Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 317 |17 de fevereiro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Demanda firme, especialmente de boi-exportação
Na quinta-feira, 16 de fevereiro, a consultoria S&P Global apurou novas variações positivas no mercado físico do boi gordo
Os movimentos de alta ainda são majoritariamente direcionados para lotes de boiada que atendem algum padrão de exportação – especialmente animais abatidos mais jovens, com até 30 meses, o tipo de produto que é enviado ao mercado da China, disparada o maior cliente mundial da commodity brasileira. De acordo com a S&P Global, além do câmbio favorável, as altas nos preços internacionais da proteína bovina também têm estimulado uma atuação mais ativa por parte algumas plantas frigoríficas do País. “As disparidades de preços entre as categorias ou entre regiões que possuem unidades de abate com foco na exportação também começam a exercer influência nos preços da arroba”, observa a consultoria. Atualmente, unidades frigoríficas paulistas chegam a ir buscar animais gordos nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e até mesmo em áreas da região Norte do País, informa a S&P Global.
Porém, a maior disponibilidade de fêmeas para abate (processo de descarte motivado pela mudança do ciclo pecuário – fase de baixa dos preços) e a dificuldade de escoamento da carne no atacado impedem um movimento mais forte de valorização da arroba do boi gordo. Pelos dados da Scot Consultoria, nesta quinta-feira que antecede o Carnaval, os preços para a arroba de boi, vaca e novilha seguiram estáveis no mercado paulista, após as altas que ocorreram ao longo desta semana. O boi está cotado em R$ 287/@, a vaca em R$ 261/@ e a novilha em R$ 270,00/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está valendo R$ 295/@ (preço bruto e a prazo) em São Paulo, mas há negócios acima dessa referência, mas em baixo volume, aponta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 261/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 253/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); MT- Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca R$ 243/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 224/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo); vaca a R$ 240/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 236/@ (à vista); vaca a R$ 222/@ (à vista).
SUÍNOS
Altas leves para o suíno vivo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 150,00/R$ 155,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 11,30/kg/R$ 11,80/kg
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (15), o preço ficou estável apenas no Paraná, com preço de R$ 7,39/kg. Houve aumento de 0,12% em Minas Gerais, chegando em R$ 8,36/kg, incremento de 0,85% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 7,16/kg, alta de 0,95% em Santa Catarina, seguindo para R$ 7,44/kg, e de 0,37% em São Paulo, fechando em R$ 8,10/kg. A quinta-feira (16) foi de preços estáveis para o suíno no mercado independente do Sudeste, enquanto altas nas cotações foram registradas no Sul do país. Os feriados de Carnaval diminuem os dias de abate na próxima semana, mas a oferta controlada de animais saindo das granjas ajuda a sustentar os preços.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: preços estáveis no Sudeste e altas no Sul
No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 09/02/2023 a 15/02/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 9,74%, fechando a semana em R$ 7,50/kg vivo
Em São Paulo, o preço ficou estável em R$ 8,30/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), com acordo entre frigoríficos e suinocultores. No mercado mineiro, o valor também ficou estável R$ 8,40/kg vivo, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve aumento saindo de R$ 7,40/kg vivo para R$ 7,52/kg vivo na semana.
AGROLINK
Suínos/Cepea: Valores de todos os produtos suinícolas estão em alta
Dos cortes ao animal vivo, os preços dos produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea estão em forte movimento de alta nesta primeira quinzena de fevereiro
Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento está atrelado à demanda aquecida e à oferta restrita no mercado interno, sobretudo de animais em peso ideal para o abate. No mercado atacadista da carne, as cotações da carcaça acompanharam o movimento altista do animal vivo. Isso evidencia que a liquidez está elevada mesmo diante das recentes valorizações da proteína. Agentes consultados pelo Cepea esperam que a demanda pela carne siga aquecida nos próximos dias.
Cepea
FRANGOS
Frango congelado e o resfriado com alta na quinta-feira (16)
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,65/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, não houve mudança no preço, fixado em R$ 4,29/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,00/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (15), a ave congelada teve aumento de 2,13%, atingindo R$ 6,72/kg, e o frango resfriado ampliou 1,05%, fechando em R$ 6,74/kg.
Cepea/Esalq
Certificado de Origem Digital reduz custos e tempo para o exportador brasileiro de carne de aves, destaca a ABPA
Novo Certificado Digital para União Europeia e Reino Unido aumenta eficiência nos processos de vendas de carne de aves
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aplaudiu a publicação das Portarias 235 e 236 da SECEX/MDIC que disciplinam a nova forma de emissão de certificados de origem das cotas existentes de carne de aves para a União Europeia e o Reino Unido a partir de 01 de março de 2023. Atualmente a União Europeia e o Reino Unido mantém sistema de cotas com o Brasil nas exportações de carne de frango e carne de peru e o certificado de origem é um importante instrumento para o controle e correta alocação dos volumes de cotas em consonância com as licenças de importação. Com a publicação, os certificados de origem passam a ser emitidos digitalmente e trarão ganhos de eficiência bastante significativos para os exportadores brasileiros, reduzindo tempo e custo nesta operação. A emissão é gratuita e muito mais fácil e rápida que o modelo anteriormente adotado nas vendas para estes mercados, que eram em papel e passavam por várias etapas até a entrega física do documento nas aduanas europeias e inglesas. Além da transparência, na análise do Presidente da ABPA, Ricardo Santin, a certificação de origem digital reduzirá burocracias de custos nas exportações para dois dos mercados com maior valor agregado para a carne de aves brasileira. “O trabalho realizado pela Secretária Tatiana Prazeres e equipe da SECEX a partir da definição do certificado digital é um marco para a desburocratização do comércio exterior e esperamos que este processo siga também para outros mercados. A digitalização supre uma necessidade em um contexto cada vez mais competitivo do comércio internacional”, destacou Santin. O Brasil exportou mais de 330 mil toneladas, com receita de aproximadamente US$ 1 bilhão, para estes dois destinos durante 2022. “Até agora, o exportador era obrigado a pagar 160 reais por certificado emitido e entre a emissão do certificado e o envio físico do documento para o continente europeu o prazo médio era de 10 dias. Mais que a redução de custo direto da certificação, que é importante, o ganho em tempo reforça a nossa competitividade ao evitar custos indiretos atrelados ao processo de comércio exterior, como, por exemplo, custos adicionais que eventualmente eram gerados por custos portuários”, enfatizou o Diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua.
ABPA
EMPRESAS
Frimesa: Zydek assume a presidência da Cooperativa Central
Em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada no dia 15 de fevereiro, a Frimesa Cooperativa Central fez mudanças em sua estrutura de gestão. O então diretor-presidente Valter Vanzella anunciou sua aposentaria após 26 anos à frente da Central. “Estou muito maduro com essa decisão e muito feliz por tudo o que fizemos. Deixo um legado que me orgulho”, explicou
Elias José Zydek, antes Diretor-Executivo, assume o cargo de Diretor-Presidente Executivo para o mandato de 2023 a 2026. Destaca-se que, antes da eleição efetiva de um novo presidente, a cooperativa passou por uma reforma estatutária em que, para ocupar a vaga, o candidato deveria ser alguém com formação acadêmica e não mais membro do Conselho das cooperativas filiadas. Vanzella presidiu a prestação de contas e explicou os resultados do ano com todas as dificuldades da cooperativa e do país de um modo geral. Com um cenário econômico e financeiro instável, 2022 foi um ano difícil. Com determinação, foi possível manter a cadeia produtiva junto às filiadas - Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato, e ampliar a marca. Os números repassados e aprovados foram: um faturamento de R$ 5,506 bilhões, sendo um crescimento de 9,26%. O cenário econômico e financeiro estreitou o resultado final para R$ 42,9 milhões, reflexo das margens apertadas nas atividades suíno e leite. Um dos destaques para o ano de 2022 está a inauguração do frigorífico em Assis Chateaubriand (PR). O investimento foi de 1,35 bilhão de reais para uma capacidade de 7.500 cab/turno podendo chegar a 15.000 cab/dia. As unidades fabris da Frimesa operaram de acordo com as capacidades de produção para atender as demandas de mercado e industrializar a matéria-prima recebida. A área de carnes teve uma produção total de 297.137 toneladas, um crescimento de 6,22% comparado a 2021, representando um total de 70,5% nos negócios da marca. Os altos custos de produção fizeram com que as indústrias da Frimesa recebessem 683.191 litros de leite ao dia, uma diminuição de 16,95% motivada pelos altos custos de produção, uma realidade de todo o Brasil, em vista dessa queda do recebimento, a Frimesa encerrou as suas atividades na unidade de lácteos em Capanema (PR). A representação da atividade leiteira no faturamento da Central foi de 27,8%. Os 527 produtos diferentes foram distribuídos pela equipe de logística eficiente, sincronizada com uma gestão de toda cadeia de suprimentos da Frimesa. Lácteos e cárneos chegaram à mesa dos consumidores de todo o Brasil por meio dos 47.994 clientes ativos, atendidos por 11 filiais de vendas e 12 Centros de Distribuição (CDs). Em 2022, o corpo funcional contou com 9.788 colaboradores, 4,17% a mais que o ano anterior e, ainda, foi lançada a Escola de Formação, uma plataforma online que conta com cursos para capacitação profissional.
OCEPAR
Coamo distribuirá R$ 220 mi em “sobras” antecipadas aos cooperados
A Coamo Agroindustrial, uma das maiores cooperativas do setor, anunciou nesta sexta-feira que fará a distribuição de 220 milhões de reais em lucros antecipados, chamados pela unidade de “sobras”, aos mais de 30 mil cooperados, segundo comunicado
O montante tem como base a movimentação de cada cooperado na entrega da produção agrícola e no abastecimento de insumos na cooperativa. Serão antecipados 0,80 real para a soja, 0,30 real para o milho, 0,30 real para o trigo e 1,80% para os insumos retirados até 20 de novembro. O pagamento será efetuado de forma simultânea em todas as unidades da Coamo nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O Presidente do conselho de administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, disse em nota que “220 milhões de reais de antecipação é um valor bastante significativo e ainda tem o restante, que representa a maior parte das sobras, que será pago em fevereiro de 2023”.
REUTERS
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Exportações do Paraná crescem 6,1% em janeiro de 2023
As exportações do Paraná cresceram 6,1% em janeiro de 2023, de acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nos dados do governo federal
Foram exportados US$ 1.381.864.547 em janeiro deste ano, contra US$ 1.302.979.509 do mesmo período do ano passado. As principais altas em volume financeiro foram em carne de frango in natura (26,2%) - o que representou um quinto de tudo o que foi exportado pelo estado no mês -, cereais (260,3%), açúcar bruto (265,5%), óleo de soja bruto (67,9%), farelo de soja (29,9%), automóveis (87,5%), veículos de carga (87,4%), materiais elétricos e eletrônicos (17%) e carne suína in natura (11,1%). Cereais e farelo de soja ultrapassaram a marca de US$ 100 milhões movimentados e carne de frango movimentou quase US$ 300 milhões. A venda de automóveis chegou a 4% da participação do total da matriz paranaense, contra 2,3% em janeiro do ano passado. O salto foi de US$ 29.724.322 para US$ 55.740.392. Os 15 principais destinos foram China, Japão, Estados Unidos, Argentina, México, Chile, Colômbia, Índia, Paraguai, Países Baixos (Holanda), Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Itália, Vietnã e Reino Unido. Os produtos paranaenses foram enviados para 167 país
es.
GAZETA DO POVO
Exportação de milho pelo porto de Paranaguá cresceu mais de 300% em janeiro
No mesmo mês, as exportações de soja caíram 47%
Os embarques de milho pelo porto de Paranaguá e Antonina (PR) totalizaram 629,9 mil toneladas, um aumento de 388% se comparado com o mesmo período do ano passado, segundo informações da Portos do Paraná. Já as exportações de soja diminuíram 47%, totalizando 346,8 mil toneladas. Ainda assim, o porto foi a principal rota de escoamento da oleaginosa no Brasil em janeiro, a frente dos volumes movimentados nos portos de Rio Grande (263.365 toneladas), Salvador (71.396) e Vitória (56.180 toneladas). Com esse cenário, as exportações de granéis sólidos via porto de Paranaguá cresceram 12,8%, chegando a 1,2 milhão de toneladas. “A demanda do segmento dos granéis vegetais de exportação vem intensa desde o final de 2022. Neste ano, não tivemos nenhum período de ociosidade no embarque pelo Corredor Leste”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. No mês passado, a movimentação de caminhões no pátio de triagem do porto de Paranaguá chegou ao maior patamar desde 2016. Foram 29,6 mil veículos no local para descarregar soja, milho e farelo de soja nos terminais paraenses. O recorde para o mês na ocupação de vagas do local, registrado há sete anos, foi de cerca de 30 mil caminhões. O número de 2023 é quase 15% maior que o registrado em 2022, quando foram 25,8 mil transportadores recebidos.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em baixa de 0,12%, a R$5,2118 na venda
Após chegar a subir 0,81% durante a manhã, o dólar à vista perdeu força ao longo da sessão e fechou o dia em baixa
A virada, que ocorreu à tarde, esteve em sintonia com o movimento no exterior, onde a moeda americana também perdeu força ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities. Um comentário do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à CNN Brasil, dizendo que não tem interesse em brigar com o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, contribuiu para que o dólar fosse para o campo negativo. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,2118 reais, em baixa de 0,12%. Na B3, às 17:08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,02%, a 5,2265 reais.
REUTERS
Ibovespa fecha em leve alta
Após apresentar tendência negativa pela manhã, o Ibovespa esboçou alguma recuperação nas últimas horas do dia e fechou o pregão de quinta-feira em alta, na medida em que investidores seguiram acompanhando de perto o noticiário político e, assim como ontem, precificaram um arrefecimento nas tensões entre o Banco Central e o governo
No fim do dia, o referencial local registrou ganhos de 0,31%, aos 109.941 pontos. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 108.378 pontos, e, na máxima, os 110.437 pontos. Em Nova York, o S&P 500 caiu 1,38%, aos 4.090 pontos, Dow Jones fechou em queda de 1,26%, aos 33.696 pontos e Nasdaq recuou 1,78%, aos 11.855 pontos.
VALOR ECONÔMICO
Exportações de produtos do agronegócio ultrapassam US$ 10 bilhões em janeiro
Valor das vendas externas do setor no primeiro mês do novo governo é recorde de toda a série histórica para os meses de janeiro. As vendas externas de carnes atingiram quase US$ 2 bilhões, também recorde para os meses de janeiro
As exportações do agronegócio atingiram US$ 10,23 bilhões em janeiro deste ano, alta de 16,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é o primeiro ano em que o valor das exportações do setor ultrapassa os US$ 10 bilhões para os meses de janeiro. Com esta cifra, as vendas externas do agronegócio representaram 44,4% do valor total exportado pelo Brasil. Segundo a SCRI, o valor recorde ocorreu devido ao incremento dos preços médios de exportação (+10,5%) e da quantidade embarcada (+5,5%). Os produtos exportados que mais se destacaram nesse primeiro mês do ano foram o milho, as carnes (bovina, suína e de frango) e o açúcar. Às importações do agronegócio registraram US$ 1,54 bilhão, em janeiro deste ano, elevação de 38,3% na comparação com janeiro de 2022 (US$ 1,12 bilhão). O valor não compreende insumos utilizados na produção agropecuária, como fertilizantes, defensivos, peças e equipamentos. O milho, que é o principal produto de exportação do setor de cereais, farinhas e preparações, foi responsável por US$ 1,8 bilhão: incremento de 166,4% na comparação com janeiro anterior. De acordo com a SCRI, o volume exportado também foi recorde para os meses de janeiro, com 6,2 milhões de toneladas. As vendas externas de carnes atingiram quase US$ 2 bilhões, também recorde para os meses de janeiro. A carne bovina correspondeu a US$ 848 milhões e o volume exportado foi de 182 mil toneladas. A China continua como a maior importadora desta proteína, com aquisição de 57% do valor exportado (US$ 483 milhões). Outros importantes mercados foram Estados Unidos, União Europeia, Chile, Hong Kong e Egito. A carne de frango também obteve desempenho favorável com volume recorde e alto preço médio de exportação: US$ 839 milhões e 409 mil toneladas. Os principais destinos foram China, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes. Já a carne suína somou US$ 210 milhões, em janeiro deste ano, valor também recorde para os meses de janeiro. A China comprou mais da metade desse valor. As vendas externas de açúcar totalizaram US$ 870 milhões, alta de 68%. Os destaques foram os seguintes mercados: Argélia, Nigéria, Marrocos, Egito e China. O complexo soja (grãos, farelo e óleo) exportou US$ 1,5 bilhão, recuo de 26,6%. O volume exportado de soja em grãos ficou em 840 mil toneladas (-66%). Desse total, a China adquiriu 61% ou 509 mil toneladas. Rússia, Tailândia e Vietnã também foram grandes importadores da soja brasileira. O farelo de soja somou US$ 765 milhões exportados e o óleo de soja, US$ 267 milhões. Ambos resultados recordes para janeiro.
MAPA
IPPA/Cepea: Ano se inicia com queda em todos os grupos de alimentos
O IPPA/CEPEA (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) caiu no primeiro mês do ano
Vale lembrar que, desde setembro, o IPPA/CEPEA tem registrado recuos consecutivos. Em relação a dezembro, em termos nominais, a variação negativa foi 2,9%, como resultado das quedas observadas em todos os grupos de alimentos: IPPA-Grãos (-2,2%), IPPA - Pecuária (-2,8%), IPPA-Hortifrutícolas (-18,3%) e IPPA-Cana-Café (-0,1%). No mês, ainda, observou-se que IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, permaneceu praticamente estável (ligeira queda de 0,4%), o que indica que, de dezembro para janeiro, os preços agropecuários caíram frente aos industriais da economia brasileira. No cenário internacional, houve baixa de 0,8% dos preços internacionais dos alimentos, cujo índice é divulgado pela FAO, e de 0,8% da taxa de câmbio oficial, divulgada pelo Bacen. Em relação a janeiro de 2022, o IPPA/CEPEA registrou queda de 4,8%, ao passo que o IPA-OG-DI Preços Industriais avançou 2,6%. Na mesma comparação, em relação aos preços internacionais dos alimentos e do câmbio nominal, as quedas foram de 3,2% e de 6%, respectivamente. Nesse sentido, nota-se coerência entre os comportamentos do IPPA/CEPEA e dos preços internacionais dos alimentos, levando em consideração as variações cambiais.
Cepea
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