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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 276 DE 15 DE DEZEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 276 |15 de dezembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Pressão de baixa no mercado físico do boi gordo

Na quarta-feira, 14 de dezembro, o mercado físico do boi gordo registrou novas oscilações negativas nos preços da arroba em algumas praças pecuárias brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor


Na quarta-feira, a IHS Markit verificou recuos do boi gordo em regiões de São Paulo, Triângulo Mineiro (MG), Bahia e do Maranhão. “Nessas praças, a menor demanda por parte dos frigoríficos forçou muitos pecuaristas a cederem a pressão de baixa, fechando negócios abaixo dos pisos vigentes observados nos dois dias anteriores”, informa a IHS. Particularmente no Maranhão, conta a consultoria, as chuvas volumosas registradas no Estado, que já somam mais de 40 dias, resultaram no rápido acabamento dos bois terminados no pasto, estimulando a entrega de muitos lotes ao mercado. Por sua vez, em São Paulo, as indústrias locais atuam em Estados vizinhos, “chegando a originar boiada gorda até nas praças do Mato Grosso”, relata a IHS. “Com o diferencial de preços entre as praças do MS e MT rondando até R$ 40/@ frente ao valor do boi paulista, houve a possibilidade de efetivação de negócios em preços inferiores nas praças em São Paulo, com cotação recuando de R$ 291/@ para R$ 288/@”, informam os analistas. Pela apuração a Scot Consultoria, neste período final do ano, alguns frigoríficos localizados em São Paulo já estão dando férias coletivas para seus colaboradores. “Com as escalas de abate confortáveis, fechadas até o final do ano na maioria dos frigoríficos paulistas, a procura por bovinos terminados caiu”, relata a Scot. Porém, pelos dados da Scot, apesar de pressionada, a cotação do boi, vaca e novilha gordos está estável na praça paulista. Desta forma, a referência para boi, vaca e novilha gordos é de R$ 282/@, R$ 262/@ e R$ 272/@ respectivamente (preços brutos e a prazo). Bovinos destinados à exportação, o chamado “boi-China”, estão cotados em R$ 290/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Na avaliação da IHS, o fôlego para renovar altas nos preços da arroba parece ter cessado na maior parte do País. No mercado atacadista, as vendas de carne bovina permanecem aquecidas, sobretudo de cortes nobres do traseiro, bastante procurados pelos brasileiros neste período de festa de fim de ano. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 288/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca R$ 258/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista);

MA-Açailândia: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


Consumo de carne bovina em 2022 deve ser o menor em 26 anos

Projeções da Scot Consultoria apontam que a disponibilidade interna da proteína em 2022 deva atingir, em média, 24,5 kg de carne bovina per capita no ano, sendo o menor número registrado desde o início da série histórica de 1996


A pandemia culminou em uma crise sanitário-econômica de nível global, que afetou diretamente o poder de compra do consumidor doméstico e, consequentemente, o consumo da carne bovina. Porém, paralelamente a esse cenário, vimos o consumo de proteínas suínas e de aves aumentando nos últimos anos. Informações da analista de mercado da Scot Consultoria, Julia Zenatti, em entrevista para o canal Agromais.

SCOT CONSULTORIA


SUÍNOS


Suíno tem mais um dia de valorização NO PR, SC e SP

Esta quarta-feira (14) foi mais um dia de preços em movimento de alta para o mercado de suínos. De acordo com análise do Cepea/Esalq, neste início de dezembro, as cotações do suíno posto no mercado independente vêm registrando movimentações distintas dentre as regiões acompanhadas, conforme as condições locais de oferta e procura


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 137,00/R$ 143,00, enquanto a carcaça especial aumentou, pelo menos, 0,94%, atingindo R$ 10,70/R$ 11,00 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (13), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,74/kg. Houve aumento de 2,57% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,79/kg, incremento de 2,32% em São Paulo, avançando para R$ 7,51/kg, elevação de 1,50% no Paraná, custando R$ 6,76/kg, e de 0,94% em Minas Gerais, fechando em R$ 7,55/kg.

Cepea/Esalq


Preço do suíno no mercado independente paulista subiu para R$ 8,26/kg

A Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) realizou na quarta-feira (14) a Bolsa de Suínos, tradicionalmente feita às quintas-feiras


O preço do suíno comercializado no mercado independente em São Paulo passou de R$ 8,00/kg vivo para R$ 8,26/kg segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), com acordo entre suinocultores e frigoríficos. "A expectativa dos suinocultores é de novos realinhamentos de preço para os próximos dias. Sendo assim, nós vamos realizar a próxima Bolsa de Suínos na segunda-feira, dia 19. Hoje, com o preço de R$ 155,00 a arroba, vamos trabalhar para confirmar esse preço, com relação de troca com o milho de uma arroba comprando 1,8 saca de milho. Estamos chegando próximos do custo de produção, e agora é acompanhar o mercado até o dia 24 de dezembro para ver como o setor vai se comportar", disse Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.

APCS


FRANGOS


Frango cede 1,41% no atacado paulista. demais cotações ficam estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 1,41%, cotado em R$ 7,00/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná não houve alteração de preço, com a ave viva cotada em R$ 5,20/kg, assim como Santa Catarina, com valor de R$ 4,21/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (13), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,90/kg e R$ 8,01/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


EMBRAPA: Custos de produção de AVES e suínos sobem em novembro

Os custos de produção de suínos e aves subiram em novembro segundo os estudos publicados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa


O Índice de Custo de Produção, o ICPSuíno, aumentou 1,72% no mês de novembro em relação a outubro, fechando em 456,92 pontos. Já o ICPFrango, que calcula os custos de produção de frango de corte, teve variação de 0,11%, fechando o mês de novembro em 425,37 pontos. Os custos da nutrição, com 1,32% de aumento, e um peso de 79,69% na composição do custo total, foi o que mais impactou o ICPSuíno de novembro. No ano, a alta já chega a 12,10% apenas neste item. Com isto, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina chegou a R$ 7,99, um aumento de R$ 0,14 em relação a outubro. No ano, o ICPSuíno acumula 14,08% de alta e, nos últimos 12 meses, 20,07%. Já o ICPFrango apresentou queda na maioria dos itens de composição dos custos, incluindo pinto de um dia (-1,64%) e nutrição (-0,13%). O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva aumentou um centavo em novembro em relação a outubro, chegando a R$ 5,50. No ano, o ICPFrango acumula alta de 5,41% e, nos últimos 12 meses, uma variação de 6,99%. Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.

EMBRAPA


INTERNACIONAL


Argentina determina reforço das medidas de prevenção da entrada da gripe aviária de alta patogenicidade

A Resolução 803 do Senasa fortalece as ações existentes e estabelece outras. O foco é a vigilância de aves migratórias


No âmbito das medidas de prevenção para impedir a entrada no país da gripe aviária de alta patogenicidade, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa) declarou estado de alerta sanitário preventivo em toda o país, por meio de sua Resolução 803/2022. A medida - que entrou em vigor ontem após ser publicada no Diário Oficial, com a assinatura da presidente do Senasa, Diana Guillén - surge devido à presença de focos da doença, tanto em aves domésticas e domésticas quanto silvestres, na América do Norte e sua atual dispersão para a América do Sul através das rotas migratórias que as aves silvestres iniciam na primavera e que indicam potencial propagação para o resto do continente americano. A regulamentação permite a adoção de novas medidas de prevenção, detecção precoce e cuidados precoces em todo o território nacional, bem como o fortalecimento das já existentes, a fim de reduzir o risco de entrada, exposição e disseminação da doença em hospedeiros suscetíveis, tanto no ambiente doméstico quanto no de pássaros selvagens. Por sua vez, autoriza a Direção Nacional de Sanidade Animal do Senasa a promover normativas complementares que prevejam medidas extraordinárias de prevenção, vigilância e contenção para reduzir o risco de entrada e potencial propagação desta doença no país. A declaração do alerta sanitário preventivo vai ao encontro do que foi resolvido em nível regional no Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP) - do qual o Senasa faz parte juntamente com seus pares do Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia - e na Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) das Américas. Os países da região estão estabelecendo esses alertas preventivos de saúde que, entre outras coisas, permitem dispor de itens orçamentários de maneira ágil caso seja necessário enfrentar qualquer tipo de emergência. A Resolução também estabelece sanções para quem descumprir ou transgredir as medidas adotadas.

SENASA-ARGentina


Exportações de carne da Argentina caem pelo terceiro mês consecutivo em outubro

Em outubro de 2022, as exportações argentinas de carne bovina caíram pelo terceiro mês consecutivo, com queda de 3% no volume em relação ao mês anterior e queda de 10,4% nas vendas


Segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes (Ciccra), o volume exportado caiu 11,6% em relação ao pico alcançado em julho e o preço caiu 20% em relação ao máximo alcançado em abril. A partir desse mês, quando os valores pagos pelos países europeus começaram a diminuir. No décimo mês do ano, o preço médio recebido pela indústria exportadora foi de US$ 5.031 a tonelada, 10,4% abaixo dos valores de setembro. Já a China pagou em média US$ 4.252 dólares, 8,7% a menos que no mês anterior e 17,7% a menos em relação a maio. Esse cenário também se estendeu à Europa, com preço médio que entre abril e outubro sofreu queda de 29%. No caso das vendas para os EUA e Chile, houve quedas de 31,4% e 15,0%, respectivamente, em relação a fevereiro. A indústria frigorífica argentina exportou um valor de US$ 265,8 no décimo mês do ano, 13,2% a menos em relação a setembro. No Mercado de Cañuelas, o preço do gado não aumenta há cerca de cinco meses. Segundo a entidade, os principais motivos se devem a uma retração na demanda por carne bovina chinesa a partir de agosto, a forte contração dos valores pagos nos mercados europeu e chileno desde o segundo trimestre do ano. A essas variáveis, deve-se acrescentar a deterioração registrada pelo poder de compra das famílias argentinas impulsionadas por uma taxa de inflação que não dá trégua. Desta forma, tanto o gado destinado ao mercado interno quanto o destinado à exportação teve o crescimento de preços, no último ano, abaixo da inflação, que foi de 85,4%.

Infocampo


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Tecpar vai construir laboratório para produção de insumos de diagnósticos veterinários

A unidade fabricará insumos para o diagnóstico da brucelose e tuberculose bovina; o investimento inicial é de R$ 15,4 milhões

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou nesta semana a contratação da empresa que realizará a obra do novo Laboratório de Produção de Insumos para Diagnósticos Veterinários. A unidade fabricará insumos para o diagnóstico da brucelose e tuberculose bovina. Com a contratação, a construção deve iniciar no primeiro trimestre de 2023, no Câmpus CIC do Tecpar, em Curitiba, e tem previsão de 18 meses para ser concluída. O investimento inicial é de R$ 15,4 milhões, feito pelo Governo do Estado. Para retomar o projeto e a obra, a atual gestão do Instituto desenvolveu um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTF) a fim de embasar seu planejamento, já que atualmente há uma lacuna de produção de kits de diagnóstico para brucelose e tuberculose bovina no Brasil – parte da necessidade brasileira pelo insumo é coberta com importação. A área total do novo laboratório será de 2,1 mil metros quadrados e a projeção é que, quando pronta, a unidade tenha capacidade produtiva de 40 milhões de doses ao ano. Com a iniciativa, o Tecpar pretende fornecer o insumo com qualidade e em quantidade para todo país, a um custo menor. “Com a contratação da empresa que será responsável pela construção da nova unidade avançamos neste projeto que é importante para apoiar o agronegócio brasileiro, com kits diagnósticos veterinários para atender as demandas deste importante setor produtivo”, ressalta o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado. Para o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, que também participou do evento virtualmente, o desenvolvimento de kits diagnósticos no Paraná pelo Tecpar reforça a segurança sanitária ao país. “Hoje esses kits são importados e a agropecuária brasileira precisa desses importantes insumos para o combate a essas doenças”, salientou. O consórcio que construirá o novo laboratório é o SRS LIV, formado, entre outras empresas, pela RAC Engenharia, que tem em seu portfólio clientes como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan. Os produtos que serão fabricados atendem ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ao todo, sete insumos veterinários serão produzidos pelo Tecpar: tuberculina PPD bovina, tuberculina PPD aviária, antígeno acidificado tamponado (AAT), prova lenta (PL) em tubos, anel do leite Ring Test (RT), kit para diagnóstico da brucelose ovina e kit para diagnóstico da leucose bovina.

Agência Estadual de Notícias


Estado autoriza cooperativas a investir R$ 237 milhões em usinas de geração de energia renovável

A partir de 2023, sete cooperativas paranaenses poderão investir em torno de R$ 237 milhões na construção de usinas de geração de energia renovável. O recurso para dar andamento aos projetos de investimento no setor foi confirmado na terça-feira (13/12) pelo secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Junior


Autorização para transferência - O investimento trata da autorização para transferência de créditos acumulados do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em contrapartida à construção de usinas de biomassa e fotovoltaicas. As cooperativas agroindustriais que apresentaram projetos de investimentos junto à Invest Paraná e Secretaria da Fazenda deverão construir 409 usinas fotovoltaicas espalhadas pelo Estado, que somam a capacidade de geração de 37,19 Megawatts de energia. Essas cooperativas também assumiram o compromisso de reinvestir parte do valor dessas transferências em ações sociais, em consonância aos programas do Estado. “Os créditos existentes nas Contas Investimento do Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred) das cooperativas poderão ser utilizados para promoção do incremento de fontes de energia limpa e sustentável, do fomento da destinação correta de resíduos sólidos, bem como geração de novos empregos, por meio da construção de usinas e das suas operacionalizações”, explicou o secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior. Os créditos de ICMS passíveis de transferência via Siscred, nesta modalidade relacionados aos investimentos e que integram o Programa Paraná Competitivo, são aqueles acumulados em decorrência de operações destinadas ao Exterior (Lei Kandir), saídas abrangidas pelo diferimento ou suspensão do imposto, e demais hipóteses previstas no art. 47 do Regulamento do ICMS. Em 2020, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria um mecanismo de compensação pela perda de receita provocada pela Lei Kandir. O governo federal criou um fundo para compensar estados e municípios pela perda de arrecadação, o que reverte também em benefício das empresas. O Estado do Paraná não reconhece créditos oriundos de benefícios fiscais concedidos por convênios do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O Siscred - O Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred) foi instituído para o credenciamento dos contribuintes, habilitação dos créditos acumulados, controle da transferência e utilização do crédito.

Agência Estadual de Notícias


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem estabilidade após alta de juros do Fed; Lei das Estatais e falas de Haddad

O dólar fechou praticamente estável frente ao real na quarta-feira, depois que o banco central dos Estados Unidos reduziu o ritmo de seu aperto monetário, conforme era esperado, enquanto no Brasil investidores também ficaram de olho na mudança na Lei das Estatais e em falas do futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad

A moeda norte-americana à vista teve variação negativa de 0,01%, a 5,3093 reais na venda. O dólar chegou a ganhar algum terreno, no entanto, no final das negociações, na esteira do comunicado de política monetária do Federal Reserve. Embora tenha reduzido a magnitude de sua alta de juros para 0,50 ponto percentual, como era amplamente esperado, o banco central norte-americano foi mais duro do que o previsto em suas projeções, avaliou em publicação no Twitter Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter. As mais recentes projeções econômicas trimestrais do Fed mostram que as autoridades veem os juros, agora elevado para uma faixa de 4,25% a 4,5%, em 5,1% no final do próximo ano, de acordo com a estimativa mediana de todos os 19 formuladores de política monetária. Em setembro, eles projetavam que 2023 terminaria com a taxa básica em 4,6%. Jerome Powell, chair do Fed, disse em entrevista coletiva após a reunião de política monetária que dados de inflação recebidos em outubro e novembro mostram uma redução bem-vinda no ritmo dos aumentos dos preços, mas que serão necessárias mais evidências para dar confiança de que a inflação está em uma trajetória descendente sustentada. Apesar da comunicação um tanto dura, "diversos indicadores demonstram que a desaceleração tanto da inflação como da economia já está surtindo efeitos", disse Guilherme Zanin, estrategista da Avenue Securities. No Brasil, o mercado repercutiu negativamente a aprovação pela Câmara de uma mudança na Lei das Estatais que reduz para apenas um mês a quarentena obrigatória para que pessoas vinculadas à estrutura decisória de partidos políticos ou de campanhas eleitorais assumam cargos em empresas estatais. A proposta, que segue agora para o Senado. Ajudou a reduzir os ganhos do dólar ao longo da sessão a fala do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o Brasil não está em um momento em que uma expansão fiscal ajudaria a economia, argumentando que se houver espaço para estímulo à economia, não será pelo canal fiscal, mas pelo monetário.

REUTERS


Ibovespa tem leve alta com recuperação, mesmo com cautela local e em NY

O Ibovespa subiu na quarta-feira, em sessão altamente volátil, recuperando algum terreno no final após duas sessões negativas, embora a mudança na Lei das Estatais na Câmara dos Deputados e uma perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos tenham pesado na confiança dos investidores


Agentes financeiros citaram acenos do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a pautas caras ao mercado, incluindo o tema fiscal, como um fator que pode ter ajudado as ações. Vale foi a maior influência positiva, enquanto Petrobras desabou e teve o maior impacto negativo.

De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,33%, a 103.877,62 pontos. Na mínima, o índice caiu 1,8%, enquanto na máxima avançou 0,9%. O giro financeiro somava 38,7 bilhões de reais, em dia de exercício de opções sobre o índice.

REUTERS


Fluxo cambial no Brasil ficou negativo em US$1,317 bi na semana passada, diz BC

O Brasil perdeu 1,317 bilhão de dólares em termos líquidos pelo câmbio contratado na semana passada, de acordo com dados do Banco Central da quarta-feira, depois de na semana anterior ter registrado superávit de 1,592 bilhão de dólares


Houve saída de 1,095 bilhão de dólares por meio de operações financeiras na semana passada, contra saldo positivo de 1,648 bilhão na semana finda em 2 de dezembro. Já a conta comercial teve rombo no valor de 221 milhões de dólares na semana passada. No período imediatamente anterior, essas operações haviam registrado rombo de 56 milhões de dólares. O fluxo cambial está positivo em 21,097 bilhões de dólares no acumulado de 2022.

REUTERS


Desembolso do crédito rural chega perto de R$ 175 bilhões até novembro

Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 112,4 bilhões e os investimentos somaram R$ 43 bilhões


O desembolso do crédito rural somou R$ 174,9 bilhões no Plano Safra 2022/23, de julho/2021 até novembro/2022. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 112,4 bilhões. Já os investimentos somaram R$ 43 bilhões, a comercialização, com R$ 10,5 bilhões e a industrialização, com R$ 8,9 bilhões. De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os financiamentos do custeio tiveram R$ 18,1 bilhões realizados pelos pequenos agricultores (Pronaf), R$ 28,2 bilhões pelos médios produtores (Pronamp) e R$ 66 bilhões pelos demais. As contratações de investimento tiveram desembolso de R$ 10,8 bilhões realizados pelos pequenos produtores (Pronaf), R$ 1,7 bilhões pelos médios (Pronamp) e R$ 30,3 bilhões pelos demais. As contratações para comercialização e industrialização foram realizadas, essencialmente, pelos demais produtores rurais, inclusive cooperativas agropecuárias. Do total dos 935.259 contratos, os produtores do Pronaf contrataram mais de 675 mil, o equivalente a R$ 30 bilhões. Os contratos do Pronamp somaram 119 mil ou perto de R$ 30 bilhões; e os demais, 140.526 contratos (R$ 114,9 bilhões). Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, se situa em R$ 36,4 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada atingiu R$ 43,5 bilhões. Os recursos com Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) ficaram em R$ 39,8 bilhões, respondendo por 23% do crédito rural. A região Sul se destaca nos financiamentos do plano safra com R$ 61,8 bilhões, sendo aplicados preponderantemente pelos produtores gaúchos, com 46%, o equivalente a R$ 28,4 bilhões. O Centro Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 45,5 bilhões, sendo 40% no estado do Mato Grosso, com perto de R$ 18,2 bilhões.

MAPA


Atividade econômica inicia 4º tri com leve queda em outubro, indica BC

A economia do Brasil iniciou o quarto trimestre com fraqueza em outubro, mostraram dados do Banco Central na quarta-feira, indicando acomodação da atividade neste final de ano


O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) registrou recuo de 0,05% em outubro na comparação com o mês anterior, mostrou o dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,50% e mostra que o índice não registra uma taxa positiva mensal desde julho. O quarto trimestre deve ser marcado pelos impactos defasados do forte aperto monetário promovido pelo Banco Central para combater a inflação elevada e pela iminência de uma recessão global. Assim, Luiz Inácio Lula da Silva assume como presidente em janeiro diante de um pano de fundo de esperada desaceleração da economia, com o qual o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá de lidar. O BC ainda piorou o resultado do IBC-Br de setembro para uma estagnação, de um avanço informado antes de 0,05%. Em agosto, o índice teve queda de 1,13%. Na comparação com outubro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,68%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,13%, de acordo com números observados. O Produto Interno Bruto do Brasil perdeu mais força do que o esperado no terceiro trimestre do ano e cresceu 0,4%, segundo dados divulgados pelo IBGE no início do mês. Mas ainda assim marcou o maior patamar da série histórica, com início em 1996, impulsionado mais uma vez pelo setor de serviços em meio a uma demanda ainda robusta por parte das famílias. Em outubro, o destaque foi a queda de 0,6% no volume de serviços, interrompendo série de cinco meses de alta e acendendo sinal de alerta. A produção industrial brasileira cresceu 0,3% no mês, mas o resultado não compensou a queda dos dois meses anteriores. O destaque positivo foi o varejo, com aumento das vendas pelo terceiro mês seguido, de 0,4% em outubro. Neste final de ano, favorecem a economia a melhora do mercado de trabalho e medidas de auxílio do governo adotadas mais cedo. Mas enquanto a política fiscal foi mais expansionista, a monetária busca arrefecer a economia com juros elevados, atualmente em 13,75% ao ano. O Ministério da Economia prevê crescimento da atividade econômica neste ano de 2,7%, indo a 2,1% em 2023, enquanto o mercado calcula expansão respectiva de 3,05 e 0,75%.

REUTERS


As prioridades do Ministério da Agricultura na gestão Lula

Crédito, seguro, Embrapa e biocombustíveis estão entre elas


Os primeiros 100 dias de gestão do Ministério da Agricultura no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023, deverão ser concentrados no fortalecimento de ações de defesa agropecuária, na busca por mais recursos para a subvenção do atual Plano Safra e em garantir orçamento para a Pasta caso órgãos sejam criados ou desmembrados da sua estrutura. Ao menos é isso que propõe o grupo da agricultura na equipe de transição, segundo documentos preliminares aos quais o Valor teve acesso. Ainda independentemente de quem comandará a Pasta. A corrida envolve ao menos cinco nomes: os ex-ministros da Agricultura Neri Geller (PP-MT) e Kátia Abreu (PP-TO), o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), que coordenou o grupo técnico da transição, e os “azarões” Nilson Leitão (PSDB-MT), ex-deputado e presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), e Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), deputado ederal e ex-secretário de Agricultura do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) em São Paulo. O Ministério da Agricultura também deverá propor a revisão de algumas ações implementadas no governo Bolsonaro. A principal é a interrupção e a suspensão do projeto Transforma Embrapa - que, segundo a atual gestão, buscou aproximar a estatal de parcerias com a iniciativa privada para monetizar os resultados da pesquisa agropecuária no país. Atos do Ministério de Minas e Energia que interferiram na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), como a redução da mistura do biodiesel no diesel e o adiamento do cumprimento de metas de redução de emissões de gases-estufa pelas distribuidoras de combustíveis, também poderão ser revogados logo no início do novo governo. Entre as questões mais urgentes discutidas pelos técnicos que trabalharam na transição está a reavaliação e um melhor acompanhamento de programas do Ministério da Agricultura na prevenção e combate a doenças e pragas, como febre aftosa, pestes suínas clássica e africana, vaca louca, influenza aviária, monilíase do cacaueiro e mosca da carambola. Um alerta especial foi feito para a necessidade de renovar contratos temporário de médicos veterinários que atuam na inspeção de produtos de origem animal, para que as linhas de produção não parem. As discussões no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, também identificaram problemas orçamentários no ministério, com a redução de mais de 30% do caixa discricionário da Pasta, com destaque negativo para as áreas de assistência técnica e extensão rural, pesca e aquicultura, pesquisa, aquisições do governo federal e produção orgânica. Outra preocupação é a possibilidade de redução no orçamento de 2023 dos recursos para equalização do Plano Safra. O novo ministério poderá demandar suplementação de verba, já que os valores previstos do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para subvenção nos juros das operações de custeio e investimentos são menores que os empenhados em 2022. O mesmo ocorre com a verba para o seguro rural, considerada insuficiente, e para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Os técnicos da transição também apontaram a necessidade de adotar medidas de apoio à produção de alimentos básicos, como feijão, arroz e mandioca. Um indicativo feito pelos técnicos para a coordenação da transição é a necessidade de facilitar o financiamento para armazenagem, já que há um déficit de 89 milhões de toneladas de grãos, e demais linhas de investimentos voltadas a cooperativas e produtores, como para a compra de máquinas. Os juros atuais dessas operações são considerados altos e impeditivos, fruto da alta da Selic, que saltou de 2% para 13,75%. A análise técnica sobre o setor também identificou oportunidades para fortalecer a área de comércio internacional do agronegócio. Uma das medidas indicadas é a ampliação da presença de adidos agrícolas no mundo, em países como Irã, Chile e Filipinas. Para 2023, está prevista a criação de cinco novos postos. Uma proposta antiga do setor também foi lembrada: a implementação de um sistema de notificação de vendas de produtos do agronegócio ao exterior, aos moldes do que ocorre nos EUA. A intenção é que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tenha mais subsídios para estimar oferta e demanda internas e evitar sobressaltos nos preços. Um produto sensível nessa questão é o milho, usado na ração de aves e suínos, mas cada vez mais exportado. O setor produtivo também quer que o novo governo promova uma reaproximação com a União Europeia, para onde as vendas de frango e pescados continuam suspensas. Também há pedidos para que o acordo de livre comércio entre Mercosul e UE seja ratificado, medida emperrada na atual gestão por causa de críticas dos europeus à política ambiental no Brasil - com aumento do desmatamento na Amazônia, sobretudo -, que levaram à criação de regras restritivas no bloco à importação de produtos oriundos de áreas desmatadas. O ministério também deverá retomar esforços para retirar embargos de plantas frigoríficas com as exportações suspensas para a China e tentar novas habilitações. Ainda foi identificado o interesse de ampliar o reconhecimento de zonas livre de febre aftosa sem vacinação, que credencia o país a exportar para mercados importantes, como o Japão.

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