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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 312 DE 10 DE FEVEREIRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 312 |10 de fevereiro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Liquidez recua e cotações da arroba se mantêm estáveis na maior parte do País

O clima chuvoso dos últimos meses favoreceu as condições das pastagens no Brasil Central, permitindo a retenção da boiada gorda nas fazendas e a busca por preços mais atrativos, dizem os analistas


O panorama do mercado do boi gordo foi de baixa liquidez nesta quinta-feira (9/2), influenciada sobretudo pela ausência das indústrias brasileiras dos balcões de negociação, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo a S&P Global, as escalas de abate dos frigoríficos seguem sem registrar incrementos significativos, porém ausência nas compras é uma tentativa dos compradores em retomar o viés de baixa da arroba bovina. No lado de dentro das porteiras, muitos pecuaristas também optaram por ofertar lotes com volumes menores de animais, à espera de negócios mais atrativos. O clima chuvoso dos últimos meses favoreceu as condições da pastagem no Brasil Central, o que permite a retenção da boiada gorda nas fazendas. “Os produtores preferem aguardar melhores condições de preços para retornar aos negócios”, ressalta a S&P Global. De acordo com dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, as cotações do boi, vaca e novilha, estão estáveis. O macho anelorado “comum” (destinado ao mercado interno) segue valendo R$ 280/@, enquanto a vaca e novilha gordas são negociadas por R$ 261/@ e R$ 267/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses) está cotado em R$ 290/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder:

boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 269/@ (prazo) vaca R$ 23/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 227/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 227/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 231/@ (à vista) vaca a R$ 212/@ (à vista) MA-Açailândia: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista).


Receita das exportações de carne bovina cresceu 7% em janeiro

Segundo a Abrafrigo, valor alcançou US$ 798,2 milhões; queda do preço médio preocupa


A receita das exportações brasileiras de carne bovina (in natura e processada) cresceu 7% no mês passado em relação a janeiro de 2022, para US$ 798,2 milhões, informou a Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo) com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume embarcado foi 17% maior, totalizando 183,8 mil toneladas. No total, 55 países aumentaram suas importações, enquanto 64 reduziram. A Abrafrigo alerta para a queda de 8,6% nos preços médios da tonelada exportada, para US$ 4.630. “As renegociações de contratos que a China vem promovendo nas suas compras de carne bovina foi o que mais contribuiu para essa redução”, diz a entidade, em nota. Principal destino da proteína, a China absorveu 57% da carne bovina exportada pelo Brasil, fatia superior à de janeiro do ano passado (41,3%). Foram US$ 485,3 milhões, ou 100,2 mil toneladas. Os Estados Unidos foram o segundo principal destino da carne brasileira em janeiro, mesmo com uma queda das compras. Os americanos importaram 15,3 mil toneladas (11% a menos), ou US$ 79,7 milhões (-18%). No terceiro lugar, o Chile proporcionou uma receita 1,2% maior, de US$ 26,1 milhões, e comprou 6,7% mais em volume (5.733 toneladas). O quarto maior importador foi Hong Kong, que representou uma receita de US$ 24,8 milhões (-33,3%) e um volume de 7.826 toneladas (-25,3%). Na quinta posição ficou o Egito, também com redução de 71,2% na receita, para US$ 20, 4 milhões, e com o volume caindo 61%, para 6.028.

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Suínos: cotações se acomodaram

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve queda de, pelo menos, 6,41%, custando R$ 142,00/R$ 146,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 10,80/kg/R$ 11,30/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (8), houve aumento somente em Santa Catarina, na ordem de 0,15%, chegando a R$ 6,87/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 7,76/kg), Paraná (R$ 6,79/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,71/kg), e São Paulo (R$ 7,59/kg). Na quinta-feira (9) as bolsas de negociação de suínos no mercado independente tiveram alta nas principais praças. Lideranças locais e também analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam a menor oferta de animais com o peso "normal" para abate, reduzindo, portanto, a disponibilidade final de carne.

Cepea/Esalq


Suinocultura independente: mercado em alta desde o final de janeiro

No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/02/2023 a 08/02/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 12,19%, fechando a semana em R$ 7,19/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 7,34/kg vivo", informou o Lapesui


Em São Paulo, na semana anterior os suinocultores haviam solicitado o valor de R$ 8,00/kg vivo, que não foi aceito na negociação com os frigoríficos. Já na quinta-feira (9), foi acordado o valor de R$ 8,30/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o valor subiu, passando de R$ 7,80/kg vivo para R$ 8,40/kg vivo, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve aumento saindo de R$ 6,80/kg vivo para R$ 7,40/kg nesta semana.

AGROLINK


Exportações de carne suína crescem 19,6% em 2023, informa ABPA

Embarques de janeiro geram receita 32,1% neste ano


A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 89,2 mil toneladas em janeiro deste ano. O saldo supera em 19,6% o total embarcado no primeiro mês de 2022, com 74,6 mil toneladas. Em receita, as vendas do setor alcançaram US$ 212,4 milhões neste ano, desempenho 32,1% superior ao registrado em janeiro do ano passado, com US$ 160,7 milhões. Entre os principais destinos das exportações de carne suína, a China segue na liderança, com 41,6 mil toneladas, volume 32,5% superior ao registrado no mesmo período de 2022, com 31,4 mil toneladas. Outros destaques foram Hong Kong, com 7,1 mil toneladas (+5,5%), Chile, com 6,5 mil toneladas (+53%) e Singapura, com 4,7 mil toneladas (+37,7%). “As elevações dos embarques para a China e Hong Kong atestam a permanência da demanda por produtos brasileiros no maior mercado consumidor de carne suína do planeta, mantendo o comportamento verificado no segundo semestre de 2022, e que deve se manter em 2023. Ao mesmo tempo, as vendas para o Chile, que já estão em alta, devem ganhar ainda mais força ao longo do ano, com o recente reconhecimento, pelas autoridades chilenas, do Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação. Há, também, expectativa sobre o efeito das vendas brasileiras de carne suína para o México e a consolidação do mercado canadense, dois dos mais importantes mercados importadores da proteína animal no mundo, que foram abertos recentemente”, avalia Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.

ABPA


Suínos/Cepea: Preço do animal vivo sobe com força neste início de fevereiro

A baixa disponibilidade de suíno em peso ideal para abate tem impulsionado de forma acentuada os valores do animal vivo neste começo de fevereiro


Esse cenário tem sido verificado em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Além da menor oferta, a entrada da massa salarial intensificou a procura por parte dos atacadistas e varejistas por produtos suinícolas, reforçando o movimento de avanço no preço do suíno vivo. Em algumas regiões paulistas, a valorização do animal vivo neste início de mês já supera os 10%.

Cepea


FRANGOS


Preços do frango se mantém em estabilidade

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,47%, custando R$ 6,43/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, não houve mudança no preço, fixado em R$ 4,29/kg, assim como no Paraná, precificado em R$ 4,99/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (8), a ave congelada teve ligeiro avanço de 0,30%, atingindo R$ 6,59/kg, e de 0,45% para o frango resfriado, o incremento foi de 0,45%, fechando em R$ 6,64/kg.

Cepea/Esalq


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Puxadas por carne de frango, exportações do Paraná crescem 6,1% em janeiro de 2023, diz Ipardes

As exportações do Paraná cresceram 6,1% em janeiro de 2023, segundo levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nos dados do governo federal. Foram exportados US$ 1.381.864.547 em janeiro deste ano, contra US$ 1.302.979.509 do mesmo período do ano passado

As principais altas em volume financeiro foram em carne de frango in natura (26,2%), o que representou um quinto de tudo o que foi exportado pelo Estado no mês, cereais (260,3%), açúcar bruto (265,5%), óleo de soja bruto (67,9%), farelo de soja (29,9%), automóveis (87,5%), veículos de carga (87,4%), materiais elétricos e eletrônicos (17%) e carne suína in natura (11,1%). Cereais e farelo de soja ultrapassaram a marca de US$ 100 milhões movimentados e carne de frango movimentou quase US$ 300 milhões. A venda de automóveis chegou a 4% da participação do total da matriz paranaense, contra 2,3% em janeiro do ano passado. O saltou foi de US$ 29.724.322 para US$ 55.740.392. Os 15 principais destinos foram China, Japão, Estados Unidos, Argentina, México, Chile, Colômbia, Índia, Paraguai, Países Baixos (Holanda), Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Itália, Vietnã e Reino Unido. Os produtos paranaenses foram enviados para 167 países. Entre os maiores importadores, houve crescimentos consideráveis em algumas movimentações: para o Japão de 182,3%, para o México de 56,1%, para a Colômbia de 65,7%, para os Países Baixos de 81,5% e para a Coreia do Sul de 62,7%. China, Japão e Estados Unidos foram os únicos países com os quais as negociações ultrapassaram a casa de US$ 100 milhões. "Ao longo de 2023, registraremos taxas de crescimento das exportações ainda mais relevantes que o percentual observado em janeiro, em razão do expressivo crescimento da produção agrícola, principalmente dos produtos com grande inserção no mercado externo", afirma o economista Júlio Suzuki, do Ipardes. De acordo com o estudo do Ipardes, as exportações cresceram 16,2% em 2022 no Paraná. Foram transportados US$ 22,1 bilhões em produtos para o mercado externo, contra US$ 19 bilhões movimentados em 2021. No caminho inverso, as importações aumentaram 32% (de US$ 16,9 bilhões para US$ 22,8 bilhões). Com isso, a balança comercial fechou o ano passado com diferença de US$ 279 milhões entre os dois caminhos do comércio internacional.

Governo do Paraná


Gripe aviária: Paraná solicitará ao governo federal tornar Sul unidade autônoma

Mesmo que não tenham sido identificados casos da doença no Brasil, a situação requer atenção do governo estadual e dos agentes privados


Em meio aos focos de influenza aviária na América do Sul, o Paraná, maior produtor de frangos do País, intensifica as ações sanitárias de prevenção e controle dos planteis. Entre as medidas, o governo do Estado pretende solicitar ao Ministério da Agricultura tornar o Estado ou a região Sul uma unidade autônoma, como ocorreu com a peste suína clássica quando foi reconhecido como área autônoma e como zona livre da doença. "Estamos crescendo, abrindo novos mercados, fortalecendo posições e, portanto, precisamos evoluir até mesmo para uma decisão técnica política com Executivo de constituir ou o Paraná o Sul do País, onde está 70% da avicultura nacional, uma unidade autônoma, isolada do resto do Brasil. Se, por exemplo, o vírus ingressar no Amazonas, derruba o nosso status perante o mundo", disse o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Norberto Ortigara, ao Broadcast Agro, durante o Show Rural Coopavel, feira agrícola realizada pela cooperativa Coopavel. De acordo com o secretário, mesmo que não tenham sido identificados casos da doença no Brasil, a situação requer atenção do governo estadual e dos agentes privados, dada a proximidade do Estado de países com focos da doença, embora o Brasil siga livre de gripe aviária. "Estamos preocupados porque Estados Unidos, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Uruguai e Paraguai já identificaram a doença. Isso nos preocupa porque respondemos por 34% da produção, por 40% da exportação da carne de frango e é o segundo produto que mais gera valor no campo paranaense", disse. Ele defende que a medida de constituir o Estado uma unidade autônoma foi bem-sucedida na prevenção e controle da peste suína clássica. "A tendência é que sigamos tecnicamente e politicamente nessa direção. Isso já foi objeto de conversa nossa com o novo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura na semana passada. Vamos também reforçar medidas de biossegurança para não termos um desastre caso essa enfermidade ingresse no nosso Estado", acrescentou. Nesta semana, o governo estadual reuniu a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e o Comitê de Sanidade Avícola para debater o tema.

Estadão Conteúdo


ECONOMIA/INDICADORES


IPCA inicia 2023 em alta de 0,53% com pressão de alimentos e combustíveis

A inflação brasileira desacelerou em janeiro frente ao mês anterior, mas os preços de alimentos e combustíveis continuaram pesando no bolso do consumidor no início de 2023, mantendo o Banco Central sob pressão em meio a ataques do governo ao nível de juros no país e à condução da política monetária


Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,53%, desacelerando depois de ter avançado 0,62% em dezembro, mostraram os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. Isso levou o índice a acumular em 12 meses até janeiro alta de 5,77%. A meta para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. As expectativas de analistas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,57% no mês e de 5,80% no acumulado em 12 meses. Em 2022, a inflação medida pelo IPCA fechou com avanço acumulado de 5,79%, influenciada principalmente por alimentação, e a pressão agora é para que volte a ficar dentro da banda de tolerância. Na semana passada, o Banco Central manteve a taxa básica de juros Selic em 13,75% e ressaltou que a incerteza fiscal e a deterioração nas expectativas de inflação do mercado elevam o custo para que a autoridade monetária atinja suas metas. O IPCA sofreu em janeiro o impacto do grupo Alimentação e bebidas, que avançou 0,59%, contribuindo com 0,13 ponto percentual para a alta do índice geral. Ainda assim, esse segmento desacelerou o avanço em relação à taxa de 0,66% vista em dezembro. Os alimentos tiveram grande influência dos subitens batata-inglesa e cenoura, que saltaram 14,14% e 17,55%, respectivamente. "As altas nesses dois casos se explicam pela grande quantidade de chuvas nas regiões produtoras. Por outro lado, observamos queda de 22,68% no preço da cebola, por conta da maior oferta vindo das regiões Nordeste e Sul, item que teve alta de mais de 130% em 2022", disse o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. O grupo Transportes exerceu o segundo maior impacto positivo sobre o IPCA em janeiro, acelerando a alta para 0,55%, frente a 0,21% no mês anterior, e contribuindo com 0,11 ponto percentual para o índice geral. Os combustíveis tiveram alta de 0,68%, puxados pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%). Dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, apenas Vestuário apresentou variação negativa em janeiro, de 0,27%. "Cabe registrar que foi a primeira queda no grupo após 23 meses seguidos de altas, com a última retração tendo sido registrada em janeiro de 2021. O recuo em janeiro de 2023 se deve ao fato de várias lojas terem aplicado descontos sobre os preços que foram praticados em dezembro, para o Natal", explicou Kislanov.

REUTERS


Dólar fecha em alta

O dólar à vista encerrou a sessão de hoje em alta, acima de R$ 5,25, em um dia marcado por informações sobre um movimento do governo e até uma suposta sinalização do próprio Banco Central para a alteração da meta de inflação no país


Terminadas as negociações, o dólar fechou em alta de 1,59%, cotado a R$ 5,2783, bem perto da máxima de R$ 5,2793. A diferença entre o teto e o piso das cotações mostra também o nível da volatilidade da sessão, já que da mínima até a máxima do dia o dólar caminhou R$ 0,10. Perto das 17h45, o contrato futuro do dólar para março operava em alta de 1,42%, a R$ 5,2935. Ontem pela manhã, o mercado local foi agitado com informações sobre uma possível sinalização do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a mudança da meta de inflação. Também houve relatos sobre o próprio governo estar se antecipando na discussão sobre o assunto. Ainda na sessão, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a política monetária não é indiscutível e defendeu que o presidente da autarquia seja convidado para prestar esclarecimentos sobre o tema no Congresso. “Estamos descolados das outras moedas, e isso tem ocorrido desde o começo do ano. Se você olhar no acumulado de 2023, as moedas de países emergentes, principalmente de exportadores de commodities, têm registrado alta acumulada no ano. Nós estamos no zero a zero.” No acumulado de 2023, o dólar recua cerca de 5,60% contra o peso chileno, 3,55% ante o peso mexicano e 2,02% ante o peso colombiano. Também na leitura do economista do Banco Fibra, a oportunidade de apreciação que o real perde vai pesar na inflação, o que trava uma possível redução de juros. “Esse é o paradoxo do que está acontecendo. Boa parte desse ruído que penaliza o real vem justamente do questionamento do governo sobre o regime de metas de inflação”, afirmou. Ainda segundo Oliveira, o câmbio deve permanecer volátil enquanto não atravessar etapas importantes, como a definição do novo diretor de política monetária do BC, a discussão da meta de inflação e a apresentação do novo arcabouço fiscal.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em queda DE 1,77%

Houve também pressão negativa das bolsas de Nova York, com temores de recessão nos EUA


O Ibovespa acompanhou os demais ativos locais e registrou queda na quinta-feira, refletindo as tensões entre governo e Banco Central, na medida em que discussões sobre uma possível revisão das metas de inflação tomam conta de Brasília e do mercado. Houve, adicionalmente, pressão negativa das bolsas de Nova York, que recuaram na medida em que investidores voltam a temer uma recessão nos EUA. Após ajustes, o referencial local registrou perdas de 1,77%, aos 108.008 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 18,70 bilhões no Ibovespa e R$ 23,72 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,88%, aos 4.081 pontos, o Dow Jones fechou em queda de 0,73%, aos 33.699 pontos, e o Nasdaq recuou 1,02%, aos 11.789 pontos. Temores de recessão, na medida em que o Fed mantém discursos duros mediante sinais de desaceleração da economia americana criaram um mal estar geral entre investidores na quinta-feira. O ambiente político segue ruidoso, fato que vem ampliando a cautela dos agentes financeiros e a volatilidade dos ativos nos últimos dias. Pela manhã, a agência Bloomberg afirmou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode trazer as metas de inflação para debate na próxima semana, dia 16, quando tem reunião prevista. Segundo a reportagem, está sobre a mesa a consideração de uma revisão antecipada das metas de forma a “induzir” um juro menor no país, e o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seria a favor de uma meta mais alta, disseram as autoridades à agência. Além do rumor, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a política monetária não é indiscutível e defendeu que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fale sobre o tema no Congresso Nacional. "Nós vamos aceitar um juro de 13,75%? Por que o presidente do BC e diretores não podem vir ao Congresso falar como definiram meta da inflação? Uma meta de inflação inexequível”, disse. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), que havia participado da mesma reunião que Gleisi e já havia dado declarações para acalmar o mercado ontem, voltou a afirmar que não tem nenhuma informação sobre iniciativas dentro do governo ou do Banco Central para mudar a meta de inflação.

VALOR ECONÔMICO


Valor Bruto da Produção agropecuária deverá somar R$ 1,265 tri em 2023, estima ministério

Montante representa um aumento real de 6,3%. Já o VBP da pecuária deverá recuar 2,7% neste ano, para R$ 364,4 bilhões, pressionado por resultados negativos nos segmentos de carnes bovina e de frango e na área de ovos


O Ministério da Agricultura prevê um aumento real de 6,3% no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do país em 2023. Segundo projeções da Pasta com base nas informações de volumes e preços de janeiro, o montante deverá somar R$ 1.265,2 trilhão, um novo recorde. Em 2022, foram R$ 1.189,7 trilhão. O VBP das principais lavouras brasileiras está previsto em R$ 900,8 bilhões, alta de 10,5% em relação ao ano passado. O crescimento é sustentado também pelas expectativas climáticas favoráveis para soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão — a exceção é o Rio Grande do Sul, que enfrenta nova estiagem. A estimativa de alta é sustentada pelas previsões de recorde na safra de grãos apuradas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). As lavouras de milho e soja são as que mais deverão contribuir para o crescimento. A oleaginosa representa 44,5% do VBP das lavouras, com previsão de movimentar R$ 401,1 bilhões em 2023, alta de 18,6% sobre o ano passado. Para a cana-de-açúcar é projetado crescimento de 3,7% em 2023, para R$ 103 bilhões. Também há previsão de resultados positivos para o VBP do algodão (R$ 35,3 bilhões, alta de 2%), arroz (R$ 18,6 bilhões, crescimento de 10%), batata-inglesa (R$ 12,6 bilhões, elevação de 12,2%), cacau (R$ 3,4 bilhões, aumento de 5,7%), feijão (R$ 17,6 bilhões, expansão de 15%), mandioca (R$ 18 bilhões, salto de 23,9%), tomate (R$ 16,6 bilhões, acréscimo de 10,9%) e uva (R$ 6,9 bilhões, alta de 6,3%). Mas produtos importantes também registram baixas. O trigo tem previsão de redução de 25,4% no VBP, para R$ 13,7 bilhões. No café, a expectativa é de queda de 10%, para R$ 50,3 bilhões. Já o VBP da pecuária deverá recuar 2,7% neste ano, para R$ 364,4 bilhões, pressionado por resultados negativos nos segmentos de carnes bovina e de frango e na área de ovos. O cenário é mais favorável para a carne suína e para a pecuária leiteira. A previsão do ministério é que a o VBP da carne bovina fique em R$ 142,9 bilhões, queda de 5,5%, seguido por carne de frango (R$ 107,5 bilhões, alta de 5,4%), leite (R$ 60,7 bilhões, elevação de 2,7%), suínos (R$ 33,6 bilhões, crescimento de 5,4%) e ovos (R$ 19,5 bilhões, baixa de 3,3%).

VALOR ECONÔMICO


Vendas no varejo do Brasil caem 2,6% em dezembro sobre mês anterior, diz IBGE

As vendas no varejo brasileiro tiveram queda de 2,6% em dezembro na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de recuo de 0,7% na comparação mensal e avanço de 2,40% sobre um ano antes.

REUTERS


Inadimplência do agricultor do Brasil vai a 27%, diz Serasa, que aposta em “Agro Score”

A inadimplência do produtor rural do Brasil atingiu 27% em novembro de 2022, um índice ainda abaixo do registrado para a população geral brasileira, com integrantes do setor agrícola beneficiados por bons preços e pela firme expansão do agronegócio do país, de acordo com levantamento realizado pela Serasa Experian e divulgado na quinta-feira


Apesar de o índice de negativados no segmento agropecuário ter crescido ante os 15,9% apurados em um primeiro levantamento da Serasa divulgado em agosto de 2021, a inadimplência do produtor rural ainda é muito menor quando comparada com a taxa da população adulta em geral, de 43%. Segundo o head de agronegócio da Serasa, Marcelo Pimenta, esse aumento no índice pode ser explicado pelo fato de o levantamento mais recente englobar todo o Brasil, enquanto cerca de dois anos atrás envolvia apenas agricultores em sete importantes Estados produtores. “Agora a amostra engloba 27 Estados. No primeiro estudo, pegou mais os Estados exportadores, onde a demanda é maior, que em geral tem mais condições de superar crises climáticas, por exemplo. Em Estados mais voltados para o consumo interno tem variações maiores”, explicou Pimenta, indicando que em áreas menos importantes para o setor há maiores índices de inadimplência rural. O dado apurado é importante indicador na concessão de crédito por empresas revendedoras de insumos, tradings e bancos, que em geral monitoram a inadimplência para estabelecer os juros dos financiamentos ou fechar negócios. Mas a Serasa também está expandindo serviços no setor agropecuário com produtos que monitoram outros riscos, ligados a aspectos socioambientais, em momento em que cresce o escrutínio sobre melhores práticas agrícolas. Pimenta lembrou ainda que a inadimplência é um fator financeiro que acontece em todas as áreas, mas que com a força da economia agropecuária do Brasil os produtores têm maiores condições de evitar a negativação, já que o setor continua expandindo. Os dados do estudo revelaram ainda que, em novembro de 2022, a região Sul registrou a menor fatia de negativação rural, com 14,8%, sendo seguida pelo Sudeste (24,4%), Centro-Oeste (30,4%), Nordeste (32,9%), e Norte (38,4%). Em nível estadual, a inadimplência dos produtores rurais se mostrou maior do que a da população geral somente no Maranhão e em Roraima, com índices de 41,5% e 50%, respectivamente. Em Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil a negativação entre aqueles envolvidos com o agro é de aproximadamente 33%, versus cerca de 49% no geral. No levantamento, foram analisados cerca de 9 milhões de perfis de pessoas físicas donas de propriedades rurais e/ou que possuem empréstimos e financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial. O índice de inadimplência não é mais apenas o único indicador a ser considerado pelas empresas e bancos que concedem crédito aos agricultores. Seguindo esta lógica, a Serasa oferece o chamado “Agro Score”, que avalia também a performance das terras dos produtores ao longo dos últimos anos, da safra e também o cumprimento de regras socioambientais, além de questões de inadimplência. “O Agro Score é um rating de risco para os próximos 12 meses desse produtor ficar inadimplente, considerando não só a capacidade de pagamento”, destacou Pimenta.

REUTERS


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