões do primeiro trimestre de 2022, quando a margem Ebitda foi de 9,4%. A companhia fechou o primeiro trimestre com alavancagem de 2,1 vezes (dívida líquida sobre Ebitda) e encerrou o trimestre com R$ 212 milhões em caixa, um aumento de 182% ante os R$ 75 milhões do primeiro trimestre de 2022. “Tradicionalmente, o primeiro trimestre costuma ser o mais fraco do ano. Como previsto, o período seguiu essa sazonalidade e foi ainda prejudicado pelo fator adicional de autoembargo de quase um mês das exportações brasileiras de carne bovina para a China. Nesse período, a FriGol ajustou sua produção, acelerou seus projetos de crescimento e redirecionou suas exportações para outros países e para o mercado interno”, disse, em comunicado, Eduardo Miron, CEO da empresa. “O primeiro trimestre de 2022 foi muito atípico devido à forte demanda da China com a retomada das exportações após o embargo de três meses no fim de 2021. A retomada afetou positivamente volume e preços – beneficiados ainda por um dólar mais alto”, destacou Eduardo Masson, CFO da FriGol. “Por outro lado, mesmo com todos os desafios do primeiro trimestre de 2023, tivemos resultados melhores do que quando comparamos com 2021 e 2020”, acrescentou. Apesar dos resultados ruins do primeiro trimestre, a companhia está ampliando sua capacidade industrial para ampliar seu faturamento. A FriGol tem como meta aumentar em 20% sua receita neste ano, em relação ao recorde de R$ 3,8 bilhões do ano passado, mantendo a taxa de crescimento dos últimos três anos. Para atingir seu objetivo, a empresa está destinando R$ 45 milhões em Capex, que inclui a ampliação da capacidade de abate em suas três unidades de bovinos. A expectativa é já abater neste ano 25% mais animais neste ano, ou cerca de 590 mil animais. “A cada ano utilizamos uma estratégia específica e agora a aposta está no aumento da eficiência operacional de nossas plantas”, disse Miron. A companhia ressaltou também que vai apostar na diversificação de mercados. Em janeiro, o frigorífico conquistou habilitação para exportar para a Indonésia e, já no início do segundo trimestre, para Cingapura. O bloco de países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) tem uma população de aproximadamente 700 milhões de pessoas, sendo o segundo principal mercado da Ásia, somente atrás da China. “É uma região onde o consumo de carne bovina está se desenvolvendo, por isso, está em nosso foco”, avaliou Miron. Segundo o executivo, o próximo passo é conquistar habilitações para Filipinas e Malásia, abrangendo, assim, quatro países da Asean.

VALOR ECONÔMICO


GOVERNO


Brasil já conquistou 18 mercados nos primeiros meses de 2023

As Américas somam 10 novas oportunidades de comércio para o agronegócio


Nos primeiros meses deste ano, o Brasil recebeu autorização para iniciar as exportações de produtos agropecuários para 18 novos mercados. Os comunicados que autorizam as vendas foram enviados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pelas autoridades sanitárias de cada país envolvido. Os registros de aberturas para produtos do setor agropecuário de janeiro até primeira semana de maio deste ano reforçam o reconhecimento dos players internacionais pela qualidade e elevados controles sanitários e fitossanitários estabelecidos pelos exportadores brasileiros. Dentre os quatro continentes que abriram mercados para os produtos brasileiros, sendo um dos mais recentes na Argentina, as Américas somam 10 novas oportunidades de comércio para o agronegócio. O Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, ressalta a retomada da boa relação com o bloco do Mercosul. "Essa nova abertura de mercado na Argentina mostra todo o esforço do governo brasileiro, especialmente do Mapa, em restabelecer o bom relacionamento com os nossos países vizinhos, principalmente do Mercosul, e estamos fazendo isso. A abertura frequente de mercados tem acontecido e mostra o total foco em retomar as boas relações comerciais e fraternais do Brasil com os demais países", comentou. "Há 20 anos o Brasil sonhava em abrir o mercado de carne bovina para o México. No caso da carne suína, o mercado do México corresponde a mais de 1 milhão de toneladas. Também tivemos ampliações para a China e estamos trabalhando muito forte para abrir mercados na União Europeia”, comemorou o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. A expectativa é que com a abertura para as carnes bovinas e suínas brasileiras para o México gerem um aumento em US$ 200 milhões nas exportações. O México é o terceiro maior importador mundial da proteína animal, atrás somente de China e Japão. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, o Brasil registrou recorde nas exportações do agronegócio no primeiro trimestre deste ano, com US$ 35,95 bilhões. O setor representou, neste período, 47,2% das exportações totais brasileiras.

MAPA


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná encerra colheita de soja, diz Deral

Os trabalhos na soja terminaram com as seguintes condições das lavouras: 85% das plantações estavam em situação considerada boa


A colheita de soja da safra 2022/23 no Paraná atingiu 100% na semana encerrada na segunda-feira (8), em comparação com 99% da área plantada no estado na semana anterior, segundo boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura estadual, divulgado na terça-feira (9). Os trabalhos no campo terminaram com as seguintes condições das lavouras 85% das plantações estavam em situação considerada boa, ante 84% na semana anterior, e aquelas em condição média correspondem a 15% do total, ante 16% há 7 dias. O Deral também reportou que a colheita de milho (primeira safra, ou de verão) avançou 3 pontos porcentuais na semana e atingiu 93% da área cultivada no estado, ante 90% na semana anterior. Entre as plantações, 83% estão em boas condições (mesmo índice na semana anterior) e 17% em situação média (igual resultado há 7 dias). Conforme o Deral, 100% das lavouras de milho verão estão em fase de maturação. Em relação à segunda safra de milho, cujo plantio já foi concluído, as condições mantiveram-se inalteradas em relação à semana anterior: 92% em boas condições; 8% em médias condições. As fases das lavouras são as seguintes: 45% das plantações estão em desenvolvimento vegetativo (63% na semana anterior); 38% em floração (26% há 7 dias); e 17% em frutificação (11% na semana anterior). Quanto ao trigo, o Deral informou que o plantio no Estado progrediu 11 pontos porcentuais entre as duas semanas a atingiu ontem 39% da área projetada para o Paraná ante 28%, sete dias antes. As condições das lavouras são as seguintes: boas, 99% das plantações (ante 100% no levantamento anterior). As plantações estão nas seguintes fases: 40% em germinação (59% na semana anterior) e 60% em desenvolvimento vegetativo (41% há sete dias).

ESTADÃO CONTEÚDO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cai ante real com fluxo de entrada de moeda

O dólar à vista fechou em baixa ante o real na terça-feira, na contramão do exterior, com exportadores aproveitando as cotações elevadas para internalizar recursos no país e investidores ajustando posições no mercado futuro da moeda norte-americana


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9875 reais na venda, com queda de 0,55%, novamente abaixo dos 5 reais. Na B3, às 17:25 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,52%, a 5,0095 reais. Profissionais ouvidos pela Reuters disseram que a queda foi gerada pelo alto fluxo positivo de moeda, com exportadores aproveitando as cotações mais elevadas --acima dos 5 reais-- para internalizar recursos. No mercado futuro, alguns investidores aproveitaram para ajustar posições. O mercado futuro de dólar é o mais líquido no Brasil e, no limite, é o que conduz as cotações da divisa no mercado à vista. Além destes fatores, o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, afirmou que a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada pela manhã, reforçou a leitura de que a taxa básica Selic, hoje em 13,75% ao ano, não será cortada no curto prazo. “O real tem força para apreciar em relação ao dólar, com uma balança comercial muito forte, somado a um diferencial de juros muito elevado. E os riscos externos também estão em queda”, avaliou. No exterior, o dólar mantinha ganhos ante boa parte das demais divisas de países exportadores de commodities, com investidores receosos quanto às negociações para ampliação do teto da dívida dos Estados Unidos. Às 17:25 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,19%, a 101,630.

REUTERS


Ibovespa engata 4ª alta seguida

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,01%, a 107.113,66 pontos. O volume financeiro somou 22 bilhões de reais


Leandro De Checchi, analista de investimentos da XP, destacou que a alta no pregão local ocorreu mesmo após a ata da última decisão de política monetária do Banco Central reiterar a preocupação com a inflação e não trazer sinalização sobre corte na Selic. De Checchi avalia que o tom mais positivo na bolsa pode estar relacionado a expectativas com o novo arcabouço fiscal, que, mesmo precisando de ajustes e melhorias, representa uma medida para refrear o risco de descontrole fiscal. Em Brasília, assessoria do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), o relator do arcabouço fiscal, disse que ele deve apresentar o texto do novo marco fiscal até a quinta-feira e que expectativa é de que a votação na Câmara ocorra na segunda quinzena de maio. Na ata do Copom, divulgada antes da abertura do mercado, o BC avaliou que a apresentação do arcabouço fiscal pelo governo reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública. E destacou que o texto eventualmente aprovado poderá refletir nas projeções para a inflação. Em Wall Street, o S&P 500 recuou, com agentes financeiros optando por cautela antes da divulgação do índice de preços ao consumidor norte-americano de abril, que pode ajudar nas apostas sobre o juro nos Estados Unidos.

REUTERS


Emissões em abril atingem menor nível desde maio de 2020, mostra Anbima

As operações somaram R$ 14,9 bilhões no mês passado, recuo de 41,4% em relação a março


A combinação de juros altos e incertezas na economia levou o nível de emissões via mercado de capitais brasileiro ao menor nível desde maio de 2020, segundo boletim divulgado na terça-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). De acordo com o estudo, em abril as operações somaram R$ 14,9 bilhões, um recuo de 41,4% em relação a março. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o volume atingiu R$ 82,6 bilhões, o que corresponde a uma queda de 40,5% frente ao mesmo período de 2022. As operações de capital de giro predominaram como destino dos recursos provenientes das emissões, com 32,1% do total. A Anbima destaca também o crescimento das operações de refinanciamento de passivo, que representam 31,6% este ano contra 19,2% no fim de 2022. Além disso, caíram os prazos das emissões: 27,8% apresentaram vencimento em até três anos. Já as operações com prazo de quatro a seis anos caíram 11,5% e passaram a representar 36,1% do total emitido. As ofertas em andamento registraram volumes de R$ 9 bilhões, e as em análise, R$ 3,4 bilhões. Mesmo com a aversão a risco, sobretudo pós-Americanas, as empresas de capital fechado vêm recorrendo ao mercado de capitais: neste ano até abril, elas representam 71% do número total de emissões de debêntures, um aumento de 10,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, com 48,93% do volume total emitido. Entre os subscritores, informa o boletim, os intermediários e demais participantes ligados à oferta foram os maiores demandantes, com uma parcela de 64,4%, seguidos pelos fundos de investimentos, que ficaram com 26,1%. Entre todos os instrumentos de captação, apenas o volume de emissões de notas comerciais foi maior que o de março, movimentando R$ 2,1 bilhões em abril, um aumento de 90,7%. As operações com prazo de até um ano corresponderam a 50% do total, um crescimento significativo em comparação com os 23,3% registrados no mesmo período do ano anterior. Segundo a Anbima, 84,3% do volume colocado em mercado foi subscrito por intermediários e demais participantes ligados à oferta. As captações de CRAs e CRIs (Certificados de Recebíveis Agrícolas e Imobiliários) atingiram R$ 1,9 bilhão em abril, uma fatia de 13% do volume mensal total. No acumulado do ano, cerca de 61,5% do volume captado por CRA foi destinado a pessoas físicas, enquanto esses investidores subscreveram 27,6% do volume colocado de CRI, sendo suplantados pelos fundos de investimentos que adquiriram 35,9%, informa o boletim. Os FIDCs registraram volume emitido de R$ 1,3 bilhão contra R$ 2,3 bilhões em março, com 45,2% desse montante adquirido pelos fundos de investimentos. E os instrumentos híbridos (Fiagro e FII) representaram 5,5% do total colocado em mercado em abril, equivalentes a um montante de R$ 812 milhões. No acumulado do ano de 2023, o volume registrado por esses ativos foi de R$ 8 bilhões, uma queda de 53,1% em relação a março, que corresponde a 9,7% das emissões realizadas no ano. As ofertas em andamento e em análise representam R$ 5 bilhões e R$ 2,4 bilhões, respectivamente. No mercado de renda variável, foram registradas duas operações de follow-on (oferta subsequente de ações), que movimentaram juntas R$ 2,7 bilhões, sendo 36,8% subscritos por investidores estrangeiros e 27,3% por fundos de investimentos.

VALOR ECONÔMICO


BNDES destina mais R$ 2 bilhões ao agronegócio após fim da Agrishow

Recursos vão suplementar linha de crédito em dólar que acabou em um dia


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que a linha de crédito rural em dólar terá mais R$ 2 bilhões suplementares para atender a necessidade de demanda do setor. O anúncio acontece após o fim da Agrishow, maior feira de negócios da agropecuária, encerrada na semana passada. O protocolo de operações aos agentes financeiros será aberto no dia 16 deste mês. O valor se soma aos R$ 2 bilhões anteriormente previstos na linha, lançada em 17 de abril pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o Presidente do Banco, Aloizio Mercadante e que acabou em um dia. O Valor apurou inclusive que o anúncio seria feito na feira agropecuária, mas foi adiado em função do episódio envolvendo Fávaro. O Ministro se sentiu desconvidado para a abertura da feira, no dia 1º de maio, que recebeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o objetivo é afastar qualquer possibilidade de esgotamento de recursos na linha. “Ela é um dos instrumentos de que dispomos para fomentar uma agricultura cada vez mais inovadora, digital, de precisão, que reduza custos e riscos”, disse. Para receber o crédito, o interessado deve possuir receitas em dólar ou atreladas à moeda americana, uma forma de minimizar riscos cambiais, de acordo com o BNDES. O custo final partirá de aproximadamente 7,59% ao ano, mais variação cambial. Os prazos totais vão de 25 a 120 meses, com prazo de carência de até 24 meses. Além da nova linha com taxa fixa em dólares, o BNDES Crédito Rural conta com outras três possibilidade de custos financeiros básicos na formação da taxa final para o financiamento: Taxa Selic, TLP (Taxa de longo prazo do BNDES) ou a Taxa Fixa do BNDES.

VALOR ECONÔMICO


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