Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 320 |24 de fevereiro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: mercado sem preço em meio à confirmação de caso atípico de ‘vaca louca’
Diante de um mercado em compasso de espera, as cotações dos animais terminados nas praças de SP são as mesmas registradas em 17 de fevereiro, período pré-Carnaval, informa a Scot
“A depender da duração do embargo, podemos ver carne sendo destinada ao mercado interno, mantendo o rumo do mercado atacadista com osso”, declara a engenheira agrônoma Jéssica Olivier, analista de mercado da Scot. Tal estratégia, continua Jéssica, é de diminuição no número de cabeças abatidas, a fim de evitar o acúmulo de carne nas câmaras frias. Com isso, o boi gordo paulista está cotado em R$ 287/@, a vaca em R$ 261/@ e a novilha em R$ 275/@ (preços brutos e a prazo). Em clima de final de mês, o mercado atacadista da carne bovina apresenta queda na última semana, informa a zootecnista Marina Mioto, analista da Scot. No atacado paulista de carne com osso (fechamento em 17/2), a vaca casada teve recuo de 4,5% no comparativo semanal. No mesmo período, o preço da carcaça de bovinos castrados caiu 1,3%, negociada a R$ 18,05/kg, enquanto na cotação de bovinos inteiros a queda foi de 3,5%, precificada a R$16,64/kg. Em São Paulo, o atacado de carne sem osso também apresentou queda em relação à semana anterior. O movimento, porém, não foi tão expressivo (0,1%), puxado pelos cortes de traseiro, enquanto os cortes de dianteiro se mantiveram estáveis. O varejo seguiu o mesmo ritmo de queda do atacado, observa Marina. Em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, as médias gerais dos cortes analisados pela Scot apresentaram queda de 0,3% nos últimos sete dias, enquanto a praça mineira recuou 1,3% no mesmo comparativo. Para os próximos dias, prevê a analista, com o recente embargo das exportações de carne bovina para China, o fim das festividades de Carnaval e a aproximação dos últimos dias de fevereiro, novas quedas nos preços da carne bovina brasileira não estão descartadas. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 261/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 268/@ (prazo) vaca a R$ 253/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 233/@ (prazo) MT- B. Garças: boi a R$ 248/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca R$ 243/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 224/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 228/@ (prazo) vaca a R$ 216/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo); vaca a R$ 240/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 221/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista).
PORTAL DBO
Em queda, volume de carne bovina in natura exportada é de 91,8 mil toneladas na terceira semana de fevereiro/23
Segundo Secretaria de Comércio Exterior (Secex) as exportações de carne bovina in natura chegaram a 91,8 mil toneladas em treze dias úteis de fevereiro/23. No ano anterior, os embarques somaram 158,5 mil toneladas em 19 dias úteis
A média diária movimentada foi de 7,06 mil toneladas, queda de 15,3%, em relação a fevereiro do ano anterior, com 8,3 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 4.856 mil por tonelada, baixa de 13,3 % frente a fevereiro de 2022, com preços médios de US$ 5,603 mil por tonelada. O valor da exportação ficou em US $ 445,8 milhões. A média diária ficou em US$ 34,2 milhões, redução de 26,6%, frente a fevereiro do ano passado, com US$ 46,7 milhões. É válido ressaltar que a paralisação temporária dos embarques de carne brasileira à China a partir de hoje (23/02) por conta do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina pode impactar os resultados, porém com algum atraso por conta do tempo de contabilização.
AGÊNCIA SAFRAS
México abrirá mercado para a carne bovina brasileira na próxima semana
Indústria local já teria sido notificada
O México deve abrir na próxima semana seu mercado para a carne bovina brasileira. A decisão foi noticiada pelo jornal mexicano “El Norte” e confirmada pelo Valor com fontes a par do assunto. Um representante do Ministério da Agricultura do México comunicou membros da indústria do país sobre a decisão. Ele justificou que a intenção é aumentar a oferta da proteína no mercado interno e, assim, reduzir os preços. Segundo informações prévias, serão beneficiados frigoríficos de 14 Estados livres de febre aftosa com vacinação. “Não haverá uma cota, o potencial é enorme”, disse uma fonte ouvida pelo Valor.
VALOR ECONÔMICO
SUÍNOS
Preço da carcaça especial suína caiu na quinta-feira (23)
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 150,00/R$ 155,00, enquanto a carcaça especial baixou 3,54%/3,42%, custando R$ 10,90/kg/R$ 11,30/kg.
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (22), o preço ficou estável somente no Paraná, fixado em R$ 7,42/kg. Houve alta de 0,1¨% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,36/kg, avanço de 0,56% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 7,20/kg, incremento de 0,13% em Santa Catarina, avançando para R$ 7,44/kg, e de 0,74% em São Paulo, fechando em R$ 8,14/kg. Esta quinta-feira (23) pós- Carnaval foi de preços em queda para a suinocultura independente no Sul do país, enquanto nas praças do Sudeste, foi observada a falta de acordo entre suinocultores e frigoríficos.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: queda e falta de acordo entre criadores e frigoríficos
A quinta-feira (23) pós- Carnaval teve preços em queda para a suinocultura independente no Sul do país, enquanto nas praças do Sudeste, houve falta de acordo entre suinocultores e frigoríficos
No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 16/02/2023 a 22/02/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 4,28%, fechando a semana em R$ 7,18/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 7,60/kg vivo", disse o Lapesui. Em São Paulo, na semana passada o preço havia ficado estável em R$ 8,30/kg vivo, e, nesta semana, não houve acordo entre frigoríficos e suinocultores, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Sugere-se o preço da semana passada. No mercado mineiro, o valor também ficou sem acordo entre criadores e frigoríficos, sendo que o preço acertado na semana anterior (R$ 8,40/kg vivo) ficou sugerido para ser praticado nesta semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve queda, saindo de R$ 7,52/kg vivo para R$ 7,44/kg vivo nesta semana.
AGROLINK
Receita e volume da carne suína exportada crescem na 3ª semana de fevereiro
Números também cresceram na comparação com a segunda semana de fevereiro deste ano
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura nos 13 dias úteis de fevereiro tiveram alta em relação a fevereiro de 2022, com a receita ultrapassando 88% do total do mesmo mês do ano passado. A receita, US$ 121.8 milhões, representa 88,39% de fevereiro de 2022, com US$ 137.8 milhões. No volume, as 49.567 toneladas são 77,43% do total de fevereiro do ano passado, com 64.008 toneladas. A Receita por média diária, US$ 9.369, é 29,2% maior do que a de fevereiro de 2022. No comparativo com a semana anterior, aumento de 15,31%. Em toneladas por média diária, 3.812 toneladas, alta de 13,2% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, avanço de 16,41%. No preço pago por tonelada, US$ 2.457, ele é 14,1% superior ao praticado em fevereiro passado. Frente ao valor atingido na semana anterior, queda de 0,94%.
AGÊNCIA SAFRAS
FRANGOS
Frango: quinta-feira (23) de cotações estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,65/kg.
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Os valores ficaram estáveis no Paraná e em Santa Catarina, custando, respectivamente, R$ 4,99/kg e R$ 4,84/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (22), o frango congelado ficou estável em R$ 6,83/kg, da mesma forma que a ave resfriada, fechando em R$ 6,97/kg.
Cepea/Esalq
Em 13 dias úteis, receita da exportação de carne de frango é quase 79% do total fevereiro de 2022
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura nos 13 dias úteis de fevereiro avançaram em relação ao mesmo mês de 2022
A receita, US$ 462,6 milhões representa 78,95% do montante obtido em fevereiro de 2022, que foi de US$ 586 milhões. No volume as 247.786 toneladas são 73% de fevereiro do ano passado, 339.408 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 35.5 milhões, valor 15,4% maior do que o registrado fevereiro de 2022. No comparativo com a semana anterior, alta de 9,38%. Em toneladas por média diária, foram 19.060 toneladas, alta de 6,7% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, alta de 8,65%. No preço pago por tonelada, US$ 2.457, ele é 14,1% superior ao praticado em fevereiro do ano passado. Frente ao valor da semana anterior, baixa de 0,94%.
AGÊNCIA SAFRAS
Argentina registra 11 casos confirmados e mais de 100 suspeitos de gripe aviária
O ministro da Agricultura, Juan José Bahillo, ressaltou a importância de se fortalecer as ações com as províncias para evitar que doença se espalhe
O governo argentino confirmou que o país já registra 11 casos confirmados de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres, sendo seis em Córdoba e um em Buenos Aires, Jujuy, Neuquén, Salta e em Santa Fé. O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) já recebeu mais de 100 notificações. Em reunião do Conselho Federal de Agricultura do país (CFA), que teve a presença da presidente e do vice-presidente do Senasa, Diana Guillén e Rodolfo Acerbi, além de outras autoridades do setor do país, o ministro de Agricultura, Pecuária e Pesca, Juan José Bahillo, ressaltou a importância de se fortalecer as ações de proteção com as províncias para evitar que a doença se espalhe. Ele também destacou o papel de vigilância e controle desempenhado pelo Senasa e destacou o trabalho realizado em estreita colaboração com o órgão.
ESTADÃO CONTEÚDO
EMPRESAS
Copacol: cooperativa apresenta produtos em Dubai e México
A Copacol marca presença em duas das maiores feiras alimentícias do mundo: a ExpoCarnes y Lacteos, México, e a Gulfood, Dubai. Tanto a América do Norte quanto o Oriente Médio já recebem os produtos da empresa – ambas regiões representam um mercado importante na exportação de aves e peixes.
Com certificações que garantem procedência, sustentabilidade e qualidade, a cooperativa está presente em 77 países e avança em busca de novos clientes. No caso de Dubai, é a primeira edição da feira pós-pandemia com a participação de visitantes da Ásia, um dos maiores consumidores dos produtos brasileiros. “Estamos muito satisfeitos com a participação nas feiras. Em Dubai estamos recebendo nossos clientes da Europa, África e Oriente Médio. Também estamos concretizando novos negócios. A participação a cada ano que passa é muito promissora, levando nossos produtos para mais longe”, afirma Valter Pitol, Diretor-Presidente da Copacol. A Gulfood começou dia 20 e vai até dia 24. A expectativa da comitiva brasileira é fomentar 4,5 bilhões de dólares em negócios. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango halal: ano passado foram de 1,983 milhão de toneladas. Já a Expo Carnes, vai de 21 ao dia 23, em Monterrey, México, país extremamente importante para a avicultura brasileira, devido o volume de importações de cortes de aves. A participação nas feiras é fomentada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Além de aves, a Copacol vem expandindo a comercialização de peixe no mercado externo. Estados Unidos, China, Japão e Taiwan já recebem produtos à base de tilápia. O desafio agora é comercializar o peixe também no Oriente Médio.
Imprensa Copacol
Lar: em Dubai, cooperativa participa da maior feira de alimentos do oriente médio
A Lar Cooperativa está participando de mais uma edição da Gulfood, a maior feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
O Diretor-Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues, comentou sobre a relevância do evento. “Essa é uma feira que não se limita apenas ao Oriente Médio, é um evento que reúne empresas e importadores do mundo todo, ou seja, se torna um ambiente favorável para fortalecer relacionamento com os parceiros já consolidados e também para prospectar novos clientes”, afirmou o dirigente que está no estande da Cooperativa recepcionando o público. A comitiva da Lar também é formada pelo Superintendente de Suprimentos e Alimentos, Jair Meyer; pela Gerente da Divisão de Alimentos, Giovana Rosas e a Coordenadora de Exportação, Caroline Fredo. O time é o responsável por apresentar ao público o catálogo de produtos Lar, com os mais diversos cortes de frango, atendendo critérios estabelecidos por mais de 80 países importadores de frango Lar, incluindo a região do Oriente Médio, onde a Cooperativa tem boas relações com mercado, pois está entre as indústrias brasileiras exportadoras de frango halal, que segue regras de produção e tradições de acordo com a religião islã, praticada pela maioria da população local. “A Lar abate hoje mais de 1 milhão de aves/dia, o que nos coloca entre as maiores empresas de abate de frango do Brasil, por esse motivo precisamos estar presente em eventos como esse, pois temos um volume muito grande de frango para comercializar e feiras como essa são sempre uma boa oportunidade de negócio”, concluiu o diretor-presidente da Lar, otimista com mais uma edição da feira, a primeira no pós-pandemia.
Imprensa Lar
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com projeção de R$ 800 mi ao ano, Paraná aumenta impostos para compensar ICMS menor
Enquanto a recomposição das alíquotas do ICMS continua na primeira fileira das prioridades do Palácio do Planalto junto aos governadores, os estados buscam soluções para compensar a arrecadação menor
No Paraná, os contribuintes pagarão mais impostos a partir de abril. É quando entra em vigor a lei aprovada pela Assembleia Legislativa no final de 2022, elevando as alíquotas de ICMS de serviços e bens não essenciais, que passam de 18% para 19%. Além disso, haverá aumento em produtos específicos. Águas gaseificadas, adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes ou aromatizadas, refrigerantes, refrescos e outros, cervejas sem álcool e isotônicos, que têm alíquota fixada em 18%, passarão a pagar 20%. Já água mineral e bebida alcoólica passam de 16% para 17%; artefatos de joalheria e de ourivesaria aumentam, assim como produtos de tabacarias, de 16% para 17%. A Secretaria da Fazenda do Paraná (Sefa) informa que, com os aumentos, o governo estadual espera arrecadar cerca de R$ 800 milhões por ano. “É uma forma de compensar, em parte, a queda na arrecadação (estimada em R$ 3,13 bilhões de agosto a dezembro de 2022) com a redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações”, explica a pasta. Em 1º de julho de 2022, a alíquota de ICMS incidente sobre esses itens baixou de 29% para 18%, obedecendo a determinação da Lei Complementar 194, que entrou em vigor em todo o Brasil naquela data. No Paraná, porém, o governo estadual retirou da base de cálculo do ICMS as tarifas do uso do sistema elétrico somente no mês de outubro. Agora, o estado informa que, em vista de liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aplicará imediatamente seus efeitos e os reflexos já devem aparecer nas faturas do próximo mês. Com a aplicação da lei federal, a receita gerada pelo ICMS no Paraná foi 15% menor. Para a Secretaria da Fazenda do Paraná, esse é a o maior problema da área. Ainda em 2022, o governo do estado procurou alternativas para compensar a arrecadação menor com ICMS. Em novembro, o Executivo estadual chegou a encaminhar à Assembleia Legislativa projeto de lei para criar um Fundo de Infraestrutura, que seria composto a partir da taxação do agronegócio, mas recuou após sofrer pressões das lideranças do setor. O projeto foi retirado. Outro projeto de lei previa o aumento da alíquota de refrigerantes de 18% para 29%. Novamente, o governo teve que recuar por pressão das indústrias de bebidas. A nova alíquota foi, então, fixada em 20%. “Caso essa situação continue, o Estado pode vir a ter dificuldades”, avalia a pasta. “Vai depender do cenário econômico. Se tivermos uma alta da inflação igual ao ano passado pode ser que a gente não sinta os problemas, porque neste caso a arrecadação tende a aumentar. Caso contrário, sim, a partir de 2024 teremos cenários de riscos”, diz a Sefa. Ao lado dos outros estados da federação e do Comitê Nacional dos Secretários da Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), o Paraná engrossa o pedido de compensações financeiras com a mudança no ICMS. De acordo com dados do Comsefaz, a queda na arrecadação em todos os estados chega a R$ 45 bilhões. E é este valor que o comitê e os governadores estão pleiteando como compensação. O governo federal, por sua vez, ofereceu R$ 22 bilhões. Por conta da disparidade entre os valores, os governadores tentam articular apoio do Congresso para uma compensação de, pelo menos, R$ 30 bilhões.
GAZETA DO POVO
Indústria de alimentos paranaense fatura R$ 136,6 bilhões em 2022
A indústria de alimentos do Paraná se tornou a segunda maior do Brasil em valor de produção, atrás apenas da de São Paulo. Em 2022, vendeu R$ 136,6 bilhões, o que representa 12,7% do faturamento nacional (R$ 1,075 trilhão).
Há 3,5 mil estabelecimentos do setor no estado, onde trabalham 216 mil pessoas, ou seja, 31,7% do total empregado na indústria de transformação paranaense (acima da média nacional de 24%). O número de novos postos de trabalho formais na indústria de alimentos do Paraná cresceu 6,3% na comparação com 2021. Os dados são da pesquisa econômica anual da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). O estado é um dos principais exportadores do Brasil, com vendas de US$ 8,9 bilhões em 2022 e expansão de 32,7% em relação a 2021. Ele completa que, no ano passado, a produção física paranaense cresceu 1,5%. “O Paraná tem uma relevância muito grande, uma vez que responde por 15% do total das exportações brasileiras de alimentos industrializados. O Porto de Paranaguá é um hub de distribuição desses produtos e de grãos para o exterior”, afirma o presidente executivo da ABIA, João Dornellas. Em 2022, a indústria de alimentos do Brasil faturou 16,6% a mais que o apurado no ano anterior. No mercado interno, as vendas chegaram a R$ 770,9 bilhões, 14,3% acima do registrado em 2021 em termos nominais (não deflacionados). As vendas reais totais (descontada a inflação), considerando mercado interno e exportações, expandiram 3,7%, e a produção física teve um incremento de 2,5%. As exportações cresceram 30% em valor, com faturamento de R$ 304,4 bilhões. A geração de novos postos de trabalho no setor merece destaque: foram 58 mil novos postos, uma expansão de 3,4%, totalizando 1,8 milhão de trabalhadores. Além de conjunturas políticas e econômicas nacionais e internacionais, os resultados podem ser atribuídos também aos investimentos na expansão de plantas fabris, pesquisa e desenvolvimento, fusões e aquisições, compra de máquinas e equipamentos, que alcançaram R$ 23,6 bilhões, percentual de 2,2% do faturamento total da indústria de alimentos. O Brasil permanece no posto de segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo: foram 64,8 milhões de toneladas vendidas para 190 países, com destaque para proteínas animais, açúcares, farelos, óleos e gorduras. Ainda assim, as vendas para o exterior equivalem a apenas 28% do faturamento total da indústria, ao passo que o mercado interno representa 72%: no varejo alimentar, R$ 563,7 bilhões, e no food service (alimentação fora do lar), R$ 208 bilhões.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em baixa ante real em dia de busca por risco e ajustes no Brasil
Em mais uma sessão de ajustes, o dólar à vista fechou em baixa ante o real na quinta-feira, mas o recuo perdeu força à tarde com os investidores reagindo a uma piora do ambiente externo
Pela manhã, a queda foi favorecida pelo maior apetite global por ativos de risco, em um movimento que mantinha a moeda norte-americana no território negativo e dava suporte aos índices de ações. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1363 reais, em baixa de 0,67%. Na B3, às 17:30 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,39%, a 5,1385 reais. A busca global por ativos de risco pela manhã sustentou as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como o real brasileiro. A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, para uma taxa anualizada de 2,7% no último trimestre do ano passado, favoreceu o movimento de baixa do dólar. Economistas projetavam uma alta de 2,9%. Com o resultado mais baixo que o esperado, a percepção dos mercados foi de que haveria menos espaço para juros mais altos nos EUA. “Os ativos de risco estavam performando melhor pela manhã: as bolsas estavam subindo bem, os juros estavam caindo. Mas o mercado lá fora virou”, disse durante a tarde o economista da BlueLine Asset Management, Flavio Serrano. “Esta virada fez com que piorasse o mercado de juros e o câmbio aqui também.” “Como o Brasil ficou fechado no Carnaval, o dólar deu uma valorizada na quarta-feira, em função das preocupações com eventual subida de juros nos EUA. Só que a divisa puxou muito. Ontem (quinta-feira), o que vimos é uma readequação”, avaliou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel. Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional, em operação para rolagem dos vencimentos de abril.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com redução de ruídos políticos
Sentimento do investidor global, que tenta antever próximos passos do BC dos EUA, também impactou negócios, em sessão de grande volatilidade
Após sessão volátil, o Ibovespa encerrou em alta ontem, impulsionado pela forte alta dos papéis da Petrobras e pela diminuição dos ruídos políticos internos. O referencial local registrou alta de 0,41%, aos 107.593 pontos. O sentimento do investidor global também impactou diretamente nos negócios, na medida em que agentes seguem analisando dados econômicos dos Estados Unidos e tentam antever quais serão os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no seu ciclo de aperto monetário. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,53%, aos 4.012 pontos, o Dow Jones fechou em alta de 0,33%, aos 33.153 pontos, e o Nasdaq avançou 0,72%, aos 11.590 pontos. Entre as commodities, o petróleo Brent para abril subiu 2,00%, para US$ 82,21, em meio às notícias de que a Rússia planeja reduzir suas exportações e com dados macroeconômicos dos EUA no radar. Isso permitiu que os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras avançassem 3,73% e 3,07% respectivamente. Além disso, mesmo com a alta do produto hoje, os preços internacionais estão mais baixos do que os praticados internamente, o que indica, segundo analistas, uma possibilidade de redução de preços nas refinarias sem que haja descolamento do exterior. Essa possibilidade reduz as pressões sobre a Petrobras, o que alivia investidores. “Esse ponto é importante porque hoje houve reforço do discurso de que a desoneração vai acabar em breve”, afirma Bruno Komura analista da Ouro Preto Investimentos. Ele citou a fala do chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, que confirmou a reoneração da gasolina e do etanol no fim deste mês. No exterior, dados dos Estados Unidos mostraram uma revisão do Produto Interno Bruto (PIB) anualizado do quarto trimestre de 2022. Enquanto a expectativa era que essa segunda leitura mantivesse o avanço em 2,9%, a revisão reduziu o ímpeto para uma alta de 2,7%. O fato trouxe algum suporte para a tomada de risco nos mercados globais, mas as incertezas devem manter os mercados voláteis.
VALOR ECONÔMICO
Arrecadação federal soma R$ 251,745 bi em janeiro e é maior da história para o mês
Resultado do mês representou alta real de 1,14% sobre igual período do ano anterior
A arrecadação federal de impostos alcançou R$ 251,745 bilhões em janeiro e registrou alta real de 1,14%, sempre na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados na quinta-feira (23) pela Receita Federal do Brasil (RFB). Nos números atualizados pela inflação, o resultado de janeiro foi o melhor para o mês em toda a série histórica, com início em 1995. Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 6,98% janeiro. Considerando somente as receitas administradas pela RFB, houve alta real de 2,16% no mês passado, somando R$ 234,932 bilhões. A alta nominal foi de 8,05%. Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 16,813 bilhões no mês passado, queda real de 11,20%. Em termos nominais, essas receitas caíram 6,08%. O governo federal deixou de arrecadar R$ 12,379 bilhões em janeiro por causa de desonerações tributárias, segundo a Receita. Em janeiro de 2022, a renúncia foi de R$ 6,346 bilhões. As fontes de renúncia do governo federal no mês passado foram: Imposto sobre Produtos Industrializados (R$ 1,9 bilhão); PIS/Cofins e Cide (R$ 3,750 bilhões); folha de salários (R$ 661 milhões); planos de saúde (R$ 267 milhões); tributação de participação de lucros e resultados (R$ 264 milhões); depreciação acelerada de bens de capital (R$ 184 milhões); outros, no qual entra o Simples Nacional (R$ 5,347 bilhões). O crescimento da arrecadação federal em janeiro seria de quase 9% se não fossem pagamentos atípicos de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o comportamento das desonerações vigentes”, segundo análise publicada hoje pela própria Receita, junto com os números do mês passado. De acordo com o órgão, “sem considerar os fatores não recorrentes, haveria um crescimento real de 8,99% na arrecadação do mês de janeiro de 2023”, sempre já descontando a inflação e em relação ao mesmo período de 2022. Nesse caso, a arrecadação seria de R$ 237,582 bilhões. O crescimento considerando os fatores não recorrentes foi de 1,14%, com a arrecadação alcançando R$ 234,932 bilhões. De um lado, a Receita identificou arrecadação atípica de R$ 3 bilhões ligado ao IRPJ e à CSLL. Em sentido oposto, houve redução não recorrente da arrecadação ligada ao corte das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (impacto negativo de R$ 1,9 bilhão) e do PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 3,75 bilhões). Entre os destaques positivos de janeiro, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital alcançou R$ 10,847 bilhões, alta de 58,14%. Já a receita previdenciária teve arrecadação de R$ 47,951 bilhões, com alta de 8,63%. “Esse resultado pode ser explicado pelo aumento da massa salarial”, disse a Receita. Por sua vez, a arrecadação do IRRF sobre rendimentos do trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 21,049 bilhões, crescimento real de 13,31%.
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