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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 314 DE 14 DE FEVEREIRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 314 |14 de fevereiro de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: preços firmes

A segunda-feira, 13 de fevereiro, registrou um ambiente de preços firmes no mercado físico do boi gordo, informou a S&P Global, consultoria que acompanha diariamente o setor pecuário brasileiro


Paralelamente, o consumo doméstico da proteína deve ser impulsionado pelo feriado prolongado de Carnaval. Nas praças paulistas, diz a S&P Global, há relatos de forte especulação altista nos preços da arroba, pois muitos frigoríficos locais começaram a comprar lotes de boiadas gordas no Mato Grosso do Sul. “O spread (diferença) de preço entre as duas regiões, que rondam entre R$ 20 por arroba, dá maior competitividade ao animal do Estado vizinho”, ressalta a S&P Global. Na segunda-feira, a consultoria apurou alta na cotação da arroba do boi gordo paulista, que avançou de R$ 286 para R$ 291. No mercado atacadista, a distribuição das carnes com osso foi boa durante a última semana, informou a Scot Consultoria. “Com o retorno das aulas e o pagamento dos salários, o atacado com osso apresentou ajustes positivos, principalmente para o bovino castrado e a novilha”, relatou a Scot. Na variação semana a semana, a cotação da carcaça casada de bovinos castrados subiu 2,6%, precificada em R$ 18,29/kg, enquanto para os bovinos inteiros, a cotação caiu de 0,7%, com a carcaça negociada em R$ 17,24/kg, acrescentou a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 261/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 253/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 269/@ (prazo) vaca R$ 23/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 224/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 240/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista).


Exportação de carne bovina in natura cai 29,3% na segunda semana de fev/22

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne bovina in natura atingiram 47,1 mil toneladas nos primeiros oito dias úteis de fevereiro/23. No ano anterior, os embarques somaram 158,5 mil toneladas em 19 dias úteis


A média diária exportada foi de 5,8 mil toneladas, queda de 29,3%, frente a fevereiro do ano anterior, que ficou em 8,3 mil toneladas. Para os analistas, o resultado reflete o efeito do primeiro ano novo lunar chinês sem as restrições à Covid 19, o que paralisou as operações na China levando a um atraso de pelo menos 30 a 40 dias entre a operacionalização e a contabilização na balança comercial. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho no começo deste mês de fevereiro está mais lento em justamente em função do feriado de ano novo lunar. “Os importadores chineses ficaram menos ativos no mercado, mas agora temos que monitorar os preços da carne bovina internacional”, disse. O preço médio do produto na segunda semana de fevereiro ficou em US$ 4.822 por tonelada, queda de 13,9 % frente aos dados de fevereiro de 2022, com preços médios de US$ 5.603 por tonelada. O valor negociado para o produto ficou em US $ 227,4 milhões. A média diária ficou em US$ 28,4 milhões, queda de 39,2%, frente a fevereiro do ano passado, com US$ 46,7 milhões.

AGÊNCIA SAFRAS


SUÍNOS


Suínos: altas acentuadas para o setor

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 142,00/R$ 146,00, enquanto a carcaça especial subiu 3,70%/2,65%, custando R$ 11,20/kg/R$ 11,60/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (10), os preços ficaram estáveis no Paraná e em Santa Catarina, fixados, respectivamente, em R$ 6,81/kg e R$ 6,92/kg. Houve alta de 1,41% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,91/kg, avanço de 2,53% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,88/kg, e de 3,29% em São Paulo, fechando em R$ 7,84/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de carne suína cresce em preços neste início de fevereiro

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne suína in natura nos oito dias úteis de fevereiro atingiram mais de 47% da receita do mês de fevereiro do ano passado


Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a melhor notícia no resultado é a alta dos preços médios pagos pela proteína. "Isso é excelente para o setor, mostrando que a tonelada da carne suína está em alta no exterior e a receita também avançou. Então mais do que volume, neste momento é importante ter receita porque isso vai ajudar na rentabilidade média do setor. Não adianta nada ter vendas expressivas com receitas anêmicas, porque as dificuldades seguem, já que os custos estão muito altos. Isso é uma das chaves para a suinocultura brasileira se recuperar, e aqui dentro da Safras & Mercado temos a expectativa de um segundo semestre com alguma lucratividade para a suinocultura brasileira", disse. A receita, US$ 65 milhões, representa 47,16% do montante obtido em fevereiro de 2022, que foi de US$ 137,8 milhões. No volume, as 26.201 toneladas são 40,9% do total registrado em fevereiro do ano passado, com 64.008 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 8.125, valor 12% maior do que o de fevereiro de 2022. No comparativo com a semana anterior, baixa de 9,7%. Em toneladas por média diária, 3.275 toneladas, recuo de 2,8% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, queda de 9,9%. No preço pago por tonelada, US$ 2.480, ele é 15,2% superior ao praticado em fevereiro passado. Frente a semana anterior, alta de 0,22%.

AGÊNCIA SAFRAS


México amplia abertura para a carne suína brasileira

País retirou uma exigência que vinha travando os embarques


O México ampliou a abertura do seu mercado para a carne suína brasileira, informou o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao Valor. Agora, o Brasil poderá exportar o produto in natura, sem a necessidade de passar por processamento térmico em solo mexicano antes de ser vendido aos consumidores, o que facilita o processo. “É mais uma demonstração de que o humor do mundo mudou em relação ao Brasil”, disse Fávaro. Segundo o Ministro, o México consome 1,5 milhão de toneladas de carne suína por ano, o que representa um potencial significativo para o segmento no Brasil. “Vamos começar a pegar uma fatia desse mercado”, afirmou. No fim do ano passado, o México informou a abertura do mercado para a importação de carne suína brasileira produzida em Santa Catarina, estado que já tinha o status de livre de febre aftosa sem vacinação na época do pedido do Brasil de acesso ao país. A carne enviada para aquele mercado, no entanto, precisava ser enviada para estabelecimentos auditados pelo serviço de inspeção oficial mexicano, cozida e enlatada para, então, ser comercializada no país. Na semana passada, as autoridades mexicanas anunciaram a retirada dessa exigência — o que, na prática, torna o processo menos burocrático e agrega valor ao produto brasileiro. Fávaro disse que o Brasil, até então, não estava realizando embarques para lá por conta dessa obrigatoriedade. Seis empresas catarinenses são habilitadas para exportar carne suína ao México e poderão mandar os produtos diretamente para os clientes mexicanos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a medida abre novas oportunidades para o fornecimento dos produtos brasileiros. A entidade espera que as vendas também possam ser ampliadas para unidades de outros Estados em breve, como Rio Grande do Sul e Paraná. "Além de ampliar a capacidade de suprimento ao mercado mexicano, a medida torna mais simples o processo de exportação de produtos suinícolas para o mercado, igualando as condições de embarques com outros exportadores, como os EUA (principal fornecedor para o mercado mexicano). Ao mesmo tempo, abre oportunidade para o fornecimento desses produtos a outros perfis de importadores de carne suína", disse a ABPA em nota enviada ao Valor. Santa Catarina já é um Estado reconhecido pelas autoridades mexicanas como livre de aftosa sem vacinação. A ABPA tem a expectativa de que a medida seja estendida a outras áreas. Recentemente, o Chile fez o mesmo reconhecimento ao Rio Grande do Sul. O ministro Carlos Fávaro afirmou, ainda, que assinou na semana passada uma carta que será enviada às autoridades da União Europeia solicitando a retomada das negociações para a exportação de produtos brasileiros ao bloco, como carne de frango e ovos.

VALOR ECONÔMICO


FRANGOS


Preços do frango não reagem no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,31%, custando R$ 6,45/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, não houve mudança no preço, fixado em R$ 4,29/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,00/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (10), houve alta de 0,46% para a ave congelada, atingindo R$ 6,62/kg, e de 0,90% para o frango resfriado, fechando em R$ 6,70/kg.

Cepea/Esalq


Preço do frango exportado tem alta no início de fevereiro, com a retomada da China

Nos primeiros 8 dias úteis de fevereiro, a alta no preço pago por tonelada foi de 24,4% em relação ao valor da última semana de janeiro


Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne de aves in natura nos oito dias úteis de fevereiro tiveram aumento na receita. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a entrada dessa receita adicional é interessante quando se fala em um setor (avícola) que entrou em dificuldades neste início de ano, se deparando com margens muito deterioradas. "Houve um desempenho muito positivo, e o que ajudou na alta dos preços internacionais é a retomada da China após o feriado do Ano Novo Lunar, somado à flexibilização das políticas relacionadas à Covid-19. Tudo isso pesou positivamente em relação à formação de preço. Os importadores chineses têm demonstrado mais apetite nas compras", explicou. A receita, US$ 260.3 milhões, representou 44,41% do montante obtido em fevereiro de 2022, com US$ 586 milhões. No volume, as 140.338 toneladas são 41,34% maiores em relação a fevereiro do ano passado, 339.408 toneladas. A receita por média diária, US$ 32.5 milhões, é 5,5% maior do que a registrada em fevereiro de 2022. No comparativo com a semana anterior, baixa de 7,6%. Em toneladas por média diária, f 17.542 toneladas, redução de 1,8% na comparação com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, queda de 0,68%. No preço pago por tonelada, US$ 2.480 até o momento, ele é 15,2% superior ao praticado em fevereiro do ano passado. Frente ao valor da semana anterior, alta de 24,4%.

AGÊNCIA SAFRAS


CARNES


Expectativa para carne bovina é positiva apesar de queda de preços de exportação

A expectativa para a carne bovina brasileira em 2023 segue positiva, mesmo após os resultados dos embarques em janeiro mostrarem uma tendência de preços médios mais baixos neste ano, segundo o BB Investimentos


O preço médio das exportações brasileiras de carne bovina em janeiro, em dólares por tonelada, teve queda de 7,5% na comparação anual, apesar de permanecer praticamente estável na comparação mensal. “As projeções seguem otimistas para a demanda externa por carne bovina e o Brasil pode assumir o papel de destaque no comércio global da proteína considerando a possibilidade de uma oferta mais restrita em outros mercados, como nos EUA, e demanda aquecida em diversos mercados premium”, escreveram analistas do BB Investimentos em relatório divulgado na sexta-feira (10). A habilitação anunciada em janeiro de 11 frigoríficos brasileiros para exportação de carne bovina à Indonésia, entre os quais três plantas da Marfrig e uma da Minerva, contribui para esse cenário positivo. Para as carnes de frango e suína, os preços de venda ao mercado externo permaneceram em patamar elevado, mas as margens da indústria brasileira seguem pressionadas em razão de altos preços do milho, segundo o BB Investimentos. “Mesmo com a expectativa de uma safra satisfatória no Brasil, a quebra relevante esperada para a safra do cereal (milho) na Argentina tem pressionado os preços para cima. Além disso, a demanda externa aquecida pelo grão brasileiro tem potencial de competir com a demanda doméstica, trazendo mais um elemento de pressão sobre os preços dos insumos da indústria local.”

CARNETEC


INTERNACIONAL


Hong Kong registra novo foco de peste suína africana

De acordo com a Organização Internacional de Saúde Animal, doença causou a morte de 45 animais de um plantel doméstico

A Organização Internacional de Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês) informou na segunda-feira (13/2), um caso de peste suína africana (PSA) em Hong Kong. O novo foco da doença causou a morte de 45 suínos de um plantel doméstico, na localidade de Ta Kwu Ling, próxima da fronteira com a China continental. De acordo com o informe, o diagnóstico foi confirmado no sábado (11/2) depois de testes de laboratório. Toda a movimentação da fazenda onde o foco de PSA foi suspensa. Outras cinco propriedades em um raio de três quilômetros também foram inspecionadas, mas nada foi encontrado. “A movimentação de suínos nessas fazendas também foi suspensa e amostras de suínos serão testadas. Nenhum relatório de anormalidades de fazendas de suínos fora da zona de 3 km foi recebido”, diz a Organização. Entre as medidas aplicadas no local do contágio, estão controle em áreas de vida selvagem, vigilância dentro e fora da zona restrita, rastreabilidade, quarentena e controle de movimentação. Ainda devem ser feitas a desinfecção dos locais e o descarte das carcaças dos animais que morreram. O caso anterior de Peste Suína Africana em Hong Kong tinha sido registrado em maio de 2022. A doença, considerada uma das mais graves da suinocultura, atingiu planteis na Europa e na Ásia, principalmente na China, onde houve perdas em grande parte dos planteis, causando mudanças no quadro de oferta e demanda global.

GLOBO RURAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Show Rural bate recorde de público e movimenta mais de R$ 5 bilhões

Evento registrou 384.122 visitantes, maior público desde que feira foi criada em1998


O Show Rural de Cascavel bateu recorde de público: 384.122 visitantes. É o maior público em cinco dias desde 1998, quando ela foi criada. Foram movimentados R$ 5 bilhões em negócios (financiamentos, contratos, parcerias e compras) para modernização do campo e dos sistemas de produção. Os resultados foram apresentados na sexta-feira (10) pelo Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, em coletiva de imprensa. Ele também anunciou a data da próxima edição: de 5 a 9 de fevereiro de 2024. “Os resultados alcançados mostram a força do agronegócio e a confiança dos produtores rurais em uma cadeia produtiva fundamental para o Brasil e para o mundo”, disse Grolli. Segundo ele, foram quase 100 mil pessoas a mais do que o maior público até então, em 2020, com 298.910 pessoas.

FOLHA DE LONDRINA


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem queda forte

O dólar teve forte queda frente ao real na segunda-feira, refletindo ainda um ambiente de apetite a risco no exterior


A moeda norte-americana à vista caiu 0,86%, a 5,1772 reais na venda, patamar de encerramento mais baixo em uma semana. Na B3, às 17:13 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,75%, a 5,1930 reais. Participantes do mercado atribuíram a queda, em parte, a um desmonte de posições defensivas que haviam sido assumidas em meio a boatos de que o governo estaria estudando antecipar uma revisão das metas de inflação do país e possivelmente elevar o alvo a ser buscado pelo Banco Central, com especulações de que o Presidente da autarquia, Campos Neto, aceitaria a mudança. Os investidores aguardam encontro do CMN, órgão responsável por definir os objetivos oficiais de inflação, agendado para quinta-feira. "As decisões (do CMN) não necessariamente são tomadas no curto prazo. Tinha essa expectativa do mercado de que teria uma posição mais fixa já agora, mas essas decisões são feitas ao longo do tempo", disse à Reuters Matheus Pizzani, economista da CM Capital. "Não espero que tenha algo muito impactante neste curto prazo." O economista defendeu que, passados os ruídos políticos envolvendo a política monetária, o mercado de câmbio "tem um horizonte muito bom pela frente", uma vez que a perspectiva de manutenção da taxa Selic em patamar elevado tende a favorecer ingresso de fluxos via mercado financeiro. Além disso, há expectativa de que a balança comercial do país passe por melhoras a partir de meados do ano, disse Pizzani, o que serviria de impulso adicional para o real. Ele disse acreditar que o dólar possa voltar a ser negociado abaixo dos 5 reais em 2023.

REUTERS


Bovespa fecha em alta sustentado por bancos

Rumores sobre possível acordo para que discussão sobre novas metas de inflação ocorra apenas após apresentação do novo arcabouço fiscal causaram melhora nos ativos


O Ibovespa avançou na segunda-feira sustentado pela alta dos bancos e ainda refletindo questões políticas. Rumores sobre um possível acordo entre o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que a discussão sobre metas de inflação ocorra apenas após a apresentação do novo arcabouço fiscal pelo governo causaram melhora nos ativos brasileiros. No fim do dia, o referencial local registrou ganhos de 0,70%, aos 108.836 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 14,70 bilhões no Ibovespa e R$ 18,86 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 1,14%, aos 4.137 pontos, o Dow Jones fechou em alta de 1,11%, aos 34.245 pontos, e o Nasdaq avançou 1,48%, aos 11.891 pontos. As críticas recentes do Presidente Lula ao Banco Central e ao nível de juros praticado no país fizeram com que ganhasse força entre membros do governo a ideia de elevar as metas de inflação, atualmente em 3,25% para 2023 e em 3% para 2024 e 2025. Investidores esperavam que o debate, inclusive, fosse levantado na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) que acontece na próxima quinta-feira. No entanto, segundo informações que correram nas mesas de operação durante o dia, Haddad chegou a um acordo com Lula para que o debate viesse à tona apenas após a proposta da nova âncora fiscal ser apresentada. Além disso, Haddad teria indicado que os nomes dos novos diretores do Banco Central seriam 'neutros' — provavelmente servidores de carreira do BC. "Enquanto o estrangeiro segue comprador da bolsa brasileira, o investidor local continua vendendo, pressionado pelos juros e pela falta de visibilidade. Isso só muda, na minha visão, com uma maior clareza em relação à qualidade do ciclo de queda de juros, que inevitavelmente virá, por conta das condições macroeconômicas, mas pode ser não ser sustentável em caso de imposição política", diz Lucas Tambellini, sócio da Sumauma Capital. Para o executivo, o mercado terá mais elementos em abril, quando o novo arcabouço fiscal for apresentado e a reforma tributária começar (ou não) a andar.

VALOR ECONÔMICO


Mercado eleva perspectiva para Selic em 2023 a 12,75% e 10% em 2024

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas projeções para a taxa básica de juros tanto para este ano quanto no próximo, em meio às pressões inflacionárias


A pesquisa Focus divulgada pelo BC na segunda-feira mostra que a projeção para a Selic este ano subiu a 12,75%, contra 12,50% na semana anterior. Ao mesmo tempo, o cenário para o final de 2024 foi a 10%, de 9,75% antes. No começo do mês, o BC manteve a Selic em 13,75% ao ano, na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o próximo encontro, em março, o Focus mostra que a projeção dos especialistas segue segundo manutenção da Selic. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 foi ajustada para cima em 0,01 ponto percentual, a 5,79%, enquanto que para o ano que vem foi a 4,0%, um aumento de 0,07 ponto. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano caiu pela segunda vez seguida, em 0,03 ponto, indo a 0,76%. Para 2024 segue em 1,50% pela sétima semana seguida.

REUTERS


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