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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 343 |29 de março de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: mercado na expectativa de elevação dos embarques à China
Para o animal com padrão para satisfazer a demanda chinesa, as ofertas giram em R$ 290/@ no mercado paulista, informa a Scot Consultoria
“Nota-se que as atuações, tanto por parte dos pecuaristas quanto do lado das indústrias, denotam cautela na estratégia das negociações, na busca por entender os efeitos da reabertura do mercado chinês”, ressaltam os analistas da S&P Global. Na avaliação da consultoria, as expectativas são de demanda aquecida, sobretudo pelos animais que atendem ao mercado de exportação. No entanto, a oferta de bovinos “padrão-China” segue enxuta nas principais praças brasileiras. “Os pecuaristas que possuem lotes que atendem ao mercado chinês limitam as vendas, dificultando as operações dos frigoríficos”, relatam os analistas. O objetivo é forçar novos aumentos para o boi-china, hoje oscilando entre R$ 290/@ e R$ 300/@ (valor bruto) no mercado paulista. “Alguns frigoríficos estão conseguindo compor as suas programações de abate com bois de confinamento próprio e/ou oriundos de parcerias”, informam os analistas. Na visão da S&P Global, a posição de cautela dos frigoríficos ainda deverá prevalecer no curto prazo, mesmo com a retomada das exportações, já que o mercado doméstico da carne bovina continua apático e com sobre oferta da produção. Pelos dados desta terça-feira da Scot Consultoria, após ajustes positivos nos últimos dias, a cotação do boi gordo ficou estável no Estado de São Paulo. Com isso, o macho “comum” (destinado ao mercado doméstico) segue valendo R$ 285, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 257 e R$ 270 (preços brutos e a prazo), segundo a Scot. Para o “boi-China”, acrescenta a Scot, a oferta está em R$ 290/@ no mercado paulista. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 258/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 259/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca R$ 236/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 240/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 214/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Suíno vivo: queda de preços. Carcaça em SP sobe
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve recuo de 0,85% no valor mínimo e alta de 0,82% no máximo, atingindo R$ 117,00/R$ 123,00, enquanto a carcaça especial aumentou 6,59%/6,32%,valendo R$ 9,70/R$ 10,10 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (27), houve queda de 2,13% em Minas Gerais, chegando em R$ 6,90/kg, recuo de 1,06% no Paraná, atingindo R$ 6,51/kg, baixa de 0,45% no Rio Grande do Sul, cotado em R$ 6,69/kg, retração de 1,99% em Santa Catarina, precificado em R$ 6,41/kg, e de 2,41% em São Paulo, fechando em R$ 6,87/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: alta no atacado e na granja em SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja teve aumento de 2,04%, atingindo R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado subiu 2,14%, chegando a R$ 6,20/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou estável em R$ 4,92/kg, assim como em Santa Catarina, custando R$ 4,30/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (27), o frango congelado sofreu perda de 5,31%, com valor de R$ 6,77/kg, enquanto a ave resfriada cedeu 9,54%, fechando em R$ 6,54/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de material genético avícola crescem 91,8% no primeiro bimestre
Receita das vendas do ano aumentaram 62% no período
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as exportações brasileiras de material genético avícola (incluindo pintos de 01 dia e ovos férteis) totalizaram 2.325 toneladas em fevereiro, volume que supera em 86,2% o desempenho registrado no mesmo período do ano passado, com 1.248 toneladas. Em receita, as vendas do mês passado alcançaram US$ 20,9 milhões, valor 57,5% maior que o saldo obtido em fevereiro de 2022, com US$ 13,3 milhões. O saldo também é positivo no primeiro bimestre deste ano, com 4.646 toneladas embarcadas no período, superando em 91,8% o desempenho alcançado no ano passado, com 2.422 mil toneladas. Em receita, o saldo das exportações do primeiro bimestre chegou a US$ 42,2 milhões, desempenho 62% superior ao registrado nos dois primeiros meses de 2022, com US$ 26 milhões. Entre os principais destinos das exportações brasileiras estão o México, com 3.241 mil toneladas exportadas no primeiro bimestre (+339% em relação ao ano anterior), Senegal, com 630 toneladas (-27,1%), Paraguai, com 402,7 toneladas (-1,9%), Venezuela, com 100 toneladas (+1425%) e Colômbia, com 68 toneladas (+103,5%).
ABPA
Argentina chega a 68 casos de gripe aviária, sendo 8 em granjas comerciais
Na segunda atualização divulgada pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina, até o final da tarde de segunda-feira (27), o país registrava 68 casos de influenza aviária. O novo caso positivo que foi detectado pela autoridade sanitária foi em Córdoba (Villa Tulumba)
A contagem de casos na Argentina se encontra na seguinte ordem: 55 casos em aves domésticas, 8 no setor de avicultura comercial, e 5 em aves silvestres, distribuídos da seguinte forma: 19 em Córdoba, 17 em Buenos Aires, 10 em Neuquen, 7 em Santa Fe, 5 em Rio Negro, 2 em San Luis, 2 em Chaco, 2 em La Pampa, 1 em Jujuy, 1 em Santiago del Estero, 1 em Salta e 1 em Chubut.
Senasa
Gripe aviária poderia causar perdas de R$ 13,5 bi no Brasil, diz estudo
FGV estima prejuízos em caso de entrada da doença no país
Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que, se a gripe aviária ingressar no Brasil e afetar diretamente o sistema industrial, o prejuízo à economia brasileira poderia ser de R$ 13,5 bilhões. O país é o maior exportador de carne de frango do mundo. Segundo a pesquisa, em caso de entrada da gripe aviária no Brasil, o país deixaria de exportar o equivalente a R$ 7 bilhões. Além disso, a doença e a perda de 46 mil empregos na cadeia produtiva e demais segmentos relacionados com a comercialização de aves, como o de produção de insumos, diz Talita Priscila Pinto, pesquisadora do Centro de Agronegócio da FGV Agro. Por causa desse risco, o governo ampliou os trabalhos de prevenção à entrada da doença, que foi registrada nos países vizinhos. Em paralelo, o Ministério da Agricultura já negocia atualizações nos certificados sanitários com alguns importadores de frango brasileiro para evitar que as exportações sejam interrompidas, mesmo em caso de ocorrência da gripe aviária no país. "A ideia é renegociar a certificação sanitária para não interrompermos o comércio com esses países", esclarece a Coordenadora de assuntos estratégicos do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Anderlise Borsoi, em nota divulgada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). Esses temas serão debatidos durante o 2º Seminário sobre Defesa Agropecuária realizado pela entidade a partir da terça-feira, durante a IV Expomeat (Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal), em São Paulo. A programação do evento vai até quinta-feira.
VALOR ECONÔMICO
MEIO AMBIENTE
‘Inércia’ contra mudança climática pode custar US$ 24 bi a setor de carnes
Iniciativa FAIRR, que reúne gestores responsáveis por US$ 70 bilhões em ativos, fez cálculo com base no ritmo das ações ambientais do segmento
Os planos para neutralizar as emissões de carbono ainda são tratados no mundo corporativo como uma adaptação das empresas de carnes à demanda dos consumidores. Mas, à medida que a crise climática se intensifica, esses planos fazem ainda mais sentido se estiverem encaixados em uma estratégia de preservação de margens, de salvação dos negócios e, no fim das contas, da remuneração dos acionistas. Alguns fatores relacionados às mudanças do clima já aparecem em análises de risco de instituições financeiras e consultorias, como o impacto sobre o preço dos grãos e das taxas de carbono. Agora, os investidores fizeram as contas e chegaram a uma estimativa para as perdas potenciais no segmento de carnes: US$ 23,7 bilhões até 2030. Essa é a projeção de perdas no lucro antes de depreciação e amortização (Ebit) às quais as companhias do setor estão sujeitas caso não mudem seu modelo de negócios — o cenário “business as usual”, elaborado pela iniciativa FAIRR, que reúne gestores e investidores responsáveis por US$ 70 bilhões em ativos no mundo todo. O grupo elaborou um indicador de risco climático, e o cálculo foi feito com base nas premissas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em seu cenário sobre “o meio do caminho” que o mundo pode tomar em relação à mitigação de gases-estufa, o SSP2. O IPCC trabalha com cinco cenários de rumos que o mundo pode tomar em relação ao clima. O SSP2 refere-se a um caminho em que o desenvolvimento econômico não seja tão ruim, nem com grandes níveis de nacionalismo ou desigualdades, mas com progresso desigual. Nesse horizonte de “business as usual”, as perdas financeiras estimadas pela FAIRR devem estar concentradas mais em algumas empresas. E as que devem arcar com a maior parte do ônus são algumas empresas brasileiras como a Minerva, além da australiana Australian Agricultural Company (AACo), na hipótese de não mudarem seu modelo de produção até o fim desta década. Os efeitos das mudanças climáticas tendem a elevar os custos da Minerva e da AACo em 22% entre 2020 e 2030. A maior parte dessa pressão de custos deve vir das taxas de carbono – uma discussão já avançada na Europa, e ainda em seus passos anteriores nos Estados Unidos e outros países. Esses custos adicionais deverão se refletir diretamente sobre as últimas linhas dos balanços: a Minerva pode perder US$ 897 milhões até 2030 – acima do lucro do último ano –, e a AACo, US$ 83,6 milhões, mais da metade de seu lucro em 2022. Na média das empresas de carnes, o aumento dos custos decorrentes das mudanças climáticas deve ser de 9%, sendo 5% por alta dos preços das rações e 4% por taxas de carbono. Na análise da FAIRR, a medida exata dos esforços da companhia tende a mitigar 5,69 pontos percentuais de seus aumentos de custo. Como resultado, a elevação dos custos, que seria de 19% na década, pode passar a ser de 13,6%. No fim das contas, o que o cálculo mostra é que quem se esforça mais perderá menos. “O relatório recomenda que as companhias conduzam suas próprias análises de cenário climático detalhadas e coloquem estratégias de mitigação de risco em ação. Elas também devem reconhecer o custo inerente associado à produção de carne, um alimento de altas emissões em um mundo onde o carbono provavelmente vai ser taxado, e reduzir sua exposição diversificando a produção para proteínas alternativas de baixo carbono sem carne”, defendeu a FAIRR.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Colheita de soja atinge 77% da área do Paraná; com atraso no milho, trigo ganha área
A colheita de soja da safra 2022/23 do Paraná atingiu até a última segunda-feira 77% das áreas do Estado, alta de 17 pontos percentuais na comparação com o índice da semana passada, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), publicados na terça-feira
Apesar do avanço, a colheita no segundo produtor brasileiro de soja segue atrasada na comparação com safras passadas, por fatores climáticos. Para o especialista do Deral Edmar Gervásio, o avanço dos trabalhos na última semana ajudou a reduzir o atraso. "Hoje podemos dizer que está muito próximo à normalidade. Como ainda estamos com janela de colheita (clima favorável), possivelmente semana que vem caminha-se para o final a colheita da soja", disse Gervásio. Já o plantio de milho segunda safra, semeado após a colheita da soja, avançou para 93% da área projetada, alta semanal de 16 pontos percentuais. Da mesma forma que na colheita de soja, o plantio de milho também está atrasado no Estado. Em safras passadas, a semeadura estava praticamente finalizada nesta época. O atraso pode elevar riscos climáticos, se as chuvas ficarem mais escassas durante o outubro, prejudicando o desenvolvimento das lavouras. Por isso, parte das áreas ainda não semeadas deverá receber o trigo na segunda safra, reduzindo a área de 2,637 milhões de hectares inicialmente projetada para a cultura do milho. "Deve ocorrer a migração para o trigo da maioria da área não plantada com milho... comparado à estimativa inicial, os relatos de campo indicam uma redução razoável (no milho)", disse Gervásio. Considerando o percentual de plantio, o Estado já semeou mais de 2,4 milhões de hectares de milho. No ano passado, a área com a segunda safra do cereal ficou em 2,72 milhões de hectares. A avaliação confirma expectativa do Deral do início de março, de que o trigo poderia ganhar algum espaço do milho em 2022/23.
REUTERS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai pela terceira sessão ante o real com exterior
O dólar à vista fechou em baixa ante o real pela terceira sessão consecutiva na terça-feira, influenciado pelo exterior, onde a moeda norte-americana também caía ante outras divisas
No exterior, o dólar sustentava perdas ante divisas como o peso chileno, o peso mexicano, o dólar australiano e o dólar canadense. Por trás do movimento estava a percepção de que a crise bancária que atingiu instituições dos Estados Unidos e da Europa foi amenizada, após a atuação de órgãos e países, o que aumentava o apetite por risco. Este movimento se replicou no Brasil. Pela manhã, os investidores também se debruçaram sobre a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. No documento, a instituição afirmou que a relação entre a apresentação do novo arcabouço fiscal --prevista para os próximos dias-- e a convergência da inflação para as metas não é direta, enfatizando o foco em melhorar as expectativas. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1657 reais na venda, em queda de 0,80%. Nas três últimas sessões, a moeda norte-americana acumulou baixa de 2,35%. Na B3, às 17:22 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,70%, a 5,1680 reais. No exterior, o dólar se mantinha em alta ante uma cesta de moedas no fim da tarde. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de maio.
REUTERS
Ibovespa engata 3ª alta seguida e fecha acima dos 101 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, com Hapvida disparando com medidas para fortalecer sua estrutura de capital, incluindo um potencial oferta de ações. No setor de proteínas, JBS ON perdeu 2,02%, a 17,91 reais. O Barclays cortou a recomendação dos papéis da companhia para "equal-weight" e reduziu o preço-alvo de 26 para 20 reais
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,52%, a 101.185,09 pontos, no terceiro pregão seguido no azul. O volume financeiro somou 20,8 bilhões de reais. Para o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, a ata do BC mostrou que BC continua preocupado com as políticas de gastos do governo federal e o quanto isso pode afetar a neutralidade da taxa de juros, diminuindo a potência da política monetária adotada até o momento contra a inflação. "A preocupação do BC passa muito pela questão fiscal e a incerteza sobre o arcabouço, com pontos que o governo ainda não esclareceu", acrescentou em nota. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira que irá discutir na quarta-feira com o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, o novo arcabouço. "Será amanhã, presencialmente ou virtualmente, com o Ministro Rui, e é uma reunião que será conclusiva sobre o arcabouço", disse Haddad. A melhora do Ibovespa, que renovou mínimas desde meados de 2022 na última quinta-feira, após o BC esfriar expectativas de um corte de juros no curto prazo na semana passada, ocorreu a despeito da fraqueza em Wall Street, onde o S&P 500 fechou com um declínio de 0,16%.
REUTERS
Agro pede mais R$1,5 bi à Fazenda diante de escassez de crédito
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) enviou um ofício ao Ministério da Fazenda solicitando a suplementação orçamentária de 1,5 bilhão de reais para equalização de taxas de juros do crédito rural pelo Plano Safra, diante do esgotamento de recursos de algumas linhas antes do previsto
Segundo comunicado da CNA divulgado na terça-feira, o ofício foi assinado pelo presidente da entidade, João Martins, citando que diversas linhas de crédito estão suspensas. "A elevação da taxa de juros e o orçamento insuficiente fizeram com que os recursos para a equalização das taxas no crédito rural acabassem antes do previsto. Além disso, a elevação dos custos de produção impactou no aumento do ticket médio das operações", disse. A entidade ressaltou que, com as interrupções de algumas linhas ainda no início da safra 2022/23, muitas operações ficaram paradas nas esteiras de crédito das instituições financeiras, atrasando investimentos em armazenagem, irrigação e práticas de agricultura de baixo carbono. Além disso, o produtor rural precisou de mais recursos para financiar sua produção, em detrimento da adoção de inovações tecnológicas, afirmou. Ainda no ofício, a CNA reconhece e entende as dificuldades enfrentadas com o orçamento. Entretanto, avalia que a aprovação e liberação do volume de recursos solicitado é imprescindível e urgente para garantir a continuidade dos investimentos do setor. No início deste mês, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, solicitou ao Ministério da Fazenda o montante de 1 bilhão de reais para equalização de juros do Plano Safra, que permitiria a liberação de 30 bilhões de reais em crédito adicional aos produtores até o final do ciclo 2022/23, em junho. Na ocasião, o Ministro disse que este é um período importante para este tipo de solicitação, pois as principais feiras do setor já começaram a acontecer no país, momento em que os produtores adquirem máquinas e equipamentos agrícolas.
REUTERS
Postos de trabalho no agro ocupam 18,97 milhões de pessoas em 2022, melhor nível desde 2015
Segundo os pesquisadores do Cepea, o agronegócio nacional vivenciou uma boa conjuntura de meados de 2020 a 2021, o que influenciou positivamente a geração de empregos
O número de pessoas ocupadas no agronegócio brasileiro alcançou 18,97 milhões de pessoas em 2022, mas ainda não alcançou o maior contingente do setor, de 2015, quando totalizava 19,04 milhões de pessoas. Os dados fazem parte de pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego. Conforme comunicado do Cepea, “esse resultado evidencia que as ocupações perdidas em 2020 em decorrência dos desdobramentos da pandemia de covid-19 já foram recuperadas, superando até mesmo os contingentes observados antes da crise sanitária”. O centro de estudos destaca, ainda, que o movimento de recuperação dos postos de trabalho no agronegócio já vinha sendo observado ao longo de 2021 e se consolidou em 2022. Segundo os pesquisadores, o agronegócio nacional vivenciou uma boa conjuntura de meados de 2020 a 2021, o que influenciou positivamente a geração de empregos. “Em 2022, o agronegócio brasileiro conseguiu avançar em termos de faturamento, o que ajuda a explicar o resultado observado para o mercado de trabalho”, informa o Cepea. O aumento no número de pessoas ocupadas no agronegócio em 2022 foi de 2,76% em comparação com 2021 e de expressivos 8,52% em relação ao de 2020. No Brasil, 98,04 milhões de pessoas estavam ocupadas em 2022, acima das 91,29 milhões no mesmo período do ano anterior. Diante disso, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,35% em 2022, um pouco abaixo da observada em 2021, quando esteve em 20,22%. Pesquisadores do Cepea constatam que esse crescimento no número de trabalhadores no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos de insumos, da agroindústria e de agrosserviços.
ESTADÃO CONTEÚDO
Vendas de máquinas caem 7,8% em fevereiro
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve, em fevereiro, queda de 7,8% na receita líquida de vendas em relação ao mesmo mês do ano passado, com R$ 21,76 bilhões
É a nona queda consecutiva, segundo dados divulgados na segunda-feira (27) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Com isso, no primeiro bimestre do ano, o setor acumulou queda de 7,1%. Na comparação com o mês anterior, porém, houve alta de 7%. Segundo a Abimaq, após cair 2%, em janeiro, no mês seguinte, o setor teve recuperação de 2,7% na ocupação da capacidade instalada, atingindo 77,6% de seu nível. Apesar da recuperação, a capacidade do setor ficou 2% abaixo do nível de 2022 (79,2%).
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