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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 275 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 275 |14 de dezembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Expectativa por alta na arroba é frustrada


“A maioria dos frigoríficos paulistas trabalha hoje com escalas de abate mais confortáveis, em torno de 10 dias”, informou a Scot. Com isso, pelos dados da consultoria, o boi gordo segue valendo R$ 282/@ no interior de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 262/@ e R$ 272/@ respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 290/@ no mercado paulista (no prazo, valor bruto). De acordo com apuração da IHS Markit, considerando todas as praças brasileiras, a terça-feira (13/12) foi marcada por uma intensa queda de braço entre pecuaristas e frigoríficos, condição que resultou numa menor liquidez de negócios e estagnação nos preços da arroba. “Boa parte das unidades de abate espalhadas pelo País passaram a diminuir o ritmo de compra de animais terminados, acompanhando uma aparente inconsistência no escoamento da produção de carne bovina no mercado interno”, ressaltam os analistas das IHS, que acrescentam: “Os frigoríficos parecem têm estoques suficiente para atender compromissos de curto prazo”. Em média, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros variam entre 5 e 7 dias, relata a IHS. Segundo a consultoria, a oferta de lotes de confinamento já não é significativa e a cadeia passará a depender cada vez mais de animais terminados no pasto. “A pressão baixista deve pairar sobre o mercado físico nesta reta final de ano”, apostam os analistas. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca R$ 261/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Mercado de suínos fecha a terça-feira com cotações em alta

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve elevação de 1,48%/2,14%, chegando a R$ 137,00/R$ 143,00, enquanto a carcaça especial aumentou 0,95%/0,92%, atingindo R$ 10,60/R$ 11,00 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (12), houve alta de 2,62% no Paraná, chegando a R$ 6,66/kg, valorização de 1,91% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,48/kg, aumento de 1,69% em Santa Catarina, avançando para R$ 6,62/kg, incremento de 1,24% em São Paulo, subindo para R$ 7,34/kg, e de 0,45% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 6,74/kg.

Cepea/Esalq


Suinocultura começará 2023 com cenário de preços e custos mais favorável, prevê ABCS

Para a entidade, será o início de um período de recuperação financeira no segmento

O preço pago ao produtor de suínos está subindo de forma “lenta e gradual” desde março, constata a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Houve uma pequena queda em setembro, mas em outubro as cotações retomaram a tendência de alta. A associação avalia que a partir de 2023 a atividade deve iniciar um período de recuperação financeira. Na parcial de dezembro, a carcaça suína especial foi vendida a R$ 10,70 por quilo, mostram dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Em fevereiro, a média ficou perto de R$ 8 por quilo. A ABCS afirma que o suinocultor brasileiro conseguiu frear o crescimento da produção. Do lado da demanda, um aumento das exportações de carne suína no segundo semestre colaborou para ajustar o quadro. “Deveremos encerrar o ano com crescimento da produção de suínos ao redor de 6% em relação a 2021, exportações em volumes similares aos do ano passado e com um novo recorde de consumo per capita ano de carne suína, superando a marca dos 19 quilos”, afirma o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, em boletim. Para 2023, a associação projeta um crescimento de 3% a 5% nos abates e um incremento das exportações ao redor de 2%. Em relação aos custos, as cotações do milho, insumo importante para alimentação animal, estão em patamares ainda elevados, mas abaixo das médias do ano passado e sem sinais de novas altas no curto prazo. O farelo de soja, por outro lado, avançou nas últimas semanas. “O que chama a atenção é que muitos produtores que sempre trabalharam com estoques substanciais de insumos, e que operavam ativamente no mercado futuro de grãos, estão praticamente comprando ‘da mão para a boca’ e arriscando muito pouco nas compras antecipadas”, diz a ABCS, em nota.

VALOR ECONÔMICO


ABCS diz que consumo per capita de carne suína sobe para 19,3 kg em 2022

O consumo per capita de carne suína no Brasil atingiu 19,35 kg neste ano, considerando dados até o terceiro trimestre, forte alta em relação aos 18,21 kg em 2021, segundo informações divulgadas pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) na semana passada


O aumento no consumo ocorreu apesar de um ano considerado desafiador para o segmento de carne suína, que enfrentou alta nos custos. A ABCS disse que o consumo per capita de 19,3 kg está em linha com sua estimativa divulgada em meados do ano, quando previu aquecimento nas demandas de exportação e doméstica de carne suína no segundo semestre. A entidade calcula o consumo per capita com base na disponibilidade interna de carne suína, sem considerar eventual quantidade de produto estocado. O cálculo leva em consideração dados da produção de toneladas de carcaças, publicados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), descontando as exportações in natura divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia (sem considerar os industrializados e miúdos) e dividindo pela população média do ano (IBGE). A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também espera aumento no consumo de carne suína no Brasil em 2022, como consequência do aumento da competitividade desta proteína em relação à carne bovina, conforme divulgou em julho deste ano.

CARNETEC


FRANGOS


Mercado do frango segue estável

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,70%, cotado em R$ 7,10/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná não houve alteração de preço, com a ave viva cotada em R$ 5,20/kg, assim como Santa Catarina, com valor de R$ 4,21/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (12), a ave congelada subiu 0,38%, cotada em R$ 7,90/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 8,01/kg.

Cepea/Esalq

EMPRESAS


Paraná ganha o maior frigorífico de suínos da América Latina

O Instituto Água e Terra (IAT) entregou a Licença de Operação da unidade aos investidores, o que permite o início das operações do frigorífico. Só neste projeto, o maior da história da Frimesa, foram investidos R$ 1,3 bilhão


Só neste projeto, o maior da história da cooperativa, foram investidos R$ 1,3 bilhão. Com a nova unidade, serão gerados 8.500 empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 600 milhões em impostos. O faturamento estimado é de R$ 5,7 bilhões. A operação na nova unidade está programada para iniciar em março de 2023. A industrialização de carnes triplicará a produção de suínos da cooperativa, já que a nova estrutura diminuirá as distâncias e os custos no transporte dos animais. A capacidade de abate será de 7.880 suínos por dia, uma média de 550 por hora, totalizando 1,8 mil toneladas/dia, mas o objetivo é que, em 2032, o número suba para 15 mil suínos processados por dia. Isso ocorrerá em três etapas. Após o início da operação, entre 2023 e 2025, a estimativa de produção é de 3,7 mil cabeças por dia. Entre 2026 e 2028, o número deve subir para as 7,8 mil cabeças. Na terceira etapa, entre 2029 e 2031, a meta é atingir mais de 11 mil cabeças por dia. “Seguimos o exemplo já adotado em Cafelândia, Medianeira, Palotina. Na medida em que trazemos mais gente para o lugar, uma coisa puxa a outra. Daqui uns anos teremos uma mudança radical porque criamos oportunidade para as pessoas trabalharem e produzirem riqueza em Assis Chateaubriand”, destacou o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella. A Frimesa completou 45 anos em 2022 e ainda tem o foco no mercado interno, mas as exportações da cooperativa cresceram de 5% para 25% do total produzido nos últimos anos. "A nossa cadeia produtiva é organizada, conta com um sistema de rastreabilidade, e temos planejamento para crescer. Essa nova agroindústria contou com a colaboração de 200 empresas. A obra durou três anos e agora conseguimos um desfecho animador para todos", acrescentou. Priorizando uma produção mais sustentável, a nova unidade frigorífica terá um sistema para reaproveitamento de águas e eficiência energética. Para o processamento da carne suína, serão utilizadas soluções para garantir o bem-estar e diminuir o estresse animal. Além disso, esta será primeira planta de suínos do Brasil a utilizar biometano na flambagem dos suínos.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Copacol antecipa a distribuição de R$ 150,7 milhões em sobras

Mais uma vez, o valor bate novo recorde: serão R$ 150,7 milhões divididos entre os 7,3 mil cooperados do oeste e sudoeste do Paraná, montante anunciado na sexta-feira (09/12) em reunião conjunta dos membros dos Comitês Educativos e demais integrantes de lideranças cooperativistas. O montante leva em conta as movimentações de cada produtor entre janeiro e novembro deste ano.


Em comparação ao exercício anterior, o aumento chega a 10%. “Esse resultado é fruto de um trabalho desenvolvido com planejamento e responsabilidade. Enfrentamos momentos de grandes desafios neste ano, mesmo assim, entendemos o quanto as sobras são importantes para os nossos cooperados realizarem compromissos e fazer novos investimentos. O valor é extremamente significativo para cada um aplicar de maneira muito segura nas atividades. A Copacol tem o compromisso de gerar o crescimento de cada um que faz parte desse trabalho que só dá bons resultados graças a união”, afirma o diretor-presidente, Valter Pitol. Os pagamentos foram feitos na terça-feira (13/12) por meio de depósitos bancários – os valores poderão ser consultados individualmente no Aplicativo Copacol Cooperado. A segunda parcela será repassada após a AGO (Assembleia Geral Ordinária), prevista para 3 de fevereiro, quando ocorre o fechamento do balanço anual, com os rendimentos de dezembro. Os cooperados receberão R$ 3 por saca de soja fixada na cooperativa. Por saca de trigo será pago R$ 1,50; milho R$ 1,50; café R$ 15; 0,10 centavos por litro de leite; insumos 3,5% sobre o faturamento do que foi comprado pelo cooperado na cooperativa; supermercado e rações 3%; juvenil 0,0141 (unidade); 0,1807 por quilo de peixe. A cooperativa também pagará as complementações. Por ave, a primeira parcela de complementação será de R$ 1; a previsão da segunda parcela após a AGO é de 0,30; ovos 0,0319 centavos a unidade agora, 0,0088 após a Assembleia; leitão R$ 10 (cabeça) de adiantamento e R$ 2,19 em fevereiro; no caso do suíno (cabeça), R$ 15 de adiantamento e mais R$ 24,50 após a AGO. Em seus 59 anos de história, a Copacol se consolida como a grande sustentação para 7,3 mil cooperados, 16 mil colaboradores e comunidade. Com investimentos contínuos, a empresa se destaca na produção de grãos, aves, suínos, leite e peixes – é uma das maiores agroindústrias brasileiras, que neste ano deve atingir R$ 9,3 bilhões em faturamento – o valor final será apresentado após a AGO em fevereiro. Em 2022, a cooperativa deu novos passos, ampliando a atuação com a aquisição de novas Unidades de Grãos, Insumos e Sementes no Sudoeste do Paraná, construção da UPD (Unidade de Produção de Desmamados) em Jesuítas e revitalização da Unidade Industrial de Aves de Cafelândia – a primeira do sistema cooperativista no oeste do estado.

Imprensa Copacol


CÂMARA FEDERAL


Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) elege diretoria para biênio 23/24

O novo presidente da bancada é o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), deputado desde 2019, e foi reeleito com 109.043 votos


A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) elegeu por unanimidade, na terça-feira (13/12), a nova diretoria para 2023/2024, informa nota divulgada pela Agência FPA. O novo presidente da bancada é o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), produtor rural e empresário ligado ao cooperativismo. A bancada reúne mais de 300 deputados e senadores. Lupion é deputado desde 2019, e foi reeleito com 109.043 votos neste ano. Ele também já exerceu os cargos de coordenador de política agrícola, coordenador institucional e coordenador político da bancada na Câmara.

FPA


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Volume de serviços acumula alta de 4,4% no Paraná até outubro em 2022

O resultado do ano foi puxado pelas atividades turísticas, serviços prestados às famílias, serviços profissionais, administrativos e complementares e serviços auxiliares ao transporte. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na terça-feira (13) pelo IBGE


O volume do setor de serviços acumula alta de 4,4% no Paraná em 2022. A variação é uma comparação entre janeiro e outubro deste ano contra janeiro e outubro de 2021. No acumulado dos últimos doze meses (novembro de 2021 a outubro de 2022) o aumento é de 5,7% no comparativo com o período exatamente anterior. No recorte de receita, o aumento em 2022 chega a 15,2%, mesmo indicador para o acumulado dos últimos doze meses. No recorte apenas de outubro deste ano, o aumento de receita no setor foi de 12,9% frente a outubro de 2021. O setor é composto por atividades turísticas, transporte, telecomunicações, hotéis, escolas, restaurantes, lavanderias, parques de diversão, edição de materiais gráficos, arquitetura, engenharia, design, aluguéis de máquinas e equipamentos, limpeza, manutenção de equipamentos eletrônicos, coleta de resíduos, etc... No Paraná, o resultado do ano foi puxado pelas atividades turísticas, serviços prestados às famílias (academias, hotéis, teatros, etc), serviços profissionais, administrativos e complementares (locação de automóveis, agências de publicidade e promoção de congressos, etc) e transporte e serviços auxiliares ao transporte (táxi, transporte escolar, trens turísticos, voos comerciais, etc). Houve recuo apenas em serviços de informação e comunicação. As atividades turísticas cresceram 31,5% no acumulado de janeiro a outubro no Paraná, indicador similar ao recorte nacional, de 34,5%. No acumulado dos últimos doze meses, o aumento foi de 29,5%. Houve altas nos doze locais pesquisados pelo IBGE, com destaque também para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia. O indicador de serviços prestados às famílias registrou crescimento de 20,5% no acumulado do ano e 18,5% nos últimos doze meses. Nos serviços profissionais, as altas foram de 9,9% e 8,5%, respectivamente. Em transporte, 4,4% (acumulado do ano) e 6,8% (últimos doze meses). Em outubro de 2022, o volume de serviços aumentou 2,7% frente a outubro de 2021, vigésima taxa positiva seguida. A última variação negativa foi em fevereiro de 2021, frente a fevereiro de 2020, mês que antecedeu a chegada da pandemia. De acordo com o IBGE, o setor, em nível nacional, se encontra 10,5% acima do nível pré-pandemia e 0,6% abaixo do patamar mais elevado da série histórica iniciada em 2011. Na comparação com outubro de 2021, o volume de serviços do País também apresentou a vigésima taxa positiva consecutiva ao avançar 9,5%.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Deral: condições das lavouras de milho no Paraná com 82% de boas e 2% ruins

A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, através do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e colheita das principais safras do estado

Com o plantio já encerrado no estado, 53% das lavouras de milho verão avançaram para a fase de desenvolvimento vegetativo, 36% chegaram à floração e 11% já estão em frutificação.

Olhando para as condições das lavouras, o Deral classifica 82% delas como em boas condições, 16% como médias e 2% como ruins. As lavouras classificadas como ruins se encontram nas regionais de Pato Branco (15%), Francisco Beltrão (10%) e Laranjeiras do Sul (5%). Detalhando as regiões paranaenses, os técnicos do Deral destacam, que as lavouras de milho da primeira safra seguem predominantemente em desenvolvimento vegetativo, com parte das áreas entrando em floração, na região Norte. “O controle fitossanitário está sendo realizado e isso, somado às condições climáticas favoráveis, tem contribuído para as boas condições das lavouras até o momento”, destaca a publicação. As culturas de verão também se desenvolvem bem nas regiões Oeste e Centro-Oeste, com pouca incidência de pragas. Por outro lado, a má distribuição de chuvas faz com que as lavouras necessitem água neste momento do ciclo. Enquanto isso, a maior parte das áreas de milho está em desenvolvimento vegetativo, e a floração ocorre em áreas pontuais na região Noroeste. Na região Sul, grande parte das lavouras de milho está em floração e, devido à boa umidade do solo, os agricultores estão apostando em boas produtividades. “Está sendo realizado o controle de doenças nas lavouras, principalmente a mancha-branca. Nas áreas onde as plantas superam 160 centímetros, impossibilitando o uso dos implementos tradicionais, o controle acontece por meio de pulverizações aéreas”, relatou o Deral. As lavouras de milho estão, na maioria, em fase reprodutiva na região Sudoeste.

DERAL/SEAB-PR


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha perto da estabilidade com alta de 0,05%

O dólar fechou perto da estabilidade, apesar do bom humor externo. A moeda norte-americana à vista fechou com variação positiva de 0,05%, a R$ 5,3146

A confirmação das especulações de que Mercadante seria o escolhido de Lula para chefiar o BNDES veio pouco depois da definição de outro cargo importante na equipe econômica do governo eleito, com o anúncio pelo futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad de que o economista Gabriel Galípolo será seu secretário-executivo, número dois na hierarquia da pasta. O índice do dólar contra uma cesta de pares fortes despencava quase 1% nesta tarde, abatido por dados de inflação norte-americanos mais baixos do que o esperado que reforçaram esperanças de que o Federal Reserve moderará seu ritmo de aperto monetário. O Departamento do Trabalho dos EUA informou na terça-feira que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, após avanço de 0,4% em outubro. A leitura abaixo do esperado "sem dúvida deve ser vista como uma notícia positiva de curto prazo e pode dar sustentação ao mercado em um fim de ano sazonalmente mais positivo e com posição técnica saudável", disse em publicação no Twitter Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos. No entanto, ele ponderou que a inflação de serviços e as pressões de salários, que tendem a ser mais inerciais, "continuam preocupantes" nos EUA, de forma que a leitura de preços ao consumidor ainda seria compatível com uma alta de juros de 0,50 ponto percentual pelo Fed nesta semana, custos de empréstimo terminais em torno de 5% e juros mais altos por mais tempos. O Federal Reserve encerra sua reunião de política monetária de dois dias na tarde de quarta-feira.

REUTERS


Bolsa de Valores registra queda de 1,71%

A confirmação do nome do ex-ministro Aloizio Mercadante para presidir o BNDES, feita pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pouco depois das 16h da terça-feira, 13, aprofundou as perdas do Ibovespa


No intervalo de 26 minutos entre o anúncio de seu nome e o piso do dia, registrado às 16h32, o Ibovespa perdeu o correspondente a 1.889,80 pontos, uma queda de quase 2 mil pontos. Ao fim, a referência da B3 mostrava baixa de 1,71%, aos 103.539,67 pontos. Os índices de Nova York, na véspera de deliberação do Federal Reserve sobre juros, variavam entre alta de 0,30% (Dow Jones) e de 1,01% (Nasdaq). A leitura do mercado sobre o anúncio é a de que, além do risco de a política fiscal do próximo governo se tornar mais “expansionista”, há também a chance de deterioração nas políticas parafiscais, por meio de subsídios ao crédito. O nome de Mercadante para o comando do banco tem mexido com o mercado devido a seu passado como ministro da Casa Civil. Ele também é visto como um economista heterodoxo. Essas sinalizações ocorrem no mesmo dia em que o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom, que alerta que mudanças em políticas parafiscais poderiam “reduzir a potência da política monetária”. Nesse ambiente, os juros já elevados podem demorar mais a cair, o que incentiva a fuga dos ativos de risco. Durante o anúncio, Lula falou em tom crítico a investidores estrangeiros: “Pode vir (ao Brasil) que nós temos produtos para vender, mas não venha para comprar as nossas empresas públicas, porque elas não estão à venda”. O petista enfatizou que seu governo não prosseguirá com a política de privatizações. “Muita expectativa e incertezas ainda com relação à PEC da Transição e a situação fiscal, sobre como as coisas vão ficar. Teve a indicação do Gabriel Galípolo, mas o que dava mais direção, à tarde era mesmo a perda de fôlego em Nova York, após o entusiasmo inicial com a leitura sobre a inflação”, diz Lucas Mastromonico, operador de renda variável da B. Side Investimentos.

O ESTADO DE SÃO PAULO


Volume de serviços no Brasil cai em outubro e interrompe 5 meses de ganhos

O setor de serviços brasileiro entrou no quarto trimestre com queda no volume de vendas em outubro e interrompendo série de cinco meses de alta, pressionado principalmente pela atividade de transportes


Em outubro, o volume de vendas caiu 0,6% na comparação com o mês anterior, informou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A contração, no entanto, foi mais fraca do que a queda de 1,0% esperada em pesquisa da Reuters, depois de o setor ter acumulado avanço de 4,5% em cinco meses de resultados positivos. Assim, o setor de serviços está 10,5% acima do nível pré-pandemia e 0,6% abaixo do patamar mais elevado da série histórica iniciada em 2011, alcançado em setembro deste ano. "Algo que contribuiu para o resultado de outubro foi a base de comparação elevada após o setor de serviços ter alcançado no mês (anterior) o valor mais alto da série histórica", destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Na comparação com outubro do ano passado, houve aumento de 9,5%, enquanto economistas esperavam alta de 9,6%. O IBGE destacou que em outubro três das cinco atividades pesquisadas apresentaram recuo, sendo a maior influência transportes, que viu redução de 1,8% no volume em relação ao mês anterior. “Observamos uma disseminação de taxas negativas no setor de transportes, seja em uma análise por modais, com queda de terrestres, aquaviários e aéreos, e a parte de armazenamento, serviços auxiliares ao transporte e correio, assim como em uma análise entre os tipos de uso, com quedas tanto no transporte de passageiros quanto no transporte de cargas", disse Lobo. Os serviços prestados às famílias, que vinham apresentando taxas positivas no pós-pandemia, tiveram queda de 1,5%, enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram queda de 0,8%. Os resultados positivos foram registrados por informação e comunicação (0,7%) e outros serviços (2,6%). O índice de atividades turísticas, por sua vez, caiu 2,8% em outubro sobre setembro, e elimina quase todo o ganho de 3,0% visto no período de julho a setembro (3,0%). Isso deixa o segmento 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014. O resultado de outubro do setor de serviços vai na contramão dos ganhos apresentados pela indústria e pelo varejo no mês, mesmo em meio a um mercado de trabalho aquecido e mudança da demanda de bens para serviços no pós-pandemia. Especialistas apontam que para 2023 o setor deve mostrar desaceleração diante do aperto da política monetária e do enfraquecimento global.

REUTERS


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