Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 331 |13 de março de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Na maioria das regiões do País, os preços da arroba permaneceram firmes
Na avaliação da engenheira agrônoma Jéssica Olivier, analista da Scot, o mercado ainda aguarda o fim do autoembargo para a China, mas os preços da arroba já têm reagido positivamente algumas praças. Ela cita como exemplo algumas regiões situadas nos Estados do Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. “Podemos ver preços firmes nos próximos dias, a depender da situação das escalas de abate dos frigoríficos”, relata Jéssica. A analista destaca a notícia que circulou no mercado pecuário no último dia 6 de março, quando o México publicou os requisitos zoosanitários para comprar carne bovina proveniente do Brasil. “Nem só de notícia ruim vive a exportação”, destaca ela, referindo-se ao atual problema comercial entre Brasil e China, devido ao registro de um caso atípico de “vaca louca” no Pará. Em relação ao México, são 34 plantas frigoríficas que estão habilitadas para comprar a proteína brasileira, porém, diz Jéssica, ainda é necessário a realização de vistorias para que os negócios comecem a ser efetuados e a produção seja iniciada. Segundo a S&P Global, apesar de escalas de abate estarem mais curtas, as indústrias frigoríficas operaram com maior cautela nas compras de boiada gorda no mercado físico. “O menor ritmo de aquisição de animais por parte dos frigoríficos visa oferecer alguma resistência às altas acumuladas nos preços da arroba bovina”, ressalta S&P Global. Segundo a consultoria, demanda doméstica pela carne bovina ainda é muito inconsistente e tal fato, somado ao imbróglio comercial com a China, retira grande parte do apetite comprador dos frigoríficos. Com isso, prevê a S&P Global, os preços da arroba devem continuaram sustentados aos atuais patamares, sobretudo nas regiões onde a oferta é apertada e as condições de pastagem são favoráveis para permitir aos pecuaristas reter animais e, com isso, barganhar melhores preços. Segunda a Scot Consultoria, o varejo e o atacado apresentaram melhores escoamentos nos primeiros dias de março, porém não suficientes para sustentar os preços dos cortes bovinos, já que ainda há grande oferta de carne em razão da maior distribuição no mercado interno. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca a R$ 258/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 221/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 216/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca R$ 231/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 219/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 222/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista); MA-Açailândia:
boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista).
PORTAL DBO
Preço da carne tem maior queda em 15 meses
Retração média foi de 1,22% em fevereiro no país. Picanha foi o corte que mais barateou nos açougues
Os preços das carnes caíram 1,22% em fevereiro no Brasil, apontam dados divulgados na sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a maior baixa desses produtos no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desde novembro de 2021. Ou seja, a nova queda é a mais intensa em 15 meses, o equivalente a mais de um ano. Em novembro de 2021, as carnes haviam recuado 1,38%. Pedro Kislanov, Gerente da pesquisa do IPCA, lembrou que os preços já vinham em uma trajetória de trégua após fortes altas na pandemia. Segundo ele, a baixa em fevereiro deste ano pode ter sido intensificada pelo impacto inicial do embargo às exportações brasileiras para a China. A suspensão teria resultado em um aumento da oferta no mercado interno. Os embarques para o país asiático foram paralisados a partir de 23 de fevereiro, após a confirmação de um caso de mal da vaca louca no Pará. A variação do IPCA foi calculada a partir dos preços coletados no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro, segundo o IBGE. "As carnes já vinham tendo uma redução, mas nesse mês foi mais pronunciada. Por isso, acho que tenha efeito da redução das exportações", disse Kislanov. A economista Luciana Rabelo, do Itaú Unibanco, faz avaliação semelhante. "Pode ter tido algum impacto [do embargo], mas é uma inflação que já vinha desacelerando", afirmou. No IPCA, a variação das carnes reflete os preços de 18 subitens. Em fevereiro, a picanha foi o corte pesquisado com a maior queda (-2,63%). Em seguida, vieram fígado (-2,50%), alcatra (-2,50%), capa de filé (-2,37%) e costela (-2,28%). A picanha, aliás, ocupou o centro de debates a partir da campanha eleitoral do ano passado. À época, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer que o brasileiro deveria voltar a fazer churrasco e consumir esse corte, que tradicionalmente é um dos mais caros. A queda de 2,63% é a maior para a picanha desde fevereiro de 2022. À época, os preços do produto haviam recuado 3,75%.
FOLHAPRESS
SUÍNOS
Sexta-feira (10) de cotações estáveis no RS e SP. Queda no PR e MG
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 138,00/R$ 143,00, enquanto a carcaça especial teve leve alta de 0,96%/0,92%, custando R$ 10,50/kg/R$ 11,00/kg
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (9), houve alta leve somente em Santa Catarina, na ordem de 0,15%, custando R$ 6,87/kg. Foi registrada queda de 0,75% em Minas Gerais, valendo R$ 7,89/kg, e de 0,14% no Paraná, atingindo R$ 7,07/kg. Ficaram estáveis os valores no Rio Grande do Sul (R$ 7,04/kg), e em São Paulo (R$ 7,59/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: alta nas cotações
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja teve aumento de 2,04%, chegando a R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,30%, custando R$ 6,63/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,92/kg, da mesma maneira que Santa Catarina, valendo R$ 4,79/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (9), o frango congelado teve acréscimo de 2,24%, alcançando R$ 7,30/kg, e a ave resfriada subiu 2,20%, fechando em R$ 7,42/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Vendas externas têm alto desempenho em fevereiro
Mesmo com o volume total de carne de frango exportado pelo Brasil abaixo do de janeiro, em fevereiro, o desempenho das vendas externas da proteína foi recorde para esse mês
Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, foram escoadas 379,2 mil toneladas de carne de frango no segundo mês de 2023, volume 9,9% abaixo do embarcado em janeiro, mas 1,3% acima do de fevereiro de 2022. Quanto à receita, somou R$ 3,81 bilhões em fevereiro, queda mensal de 14,2%, mas 10,8% acima da de fevereiro de 2022. Trata-se, também, da maior arrecadação para um mês de fevereiro de toda a série história da Secex.
Cepea
Energia solar ganha vez na avicultura brasileira
Somente entre produtores do Paraná, uso da energia fotovoltaica cresceu 70%. Enxergando esta janela de oportunidade, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), lançou o selo “Good Food” para incentivar os produtores a investirem na produção de energia renovável, principalmente a fotovoltaica
O custo com energia na produção avícola é considerável, podendo chegar a 35% do custo total de produção, ou até 20% se for considerada apenas a energia elétrica, de acordo com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Entretanto, como nos últimos anos a energia elétrica no Brasil tem tido elevação de preços, muitos produtores têm buscado alternativas para diminuir esse custo da produção de ovos e de proteína de aves. Entre as alternativas estão a instalação de usinas eólicas e fotovoltaicas, ou a instalação de biodigestores para produção de biogás a partir da matéria orgânica dos dejetos das aves, chamada de cama de frango. Com o intuito de ajudar os produtores e também aumentar as práticas sustentáveis no campo, a Faep lançou uma cartilha com as bases legais e técnicas para o uso de fontes renováveis de energia. De acordo com a federação, o cenário de aumento de preço da energia elétrica, junto com o incentivo dos governos estadual e federal para aquisição e instalação de usinas fotovoltaicas, levou muitos produtores a investirem na tecnologia. Além disso, até julho do ano passado, só no Paraná já havia mais de 3,9 mil avicultores gerando sua própria energia a partir da luz solar, um aumento de 70% em relação ao ano anterior. O resultado é que a avicultura brasileira já tem uma produção mais sustentável que outros países, uma vez que a produção nacional emite 45% menos CO2 do que a produção do Reino Unido, por exemplo. O melhor disso tudo é que existe espaço para melhorar este desempenho da produção nacional em relação à sustentabilidade.
JORNAL DA USP
INTERNACIONAL
Carne bovina: China deve produzir 7,4 milhões de toneladas em 2023
A China deverá produzir 7,4 milhões de toneladas de carne bovina (em equivalente carcaça) em 2023, segundo informações divulgadas pelo boletim Gain Report, de adidos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)
O volume deve superar as 7,180 milhões de toneladas produzidas em 2022. Para atingir esse volume, o país deve abater 49 milhões de bovinos no próximo ano, acima dos 47,820 milhões de animais abatidos em 2022. O país deve importar 3,4 milhões de toneladas de carne bovina, abaixo das 3,502 milhões de toneladas adquiridas em 2022. A previsão é de que o país exporte 21 mil de toneladas de carne bovina em 2023, volume levemente superior às 20 mil toneladas registradas em 2022. No que tange às importações, vale ressaltar que a suspensão das exportações brasileiras de carne bovina brasileira para a China, tendo em vista o caso de doença da vaca louca registrado no país no final de fevereiro, impactará em uma leve diminuição nos números finais. A previsão é de que o consumo interno fique em 10,779 milhões de toneladas neste ano, acima das 10,662 milhões de toneladas demandadas em 2022.
Agência Safras
GOVERNO
No RS, Fávaro destaca acesso a mercados e fundo nacional de sanidade
O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, informou sobre os esforços do governo federal em relação à vigilância da Influenza Aviária no país. “Estamos com um sistema de vigilância muito ativo e muito competente, em parceria com os governos estaduais, municipais e a iniciativa privada. Nosso sistema é muito eficiente e, Deus nos abençoando, vamos passar mais um ano sem gripe aviária no país”, disse Fávaro.
A afirmação foi feita durante a abertura solene da Expodireto Cotrijal 2023, realizada na segunda-feira (6). Ele destacou também o tema da sanidade animal e do acesso a mercados internacionais para a proteína produzida no estado. O Ministro destacou também a necessidade de aprovação do projeto de lei 4582/2020, do ex-deputado Jerônimo Goergen, que está aguardando trâmite na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. O projeto trata sobre a criação de um fundo nacional para o pagamento de indenizações a pecuaristas que tiverem animais de sua criação sacrificados por questões sanitárias. Pela proposta, o fundo também apoiará ações emergenciais de defesa sanitária animal. Conforme o ex-deputado, o texto do PL foi inspirado no sucesso do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS e já foi aprovado na Comissão de Agricultura. Segundo Goergen, à época da apresentação do projeto, “a tragédia de Joia exigiu uma nova mentalidade de todos os envolvidos. Agilidade e celeridade na intervenção nos eventos sanitários, rigidez no controle de fronteiras, novos investimentos em fiscalização e inspeção, monitoramento permanente dos rebanhos e dos processos industriais”. Fávaro também disse que o Brasil está partindo para um novo momento, com status de livre de febre aftosa sem vacinação e, por isso, é fundamental o fortalecimento da vigilância. Segundo ele, especialmente o Rio Grande do Sul e o Paraná precisam do apoio do Governo Federal e da mobilização de todos, para acessar mercados de carne suína que só SC tem. “É um trabalho e um compromisso que faço com todos vocês”, concluiu.
ASSESSORIA EXPODIRETO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Entraves na BR-277 geram imprevisibilidade na cadeia do agro que escoa por Paranaguá
A insegurança do setor produtivo, comercializadores e operadores que atuam no Porto de Paranaguá demonstra uma clara preocupação da cadeia econômica do agronegócio paranaense: a instabilidade e os entraves na situação da BR-277 não trazem perspectivas otimistas para a exportação da safra de soja este ano
Com a colheita da soja avançando e novos problemas na rodovia, a cadeia teme que a produção demore ainda mais a chegar, os navios esperem demais e as multas fiquem tão altas que os comercializadores prefiram levar suas cargas para outros portos. O que já está acontecendo. Afundamento do asfalto na BR-277 evidencia problema antigo e falta de manutenção. Com a colheita acelerada na região de atuação da Coamo, maior cooperativa da América Latina e responsável por um escoamento que este ano deve chegar a 4,5 milhões de grãos, entre soja, milho e farelo de soja, a perspectiva é de temor. A cooperativa comercializa a produção do sul do Mato Grosso do Sul, Paraná e norte de Santa Catarina. Praticamente toda escoada via Porto de Paranaguá. E com a média da colheita de soja em 45%, mais caminhões devem se deslocar ao porto nos próximos dias. Ou deveriam. “Em função da demora na descida, por conta dos desmoronamentos (entre os kms 39 e 42) e o afundamento de anteontem (se referindo ao incidente de terça-feira, 7, no km 33,5), diminui muito a oferta de caminhões e aumenta o preço do frete”, expõe Airton Galinari, Presidente Executivo da Coamo. Ele avisa que já está difícil conseguir caminhoneiros dispostos a abraçar a missão de enfrentar os entraves da BR-277. “Já tem 3 dias que não carregamos um caminhão sequer. Consumindo o que está lá (estocado no porto) deve faltar carga para o próximo navio”, conta. Com isso, caminhoneiros buscam outras opções de frete e, quem está realizando novos negócios, pode preferir outro porto. “As empresas começam a se movimentar em outra direção. Nós, por exemplo, acabamos de fechar uma venda de lotes para São Francisco do Sul”, afirma. “Esse vazio de informação dá pra gente falta de previsibilidade e, com isso, não conseguimos fazer gestão mais eficiente da logística porque não sabemos quais serão as condições de amanhã”, afirma o Diretor da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP), André Maragliano, que confirma os impactos na oferta de caminhões para o porto. Ao passo que os caminhões não descem e fica prejudicado o escoamento do produto do interior para a área portuária por conta dos entraves na BR-277, os navios que aguardam a colheita e o fluxo da safra se acumulam dia a dia. A lineup do Porto de Paranaguá mostrava, na noite desta quinta-feira (9), 49 navios ao largo, ou seja, aguardando a liberação para atracar e carregar. Nos últimos dias, este número vem oscilando – há duas semanas, chegou a haver 69 navios. O dado demonstra que a espera está acima da cota. E pode ficar pior. O custo da diária de um navio em espera, com contrato vigorando e programação de carregamento traçada, varia entre US$ 25 e US$ 45 mil. “Além dos navios esperando na barra, há mais 110 esperados para chegar nas próximas semanas. Se esse problema não for resolvido e a gente tiver essa falta de previsibilidade e de logística, naturalmente os custos ficarão exorbitantes e muito provavelmente esses navios desviarão a soja oriunda do interior do Paraná e do Mato Grosso do Sul para os portos de Santos, São Francisco, Imbituba e Rio Grande”, antecipa Maragliano.
GAZETA DO POVO
Fabricante do pneu Dunlop vai investir R$ 1 bi em fábrica no Paraná
A expectativa, com isso, é a geração de mil empregos diretos e indiretos
A empresa Sumitomo Rubber Sumitomo Rubber, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, anunciou que irá investir R$ 1,06 bilhão na ampliação da sua fábrica em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. A expectativa, com isso, é a geração de mil empregos diretos e indiretos. O anúncio foi feito durante missão internacional do governo estadual a Kobe, no Japão. A Sumitomo tem parcerias comerciais, no Brasil, com marcas como Toyota, Volkswagen, Honda e Iveco. Um dos objetivos desse investimento é aumentar a participação da América do Sul nas vendas da empresa, atualmente concentradas no Japão, América do Norte, Ásia e Europa. Esse é o segundo grande investimento da empresa em Fazenda Rio Grande nos últimos anos. Em 2021, a empresa já tinha anunciado R$ 1 bilhão no incremento da produção. Os dois acordos foram articulados pela Invest Paraná, agência de atração de investimento do Estado vinculada à Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA/INDICADORES
Inflação medida pelo INPC avança para 0,77% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou o mês de fevereiro em 0,77%. O percentual é maior que o do janeiro, quando o índice ficou em 0,46%
No ano, o indicador acumula alta de 1,23% e, nos últimos 12 meses, de 5,47%, o que significa um recuo em relação aos 5,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, a taxa ficou em 1%. O resultado foi divulgado na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contribuiu para o resultado a desaceleração de 0,52% em janeiro para 0,04% em fevereiro nos preços dos produtos alimentícios. Em sentido contrário, os produtos não alimentícios avançaram e registraram em fevereiro alta de 1,01%, enquanto em janeiro o aumento tinha sido de 0,44%. Conforme o indicador de fevereiro, todas as áreas apresentaram variação positiva no mês. Brasília foi a que teve menor resultado (0,34%), sob impacto das quedas nos preços da gasolina (-2,43%) e das passagens aéreas (-10,06%). Já a maior variação foi em Curitiba (1,02%), onde ocorreram elevações de 6,22% na energia elétrica residencial e de 3,37% da gasolina. “Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (base)”, informou o IBGE, em publicação no seu site. De acordo com o IBGE, calculado desde 1979, o INPC abrange as famílias com rendimentos de um a cinco salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. As unidades de coleta do indicador são estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e internet e a pesquisa estende-se, em geral, do dia 1º a 30 do mês de referência.
AGÊNCIA BRASIL
IPCA sobe 0,84% em fevereiro, diz IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,84 por cento em fevereiro, após alta de 0,53 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira
No acumulado de 12 meses até fevereiro, o IPCA teve alta de 5,60 por cento, contra alta 5,77 por cento do mês anterior. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,80 por cento em fevereiro, acumulando em 12 meses alta de 5,54 por cento.
REUTERS
Dólar tem alta de 1,32% em pregão de aversão a risco com temores por Fed e bancos nos EUA
Em uma sessão marcada pela aversão global a ativos de maior risco, o dólar à vista fechou a sexta-feira em forte alta ante o real no Brasil, com os investidores buscando a proteção da moeda norte-americana e reduzindo posições na bolsa de valores e em contratos futuros de DI
O movimento foi disparado por preocupações em torno do risco de crédito no setor bancário dos EUA e por receios quanto ao futuro da política monetária norte-americana, após a divulgação de novos dados de empregos. No mercado de câmbio, o dólar subiu ante o real, ajudado ainda por fatores técnicos. Como a moeda norte-americana acumulava perdas na semana de 1,16% até quinta-feira, os participantes do mercado aproveitaram a sexta-feira para corrigir posições e comprar divisas em níveis mais baixos, o que também impulsionou as cotações. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,2081 reais, em alta de 1,32%. Na B3, às 17:42 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,84%, a 5,2340 reais. No mercado futuro, alguns agentes também aproveitaram para recompor posições compradas (de alta) na moeda norte-americana. Durante a manhã, os dados de emprego nos EUA trouxeram sinais divergentes. A abertura de vagas fora do setor agrícola somou 311 mil empregos no mês passado, conforme o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam a abertura de 205 mil empregos. No entanto, houve arrefecimento na taxa mensal de aumento dos salários e o desemprego subiu em relação a janeiro. Além dos receios quanto ao futuro da política monetária nos EUA, pesavam sobre os negócios preocupações com o setor bancário no país, após o SVB Financial Group, uma instituição financeira focada em startups, anunciar na quinta-feira emissão de ações para reforçar seu balanço. A operação desencadeou temores de capitalização e as ações do SVB desabaram. Nesta sexta, reguladores bancários da Califórnia colocaram o banco em recuperação judicial e liquidaram seus ativos. Com essa combinação de fatores, surgiu um movimento generalizado de fuga de ativos mais arriscados na sexta-feira. “O Brasil está sendo contagiado pelo risk-off. A preocupação com o setor bancário norte-americano respingou aqui”, afirmou Cleber Alessie Machado, operador da H. Commcor DTVM.
REUTERS
Ibovespa recua de mais de 1% com EUA
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, revertendo a alta da semana, contaminado por Wall Street, em meio a preocupações com o setor bancário nos Estados Unidos e com dados do mercado de trabalho norte-americano mantendo a chance de um aperto monetário mais forte pelo Federal Reserve
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,38%, a 103.618,2 pontos, contabilizando um decréscimo de 0,24% na semana - contra alta de mais de 1% acumulada até a véspera. O volume financeiro no pregão somou 24,5 bilhões de reais. Nos EUA, o Departamento do Trabalho divulgou a abertura de 311 mil vagas fora do setor agrícola norte-americano no mês passado, acima das expectativas, mas também dados mostrando sinais de arrefecimento da inflação salarial e aumento na taxa de desemprego na base mensal. Ainda assim, na visão do sócio e economista-chefe do Banco Modal, Felipe Sichel, os dados continuam indicando persistência inflacionária pelo forte desempenho do mercado de trabalho..."sugerindo maior necessidade de juros elevados por mais tempo". O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do banco central dos EUA reúne-se nos dias 21 e 22 de março para decidir sobre a taxa básica de juros norte-americana. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro na próxima semana deve ser o dado decisivo para a definição das apostas. Em Wall Street, o S&P 500 recuou 1,45%, pressionado ainda por bancos em meio à crise envolvendo o SVB Financial Group, banco focado em startups, fechado na sexta-feira por reguladores nos EUA. A bolsa paulista também terminou o pregão com agentes na expectativa de novidades referentes ao novo arcabouço fiscal prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para este mês. Em coletiva sobre o acordo para a compensação a Estados por perdas com o ICMS de combustíveis, Haddad disse que apresentará o novo desenho de arcabouço fiscal do Brasil ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana que vem. Ele reiterou que Lula dará a "palavra final" sobre o novo plano para as contas públicas que substituirá o teto de gastos.
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