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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 277 DE 16 DE DEZEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 277 |16 de dezembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Mercado do boi gordo segue com preços frouxos

O mercado pecuário brasileiro segue com preços frouxos para o boi gordo e um ritmo menor de exportações de carne bovina in natura, informa a engenheira agrônoma Jéssica Olivier, analista da Scot Consultoria, de Bebedouro, SP


“Após a queda na referência do boi gordo paulista na quinta-feira passada (8/12), desde então, a cotação trabalhou estável, entretanto pressionada”, relata a analista, referindo-se exclusivamente ao comportamento dos negócios nas praças de São Paulo – no entanto, as demais regiões brasileiras apresentam cenário bastante semelhante. Na quinta-feira, 15 de dezembro, pelos dados da Scot, os preços do boi também andaram de lado nas maiorias das praças brasileiras. “As escalas alongadas, fechadas até o início do próximo ano, trouxeram estabilidade nos preços dos animais terminados”, ressalta Jéssica. O macho terminado segue valendo R$ 282/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 262/@ e R$ 272/@ (preços brutos e a prazo). Bovinos destinados à exportação, o chamado “boi-China”, estão cotados em R$ 290/@ em São Paulo (no prazo, preço bruto), “porém negociações abaixo da referência começam a dar as caras”, antecipa a analista da Scot. Segundo Jéssica, neste mês de dezembro, a presença chinesa na compra de carne bovina in natura brasileira continua diminuindo. “Até a segunda semana do mês, exportamos (para todos os países clientes, incluindo a China) 6,8 mil toneladas por dia, 8,3% menos que a média diária de novembro (7,4 mil toneladas) e 27,6% menor que a de outubro (9,4 mil toneladas)”, detalha a analista. O resultado de dezembro/22 pode ser positivo caso o ritmo de embarque atual se mantenha, “totalizando entre 148 e 150 mil toneladas no mês, resultado que seria recorde para dezembro em comparação com seus pares em anos anteriores”, disse ela. Para a última quinzena de dezembro, projeta Jéssica, o preço do boi gordo em São Paulo “pode firmar no atual patamar caso a demanda por carne bovina melhorar, frente às festividades de final de ano, e os estoquem das indústrias recuarem no mesmo período”. Para 2023, diz Jéssica, o primeiro trimestre deverá ter preços mais frouxos, uma vez que a oferta de bovinos terminados em pastagens chegará ao mercado, sem contar a presença maior de fêmeas nas linhas de abates. Segundo ela, o preço de atacado da carne desossada paulista subiu 0,5% nos últimos sete dias. “Os cortes de traseiro continuam bem procurados”, diz Julia, acrescentando que, na última semana, tais produtos passaram por reajustes positivos de 0,7% nos preços, enquanto os cortes de dianteiro, com baixa liquidez, se mantiveram estáveis no mesmo período. No acumulado dos últimos 30 dias, relata a analista, alguns cortes tiveram altas expressivas, tais como os da alcatra com maminha (10,2%), miolo da alcatra (8,6%), maminha (8,7%), picanha (7,8%) e filé mignon sem cordão (6,1%). Por sua vez, os cortes de dianteiro sofreram quedas do meio de novembro para cá. De acordo com Julia, as expectativas quanto ao “boom” de compras de carne bovina estão projetadas para as duas últimas semanas de dezembro. “Até lá, o movimento de alta de preços deve ganhar mais força, refletindo nas cotações da carne bovina nas prateleiras dos supermercados”, prevê a analista.

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: Poucas alterações nas cotações DO PR, SC E SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 137,00/R$ 143,00, enquanto a carcaça especial aumentou 0,93%/1,82%, atingindo R$ 10,80/R$ 11,20 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (14), houve leve alta de 0,15% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 6,75/kg, e de 0,13% em Minas Gerais, alcançando R$ 7,56/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná (R$ 6,76/kg), Santa Catarina (R$ 6,79/kg) e em São Paulo (R$ 7,51/kg). A semana que antecede as festividades de final de ano foi positiva para o mercado de suínos, com um puxão para cima nos preços na maioria das praças que comercializam os animais no mercado independente. Inclusive, algumas lideranças destacam a aproximação do preço do quilo do animal com os custos de produção, apesar de ainda não haver margem de lucro.

Cepea/Esalq


Suinocultura independente: altas para a maioria das praças

No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 08/12/2022 a 14/12/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 1,25%, fechando a semana em R$ 6,52/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,70/kg vivo", informou o Lapesui


Em São Paulo, o preço passou de R$ 8,00/kg vivo para R$ 8,26/kg segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), com acordo entre suinocultores e frigoríficos. "A expectativa dos suinocultores é de novos realinhamentos de preço para os próximos dias. Sendo assim, nós vamos realizar a próxima Bolsa de Suínos na segunda-feira, dia 19. Hoje, com o preço de R$ 155,00 a arroba, vamos trabalhar para confirmar esse preço, com relação de troca com o milho de uma arroba comprando 1,8 saca de milho. Estamos chegando próximos do custo de produção, e agora é acompanhar o mercado até o dia 24 de dezembro para ver como o setor vai se comportar", disse Valdomiro Ferreira, presidente da APCS. No mercado mineiro, o valor subiu na quinta-feira, passando de R$ 7,60/kg vivo para R$ 8,00/kg vivo segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, saindo de R$ 6,83/kg para R$ 7,16/kg vivo nesta semana.

AGROLINK


Suínos/Cepea: Demanda se aquece, e preço sobe

Com a proximidade das festas de fim de ano, a demanda por carne suinícola vem se aquecendo


Diante disso, os preços do suíno vivo e da carcaça voltaram a reagir em todas praças acompanhadas pelo Cepea. Entre os cortes mais procurados está o lombo, que registrou a valorização mais expressiva. Agentes consultados pelo Cepea se mostram otimistas e esperam que as vendas continuem aquecidas nos próximos dias. Na direção contrária do mercado doméstico, as exportações brasileiras de carne suína vêm se enfraquecendo nesta primeira quinzena de dezembro. Segundo os dados da Secex, nos sete primeiros dias úteis do mês, 27 mil toneladas de carne suína foram escoadas, com média diária de embarques em 3,9 mil toneladas, 9,2% abaixo do registrado no mês passado.

Cepea


FRANGOS


Frango: Cotações estáveis no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 1,14%, cotado em R$ 6,92/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná não houve alteração de preço, com a ave viva cotada em R$ 5,20/kg, assim como Santa Catarina, com valor de R$ 4,21/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (14), a ave congelada teve recuo de 0,76%, valendo R$ 7,84/kg, enquanto o frango resfriado baixou 1,12%, fechando em R$ 7,92/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


ABPA: Exportações de carne de frango devem chegar às 4,850 milhões de toneladas em 2022, batendo recorde

Já o consumo per capita de carne suína este ano aumentou, saindo de 16,7 quilos por habitante/ano em 2021 e chegando perto dos 18 quilos per capita/ano em 2022


Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em relação às perspectivas para o fechamento do ano de 2022 para o mercado de carne de frango e de carne suína, divulgada na quinta-feira (15), deve haver recuo nas exportações de carne suína e, em relação à carne de frango, queda na disponibilidade interna da proteína e do consumo per capita. Entretanto, a carne de frango deve atingir recorde de exportação. A produção de carne suína, de acordo com a ABPA, deve encerrar o ano de 2022 com volume entre 4,950 a 5,000 milhões de toneladas, o que representa um incremento em relação ao resultado de 2021 de até 6,5%. Na exportação, o volume deve fechar o ano em até 1,120 milhões de toneladas, o que pode representar queda de cerca de 1,5%. A disponibilidade interna da proteína aumentou este ano em comparação a 2021, chegando perto das 3,830 a 3,900 milhões de toneladas, aumento de até 9,5%. "No caso das exportações, viemos crescendo ao longo do segundo semestre, e a queda deve ser pequena. Há surpresas de outros mercados sendo abertos, como Canadá, por exemplo, e ampliação nas compras por parte de outros países", informou o presidente da entidade, Ricardo Santin. "Tivemos uma queda nas exportações de carne suína para a China, que se recupera da Peste Suína Africana, mas que se estabilizou e que deve se recuperar no ano que vem, com relaxamento de algumas medidas de restrições impostas por casos de Covid-19 no país", completou. Ponto positivo para o aumento do consumo per capita da carne suína no país, saindo de 16,7 quilos por habitante/ano em 2021 e chegando perto dos 18 quilos per capita/ano em 2022, incremento de até 8%. "Essa carne foi uma substituição durante a pandemia em parte no lugar da carne bovina, e foi se tornando um hábito de consumo dos brasileiros", disse. A carne de frango em 2022 deve fechar com ampliação de até 1,5% no comparativo com o ano passado, com volume entre 14,450 a 14,500 milhões de toneladas. As exportações são projetadas para aumentarem em 5%, com embarques entre 4,800 a 4,850 milhões de toneladas. "Há uma demanda global crescente, e o Brasil deve ser chamado a atender a estas lacunas. Nas exportações de 2022 houve aumento de 5% em volume e de 29,3% em receita no comparativo com 2021. É um crescimento vigoroso, que era em parte já projetado, mas tem muito da influenza aviária e principalmente da guerra entre Rússia e Ucrânia, o que diminuiu o fornecimento de cereais para muitos países, que diminuíram a produção", relata Santin. Em relação ao mercado interno, projeta-se queda na disponibilidade interna, na ordem de 0,2% em relação a 2021, chegando em até 9,700 milhões de toneladas. Nesta linha, o consumo também deve ser reduzido em 0,8%, passando de 45,5 quilos per capita/ano em 2021 para até 45,1 quilos por habitante/ano em 2022. Para 2023, a perspectiva para a produção da proteína suinícola é de que haja um incremento de até 4%, podendo atingir 5,100 a 5,150 milhões de toneladas. Nas exportações, pode haver ampliação de até 12% no comparativo com o resultado de 2022, com volume embarcado de 1,200 a 1,250 milhões de toneladas. A disponibilidade interna da proteína também deve aumentar em 2023, cerca de 3%, com 3,850 a 3,950 milhões de toneladas, assim como o consumo per capita, chegando perto dos 18,5 quilos per capita/ano, num avanço de 3% em comparação a 2022. Na carne de frango, a projeção é de avanço na produção de até 2%, podendo atingir 14,600 a 14,750 milhões de toneladas. Nas exportações, pode haver aumento de até 5% no comparativo com o resultado de 2022, com volume de 5,000 a 5,200 milhões de toneladas. A disponibilidade interna da proteína também deve aumentar em 2023, cerca de 0,5%, com até 9,750 milhões de toneladas, assim como o consumo per capita, chegando perto dos até 45,5 quilos per capita/ano, avanço de 0,8% em comparação a 2022.

ABPA


EMPRESAS


Auditoria do MPF aponta irregularidades em 17% das compras de gado pela JBS no Pará

Cerca de 17% do gado adquirido pela JBS no Estado do Pará, na região Amazônica, pode ter vindo de propriedades envolvidas em “irregularidades” como o desmatamento ilegal, de acordo com uma auditoria do Ministério Público Federal (MPF) divulgada na quinta-feira


A auditoria, que avaliou as compras de gado entre julho de 2019 e junho de 2020, identificou que o maior frigorífico do mundo teria comprado 93.734 cabeças de fornecedores com alguma irregularidade. Ao todo, a auditoria constatou 136.172 compras irregulares de gado pela JBS e outros frigoríficos não listados que atuam na região. Procurada, a JBS afirmou em nota que os resultados do 4º ciclo da auditoria do MPF no Pará se referem a compras realizadas há mais de dois anos e que são consequência, principalmente, de imprecisões na adoção de critérios ocorridos na época e que já foram ajustadas pela JBS em outubro de 2021.

REUTERS


PA: frigoríficos atingem 100% de conformidade em auditoria do TAC da Pecuária

As auditagens são previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 no Pará entre MPF, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização


O Ministério Público Federal (MPF) no Pará, com o apoio da organização não-governamental Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e a associação Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), divulgou na quinta-feira (15/12) os resultados de auditorias sobre a sustentabilidade da cadeia produtiva da pecuária no Estado. A Minerva Foods, em nota à imprensa, informou que alcançou novamente 100% de conformidade com o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) da pecuária no Pará, conforme a auditoria supervisionada pelo MPF. “O resultado positivo da principal auditoria sobre o combate ao desmatamento ilegal na Amazônia é fruto dos esforços contínuos que temos empenhado para garantir uma atuação cada vez mais sustentável, não apenas no nosso negócio, mas engajando toda a cadeia”, destaca Tamara Lopes, Gerente Executiva de Sustentabilidade da Minerva Foods. Também em comunicado à imprensa, a Frigol informa que atingiu 100% de conformidade com os critérios determinados pelo TAC em unidades paraenses da empresa. “A sustentabilidade está no centro de nossa estratégia de negócios. Por isso, consideramos esse resultado como um importante avanço não apenas para nós, mas também para o setor e a sociedade, que precisam estar cada vez mais alinhados aos temas que envolvem a sustentabilidade. Temos plena consciência de nosso papel como parte essencial nas transformações globais, o que nos leva a atuar em prol de práticas que minimizem os impactos socioambientais da pecuária”, comenta Carlos Corrêa, Diretor Administrativo e de Sustentabilidade da Frigol. Segundo o MPF, as auditagens são previstas em acordos que vêm sendo assinados desde 2009 no Pará entre Ministério Público Federal, setores produtivo e empresarial e órgãos de fiscalização. “As checagens verificam se há controle da origem da matéria-prima, para que a legislação socioambiental seja respeitada. O cumprimento da legislação evita que sejam comercializados animais com origem, por exemplo, em áreas com desmatamento ilegal, grilagem, trabalho escravo, invasões a unidades de conservação e a terras indígenas e quilombolas, ou sem regularização ambiental ou fundiária”, destaca o órgão.

Ascom MPF-PA, Frigol e Minerva Foods


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Ipardes lança índice regionalizado de inflação de alimentos e bebidas no Paraná

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) lançou na quinta-feira (15) o Índice de Preços Regional do Paraná (IPR). O indicador leva em conta o valor de 35 itens da cesta básica de alimentos em seis municípios-polo: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu, captando assim as dinâmicas de preços regionais e da inflação nessas regiões do estado


Até então, o Paraná contava com apenas um índice de inflação, e as variações de preço constatadas na capital influenciavam esse indicador em todo o estado. Agora, ressalta o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado, vai ser possível identificar as características regionais da inflação no entorno dessas cidades escolhidas para o cálculo do IPR. “A partir de agora, municípios importantes do Paraná, que até hoje não tinham uma análise detalhada da inflação de alimentos, terão acesso a dados de excelente qualidade. Com esse serviço que o Ipardes está oferecendo, as maiores cidades do Paraná vão conseguir saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que têm um reflexo relevante na vida dos cidadãos”, explicou. O Ipardes vem trabalhando com uma série histórica iniciada em 2020. Dessa forma, será possível analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Paraná. “Até então, tínhamos apenas o IPCA medindo a inflação da Região Metropolitana de Curitiba, sem atender outros municípios que são polos de desenvolvimento no Paraná. Agora, temos uma visão mais regionalizada. Será possível elaborar políticas mais direcionadas em função do comportamento particular do índice de preços nas cidades”, explicou Curado. No levantamento mais recente, de novembro, o Ipardes identificou uma inflação média de 1,29% em alimentos e bebidas no Paraná. O índice é 0,22 ponto percentual maior do que o verificado em outubro. No acumulado do ano, a inflação pelo IPR chegou a 15,85%. A maior variação nos preços entre janeiro e novembro de 2022 foi verificada em Maringá (17,35%). Curitiba ficou em segundo lugar (16,38%), seguida por Cascavel (16,03%), Ponta Grossa (15,8%), Foz do Iguaçu (14,98%) e Londrina (14,51%). Os produtos pesquisados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná, e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. Entre janeiro e novembro de 2022 a cebola foi o alimento com maior alta acumulada no estado, 155,31%. Banana (87,78%), maçã (78,15%), batata (41,97%) e biscoitos (39,15%) vêm em seguida na lista de maiores altas. Na contramão da subida de preços, o feijão preto é destaque, com queda de preço de 12,19% no acumulado de 2022 no Paraná. Completam a lista de maiores reduções o feijão carioca (-7,89%), molhos e extratos de tomate (-7,88%), bisteca suína (-3,9%) e linguiça (-3,45%).

GAZETA DO POVO


TCE-PR suspende, por medida cautelar, contrato para a construção da Ponte de Guaratuba

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), por meio de medida cautelar, emitida na quarta-feira (14) suspendeu a execução do contrato firmado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) com o Consórcio Nova Ponte, vencedor da licitação para a construção da Ponte de Guaratuba.


No entendimento do TCE, a exigência, prevista no edital, de que os licitantes comprovassem ter executado, em uma única obra de ponte, cinco quesitos construtivos (construção de ponte com extensão de 600 metros; área de tabuleiro de 14.057 metros quadrados; trecho estaiado; método construtivo sem escoramento -balanços sucessivos; e vão livre de 160 metros) pode ter restringido o caráter competitivo da licitação. A medida cautelar foi concedida pelo conselheiro Maurício Requião, relator do processo de Representação da Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos), formulada por empresa que participou do certame. Na mesma data, a decisão foi homologada pelo Tribunal Pleno do TCE-PR em sessão ordinária. O relator considerou que "pouquíssimas" obras de pontes já feitas no Brasil utilizaram todas essas técnicas e métodos construtivos, situação que reduz sensivelmente o número de empresas capazes de comprovar tal experiência. Por meio do Edital de Concorrência com Regime de Contratação Integrada nº 1/22, o DER-PR contratou o consórcio para a elaboração dos projetos Básico e Executivo e a posterior execução das obras de implantação de ponte sobre a Baía de Guaratuba, ligando, pela PR-412, os municípios de Matinhos e Guaratuba, além de seus acessos. Com extensão de 1.244 metros e tabuleiro (piso de rodagem) de 14.057 metros quadrados, a obra foi contratada por R$ 386.939.000,00. A empresa autora da representação integra o consórcio que apresentou o menor preço na fase de lances - R$ 386.799.000,11 -, mas foi inabilitado por, entre outros motivos, não comprovar, em um único atestado, experiência nos serviços licitados. O contrato com o consórcio vencedor foi assinado em 5 de dezembro. O critério de julgamento escolhido pelo DER-PR foi o do menor preço. Das seis empresas ou consórcios que apresentaram propostas, cinco ofereceram lance abaixo do valor global estimado (que foi inicialmente mantido em sigilo). Destes cinco, os dois primeiros licitantes foram inabilitados em razão da dificuldade de comprovar a capacidade técnico-operacional. Para o relator, a exigência imposta pelo DER-PR fere princípios da Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 14.133/21) e também do Decreto nº 10.086/22, que regulamenta a NLLC no âmbito da administração pública estadual do Paraná. O artigo 468 desse decreto prevê que a demonstração de capacidade técnico-operacional será feita por meio de atestados (no plural); que essa exigência deve se limitar estritamente às parcelas do objeto licitado de maior relevância técnica e valor mais significativo e com quantidades mínimas de até 50% dessas parcelas.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em leve alta de 0,11% a R$5,3150 na venda

O dólar teve leve alta frente ao real na quinta-feira, após sessão de grande amplitude e volatilidade em meio a aparentes entraves na tramitação da PEC da Transição e da Lei das Estatais, enquanto investidores continuavam repercutindo sinais mistos do comunicado de política monetária do Federal Reserve.


A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,11%, a 5,3150 reais na venda. Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, notou forte volatilidade do dólar, o que atribuiu às incertezas sobre a tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. "A PEC parece que está a cada dia mais emperrada; o governo futuro governo está tendo que se desmembrar e está tendo alguma dificuldade nessa articulação", disse. A PEC da Transição busca permitir o pagamento do Bolsa Família no valor de 600 reais, entre outros pontos, por meio da ampliação do teto de gastos em 145 bilhões de reais. No exterior, o dólar avançava frente à grande maioria das divisas emergentes ou ligadas às commodities, bem como contra pares de países desenvolvidos, em pregão também marcado por instabilidade, conforme investidores tentavam digerir sinais mistos do banco central dos Estados Unidos. O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou na véspera que dados de inflação de outubro e novembro mostraram uma redução bem-vinda no ritmo dos aumentos de preços, mas que serão necessárias mais evidências para dar confiança de que a inflação está em uma trajetória descendente sustentada. Seus comentários vieram depois que o Fed elevou sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual, desacelerando o ritmo de aperto após subir os custos dos empréstimos em 0,75 ponto em cada uma de suas três reuniões anteriores. "O discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, deu sinais divergentes", disse a Genial Investimentos em nota a clientes. "De um lado, validou a 'dureza' do comunicado ao repetir que ainda falta muito a fazer na política monetária... e que o banco central terá de manter juros em nível restritivo por um período prolongado. Ao mesmo tempo, indicou que as condições do mercado de trabalho começam a abrandar, que a autoridade monetária está chegando perto de uma taxa de juros suficientemente restritiva e que espera quedas significativas na inflação e no núcleo em 2023."

REUTERS


Ibovespa fecha quase estável com NY negativo e mercado de olho em Brasília

O Ibovespa fechou quase estável na quinta-feira, em outra sessão volátil, em dia de forte queda das bolsas de Nova York, com a cena local marcada por dificuldades na tramitação das alterações na Lei das Estatais e da PEC da Transição no Congresso, além de declarações de autoridades do Banco Central


B3 e Gerdau foram as maiores influências negativas, enquanto Petrobras e Banco do Brasil puxaram na ponta oposta. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa fechou com variação negativa de 0,08%, a 103.659,87 pontos. Na mínima, o índice caiu 0,71%, a 103.014,26 pontos, e na máxima subiu 1,67%, a 105.482,72 pontos. O volume financeiro somava 26,2 bilhões de reais.

REUTERS


Para 2023, BC eleva estimativa de inflação de 4,6% para 5%

No próximo ano, probabilidade de estouro da meta de inflação é de 57%


A estimativa do Banco Central (BC) para a inflação, em 2023, subiu de 4,6% para 5%. A previsão para 2022 passou de 5,8% para 6%. As projeções estão no Relatório de Inflação, divulgado ontem (15), em Brasília, pelo BC. Para 2024, a revisão foi de 2,8% para 3% e, para 2025, permanece em 2,8%. A probabilidade de a inflação ultrapassar o limite de tolerância da meta está próxima de 100%, neste ano, e 57%, em 2023. A meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para 2022, é 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Dessa forma, a inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), poderia ficar entre 2% e 5% neste ano. Para 2023, o CMN estabeleceu meta de 3,25% para o IPCA, também com 1,5 ponto percentual de tolerância. Dessa forma, o índice poderá fechar o próximo ano entre 1,75% e 4,75%. No relatório, o BC diz que o Comitê de Política Monetária (Copom) “se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial. “O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, ressaltou. Mas o comitê reforçou que poderá voltar a aumentar a Selic caso a inflação não caia como esperado. No último dia 7, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano. Essa foi a terceira vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto.

AGÊNCIA BRASIL


BC piora estimativa de déficit em transações correntes em 2022 de US$47 bi para US$60 bi

O Banco Central piorou na quinta-feira sua estimativa para o déficit em transações correntes a 60 bilhões de dólares neste ano, ante rombo de 47 bilhões de dólares projetado em setembro, enxergando para 2023 déficit de 49 bilhões de dólares, contra 36 bilhões de dólares da estimativa anterior


Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC passou a ver Investimentos Diretos no País (IDP) de 80 bilhões de dólares em 2022, sobre 70 bilhões de dólares antes. Na visão da autoridade monetária, o patamar deve ficar em 75 bilhões de dólares em 2023, mesmo nível projetado em setembro. Nas contas do BC, a balança comercial terá superávit de 41 bilhões de dólares neste ano (contra estimativa anterior de 42 bilhões de dólares), ao passo que no ano que vem as trocas comerciais ficarão positivas em 46 bilhões de dólares (ante projeção anterior de 54 bilhões de dólares).

REUTERS


BC melhora projeção para crescimento do PIB em 2022 a 2,9%, contra 2,7% antes

O Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2022 a 2,9%, de 2,7% antes, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira


No documento, o BC deixou inalterada a perspectiva de expansão de 1,0% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 que havia sido estimada em setembro. O Ministério da Economia, por sua vez, prevê expansão de 2,7% para o PIB este ano e de 2,1% para o próximo, enquanto o mercado, segundo o boletim Focus mais recente, estima que a economia crescerá 3,05% em 2022 e 0,75% no ano que vem. Em relação à política monetária, o BC reiterou mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de que se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. Atualmente a taxa básica de juros está em 13,75% ao ano.

REUTERS


Mapa: exportação do agronegócio supera US$ 10 bi pela 1ª vez para meses de novembro

A receita cambial atingiu US$ 12,65 bilhões, valor foi 51,2% superior quando comparado aos US$ 8,36 bilhões exportados em novembro de 2021


As exportações do agronegócio superaram, pela primeira vez para os meses de novembro, a cifra de US$ 10 bilhões. A receita cambial atingiu US$ 12,65 bilhões, valor foi 51,2% superior quando comparado aos US$ 8,36 bilhões exportados em novembro de 2021. O recorde das exportações foi resultado do aumento do volume das exportações (+29,3%) mas, também, influenciado pelos preços médios de exportação elevados (+16,9%), informa o Ministério da Agricultura, em comunicado. Conforme a Pasta, o aumento no volume exportado de milho (+3,7 milhões de toneladas) e de açúcar (+1,3 milhão de toneladas) explicam, em grande parte, o desempenho favorável no volume das exportações brasileiras do agronegócio. As importações de produtos agropecuários foram de US$ 1,48 bilhão em novembro de 2022, um crescimento de 2,2% em relação ao valor adquirido em novembro do ano passado.

Desta forma, o saldo da balança registrou superávit de US$ 11,6 bilhões. Este saldo do agronegócio não considera os insumos utilizados na produção agropecuária, como fertilizantes, defensivos, peças e equipamentos. A participação do agronegócio nas exportações totais ficou em 44,9%. Com esse incremento, o Brasil já vendeu 145,3 milhões de toneladas ao exterior neste ano. Em divisas, nos 11 meses do ano, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 148,26 bilhões, valor recorde para o período na série histórica desde 1997. Os cinco principais setores exportadores do agronegócio, em novembro, foram o complexo soja (participação de 21,7%); carnes (15,2%); cereais, farinhas e preparações (14,7%); complexo sucroalcooleiro (14,5%); e produtos florestais (10,6%). Estes setores responderam por 76,7% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio em novembro. O complexo soja exportou US$ 2,74 bilhões, o que significou um crescimento de 31,9% na comparação com novembro do ano passado. As vendas externas de soja chegaram a US$ 1,62 bilhão. O valor exportado de farelo de soja foi US$ 817,44 milhões (+56,9%) e o óleo de soja atingiu US$ 310 milhões (+30,7%). As exportações de carnes bateram recorde para os meses de novembro, chegando a US$ 1,92 bilhão (+47,2%). A carne bovina foi a carne com maior valor exportado, US$ 870 milhões (+76%). As vendas externas de carne de frango atingiram US$ 762,13 milhões (+29%). Houve exportações recordes, também, de carne suína, com US$ 228,12 milhões. Os cereais, farinhas e preparações registraram vendas externas de US$ 1,86 bilhão (+243,8%). As exportações de milho responderam por quase todo o valor exportado pelo setor, superando, pela primeira vez, a cifra de US$ 1 bilhão para os meses de novembro, com registros de US$ 1,73 bilhão em novembro de 2022 (+255,8%). O volume exportado também foi recorde para os meses de novembro, atingindo 6,06 milhões de toneladas (+154%). O complexo sucroalcooleiro exportou US$ 1,83 bilhão, com crescimento de 83,5% na comparação com os US$ 999,29 milhões exportados em novembro/2021. O açúcar foi o principal produto exportado pelo setor, com US$ 1,66 bilhão (+78,7%), com expansão do volume em 53,1% e de 16,8% no preço médio de exportação. Ou seja, o incremento das exportações de açúcar é explicado, em sua maior parte, pelo incremento do volume exportado.

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