Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 389 |06 de junho de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preços ficaram estáveis na maior parte das praças pecuárias
Na segunda, a vaca gorda caiu R$ 5/@ na praça paulista, para R$ 215/@, enquanto os valores do macho terminado e da novilha seguiram valendo R$ 240/@ e R$ 230/@, respectivamente, informou a Scot
A primeira segunda-feira (5/6) de junho registrou poucos negócios no mercado do boi gordo, com compras cadenciadas por parte das indústrias frigoríficas brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. “Há escalas de abate programadas adentrando a segunda quinzena do mês”, relata a S&P Global Commodity Insights, referindo-se ao panorama verificado nas principais praças do País. Neste início de semana, segundo apuração da Scot Consultoria, a cotação da vaca gorda caiu R$ 5/@ na praça paulista, agora negociada por R$ 215/@, no prazo, valor bruto. Por sua vez, na segunda-feira, os preços do boi gordo e da novilha gorda ficaram estáveis em São Paulo, porém ainda pressionados, devido à boa oferta, acrescentou a Scot. Com isso, o macho “comum” segue valendo R$ 240/@, enquanto a novilha é negociada por R$ 230/@ (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” está apregoada em R$ 245/@ no mercado paulista, no prazo, bruto. Segundo levantamento da S&P Global, o consumo doméstico de carne bovina contabilizou movimentos fracos no primeiro final de semana de junho/23. No entanto, acredita a consultoria, as expectativas se voltam ao feriado prolongado programado para a quinta-feira (8/6), período que pode ajudar a estimular o consumo interno da carne bovina. Além disso, o pagamento dos salários aos trabalhadores neste início de mês pode reforçar a procura pela proteína vermelha. Porém, é preciso considerar os fortes recuos nos preços das proteínas concorrentes (frango e suínos) ao longo de maio, o que pode reduzir um pouco o ímpeto dos consumidores pela carne vermelha, a preferida dos brasileiros. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 222/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 229/@ (prazo) vaca a R$ 209/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 190/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 192/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 194/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 190/@ (à vista) vaca a R$ 170/@ (à vista); MA-Açailândia:
boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
Preço da carne bovina cai, mas ainda é alto, diz economista
Mesmo assim, o preço ainda superou em 71,2% o valor de abril de 2019 (R$ 23,95), período anterior à pandemia, conforme a mesma pesquisa
Além da oferta maior, a pressão menor dos custos da alimentação animal também ajuda a explicar o contexto dos preços, segundo o economista Jackson Bittencourt, Coordenador do curso de ciências econômicas da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). Esse movimento vem na esteira da perda de fôlego das cotações de commodities agrícolas como milho e soja, usadas na produção de rações. "Há uma associação de aumento da oferta de carne e redução dos custos de produção", afirma Bittencourt. Segundo ele, a expectativa é que os preços tenham novas quedas para o consumidor ao longo do ano. Mesmo assim, não devem retornar ao patamar do pré-pandemia, projeta o professor. "É um preço que ainda é alto. Está baixando, mas não deve chegar ao pré-pandemia", diz Bittencourt. Na capital paulista, o valor médio do quilo da carne de primeira foi calculado em R$ 41,01 em abril, segundo pesquisa do Procon-SP em convênio com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Esse preço ficou 2,4% abaixo do nível de dezembro de 2022 (R$ 42,01) e 11,2% abaixo do patamar de abril do ano passado (R$ 46,18). Mesmo assim, ainda superou em 71,2% o valor de abril de 2019 (R$ 23,95), período anterior à pandemia, conforme a mesma pesquisa. Um estudo produzido por economistas do banco Santander também aponta a oferta elevada de carne como responsável pelo alívio nos preços para o consumidor. O quadro estaria associado ao chamado ciclo do gado, com o abate de uma porcentagem maior de fêmeas neste ano. O relatório pondera que, caso os frigoríficos decidam recompor margens ou haja uma pressão de demanda com a massa salarial dos brasileiros, a queda dos preços poderia ser mitigada. A perspectiva, contudo, é de que a oferta maior se sobreponha aos demais fatores, segundo o relatório, assinado pelos economistas Felipe Kotinda, Daniel Karp e Gabriel Couto. A análise aponta que a deflação (queda) das carnes pode alcançar 4% em termos anuais no IPCA até dezembro. No IPCA, o segmento das carnes é composto por 18 subitens. No acumulado do ano (até abril), 16 desses cortes tiveram variações negativas nos preços. A maior baixa foi a da alcatra (-5,24%), seguida por filé-mignon (-5,23%) e fígado (-4,77%). A picanha recuou 3,80%. No acumulado de 12 meses, 15 dos 18 cortes tiveram quedas até abril. A maior baixa foi a do fígado (-8,25%). Peito (-8,18%) e acém (8%) vieram na sequência. O menor recuo em 12 meses foi o da picanha, de apenas 0,09%. Em nota, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) disse na última quinta-feira (1º) que os preços de toda a cadeia da pecuária nacional diminuíram "com certa força" ao longo de maio. Pesquisadores da instituição também indicaram que o cenário está atrelado sobretudo à oferta maior de animais. O aumento da disponibilidade em 2023, especialmente de fêmeas, é "resultado de investimentos realizados pelo setor pecuário nos últimos anos", afirmou o Cepea. Até 31 de maio, o indicador Cepea/B3 de preços por arroba de boi gordo acumulou queda mensal de 10,37%.
FOLHA DE SP
SUÍNOS
Suínos: preços estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 107,00/R$ 112,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 8,40/kg/R$ 8,80/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (2), houve recuo apenas no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,88%, chegando a R$ 5,65/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 5,97/kg), Paraná (R$ 5,51/kg), Santa Catarina (R$ 5,32/kg), e em São Paulo (R$ 5,89/kg).
Cepea/Esalq
Itaú/BBA: Perspectiva é de melhora para a suinocultura
O cenário visto pelos analistas do banco é dos custos de produção cedendo e das exportações em bom ritmo, ajudando a escoar a proteína
Mesmo sem ver um horizonte de altas significativas no preço do suíno no mercado doméstico, o segundo semestre tem perspectivas melhores para a suinocultura brasileira, segundo o banco Itaú/BBA. Analistas do banco destacam em relatório que o setor não deve enxugar a produção, o que motiva as altas brandas para o preço do suíno. Entretanto, a situação melhora um pouco, com os preços da soja e do milho, insumos essenciais para a produção das rações, em queda, somado ao bom ritmo de exportações, que ajudam a escoar a proteína. “Com as temperaturas caindo, o mercado doméstico também entra, a partir de agora, em um momento sazonalmente mais favorável. Ainda assim, este efeito sobre os preços internos pode ser tímido, a depender da dimensão do crescimento da oferta”, destaca a análise.
ITAÚ/BBA
FRANGOS
Frango congelado ou resfriado têm quedas em SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 5,35/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, da mesma maneira que o preço no Paraná, fixado em R$ 4,74/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (2), houve queda de 0,67% para a ave congelada, caindo para R$ 5,96/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,67%, fechando em R$ 5,97/kg.
Cepea/Esalq
Itaú/BBA: ração mais barata garante alguma margem ao avicultor
Perspectiva para a atividade é favorável, à medida em que os preços do milho e da soja cedem, mas gripe aviária é ponto de atenção
Segundo análise divulgada pelo banco Itaú/BBA, o spread da avicultura está voltado ao campo positivo. Isso porque, mesmo que os preços do frango vivo sigam contidos, a queda nos preços do milho e soja, principais insumos na produção de rações, faz com que o avicultor ainda tenha alguma margem. “No Paraná, por exemplo, a queda do milho em maio contra o mês anterior foi de 20,6% enquanto o farelo de soja cedeu 6,6%. Com isso, estimamos que os custos da avicultura em maio tenham recuado 9,5% na média ponderada do Paraná e Rio Grande do Sul, para próximo de R$ 4,65/kg. No atacado, o frango inteiro congelado foi negociado na faixa de R$ 6,56/kg na média de maio no estado de São Paulo, desvalorização de 3% em relação a abril, enquanto no comparativo com maio/22 a queda é de 15%”, disse. Há o ponto de atenção que é a questão da influenza aviária, que até o dia de hoje (5) chega a 22 casos, atingindo aves silvestres do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Apesar disso, as exportações seguem firmes, com o acumulado do ano até maio expandindo 9,3% comparado com os números de janeiro a maio de 2022, considerando a carne in natura.
ITAÚ/BBA
Ministério da Agricultura confirma 3 novos casos de gripe aviária no Brasil
Até este momento, todos os focos registrados no país ocorreram em aves silvestres, sem atingir granjas comerciais
De acordo com o Ministério da Agricultura, já são 22 casos de gripe aviária de alta patogenicidade registrados no Brasil Ministério da Agricultura. O governo federal informou que, no último sábado, três novos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) foram confirmados no país em aves silvestres, conforme comunicado atualizado pelo Ministério da Agricultura na segunda-feira. Com isso, sobe para 22 o número de focos da gripe aviária no Brasil. Entre os novos casos, dois foram encontrados no Espírito Santo, no município de Vila Velha. Uma das aves infectadas é da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando) e a outra é uma Chroicocephalus cirrocephalus (Gaivota-de-cabeça-cinza). O terceiro novo foco foi identificado em Niterói, no Rio de Janeiro, em uma ave silvestre da espécie Fregata magnificens (Fragata). Até o momento, todos os casos da doença no Brasil foram em aves silvestres, o que não compromete o status sanitário das granjas comerciais e mantém os fluxos tanto de exportação quanto de fornecimento para o mercado interno.
GLOBO RURAL
Ministério da Agricultura confirma primeiro caso de gripe aviária em São Paulo
Ao todo, o país tem 24 casos confirmados em aves silvestres
O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no estado de São Paulo. A ave silvestre da espécie Thalasseus maximus (trinta-réis-real) foi encontrada no município de Ubatuba, litoral norte. Também foi detectado mais um foco no Rio de Janeiro, em Niterói, igualmente na espécie Thalasseus maximus (trinta-réis-real). Ao todo são 24 confirmações de focos em aves silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. No entanto, o Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de influenza aviária, exportando seus produtos para consumo de forma segura. O consumo de carne e ovos se mantém seguro no país. O ministério reforçou que todos estabelecimentos ou criações de aves num raio de 10 quilômetros dos focos nos estados são investigados e orientados quanto às medidas de prevenção, conforme prevê o Plano de Contingência de IAAP do Departamento de Saúde Animal. As ações para detecção, vigilância e prevenção da ocorrência do vírus no Brasil segue acontecendo de forma conjunta entre o Mapa, o Ministério do Meio Ambiente (ICMBio e IBAMA) e o Ministério da Saúde. A doença já foi identificada nas espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-debando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Sterna hirundinacea (trinta-réis-de-bico-vermelho), Megascops choliba (corujinha-do-mato), Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoçopreto), Chroicocephalus cirrocephalus (Gaivota-de-cabeça-cinza), Fregata magnificens (Fragata) e Nannopterum brasilianum (biguá).
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
A primeira numa capital, Cocamar inaugura unidade em Campo Grande (MS)
Pela primeira vez em uma capital, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial inaugura nesta terça-feira (06/06) a sua unidade de Campo Grande (MS)
A gerente Jane Queli Xavier, que estará à frente da unidade, explica que os produtores vão contar com uma estrutura de atendimento completa, oferecendo toda a linha de produtos agropecuários comercializados pela cooperativa. “Campo Grande apresenta um grande potencial para a Cocamar”, diz Jane Queli, fazendo referência ao diversificado e competitivo leque oferecido pela cooperativa, que tem como foco assegurar qualidade e o melhor custo-benefício ao produtor em seus negócios. Com uma equipe formada por 9 colaboradores, incluindo dois consultores técnicos, a unidade está localizada na Rua Coxim 4.111, em frente ao Assai da Av. Coronel Antonino. A Cocamar amplia, assim, sua presença no vizinho estado onde já atua desde 2014. Atualmente, além da loja prestes a ser inaugurada em Campo Grande, e das estruturas de Chapadão do Sul e Itaquiraí (abertas respectivamente em junho de 2022 e janeiro de 2023) as demais unidades da cooperativa estão localizadas em Nova Andradina, Ivinhema e Naviraí.
Assessoria de Imprensa Cocamar
INTERNACIONAL
Receita de exportações de carne do Uruguai caiu 25% este ano
A receita com as exportações de carnes do Uruguai caiu 25% este ano, considerando a receita de cerca de US$ 350 milhões a menos, segundo dados elaborados por técnicos do Instituto Nacional de Carnes (INAC)
Nos primeiros cinco meses de 2023, foram exportados US$ 1,055 bilhão, claramente abaixo dos US$ 1,408 bilhão obtidos no mesmo período de 2022. Do início de janeiro ao final de maio foram embarcadas 245 mil toneladas (peso de embarque) (considerando todos os produtos da agroindústria de carnes), quando no ano passado foram exportadas 280 mil toneladas, portanto, observou-se uma queda no volume colocado de 12,5%. No momento, foi alcançado um preço médio de US$ 4.112 por tonelada, quando no mesmo período de 2022 foi calculado US$ 4.626 (com um ajuste no caso do valor médio de 11%). Principais mercados: China: 49% (US$ 518 milhões) com queda de 37% em 2023 em relação a 2022. EUA + Canadá: 20% (US$ 211 milhões) com melhora de 15%. União Europeia: 14% (US$ 145 milhões) com queda de 15%. Mercosul: 5% (US$ 56 milhões) com queda de 17%. Israel: 2% (US$ 20 milhões) com queda de 40%. Considerando exclusivamente as exportações de carne bovina (elas explicam 79% do total de divisas correspondentes a todas as carnes exportadas), o faturamento caiu de 2022 para 2023 (sempre a partir de 27 de maio) em 25%, já entrando em US$ 800 milhões, com queda de 17,5% em volume, atingindo 189 mil toneladas (peso carcaça). A chamada Receita Média de Exportação (IMEx) dessa exportação acumulada no ano corrente está em US$ 4.409 por tonelada, claramente abaixo do valor do mesmo período do ano passado (US$ 5.088), 13% a menos. O preço médio se fortaleceu e na última semana medida, a encerrada em 27 de maio, ficou em US$ 5.036 a tonelada de carne bovina.
El Observador
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná cria 54 mil novos empregos formais no 1º quadrimestre
O Paraná fechou o primeiro quadrimestre de 2023 com mais de 54 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego
Em abril, o saldo de geração de empregos foi de 9.429, o melhor desempenho para o mês nos últimos quatro anos e o terceiro consecutivo de altas. Depois de uma queda expressiva em 2020 devido à pandemia, o estado registrou crescimento em abril de 2021, com a geração de 9.153 postos de trabalho formal, e em 2022, com a criação de mais 8.925 vagas no mesmo mês. O setor de serviços foi responsável pela maior alta em abril, com 3.367 vagas criadas, com destaque para os segmentos de administração, educação, saúde, serviços sociais, transporte e armazenagem. A indústria, com 2.611 contratações, o comércio (1.592) e a construção civil (1.536) também obtiveram resultados positivos. Os dados do Caged também apontam que, até o fim de abril, haviam 2,97 milhões trabalhadores atuando de maneira formal nos 399 municípios paranaenses.
GAZETA DO POVO
Índice do Ipardes confirma desaceleração da inflação no Paraná em maio
Taxa calculada pelo Ipardes foi de 0,16%, bem abaixo do índice medido em abril, de quase 1%. A maior variação ocorreu em Foz do Iguaçu, de 0,44%, enquanto a menor foi uma queda de -0,52%, em Maringá.
O aumento dos preços dos alimentos e bebidas mais consumidos pelos paranaenses teve destacada desaceleração em maio, na comparação com abril. O informe mensal Indice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas, calculado mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), apontou variação positiva de 0,16% do IPR, distante da taxa de abril, que somou 0,93%. No ano, o IPR ficou em 1,49%. Entre os seis municípios pesquisados, cinco tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior, sendo que Maringá foi o único a observar queda de preços, de -0,52%. Curitiba teve um aumento de 0,36%; Cascavel, de 0,29%; Londrina, de 0,27% e Ponta Grossa, de 0,10%. A variação só foi maior que a de abril em Foz do Iguaçu (0,44%), 0,31 ponto percentual superior. Os reajustes de maior destaque entre os 35 produtos que integram o IPR - Alimentos e Bebidas em maio foram o do alho (5,83%), cebola (4,43%) e tomate (4,16%). O maior aumento mensal para o alho foi registrado em Londrina (12,82%) e Maringá (10,53%). Entre os maiores decréscimos de preços no mês passado estavam os de óleo de soja, laranja pera e batata inglesa, com quedas de 8,16%%, 3,24% e 2,45%. As maiores quedas nos preços do óleo ocorreram em Cascavel (9,69%), Foz do Iguaçu (8,85%) e Ponta Grossa (8,11%). Essa redução nos aumentos tem contribuído para que, em 12 meses, a alta de alimentos e bebidas registre crescimento de apenas 4,32%. Do início do ano até maio, o índice acumula apenas 1,49% de crescimento nos preços, comprovando a manutenção da tendência de queda, sendo esta a segunda ocasião em que o índice anual fica abaixo dos 5% nos últimos 12 meses. Nos últimos 12 meses, os itens com maiores altas no estado foram o biscoito (32,11%), ovo de galinha (25,77%) e maçã (20,52%). Em sentido oposto, apuraram-se, no mesmo período, preços menores em óleo de soja (-35,41%), cebola (-23,56%) e batata inglesa (-20,33%). Nesse mesmo período o biscoito apresentou reajuste de 40,56% em Curitiba; 38,03% em Cascavel; 32,39% em Londrina; 28,12% em Maringá; 27,64% em Foz do Iguaçu e 26,56% em Ponta Grossa. Já a queda no preço de óleo de soja foi de 38,68% em Londrina; 36,37% em Cascavel; 34,50% em Maringá; 33,97% em Curitiba; 33,51% em Foz do Iguaçu; e 35,29% em Ponta Grossa.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em baixa de 0,48%, a R$4,9309 na venda
O dólar à vista recuou na segunda-feira pela terceira sessão consecutiva ante o real, após dados mais fracos da economia norte-americana reduzirem as apostas de que o Federal Reserve elevará sua taxa básica no curto prazo
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9309 reais na venda, com baixa de 0,48%. Na B3, às 17:05 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,66%, a 4,9520 reais. A moeda norte-americana subiu ante o real apenas durante os primeiros minutos de sessão, tendo migrado para o território negativo rapidamente. A divulgação de novos dados da economia norte-americana acabou definindo o rumo das cotações. As encomendas às fábricas norte-americanas aumentaram 0,4% em abril, após um ganho de 0,6% em março, informou o Departamento de Comércio. O percentual ficou abaixo do esperado pelos economistas consultados pela Reuters, que calculavam alta de 0,8%. Já o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) disse que seu PMI do setor de serviços dos EUA caiu para 50,3 no mês passado, de 51,9 em abril. Economistas consultados pela Reuters previam 52,2.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com Petrobras e Bradesco
O Ibovespa fechou com um acréscimo discreto nesta segunda-feira, com as altas de Petrobras e Bradesco prevalecendo sobre recuo de Vale, enquanto CVC Brasil disparou após anúncio de novo presidente-executivo e acordo com fundador para potencial aporte de recursos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,12%, a 112.695,56 pontos, de acordo com dados preliminares, mantendo o viés positivo em junho. Na máxima, chegou a 113.071,2 pontos. No pior momento, recuou a 111.736,44 pontos. O volume financeiro somava 17 bilhões de reais.
REUTERS
Taxas futuras de juros caem no Brasil
As taxas dos contratos futuros de juros emplacaram nesta segunda-feira a quinta sessão consecutiva de baixa, com investidores no Brasil e no exterior reagindo a dados econômicos fracos nos EUA, que reduziram as apostas de novo aperto monetário pelo Federal Reserve
Pela manhã, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) chegaram a subir, em reação ao avanço dos preços do petróleo no mercado internacional, após a Arábia Saudita anunciar cortes na produção da commodity em julho. A leitura era de que um petróleo mais elevado pressiona a inflação e pressupõe juros mais altos. A divulgação de dados econômicos nos EUA, porém, alterou o cenário. As encomendas às fábricas norte-americanas aumentaram 0,4% em abril, após um ganho de 0,6% em março, informou o Departamento de Comércio. O percentual ficou abaixo do esperado pelos economistas consultados pela Reuters, que calculavam alta de 0,8%. Já o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) disse que seu PMI do setor de serviços caiu para 50,3 no mês passado, de 51,9 em abril. Economistas consultados pela Reuters previam 52,2. Os dados fracos da economia norte-americana reduziram as preocupações com a inflação e as apostas de que, em sua reunião deste mês, o Fed elevará a taxa básica de juros, hoje na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano. Internamente, os agentes do mercado observaram algumas atualizações no relatório Focus, do Banco Central. O documento indicou ligeiras quedas nas expectativas de inflação para 2023 e 2024 e um aumento expressivo da estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 e uma queda na projeção para 2024. Os dados não fizeram preço na curva a termo. No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 13,155%, ante 13,205% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,3%, ante 11,474% do ajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,585%, ante 10,798% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,555%, ante 10,775%.
REUTERS
Mercado eleva previsão para o PIB em 2023 de 1,26% para 1,68%
Projeções foram revistas depois da divulgação dos resultados do PIB do primeiro trimestre deste ano, que mostrou um crescimento de 1,9% na economia
A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2023 teve uma alta forte após a divulgação do PIB do primeiro trimestre, na última quinta-feira (1/6), e foi de 1,26% para 1,68%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (5/6) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2024, no entanto, a mediana das expectativas foi levemente reduzida, de 1,30% para 1,28%. Para 2025, permaneceu em 1,70%. A economia brasileira cresceu 1,9% no primeiro trimestre ante o último de 2022, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada. O resultado veio acima da mediana das estimativas de 72 consultorias e bancos ouvidos pela reportagem do Valor, que apontava para crescimento de 1,3%, com projeções de -0,1% a +2,2%. A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi cortada de R$ 5,11 para R$ 5,10, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado hoje baseado em projeções do mercado coletadas até o fim da semana passada. Para 2024, a mediana das estimativas para a moeda americana também recuou, de R$ 5,17 para R$ 5,16 entre uma semana e outra. Para 2025, ficou em R$ 5,20. A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira de 2023 voltou a cair, agora de 5,71% para 5,69%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado hoje com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2024, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também recuou, de 4,13% para 4,12%. Para 2025, permaneceu em 4,00%. Para a taxa básica de juros (Selic), a mediana das estimativas manteve-se em 12,50% no fim de 2023, 10,00% no de 2024 e 9,00% em 2025. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,25% em 2023, e 3,00% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
VALOR ECONÔMICO
BNDES deve elevar empréstimos para infraestrutura a R$47 bi em 2023, diz diretora
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve emprestar ao menor 47 bilhões de reais ao setor de infraestrutura neste ano, após desembolso de 42,2 bilhões no ano passado, disse Luciana Costa, diretora do banco, na segunda-feira
"Este ano, apesar de taxa de juros alta e vento macroeconômico contrário, vamos desembolsar 47 bilhões de reais para infraestrutura e energia ou um pouco mais", disse Costa, Diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática, em evento no Rio de Janeiro. A área de infraestrutura do BNDES inclui o segmento de energia. Estudos feitos pelo banco, apontam que o Brasil vai necessitar de 3,7 trilhões de reais em investimentos nos próximos dez anos para infraestrutura, diante de processo de transição energética e foco em sustentabilidade. Desse total, 525 bilhões de reais devem ser direcionados para expansão de geração energia e 1 trilhão de reais para a indústria do hidrogênio verde, além de 263 bilhões de reais para eletromobilidade, como para ônibus elétricos, disse Costa.
REUTERS
Demanda forte sustenta crescimento do setor de serviços do Brasil pelo 3º mês, mostra PMI
A atividade de serviços do Brasil registrou crescimento em maio pelo terceiro mês seguido diante da força da demanda, embora a um ritmo um pouco mais lento, mas com fortes ganhos na atividade empresarial, novas encomendas e emprego, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês)
O PMI do setor de serviços brasileiro compilado pela S&P Global ficou em 54,1 em maio depois de ter registrado em abril o pico em nove meses de 54,5, no terceiro mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. "Os dados do PMI de serviços do Brasil mostram um setor próspero, em que surgiram novas oportunidades de negócios, o crescimento da produção continuou forte e a criação de empregos foi sustentada", avaliou a Diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima. As empresas relataram que a demanda continuou a melhorar em maio, levando a aumentos tanto na atividade quanto nas novas encomendas. Alguns entrevistados também disseram que conseguiram novos clientes durante o mês, ampliando, portanto, a entrada de novos negócios, ainda que com desaceleração após máxima de seis meses em abril. O total de novos negócios foi sustentado por um novo aumento nos novos pedidos de exportação, o primeiro em seis meses. Esse cenário, somado a esforços de reestruturação, levou a um terceiro aumento mensal consecutivo no emprego. Os fornecedores de serviços também se mostraram amplamente confiantes de que a recente melhora na demanda continuará ao longo dos próximos 12 meses, sustentando o crescimento da atividade. Assim, a confiança futura atingiu pico de sete meses, com mais de 58% dos entrevistados mostrando otimismo. O ponto negativo do levantamento foi a inflação, já que os custos de insumos continuaram a aumentar rapidamente, embora tenham desacelerado pelo terceiro mês seguido, e as empresas elevaram seus preços de venda a um ritmo mais forte do que em abril. Segundo a S&P Global, aproximadamente 18% das empresas elevaram seus preços cobrados, contra apenas 4% que os baixaram. "As pressões salariais, custos de insumos e gastos operacionais levaram as empresas a repassá-los aos consumidores, contribuindo para tendências inflacionárias historicamente elevadas e fazendo com que seja mais difícil para as autoridades encontrarem o equilíbrio correto entre estabilidade de preço e crescimento econômico sustentado", disse De Lima. O desempenho setor de serviços ajudou o PMI Composto a subir no ritmo mais forte desde outubro, a 52,3 em maio, de 51,8 em abril, marcando o terceiro mês de expansão da atividade empresarial no setor privado. Isso apesar da sétima contração seguida na indústria brasileira.
REUTERS
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