Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 305 |01 de fevereiro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Estabilidade nos preços persiste
Na terça-feira (31/1), o volume de negócios seguiu esparso no mercado brasileiro do boi gordo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário
“Embora as ofertas de animais prontos para abate venham reduzindo gradualmente, boa parte das indústrias frigoríficas continuaram fora das compras de gado”, afirma a S&P Global. Segundo a consultoria, em algumas regiões pecuárias do Brasil, já existem relatos de dificuldade em comprar grandes volumes de lotes de boiada gorda. De acordo com apuração da Scot Consultoria, com boa parte das indústrias fora das compras, os preços ficaram estáveis nas praças do interior de São Paulo. Para o mercado interno paulista, o boi gordo está cotado em R$ 270/@, a vaca gorda em R$ 259/@ e a novilha gorda em R$ 265/@ (preços brutos e a prazo), segundo a Scot. A cotação para o “boi-China” está em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo), mas há relatos de negócios R$ 5/@ acima dessa referência, informa a Scot, também se referindo ao mercado paulista. “No mercado atacadista, a dinâmica de negócios ainda não ganhou consistência”, informa a S&P Global. A entrada da massa salarial, o retorno do recesso (férias escolares), a retomada das vendas de carne bovina à China no pós-feriado, além dos novos carregamentos ao mercado da Indonésia, deve agitar a cadeia da carne já nas próximas semanas. Na bolsa B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo seguem firmes, mantendo uma enorme disparidade em relação aos valores observados no mercado físico do boi gordo. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 245/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca R$ 23/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista); vaca a R$ 240/@ (prazo); PA-Marabá: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 230/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 247/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 236/@ (prazo) vaca a R$ 223/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 241@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Altas nas cotações do mercado de suínos
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 4,07%/3,94%, atingindo R$ 128,00/R$ 132,00, enquanto a carcaça especial subiu 3,23%/3,09%, cotada em R$ 9,60/kg/10,00/kg
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (30), houve alta de 0,71% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,10/kg, avanço de 0,33% no Paraná, atingindo R$ 6,14/kg, incremento de 1,29% no Rio Grande do Sul, avançando para R$ 6,26/kg, valorização de 2,28% em Santa Catarina, subindo para R$ 6,28/kg, e de 1,38% em São Paulo, fechando em R$ 6,60/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango estável na terça-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,99%, custando R$ 6,13/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, não houve mudança no preço, fixado em R$ 4,97/kg, assim como Santa Catarina, valendo R$ 4,29/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (30), foi registrado avanço de 0,92% para a ave congelada, atingindo R$ 6,56/kg, e de 0,75% para o frango resfriado, fechando em R$ 6,75/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
Ministério da Agricultura muda forma de venda das carnes no país
Publicada no Diário Oficial da União do dia 30, a Portaria SDA nº 744, de 25 de janeiro de 2023, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura aprova “a uniformização da nomenclatura de produtos de origem animal, não formulados, em natureza e comestíveis, para as espécies de açougue”
Simplificadamente, a partir de 1º de março próximo, data em que a Portaria entra em vigor, todas as carnes in natura que chegam ao varejo deverão ser apresentadas segundo as denominações estabelecidas pelo Ministério. Elas estão estabelecidas em anexo à Portaria e contam com 9 (nove) tabelas, dedicadas especificamente a cada espécie animal. O que inclui, além das carnes bovina, suína e de aves de porte menor (frango, galo, galinha, codorna, perdiz, peru, faisão, galinha de angola), as carnes de avestruz e ema, além das de caprinos e ovinos, coelhos equinos e de jacaré. A Portaria também estabelece que, a despeito da uniformização, poderão ser mencionados “os nomes consagrados pelo uso, os regionais ou os estrangeiros”. Mas só depois da indicação da nomenclatura oficial.
PECUARIA.COM.BR
EMPRESAS
BRF vê China retornando à normalidade, diz CEO; está pronta para maior demanda
O CEO da processadora de alimentos BRF, Miguel Gularte, disse na terça-feira que recebeu dados após as comemorações do Ano Novo Chinês que sinalizam um retorno à normalidade na gigante importadora asiática
Gularte afirmou durante evento em São Paulo que o comportamento de consumo da China voltou aos padrões pré-pandemia, referindo-se a viagens e pessoas comendo fora. Ele acrescentou que a BRF fez investimentos durante a pandemia e está preparada para atender ao aumento da demanda por alimentos.
REUTERS
Minerva Foods anuncia aquisição do frigorífico Breeders and Packers Uruguay
Com a compra da unidade pelo valor aproximado de US$ 40 milhões, a companhia se torna líder na produção de carne bovina no país
A Minerva Foods, anunciou a aquisição do frigorífico Breeders and Packers Uruguay (BPU Meat) -- subsidiária da NH Foods Group (NH Foods) -- pelo investimento total de aproximadamente US$ 40 milhões. O BPU Meat está localizado nas proximidades da cidade de Durazno e é um dos mais modernos frigoríficos de carne bovina do continente, com capacidade de abate de 1.200 cabeças/dia, utilizando da mais alta tecnologia no processo industrial, responsável por produzir e exportar carne bovina com os mais elevados índices de qualidade e segurança sanitária. Atualmente, a unidade frigorífica destina cerca de 85% de suas vendas para o mercado internacional, em especial para destinos com alta capacidade de renda e demanda por produtos premium, como Japão e Coréia do Sul. Atualmente, o Uruguai é um dos maiores exportadores globais de carne bovina, com participação em aproximadamente 5% do mercado mundial, com acesso a destinos de alto crescimento, como Ásia e Oriente Médio e a mercados premium, como Estados Unidos, Europa, Japão, Coréia do Sul, entre outros. Com a aquisição, a Minerva Foods passa a ser líder na produção de carne bovina no Uruguai, com uma capacidade total de abate de 3.700 cabeças/dia, distribuídas por quatro unidades frigoríficas: Pul, Carrasco, Canelones e, agora, BPU.
MINERVA
MEIO AMBIENTE
Carne representa 86% da pegada de carbono na alimentação brasileira, mostra pesquisa
Trabalho da USP foi publicado no periódico “Environment, Development and Sustainability"
A carne representa 86% da pegada de carbono da alimentação média dos consumidores brasileiros, de acordo com uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) publicada na terça-feira no periódico científico “Environment, Development and Sustainability" e divulgada pela agência Bori. A pesquisa levantou o perfil de consumo de alimentos nas Pesquisas de Orçamento Familiar (POF) de 2008 e 2017 e cruzou os dados com a evolução dos preços dos alimentos. Entre uma pesquisa e outra, a presença de carnes cresceu 12%. Entre todos os grupos, o consumo de peixe caiu 23%, o de carne de porco aumentou 78%, o de carne de frango subiu 36% e o de carne bovina não apresentou mudanças expressivas. A faixa da população com menor pegada ambiental é a mais pobre, com renda inferior a meio salário mínimo. Entre as duas pesquisas, esse grupo reduziu o consumo de peixe, mas as refeições com frango e porco aumentaram.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com a criação de 118 mil novas vagas, Paraná tem o quinto melhor resultado do país em 2022
De acordo com os dados do Caged, divulgados na terça-feira (31) pelo Ministério do Trabalho, o Paraná fechou 2022 com a abertura de 118.149 novos postos de trabalho formais, quinto melhor resultado do País
O saldo de vagas com carteira assinada corresponde à diferença entre as 1.731.097 admissões e os 1.612.948 desligamentos no Estado nos 12 meses de 2022. Na comparação com outros estados, o Paraná ficou atrás de São Paulo (560.986 vagas), Rio de Janeiro (194.869), Minas Gerais (177.996) e Bahia (120.446). Com exceção de dezembro, mês em que todos os estados apresentam saldo negativo na abertura de vagas, em razão do fim dos contratos temporários após as contratações para as festas de fim de ano, o Paraná teve resultados positivos no mercado de trabalho todos os meses do ano. O destaque foi em fevereiro, quando foram abertos 29.382 novos postos. No mês a mês, foram 19.695 vagas em janeiro, 29.382 em fevereiro, 5.387 em março, 9.769 em abril, 14.084 em maio, 14.624 em junho, 16.593 em julho, 15.639 em agosto, 13.100 em setembro, 11.020 em outubro, 4.757 em novembro e -35.901 em dezembro. Com o resultado no ano, o Paraná chega a um estoque de 2.931.182 pessoas com empregos com carteira assinada. Três em cada quatro municípios paranaenses tiveram saldo positivo na geração de empregos em 2022. Das 399 cidades, 299 tiveram mais contratações do que demissões no ano. Nas outras 100, o saldo foi negativo, com mais desligamentos do que admissões. Curitiba liderou a geração de empregos entre janeiro e dezembro, com a criação de 31.195 novas vagas. Na sequência estão Londrina (7.232), São José dos Pinhais (6.666), Maringá (4.479), Ponta Grossa (3.696), Toledo (3.044), Foz do Iguaçu (2.782), Pinhais (2.560), Francisco Beltrão (1.605) e Fazenda Rio Grande (1.450). Todos os setores da economia fecharam 2022 com saldo positivo, sendo que o que mais abriu postos de trabalho foi o de serviços, com 76.999 vagas com carteira assinada. É seguido pelo comércio, com 21.154 postos, indústria (15.271), construção (2.514) e agropecuária (2.211).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai na sessão com exterior e discurso da Fazenda e acumula queda de 3,82% em janeiro
O dólar à vista caiu frente ao real na terça-feira, diante do enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior, após dados nos Estados Unidos reforçarem sinais de arrefecimento da inflação, e com a cena local com recepção positiva no mercado a declarações de autoridades do Ministério da Fazenda
O dólar à vista caiu 0,75%, a 5,0761 reais na venda. Em janeiro, a moeda teve queda de 3,82%, impactada por entrada de recursos no país, à medida que a reabertura da China tornou moedas de emergentes mais atrativas e perante ao diferencial de juros entre o Brasil e países desenvolvidos. O chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Novaes, disse à Reuters que o cenário do câmbio nesta terça-feira foi "um pouco mais do mesmo do que vem acontecendo em 2023 e desde o final do ano passado". Entre os fatores externos, "o índice de custo de emprego dos EUA ajudou (a reforçar) a tese de que o Fed está caminhando para o fim do ciclo" de alta de juros, afirmou ele. O Índice de Custos do Emprego subiu 1,0% no quarto trimestre, informou o Departamento do Trabalho nesta terça-feira após alta de 1,2% no período de julho a setembro. Com a desaceleração e o resultado marginalmente abaixo do esperado, o índice junta-se a uma série de outros indicadores recentes que sinalizaram certo alívio na inflação norte-americana. A leitura vem um dia antes da divulgação de nova decisão de política monetária do Fed. O banco central norte-americano deve elevar sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, em nova redução no ritmo dos aumentos, e investidores aguardam ansiosos por sinalizações da instituição sobre seus próximos passos. Outro fator que favoreceu o real nesta terça-feira foi a cena local. Declarações de autoridades do Ministério da Fazenda foram novamente bem recebidas pelo mercado e ajudaram o dólar a acelerar queda ante o real no final da manhã. O Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou, em evento promovido pelo Credit Suisse, que não há discussão no Ministério da Fazenda sobre uma eventual mudança na meta para a inflação. Além disso, disse que o novo arcabouço fiscal do país deverá apontar uma trajetória para a dívida pública e usar o resultado primário como instrumento, com uma regra que mostre o horizonte do gasto público. Já o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou após agenda na Febraban que não discute o tema da desoneração de combustíveis desde o início de janeiro, quando o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu prorrogar o benefício, ressaltando que o tema poderá ser revisitado pelo mandatário, embora a pasta ainda não tenha sido acionada. Novaes, do C6, cita um "discurso uníssono da equipe econômica, de responsabilidade fiscal" e que, em sua avaliação, vai "na direção positiva". Segundo ele, não teve uma fala específica que ajudou o câmbio, e o impacto veio do panorama mais geral.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta e confirma mês positivo com aval de estrangeiros
O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% na terça-feira, confirmando desempenho positivo no primeiro mês do ano, que foi apoiado principalmente pelo fluxo de capital externo para a bolsa paulista
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,26%, a 113.691,16 pontos, acumulando um ganho de 3,6% em janeiro, após duas perdas mensais seguidas, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 21,3 bilhões de reais, contra média diária de cerca de 24,7 bilhões em 2023, em sessão também marcada por expectativa para decisões de política monetária no Brasil e Estados Unidos na quarta-feira.
REUTERS
FMI vê crescimento do PIB do Brasil de 1,2% em 2023 e 1,5% em 2024
A perspectiva de crescimento do Brasil este ano teve ligeira melhora nas contas do Fundo Monetário Internacional, que destacou um "suporte fiscal" maior do que o esperado no país em seu relatório Perspectiva Econômica Global
A atualização das projeções divulgada na segunda-feira mostra que o Produto Interno Bruto do Brasil deve crescer 1,2% este ano segundo o FMI, de alta de 1,0% estimada em dezembro e bem abaixo da expansão de 3,1% projetada para 2022. Por outro lado, a estimativa para 2024 caiu em 0,4 ponto percentual, com expectativa agora de expansão de 1,5% da economia. Já o Banco Central projetou em dezembro uma expansão de 1,0% do PIB em 2023, depois de um crescimento estimado em 2,9% em 2022. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve divulgar suas primeiras estimativas para a atividade em março. De acordo com o relatório do FMI, o crescimento da América Latina e Caribe deve desacelerar de 3,9% em 2022 para 1,8% em 2023, com uma revisão para cima de 0,1 ponto percentual na conta para este ano em relação ao relatório de outubro. Essa revisão reflete a melhora na conta do Brasil, bem como uma elevação de 0,5 ponto percentual na estimativa de expansão do México para este ano, a 1,7%. Segundo o FMI, isso se deve "a uma resiliência inesperada na demanda doméstica, crescimento maior do que o esperado nos principais parceiros comerciais e, no Brasil, suporte fiscal maior que o esperado", de acordo com o relatório. No ano passado, o governo adotou medidas de incentivo fiscal, como a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações, além de corte de impostos federais, o que ajudou o consumo. Em janeiro, o governo Lula renovou até fevereiro desoneração de tributos federais sobre a gasolina e até o final deste ano a taxação sobre diesel e gás. Além disso, no final de 2022 foi aprovada a PEC da Transição, que, entre outras medidas, garantiu a extensão até o final deste ano do pagamento de 600 reais por mês a famílias de baixa renda no programa Bolsa Família. O crescimento da região deve acelerar a 2,1% em 2024, embora tenha havido uma revisão para baixo de 0,3 ponto percentual nessa estimativa, refletindo condições financeiras mais apertadas, preços mais baixos de commodities exportadas e revisões para baixo no crescimento de parceiros comerciais, de acordo com o Fundo. Para o grupo de mercados emergentes e economias em desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, o FMI elevou a estimativa de crescimento este ano em 0,3 ponto e baixou a do próximo em 0,1 ponto, a 4,0% e 4,2% respectivamente, após uma expansão em 2022 projetada em 3,9%.
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Brasil cria 2 milhões de empregos formais em 2022, 26,6% a menos que em 2021
O Brasil encerrou 2022 com um saldo positivo de 2,038 milhões de empregos formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego, número 26,6% menor do que o observado no ano anterior
Em 2021, ano marcado pela retomada da atividade após o período mais agudo de impacto da pandemia de Covid-19 sobre a economia, haviam sido abertos 2,777 milhões de postos em termos líquidos, conforme série ajustada. O resultado do ano passado é reflexo de 22,6 milhões de admissões, 8,1% acima do observado no ano anterior, e 20,6 milhões de desligamentos, alta de 13,4%. "A gente teve mais admissões e mais desligamentos, um saldo menor que significa também um aumento da rotatividade no mercado de trabalho no ano", disse o Subsecretário de Estudos e Estatísticas do Trabalho, Felipe Pateo. Em dezembro, mês que normalmente tem elevado volume de desligamentos de trabalhadores contratados temporariamente para as festas de fim de ano, foram fechados 431.011 postos. O resultado do mês passado veio pior do que o fechamento líquido de 371,5 mil vagas de trabalho projetado por analistas em pesquisa Reuters, e foi resultado de 1.382.923 admissões contra 1.813.934 desligamentos. O estoque de empregos formais do Brasil subiu 5,01% no ano passado em relação a 2021, a 42,7 milhões de trabalhadores. Em dezembro de 2021, o patamar estava em 40,7 milhões. Todos os grupamentos de atividades econômicas do Caged tiveram saldo positivo no ano passado. O destaque ficou com o setor de serviços, que abriu 1,177 milhão de vagas. Em seguida, aparecem comércio (+350 mil), indústria (+252 mil), construção (+194 mil) e agropecuária (+65 mil). No recorte regional, foram criados 979 mil empregos no Sudeste e 385 mil no Nordeste. A lista segue com 309 mil postos no Sul, 232 mil no Centro-Oeste e 119 mil na região Norte. O ministério agora passou a fazer um recorte entre o que chamou de postos de trabalho “típicos” e “não típicos”, este último grupo dizendo respeito a trabalhadores como aprendizes, intermitentes, temporários e com carga horária de até 30 horas. De acordo com Pateo, cerca de 14% das vagas líquidas criadas no ano passado dizem respeito a trabalhadores considerados não típicos. O ministério também apresentou esse recorte em relação ao estoque de trabalhadores no país, iniciando a medição em dezembro de 2018, imediatamente antes do início do governo Jair Bolsonaro. Nos quatro anos, segundo os dados, o crescimento do estoque de postos típicos foi de 11,1%, enquanto o aumento das vagas não típicas foi de 32,6%. Com relação aos níveis de salário, os valores médios de contratação tiveram ligeira alta no ano, passando de 1.897,30 reais em dezembro de 2021 para 1.915,16 reais no fechamento do ano passado. No entanto, os salários médios de desligamento ficaram mais altos que os de contratação, passando de 1.989,86 reais no fim de 2021 para 2.038,70 reais agora.
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