Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 299 |24 de janeiro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Semana abre com viés de baixa no mercado físico do boi
O mercado físico do boi gordo abriu a semana ainda em ritmo de queda em algumas praças pecuárias, um reflexo do menor apetite comprador dos frigoríficos brasileiros, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor
Os preços dos principais cortes bovinos abriram a semana inalterados no mercado atacadista paulista. Apesar da baixa liquidez de negócios, a relação entre oferta e demanda parece bem equalizada, observa a S&P Global. “Embora a demanda pela carne mostre inconsistência, não há relatos de grandes excedentes nos estoques, o que oferece suporte aos preços dos cortes”, justifica a consultoria. A redução nos abates diários e o firme ritmo dos embarques ao exterior são fatores que colaboram para o quadro de estabilidade, acrescenta. Segundo dados apurados na segunda-feira pela Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, o escoamento de carne comedido, somado ao aumento gradual da oferta de bovinos, segue pressionando as cotações no mercado do boi gordo. Porém, diz a Scot, as referências ficaram estáveis nas regiões paulistas. Assim, o boi gordo continua valendo R$270/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 259/@ e R$ 265/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China”, está cotado em R$ 275/@ em São Paulo, no prazo, valor bruto, acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca a R$ 261/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 233/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 234/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca R$ 241/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 267/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 238/@ (prazo) vaca a R$ 232/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 254/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 231/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos com queda de 1,61% na arroba em SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF cedeu até 1,61%, cotada em R$ 118,00/R$ 122,00, enquanto a carcaça especial ficou estável em R$ 8,80/kg/9,30/kg
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (20), houve queda de 0,90% em São Paulo, chegando a R$ 6,58/kg, e de 0,65% em Santa Catarina, baixando para R$ 6,10/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,96/kg), Paraná (R$ 6,14/kg), e Rio Grande do Sul (R$ 6,19/kg).
Cepea/Esalq
Suínos: exportações aumentam em relação a janeiro/22
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura em 15 dias úteis de janeiro cresceram tanto em relação a janeiro de 2022 quanto em relação à semana anterior.
A receita, US$ 134,5 milhões, representa 89,55% sobre o montante obtido em janeiro de 2022, com US$ 150,2 milhões. No volume embarcado, as 53.980 toneladas são 79,62% do total registrado em janeiro do ano passado, com 67.793 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 8.972, valor 25,4% maior do que o de janeiro de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve avanço de 3,5%. Nas toneladas por média diária, foram 3.598 toneladas, houve incremento de 11,5% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Quando comparado ao resultado da semana anterior, crescimento de 3,6%. No preço pago por tonelada, US$ 2.493, ele é 12,5% superior ao praticado em janeiro passado. Frente ao valor da semana anterior, queda de 0,06%.
AGÊNCIA SAFRAS
FRANGOS
Recuo de 0,83% para frango resfriado
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,16%, custando R$ 6,07/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 3,20/kg, assim como no Paraná, custando R$ 4,98/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (20), o preço da ave congelada ficou inalterado em R$ 7,03/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,83%, fechando em R$ 7,20/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de frango alcançam em 15 dias úteis 98,7% da receita de janeiro/22
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura em 15 dias úteis de janeiro estão próximas do total registrado em janeiro de 2022
A receita, US$ 537,4 milhões, representa 98,7% sobre o valor de janeiro de 2022, com US$ 544,3 milhões. No volume, as 270.582 toneladas são 85,25% do total registrado em janeiro do ano passado, com 317.378 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 35,8 milhões, valor 38,2% maior do que o registrado janeiro de 2022. No comparativo com a semana anterior, recuo de 5,9%. Nas toneladas por média diária, 18.038 toneladas, houve elevação de 19,4% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Comparado com a semana anterior, queda de 6,8%. No preço pago por tonelada, US$ 1.986, ele é 15,8% superior ao praticado em janeiro do ano passado. Frente a semana anterior, aumento de 1,0%.
AGÊNCIA SAFRAS
EMPRESAS
Líder na produção de suínos no PR, Frimesa prevê alta de 30% em faturamento este ano
Capacidade produtiva deve ser 35% maior em 2023 e somar 3,2 milhões de animais abatidos
A Frimesa, que reúne cinco cooperativas no Paraná, e é líder na produção de suínos no Estado, espera crescer 30% neste ano e atingir faturamento de R$ 7,1 bilhões. O avanço virá, sobretudo, da sua capacidade produtiva, que deve ser 35% maior em 2023 e somar 3,2 milhões de animais abatidos, diz Elias Zydek, Diretor Executivo. “Observamos uma concentração da produção em grandes empresas e essa tendência favorece os resultados”, afirma. Ainda assim, Zydek diz que “há grandes desafios” à frente, como os elevados custos de produção e a dificuldade de repasse dessas altas ao consumidor. Para driblar o cenário de incertezas de consumo, a aposta é aumentar a exposição no mercado internacional, de onde deve vir 27% da receita bruta neste ano. O frigorífico de suínos inaugurado em dezembro em Assis Chateaubriand (PR), o “maior da América Latina”, começa a operar neste 1º trimestre, após investimento de R$ 1,3 bilhão. Além de Assis, a Frimesa ainda tem unidades em Medianeira e Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Zydek avalia que o custo de produção, especialmente o preço do milho e do farelo de soja, ambos utilizados na ração animal, não deverão ter mais pressão do que a já observada. “Esperamos que a recuperação econômica aconteça e contribua para o repasse de preços”, diz.
O ESTADO DE SÃO PAULO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná tem aumento de 370% nas exportações de milho
Os agricultores paranaenses plantaram 20 mil hectares da segunda safra de milho até meados de janeiro deste ano
Os agricultores paranaenses plantaram 20 mil hectares da segunda safra de milho até meados de janeiro deste ano. O total previsto era de 2,65 milhões. Tradicionalmente este plantio começa pela região Sul e Sudoeste do Estado e depois avança para Oeste, finalizando no Norte e Noroeste. A primeira safra de milho tem condições de campo estáveis comparadas à semana anterior. A colheita começou pela região de Francisco Beltrão e deve ganhar ritmo no final de janeiro, se as condições climáticas forem favoráveis. De acordo com informações divulgadas no boletim agropecuário semanal da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no cenário externo, o Paraná exportou em 2022 um total de 2,5 milhões de toneladas de milho, alta de mais de 370% quando comparado a 2021. Já o Brasil exportou 43,3 milhões de toneladas, volume 112% maior que no ano anterior, sendo a maior exportação da história, superando o recorde anterior de 42,7 milhões atingido em 2019.
AGROLINK
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em queda em dia de baixa liquidez
No exterior, a moeda americana seguiu com leve força ante as principais divisas de mercados desenvolvidos e emergentes
O dólar encerrou a sessão da segunda-feira em queda, em uma sessão marcada pela baixa liquidez e feriado na China. Os investidores continuaram atentos às sinalizações do novo governo sobre sua agenda econômica, em dia em que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exaltou o papel do BNDES em sua visita à Argentina. No exterior, a moeda americana seguiu com leve força ante as principais divisas de mercados desenvolvidos e emergentes. No fim da negociação de hoje, o dólar à vista encerrou em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,1964. Perto das 17h25, o contrato futuro para fevereiro da moeda americana operava em queda de 0,38%, a R$ 5,2010. Em relação à liquidez, o giro de contratos estava em torno de 256,8 mil em relação ao vencimento mais líquido (fevereiro), número abaixo da média. Lá fora, o dólar avançava 0,63% contra o rand sul-africano, enquanto exibia queda de 0,34% ante o peso mexicano. Na ausência de um catalisador e sem grande liquidez ontem, os investidores seguiram aguardando uma nova sinalização do governo sobre sua política econômica, em especial a fiscal. O que marcou a sessão foi a visita de Lula à Argentina, onde o Presidente defendeu o papel do BNDES, falando que o banco deve voltar a financiar projetos de empresas brasileiras que operam no exterior.
VALOR ECONÔMICO
Ibovespa fecha em queda pressionado pelo setor financeiro
O Ibovespa iniciou a semana com leve queda, pressionado pela performance negativa do setor financeiro e amparado parcialmente pela alta dos papéis ligados às commodities
No fim da sessão, o referencial local registrou perdas de 0,27%, aos 111.737 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 18,89 bilhões no Ibovespa e R$ 23,58 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 avançou 1,19%, aos 4.019 pontos, o Dow Jones fechou em alta de 0,76%, aos 33.629 pontos, e o Nasdaq subiu 2,01%, aos 11.364 pontos. Após apresentar tendência altista pela manhã, o Ibovespa foi perdendo fôlego até ceder ao campo negativo na última hora de pregão, pressionado pela performance do setor financeiro. Roberto Attuch, CEO da OHM Research, afirmou que "o mercado tem olhado todas as falas do novo governo com lupa, num tom extremamente crítico. A questão da moeda comum com a Argentina, por exemplo, muita gente criticou sem nem entender a proposta, achando que era algo nos moldes do euro. Acredito que, até as medidas do governo serem fortes para falar por si, como a apresentação de uma nova âncora fiscal e o avanço da reforma tributária, o humor local deve continuar ruim", diz o executivo. As ações de instituições financeiras já operavam no campo negativo desde a manhã, ainda na esteira do caso Americanas. Os bancos estão entre os principais credores da varejista, e há uma leitura no mercado de que o rombo encontrado pode prejudicar os resultados das companhias. "O investidor estrangeiro está comprando emergentes porque enxerga um quadro favorável, com a reabertura da China e após o dólar atingir seu pico. Estamos vendo certa inversão do cenário dos últimos anos, quando as altas no mercado de equities eram sempre lideradas pelas big techs. Agora, com agentes saindo em parte desses papéis, dá para alocar com sobras em outras geografias", diz Attuch.
VALOR ECONÔMICO
Mercado vê inflação mais alta e aumenta previsão para Selic em 2024
O mercado voltou a elevar as perspectivas para a inflação tanto este ano quanto no próximo, passando a calcular a taxa básica de juros mais alta em 2024, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada na segunda-feira
Segundo o levantamento semanal, a Selic deve terminar este ano a 12,50%, sem alterações, mas 2024 fechará com uma taxa de 9,50%, de 9,25% projetados antes. Atualmente a taxa está em 13,75%, nível que deve ser mantido na reunião de política monetária do BC de 31 de janeiro e 1 de fevereiro de acordo com a mediana das expectativas no Focus. As contas para a alta do IPCA na pesquisa, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, seguiram aumentando. A inflação agora é calculada em 5,48% em 2023 e 3,84% em 2024, de respectivamente 5,39% e 3,70% na semana anterior. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto, a projeção de crescimento este ano melhorou em 0,02 ponto percentual, a 0,79%, enquanto que para 2024 permaneceu em 1,50%
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