Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 361 |26 de abril de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Novos ajustes negativos no preço da arroba, com destaque para vaca gorda
Os preços do boi gordo voltaram a recuar na terça-feira (25/4) em algumas praças brasileiras, influenciados pela fraca demanda por animais terminados, informou a S&P Global Commodity Insights
A S&P Global verificou que os preços da arroba da fêmea foram os mais pressionados na terça-feira, com recuos significativos em algumas das principais regiões do País. Tal tendência é reflexo da grande oferta desta categoria de animal, condizente com atual alteração no ciclo pecuário – para a fase de baixas nas cotações. Os preços do macho também estão fragilizados, já que o período de estiagem começa a dar sinais de consolidação, o que contribui para o avanço das entregas dos animais terminados aos frigoríficos. No mercado atacadista, os preços dos principais cortes de carne bovina permaneceram estáveis neste início de semana, não acompanhando a pressão baixista observada nos preços do boi gordo. Pelos números apurados na terça-feira pela Scot Consultoria, no mercado paulista, são poucos os negócios envolvendo boiada gorda. “De um lado, o produtor está segurando o rebanho; do outro, os compradores seguem retraídos, acreditando num aumento de oferta em função do final da safra”, analisa a Scot. Deste modo, a cotação do boi gordo paulista segue em R$ 272/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 252/@ e R$ 267/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Para o “boi-China”, a cotação está em R$ 275/@, base São Paulo, o ocorrendo negócios abaixo dessa referência de preço, acrescenta a Scot. Na região de Marabá, no Pará, a maior oferta de bovinos, em função do agravamento da seca, começa a pressionar negativamente os preços dos animais terminados. Com isso, a cotação do boi e da vaca recuou R$ 3/@ nesta terça-feira, para R$ 232/@ e R$ 222/@, respectivamente, enquanto o valor da novilha ficou estável na praça de Marabá, em R$ 225/@ (preços brutos e a prazo). Ainda na praça paraense, o “boi-China” está cotado em R$ 245/@, valor bruto, no prazo. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 273/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 219/@ (à vista) ; GO-Goiânia: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca R$ 222/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 279/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Cotações do suíno vivo cedem nos Estados do Sul
A terça-feira (25) registrou cotações estáveis ou quedas, principalmente para o animal vivo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,80 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (24), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,46/kg), e em São Paulo (R$ 6,57/kg). Houve queda de 2,83% no Paraná, atingindo R$ 6,17/kg, baixa de 0,47% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 6,34/kg, e de 0,80% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,23/kg.
Cepea/Esalq
Rabobank: 2º trimestre de 2023 para a carne suína deve ser de adaptação
Relatório divulgado pelo Rabobank sobre o segundo trimestre de 2023 para a o mercado global de carne suína, destaca que a indústria luta para se adaptar a um cenário em que o consumo é "um alvo que se move"
"O aumento nos preços da carne suína no varejo em vários países reflete não apenas a mudança na oferta, mas também custos mais altos de mão de obra e energia em toda a cadeia de suprimentos, que provavelmente persistirão. O crescimento da renda per capita mais lento este ano em várias regiões deve continuar a influenciar as decisões de compra neste 2023", informou o banco. Em 2022, o otimismo da indústria, seguido de uma mudança positiva nos preços e no consumo de carne suína em alguns mercados, somado à expectativa de uma recuperação em 2023 de restrições imputadas pela pandemia em outros, contribuíram para um crescimento planejado este ano que será difícil de frear. Espera-se que o comércio global de carne suína se normalize no segundo trimestre de 2023, já que os estoques atuais permanecem adequados em relação às necessidades atuais. A força da China e do México nas importações no acumulado do ano devem continuar, já que a produção local está aquém da demanda. "Não prevemos um aumento nas importações chinesas no curto prazo, já que os preços locais sugerem estoques adequados, mas o contínuo problema com a Peste Suína Africana (PSA) e uma recuperação econômica gradual sustentam nossa perspectiva de melhoria contínua", detalha o documento do Rabobank. Para o Brasil, o Rabobank informa que dados recentes mostram que no último trimestre do ano passado o país reduziu em 4% o volume de carne suína em relação ao trimestre anterior. Além da sazonalidade, essa diminuição no ritmo é resultado da queda na margem de lucro do produtor, principalmente do suinocultor independente, esmagado pelos custos com a alimentação dos animais. Em fevereiro deste ano, o preço do suíno aumentou 40% em relação ao mesmo período de 2022, enquanto os custos de produção com as rações cederam 9%. Entretanto, o preço do animal se enfraqueceu entre março e abril, enquanto a produção aumentou com incentivo dos custos mais baixos com a nutrição. Houve melhora nos valores da carne suína em março, com o consumo doméstico sazonal elevado e força nas exportações. "O Rabobank espera que os embarques sigam com firmeza e com valor competitivo em relação à carne bovina no mercado interno para impulsionar a demanda em 2023".
RABOBANK
FRANGOS
Frango: queda na ave congelada ou resfriada em SP
O mercado do frango registrou recuos para a ave congelada e resfriada na terça-feira (25), com o restante das cotações do setor estáveis.
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,80/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,35/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina o valor ficou inalterado em R$ 4,90/kg, assim como no Paraná, cotado a R$ 4,84/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (24), a ave congelada teve retração de 0,90%, atingindo R$ 6,57/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,91%, fechando em R$ 6,52/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
Tendências de evolução do mercado mundial de carnes entre 2025 e 2040
Produção mundial de carnes deve aumentar 14%
Adotando previsões desenvolvidas recente e conjuntamente por OCDE e FAO, a ONU projeta que até o início da próxima década (2031) a produção mundial de carnes deve aumentar 14%, com a carne de frango representando perto de 41% do total, a suína com 34%, a bovina com pouco mais de 20% e a ovina com os quase 5% restantes. Serão, ao todo, 377,2 milhões de toneladas das quatro carnes. A ONU não faz projeções de volume daí para a frente, mas deixa no ar a sugestão de que a produção de carnes sofrerá forte desaceleração, indicando que o faturamento do setor deve encolher devido ao aumento da produção das carnes alternativas, sobretudo as produzidas a partir da cultura de células animais. Tudo em nome da redução da pegada de carbono. Se ainda hoje a produção animal natural responde por quase 100% do faturamento do setor, dentro de dois anos estará respondendo por não mais que 90%, índice que recua para 72% em 2030, 55% em 2035 e menos da metade (40%) em 2050. Até 2035 esse espaço estará sendo ocupado, sobretudo, pelas “carnes” veganas. Mas em 2040 elas estarão respondendo por 25% dos US$1,8 bilhão previstos, enquanto as carnes provenientes da cultura de células animais deterão parcela maior – 35% do bolo. Tais projeções estão contidas no estudo “Riscos Climáticos no Setor Agrícola”, recém-lançado pelo FINEP FI. A sigla, em inglês, reúne o Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente (FINEP) e o sistema financeiro internacional (FI). Em seu site, o FINEP FI afirma que “catalisa ações em todo o sistema financeiro para alinhar as economias com o desenvolvimento sustentável”.
AGROLINK
LEGISLAÇÃO
STF declara constitucional fundo que taxa produtos do agro em Goiás
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou constitucionais as leis do Estado de Goiás (21.670 e 21.671/2022) que criaram e regulamentaram o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), com a cobrança de até 1,65% na movimentação de produtos como soja, milho, cana, bovinos e minérios goianos
Com isso, a liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli no início deste mês para suspender a eficácia das normas deve cair em breve. O julgamento virtual da ação (ADI 7363) que pedia a declaração de inconstitucionalidade das leis foi encerrado na segunda-feira (24/04), com o placar de sete votos a três a favor da constitucionalidade dos textos. A ação foi apresentada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, as leis goianas estabeleceram o recolhimento da contribuição ao Fundeinfra como condição para o contribuinte participar de regimes de benefícios ou incentivos fiscais vinculados ao ICMS. No seu voto, Toffoli disse que essa condição se configura uma "falsa facultatividade" no recolhimento do fundo. "O que é razoável entender, à luz da legislação ora questionada, é que os contribuintes sempre vão 'preferir' pagar a contribuição em questão, a fim de não ficarem sujeitos, imediatamente, às alíquotas ou cargas normais de ICMS. Tentou-se, portanto, camuflar a obrigatoriedade de pagamento da contribuição", escreveu no voto. A posição do ministro, no entanto, foi vencida pelo voto divergente de Edson Fachin, seguido por outros seis colegas. "Entendo que o art.167, IV, da Constituição não possui carga normativa necessária a fim de servir de parâmetro de controle de constitucionalidade suficiente para cautelarmente suspender a eficácia dos dispositivos das leis goianas que, além, de gozar de presunção de constitucionalidade fazem-se amparadas em certa medida por decisões desse STF proferidas diante de análogas molduras fáticas-normativas desse mecanismo alternativo de arrecadação de receitas pelos Estados da federação que teve impulso diante da subtração parcial de sua competência tributária pela União com destaque para as alterações promovidas pelas Leis Complementares 192 e 194/2022", escreveu em seu voto. Fachin argumentou ainda que "o cenário de alta litigiosidade instaurado há algum tempo na federação brasileira diante do (des)equilíbrio fiscal federativo evidencia a precariedade das finanças públicas dos entes federados" e que isso "recomenda cautela no exercício da jurisdição na medida em que o alegado periculum in mora sustentado pela entidade autora na perspectiva exclusiva de setores de sua categoria econômica pode ocultar um periculum in mora inverso".
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
Frigorífico do RS pede recuperação judicial
A Comesul Beef, frigorifico com sede em Pantano Grande (RS), pediu recuperação judicial por uma dívida de R$ 47 milhões, principalmente com fornecedores, produtores rurais e processos trabalhistas
O advogado Guilherme Nozari, representante da empresa no pedido, explicou que o negócio enfrenta problemas financeiros, decorrentes de investimentos na planta industrial que não geraram o retorno esperado. A empresa justifica ainda que sofreu os efeitos de uma série de mudanças no mercado, incluindo a redução de rebanhos no Rio Grande do Sul, a entrada de carne processada de outros estados e a estiagem, que elevou os custos de produção. Apesar da situação, a empresa continua operando e empregando mais de 300 trabalhadores. Caso o pedido de recuperação seja aceito pela Justiça, a empresa terá 60 dias para apresentar um plano. Na última quinta-feira (20), a juíza responsável solicitou novos documentos, mas já emitiu duas liminares que impedem o corte de energia elétrica pela CEEE e declaram a essencialidade dos veículos da empresa para a continuidade das atividades. A empresa possui um parque industrial de 6 mil metros quadrados
PECUARIA.COM.BR
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Copel contrata bancos para oferta subsequente de R$ 5 bilhões
A oferta está sendo planejada, a princípio, para outubro
A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) está em fase de conclusão do sindicato de bancos que irá conduzir a oferta subsequente de ações (follow-on) que resultará na privatização da estatal, apurou o Valor. A oferta está sendo planejada, a princípio, para outubro e deverá movimentar R$ 5 bilhões, sendo que uma tranche será primária e irrigará o caixa da empresa. A companhia tinha como estratégia manter o mesmo sindicato que já havia fechado no ano passado para não precisar passar por novo processo burocrático, algo que poderia atrasar o cronograma esperado. O sindicato, contudo, precisou passar por algumas mudanças, como a entrada do Itaú BBA e do UBS BB, que teria substituído a posição que antes pertencia ao Credit Suisse, como consequência da aquisição global. O BTG Pactual será coordenador da oferta, disseram fontes. A oferta secundária será para a venda de ações detidas pelo governo do Paraná, operação que o governador do Estado já tornou pública. Ao longo das últimas semanas, a administração da Copel conversou com os bancos e está perto de anunciar oficialmente o sindicato que conduzirá a oferta, de acordo com fontes. Uma definição sobre o tema é esperada para os próximos dias. Procurada, a Copel disse que não se manifesta sobre o assunto e informa que os seus contratos respeitam a legislação do país.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe ante real puxado pelo exterior
Após duas sessões em queda, o dólar à vista subiu na terça-feira ante o real, influenciado pelo pessimismo dos investidores no exterior, onde a moeda norte-americana também avançava ante outras divisas, e com o mercado atento a declarações do Presidente do Banco Central no Senado
A divulgação de alguns balanços corporativos ruins e de dados econômicos fracos nos EUA deu o tom dos negócios, com investidores buscando ativos mais seguros, como o dólar, em detrimento de outras moedas. No Brasil, os participantes do mercado também acompanharam com atenção as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Para alguns analistas, a pressão dos parlamentares para que o BC corte juros acabou ajudando a sustentar o dólar. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0638 reais na venda, em alta de 0,47%. Na B3, às 17:12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,54%, a 5,0675 reais. Nos EUA, o setor bancário era um dos destaques negativos. O First Republic –uma das instituições envolvidas na turbulência bancária mais recente– relatou fuga de mais de 100 bilhões de dólares em depósitos no primeiro trimestre e viu suas ações desabarem. Papéis de outros bancos regionais também eram penalizados. No Brasil, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado que cortar juros “na canetada” geraria mais inflação no Brasil, impulsionando o dólar. Além disso, afirmou que há um “trabalho grande” a se fazer para reverter as expectativas de inflação. Um operador ouvido pela Reuters ponderou que, embora as declarações de Campos Neto ao Senado sejam repetitivas, o mercado inevitavelmente quer ouvi-lo sobre inflação, juros e câmbio. Em alguns momentos do dia, isso deixou os negócios mais engessados que o habitual.
REUTERS
Ibovespa cai com Vale e exterior
O Ibovespa encerrou em queda na terça-feira, novamente pressionado por Vale e diante de um cenário de maior aversão ao risco em Wall Street
O Ibovespa caiu 0,70%, a 103.220,09 pontos. O volume financeiro somou 20,5 bilhões de reais.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, atribuiu à queda do Ibovespa em especial ao recuo de Vale e siderúrgicas após nova desvalorização do preço do minério de ferro, bem como ao desempenho dos índices acionários internacionais. Os principais índices em Nova York cederam entre 1% e 2%, uma vez que balanços mais fracos, incluindo da United Parcel Service, elevaram as preocupações sobre uma desaceleração econômica, enquanto o forte recuo nas ações do First Republic Bank adicionou algum nervosismo sobre a saúde do setor bancário. Localmente, enquanto aguardam por mais detalhes sobre a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso, investidores acompanharam as declarações do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência no Senado. Campos Neto afirmou não ter capacidade de dizer quando a queda de juros vai acontecer, "porque eu sou um voto de nove, mas eu acho que a gente tem explicado que é um processo técnico que tem seu tempo e as coisas têm caminhado no caminho certo". Para Cruz, da RB, as declarações do Presidente do BC diminuíram a expectativa de algum movimento na Selic neste semestre. "Nós temos aqui (que ocorrerá) em agosto", afirmou o estrategista, acrescentando que, em sua visão, parte do mercado esperava uma sinalização do BC semana que vem sobre um potencial corte na taxa em junho.
REUTERS
Arrecadação federal tem queda real em março e totaliza R$171,056 bi, diz Receita
A arrecadação do Brasil somou 171,056 bilhões de reais em março, informou a Receita Federal nesta terça-feira, representando queda de 0,42% em relação ao mesmo mês do ano anterior em dado ajustado pela inflação
De acordo com série histórica ajustada a preços de março deste ano, foi a primeira queda mensal real na arrecadação desde janeiro de 2021. O resultado do mês passado teve peso de um decréscimo real de 5,87% da arrecadação advinda do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que totalizou 33,648 bilhões de reais. Além disso, o total recolhido conjuntamente via PIS/Pasep e Cofins recuou 5,76% em termos ajustados pela inflação, para 32,645 bilhões de reais. Isso compensou um acréscimo real de 6,03% na arrecadação previdenciária, que foi de 47,067 bilhões de reais, bem como o salto real de 37,60% da categoria "outras receitas administradas pela Receita Federal", totalizando 3,673 bilhões. Por outro lado, no acumulado dos três primeiros meses de 2023 a arrecadação alcançou o valor de 581,795 bilhões de reais, com alta ajustada pelo IPCA de 0,72%. De acordo com a Receita, foi o melhor desempenho para o trimestre desde 2000.
REUTERS
Vendas no varejo do Brasil perdem força e têm queda em fevereiro
As vendas no varejo no Brasil perderam a força em fevereiro, embora a um ritmo um pouco melhor do que o esperado, em meio a um cenário desafiador de juros elevados que encarecem o crédito e deixam a economia em marcha lenta
Em fevereiro, as vendas no varejo tiveram queda de 0,1% em comparação com o mês anterior, conta expectativa em pesquisa da Reuters de retração de 0,2%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas avançaram 1,0%, sétimo resultado positivo nesta base de comparação e um pouco melhor que a projeção de alta de 0,9%. Os dados foram divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o resultado de fevereiro mostra forte desaceleração em relação ao aumento de 3,8% das vendas visto em janeiro, quando houve recuperação depois de um período de Black Friday e Natal ruins. Com isso, o patamar atingido em fevereiro está 3,0% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-pandemia. Entre as oito atividades pesquisadas, seis tiveram contração das vendas em fevereiro. O destaque foi a queda de 0,7% do grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa mais de 40% do peso mensal da pesquisa. Também chamaram a atenção as quedas de 6,3% de tecidos, vestuários e calçados e de 10,4% de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação. "Um fator que ajuda a explicar esse cenário é que janeiro foi um mês de muitas promoções, como estratégia de grandes empresas desses setores após novembro, com a Black Friday, e dezembro, com o Natal, terem sido meses de baixa. Promoções que não seguiram para fevereiro”, explicou Cristiano Santos, Gerente da pesquisa. O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, teve aumento de 1,7% das vendas em fevereiro. Depois de encerrar 2022 com fraqueza, o setor varejista brasileiro deu um salto no início do ano, favorecido por onda de promoções e liquidações, mas tem à frente agora as consequências dos juros altos no país, que encarecem o crédito. Mas, por outro lado a inflação tem mostrado sinais de desaceleração, em um momento de bom desempenho do mercado de trabalho, além de transferências de renda por parte do governo. O desempenho do varejo no país acompanha a retração na produção industrial, que em fevereiro teve queda de 0,2% sobre o mês anterior, pior resultado para o mês desde 2021.
REUTERS
Taxas futuras de juros cedem no Brasil em sintonia com queda dos rendimentos dos Treasuries
As taxas dos contratos futuros de juros recuaram na terça-feira, em um dia de pessimismo no exterior, onde os rendimentos dos Treasuries também cediam e o dólar subia, com investidores em busca de ativos mais seguros
O setor bancário norte-americano era um dos destaques negativos, em sessão que repercutia balanços corporativos mistos. O First Republic --uma das instituições envolvidas na turbulência bancária mais recente-- relatou fuga de mais de 100 bilhões de dólares em depósitos no primeiro trimestre e viu suas ações desabarem. Papéis de outros bancos regionais também eram penalizados. No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 13,175%, ante 13,208% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,82%, ante 11,888%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 11,605%, ante 11,701% do ajuste anterior e a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,75%, ante 11,863%. Perto do fechamento, a curva a termo precificava apenas 3% de chances de o Banco Central reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual no encontro de política monetária de maio e 97% de probabilidade de ele manter a taxa em 13,75% ao ano. Além de Campos Neto no Senado, os investidores acompanharam a queda de 0,1% nas vendas do varejo em fevereiro ante janeiro, pelos números do IBGE, e a baixa real de 0,42% da arrecadação em março ante o mesmo mês do ano anterior, pelos dados da Receita Federal. No exterior, os rendimentos dos Treasuries seguiam em baixa. Às 16:37 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 12,50 pontos-base, a 3,3902%.
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Brasil registra superávit em conta corrente de US$286 mi em março, diz BC
O Brasil teve superávit em transações correntes de 286 milhões de dólares em março, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,66% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central na terça-feira
Em março de 2022, o país havia registrado déficit de 3,016 bilhões de dólares nas transações correntes. No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 7,673 bilhões de dólares, acima dos 6,875 bilhões em março do ano passado. Em março, a conta de renda primária apresentou rombo de 6,432 bilhões de dólares, ante saldo negativo de 6,046 bilhões de dólares no mesmo período do ano anterior. Já a balança comercial teve superávit de 9,480 bilhões de dólares, maior saldo positivo da série histórica, contra 6,094 bilhões de dólares no mesmo mês de 2022. As exportações de bens também foram recordes, com 33,317 bilhões de dólares, aumento de 12,1% em comparação a março de 2022. As importações de bens registraram aumento interanual de 0,9%, totalizando 23,837 bilhões de dólares. O rombo na conta de serviços, por sua vez, ficou em 2,857 bilhões de dólares, contra saldo negativo de 3,326 bilhões de dólares em março do ano anterior.
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Confiança do consumidor no Brasil tem leve queda em abril, diz FGV
A confiança do consumidor brasileiro teve leve queda em abril, em meio a cenário misto entre as diferenças faixas de renda, o que eleva a incerteza sobre a trajetória do sentimento, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira. O Índice de Confiança do Consumidor da FGV cedeu 0,2 ponto neste, para 86,8 pontos.
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