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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 362 DE 27 DE ABRIL DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 362 |27 de abril de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Mais quedas em São Paulo; ‘boi-comum’ agora vale R$ 267/@, informa Scot

Nas praças do interior de São Paulo, houve queda de R$ 5@ nas cotações do boi “comum” (destinado ao mercado interno), da novilha gorda (mercadoria bastante procurada pelos importadores) e do “boi-China”, segundo dados apurados pela Scot Consultoria


Com isso, o macho paulista direcionado para o consumo doméstico está valendo R$ 267/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 252/@ e R$ 262/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com os números da Scot. O animal com padrão-exportação ao mercado chinês agora está em R$ 270/@, base São Paulo (no prazo, valor bruto), com ofertas de compra abaixo dessa referência, acrescenta a consultoria. “As escalas de abate estão alongadas. A oferta de bovinos, por sua vez, está alta e os compradores estão na retranca”, relata a Scot, apontando alguns dos principais motivos para o atual movimento de baixa na arroba. Na região Sudoeste do Mato Grosso, continua a Scot, os preços dos animais terminados caíram na quarta-feira 26/4) por conta do aumento da oferta de bovinos, além dos altos estoques de carnes, que, segundo os compradores, não tem tido demanda suficiente para o rápido escoamento. Nessa região do MT, as cotações do boi, vaca e novilha recuaram R$ 3/@ na comparação diária, para R$ 242/@, R$ 227/@ e R$ 232/@, respectivamente (valores brutos e a prazo). Na mesma praça, o preço do “boi-China” teve desvalorização de R$ 5/@, atingindo R$ 250/@ (também bruto e a prazo). O ágio deste tipo de animal em relação ao boi “comum” está em R$ 8/@, informa a Scot. Segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights, “os preços de machos e fêmeas renovaram as baixas diante de uma fraca liquidez nas comercializações, além de uma oferta crescente de animais para abate, tendência que tende a se intensificar a partir de agora, devido ao início do período de estiagem na maior parte das regiões produtoras do País”. Segundo os analistas da S&P Global, a pressão de baixa nos preços dos animais terminados possui força significativa para se manter ao longo das próximas semanas. “Mesmo diante da virada do mês não se observa fôlego suficiente para uma alteração da tendência baixista vigente”, relata a S&P Global. No atacado, porém, os preços dos cortes permaneceram estáveis ao longo dos últimos dias, indicando que o apetite comprador por parte da cadeia de distribuição segue limitado diante do enfraquecido consumo interno. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 273/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 219/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca R$ 222/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 279/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); MA-Açailândia:

boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


SUÍNOS


Preço do suíno vivo cai em SC e no PR

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,80 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (25), houve queda de 2,43% no Paraná, chegando em R$ 6,02/kg, e de 2,09% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,10/kg. Ficaram estáveis os valores em Minas Gerais (R$ 6,46/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,34/kg) e São Paulo (R$ 6,57/kg).

Cepea/Esalq


Exportação de carne suína deve subir entre 2% e 3% em 2023, diz Rabobank

O volume de exportação de carne suína brasileira em 2023 deve crescer entre 2% e 3%, em relação a 2022, impulsionado por compras da China e oportunidades em novos mercados abertos ao produto, como Peru e Canadá, segundo relatório divulgado pelo Rabobank à imprensa na terça-feira (25)


“As expectativas de maiores importações pela China neste ano devem continuar a favorecer os embarques brasileiros, que competem com a Espanha como principal exportador para o mercado asiático”, disse o Rabobank. O Brasil ainda aguarda aprovações de novas plantas para exportação à China. O Rabobank também espera que a competitividade da carne suína em relação à carne bovina continue a impulsionar a demanda doméstica pela carne suína em 2023. O volume de produção de carne suína brasileira em 2023 deve ficar de 1% a 2% maior do que em 2022, segundo o Rabobank. Além da forte demanda de exportação, a esperada queda nos preços de ração influenciada por safra recorde de soja no Brasil tende a incentivar a produção de carne suína.

CARNETEC


FRANGOS


Frango estável no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,80/kg, enquanto o frango no atacado aumentou 0,79%, custando R$ 6,40/kg


No caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina o valor ficou inalterado em R$ 4,90/kg, assim como no Paraná, cotado a R$ 4,84/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (25), a ave congelada teve leve alta de 0,30%, atingindo R$ 6,59/kg, enquanto o frango resfriado valorizou 0,31%, fechando em R$ 6,54/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


Preços de carnes medidos pelo IPCA-15 caem 3% no ano

Os preços de carnes medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA) acumulam queda de 3,08% no ano, até abril, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (26)


O item Carnes inclui cortes de carne bovina, carne de carneiro e suína. Entre os cortes com maior deflação no período estão o filé mignon (-5,64%), contrafilé (-4,56%), capa de filé (-4,37%), alcatra (-3,98%), lagarto redondo (-3,88%) e patinho (-3,87%). Já a carne suína acumula alta de 1,51% de janeiro a abril. Apenas no mês de abril, o item Carnes teve queda de 1,34%. Os frangos inteiros e em pedaços, considerados dentro do item Aves e Ovos, caíram 2,82% e 5,71%, respectivamente, no acumulado do ano, e 1,37% e 0,69% no mês de abril. Ambos os itens Carnes e Aves e Ovos são considerados dentro do grupo Alimentos e Bebidas, que teve alta de 1,18% no acumulado do ano e de 0,04% em abril. O índice geral do IPCA-15 teve alta de 2,59% no ano e de 0,57% em abril.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Na contramão do Brasil, indústria paranaense registra crescimento em fevereiro

Estado teve um aumento de 0,4% na produção industrial mensal quando comparada a janeiro e de 0,6% em relação ao mesmo período de 2022. Produção de produtos derivados do petróleo e celulose, além de empresas do setor moveleiro e alimentício, ajudaram a alavancar os índices


Dados divulgados na quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o setor industrial do Paraná registrou um aumento mensal de 0,4% em fevereiro em relação a janeiro deste ano. A variação segue uma tendência contrária à registrada pela indústria nacional, que teve um recuo de 0,2% no mesmo período. O desempenho da indústria paranaense também foi positivo em fevereiro quando comparado ao mesmo mês de 2022, com um resultado 0,6% maior neste ano, ante uma queda em 12 dos 18 locais pesquisados, fazendo com que a média nacional registrasse uma redução de 2,4% neste recorte. As maiores quedas sazonais entre os estados foram registradas no Rio Grande do Sul (-13,3%), Mato Grosso (-13%) e Ceará (-11,4%), enquanto os maiores crescimentos percentuais ocorreram no Amazonas (7,1%), Minas Gerais (6,7%) e Rio de Janeiro (6,4%). A produção industrial estadual também ajudou o Paraná a fechar o primeiro bimestre de 2023 com um saldo acumulado positivo (0,1%), enquanto 11 dos 18 locais pesquisados pelo instituto possuem índices negativos no ano. No acumulado dos dois meses, o segmento recuou 1,1% no Brasil. As maiores expansões proporcionais deste ano até o momento foram nas indústrias instaladas no Amazonas, com crescimento de 10%, Maranhão (9,2%) e Minas Gerais (8,5%), enquanto os piores desempenhos aconteceram no Mato Groso (-13,8%), Rio Grande do Sul (-10,4%) e Bahia (-8,3%). Outro aspecto analisado pelo IBGE é o confronto do último trimestre de 2022 com o primeiro bimestre deste ano, em que novamente o Estado demonstra um desempenho descolado do País. Enquanto o resultado nacional passou de 0,6% para -1,1%, com perdas mais acentuadas em Mato Grosso (de 1,0% para -13,8%), São Paulo (de 5,8% para -3,3%) e Rio Grande do Sul (de -1,8% para -10,4%), o Paraná está entre os estados que tiveram os principais avanços, passando de -10,8% para 0,1% neste início de 2023. Entre os segmentos que ajudaram a alavancar o setor em todo o Estado está a fabricação de produtos derivados do petróleo, com um crescimento mensal de 25% em fevereiro comparado a fevereiro de 2022. Na sequência, também contribuíram com o bom desempenho a fabricação de celulose e papel (21,1%), móveis (8,6%), alimentos (3%), bebidas (0,6%) e a produtos de metal (0,4%).

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem baixa ante real sob influência do exterior

Numa sessão sem fatores fortes para orientar os negócios no Brasil, o dólar à vista fechou esta quarta-feira em baixa ante o real, mas muito próximo da estabilidade, com foco no exterior, onde a moeda norte-americana sustentava perdas ante outras divisas


Lá fora, a divulgação de dados fracos da economia norte-americana trouxe um viés de baixa para a moeda dos EUA, ainda que a divisa oscilasse em margens estreitas. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0589 reais na venda, em baixa de 0,10%. Na B3, às 17:24 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,10%, a 5,0600 reais. No início dos negócios, o Departamento de Comércio dos EUA informou que os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, caíram 0,4% em março, ante baixa de 0,7% em fevereiro. Economistas consultados pela Reuters esperavam queda de apenas 0,1%. O indicador é observado de perto para os planos de gastos das empresas norte-americanas. O número trouxe a percepção de que a economia dos EUA está desacelerando, o que limitaria o espaço para o Federal Reserve apertar a política monetária. Em reação, o dólar se mantinha em baixa no exterior e no Brasil. “Com falta de notícias internas, o que faz preço é o exterior. Com dólar fraco lá fora, também fica fraco aqui dentro”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. A divulgação do IPCA-15, que subiu 0,57% em abril, depois de avançar 0,69% em março, foi monitorada pelas mesas, mas seus efeitos foram mais claros no mercado de juros futuros. Além disso, os participantes do mercado aguardam a divulgação de novos dados sobre a economia norte-americana nesta semana. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho.

REUTERS


Ibovespa cai com cautela externa e pressionado por setor financeiro e Petrobras

O Ibovespa recuou na quarta-feira, influenciado por preocupações no exterior sobre a atividade econômica global e o setor bancário dos Estados Unidos, enquanto, localmente, o índice de inflação IPCA-15 veio abaixo do esperado, mas com pressão nos núcleos


Petrobras e o setor financeiro foram os maiores pesos ao índice, enquanto Vale e RD ficaram como destaques de alta. O Ibovespa caiu 0,88%, a 102.312,10 pontos, na terceira queda consecutiva. O volume financeiro somou 18,6 bilhões de reais. Para Adriano Yamamoto, head comercial da corretora do C6 Bank, predominaram na sessão os fatores externos. "Ações de setores mais ligados ao cenário global estão sofrendo como um todo", disse ele, dando exemplo de papéis ligados a commodities, exceção à Vale, que mostrou alguma recuperação no dia. Em Nova York, o S&P 500 e o Dow Jones caíram 0,38% e 0,68%, respectivamente, diante de temores de recessão econômica. Uma nova derrocada das ações do First Republic Bank ainda elevou as preocupações com o setor bancário norte-americano. No Brasil, o índice de inflação IPCA-15 subiu 0,57% em abril, de acordo com IBGE, desaceleração frente a alta de 0,69% em março. O resultado veio abaixo do aumento de 0,61% esperado por analistas, com base em pesquisa da Reuters. "A leitura do IPCA-15 de abril corrobora o cenário de desinflação em curso, embora as medidas de núcleo ainda sigam rodando acima do compatível com o cumprimento da meta de inflação", escreveu a equipe do Itaú.

REUTERS


Dívida pública federal tem alta de 0,63% em março sobre mês anterior, diz Tesouro

A dívida pública federal subiu 0,63% em março sobre fevereiro, para 5,893 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira


No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou 5,658 trilhões de reais, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 234,4 bilhões de reais. Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de março, 24,7% correspondiam a títulos prefixados, 32% a títulos vinculados a índices de preços, 39,08% a papeis com taxas flutuantes e 4,22% a papeis cambiais. Em março, o aumento de 0,63% deveu-se, conforme o Tesouro, à apropriação positiva de juros, no valor de 56,98 bilhões de reais, neutralizado, em parte, pelo resgate líquido, no valor de 20,31 bilhões de reais. O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública --uma espécie de "colchão" para o pagamento dos compromissos-- apresentou redução de 2,22% em termos nominais em março, para 973,56 bilhões de reais.

REUTERS


IPCA-15 desacelera mais que o esperado em abril com alimentos

O avanço dos preços de alimentos e habitação mostrou algum alívio e a alta do IPCA-15 desacelerou em abril mais do que o esperado, levando o índice em 12 meses abaixo de 5% pela primeira vez em pouco mais de dois anos, embora a gasolina continue exercendo forte pressão


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,57% em abril, depois de avanço de 0,69% em março, informou na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o índice considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, passou a acumular nos 12 meses até abril alta de 4,16%, de 5,36% em março, primeira vez em que fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021. A meta para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de altas de 0,61% no mês e de 4,20% em 12 meses. Em abril, a desaceleração do IPCA-15 teve como fatores as altas menos intensas nos preços Alimentação e bebidas (de 0,20% em março para 0,04% em abril), Comunicação (de 0,75% para 0,06%) e Habitação (de 0,81% para 0,48%). A alimentação no domicílio registrou queda de 0,15% nos preços, com destaque para batata-inglesa (-7,31%), cebola (-5,64%), óleo de soja (-4,75%) e carnes (-1,34%). Por outro lado, Transportes apresentou a maior alta dos custos, de 1,44%, e o maior impacto no índice do mês, embora tenha desacelerado levemente de 1,50% em março. Esse resultado se deveu ao avanço de 3,47% nos preços da gasolina e de 1,10% do etanol. As passagens aéreas ainda dispararam 11,96% em abril, após recuo de 5,32% no mês anterior.

REUTERS


IPPA/Cepea: Preços ao produtor agropecuário iniciam ano em queda

Depois de subirem pouco mais de 10% em 2022, os preços ao produtor agropecuário iniciaram 2023 em queda. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, no primeiro trimestre de 2023, o IPPA/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) acumulou queda nominal de 8% frente ao mesmo período de 2022


Em relação ao último trimestre de 2022, a baixa foi de 4%. Como comparação, também no primeiro trimestre de 2023 frente ao mesmo período de 2022, os preços industriais (IPA-OG-DI produtos industriais), da Fundação Getulio Vargas (FGV), permaneceram praticamente estáveis (+0,6%), mas os internacionais dos alimentos (FAO Food Index) recuaram 11,4% e a taxa câmbio (R$/US$) se desvalorizou 0,8%. Entre o último trimestre de 2022 e o primeiro de 2023, os preços internacionais dos alimentos e a taxa de câmbio caíram 3,7% e 1,1%, respectivamente, enquanto os preços industriais mostraram estabilidade (-0,03%). Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de queda no Índice geral nos primeiros meses de 2023 esteve atrelado sobretudo às baixas observadas para o IPPA-Grãos/Cepea, de fortes 12,5% frente ao primeiro trimestre de 2022, reflexo dos recuos observados para algodão (-26,6%), milho (-12,3%), soja (-12,8%) e trigo (-5,1%). Quanto ao milho, segundo a Equipe do Cepea, os principais fundamentos para a queda foram a elevada produção da safra verão, o clima favorável ao desenvolvimento da segunda temporada e, principalmente, a redução da demanda interna – compradores e exportadores limitaram as aquisições de novos lotes. Para a soja, agentes de mercado consultados pela Equipe de Grãos do Cepea indicam que a produtividade e a qualidade da safra 2022/23 estão excelentes na maior parte do País, reforçando as estimativas de produção recorde e, consequentemente, a pressão sobre os preços da oleaginosa. Outros Índices também recuaram entre o primeiro trimestre de 2022 e o primeiro trimestre deste ano, reforçando a retração do IPPA/Cepea no início de 2023 – o IPPA-Pecuária/Cepea caiu ligeiro 0,4% e o IPPA-Cana e Café/Cepea, expressivos 9,8%. O IPPA-Hortifrutícolas/Cepea foi o único que avançou (+7,5%), sendo influenciado pelas valorizações observadas para a batata (+9,5%), a banana (+5,1%), a laranja (+21,0%) e a uva (+11,7%).

Cepea


Tesouro tem em março o maior nível de emissões em quase dois anos

Volume totalizou R$ 168,70 bilhões, enquanto resgates somaram R$ 189,01 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 20,31 bilhões


O Tesouro Nacional informou que o mês de março foi o maior em emissões da dívida pública federal (DPF) desde abril de 2021, totalizando R$ 168,70 bilhões. Segundo o Relatório Mensal da Dívida (RMD), a DPF alcançou R$ 5,892 trilhões em março, ante R$ 5,856 trilhões em fevereiro. Ao mesmo tempo em que o governo observou o maior patamar de emissões em quase dois anos, os resgates somaram R$ 189,01 bilhões, resultando em um resgate líquido de R$ 20,31 bilhões — do total, somente em Letra Financeira do Tesouro (LFT), os resgates corresponderam a R$ 185 bilhões. A emissão a taxas flutuantes correspondeu a 49,4%, o maior nível desde outubro de 2021. O Tesouro ainda apontou os maiores valores desde agosto de 2022 em títulos prefixados e vinculados a índice de preços. “Foi um mês bastante positivo para emissões. Conseguiu emitir volumes maiores do que em meses anteriores”, destacou o Coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital. “Em janeiro, fevereiro, houve condições menos favoráveis [para emissões], e em março retomamos a estratégia de financiamento com normalidade”, destacou. Questionado sobre o apetite futuro dos investidores por LFTs ao longo do ano, com uma tendência de queda da Selic, Vital afirmou que o Tesouro segue na estratégia de combinar a demanda do mercado com seus objetivos de financiamento. “Temos participantes do mercado que são tipicamente demandantes de LFTs, que demandam taxas flutuantes, menos sensíveis a taxas de juros e mais sensíveis a outras características, como ausência de riscos. Já mantivemos volume de emissões mesmo em momentos de Selic mais baixa”, argumentou. O colchão de liquidez da dívida pública, por sua vez, terminou março em R$ 973,56 bilhões, contra R$ 995,66 bilhões em fevereiro, uma redução nominal de 2,22%. “A queda é toda explicada pelo resgate líquido ocorrido no mês”, considerou Vital. Para os próximos 12 meses, estão previstos vencimentos de R$ 1,436 trilhão. Assim, o colchão de liquidez de março é suficiente para cobrir o vencimento da dívida 9,22 meses à frente, ante 6,87 meses no mês anterior. No relatório, o Tesouro apontou que a “alta no indicador reflete a janela de vencimentos futura, que deixa de contemplar março, mês em que ocorreu grande volume de vencimentos”. O sumário executivo do documento também aponta que “perspectivas positivas” do mercado em relação à apresentação da proposta de novo arcabouço fiscal resultaram em “forte queda” na curva de juros “ao longo de todos os vértices”. Somou-se a isso, apontou o órgão, a taxa dos Treasuries nos Estados Unidos.

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