Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 274 |13 de dezembro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: semana começa com cotações estáveis nas principais praças brasileiras
Na segunda-feira, 12 de dezembro, o mercado brasileiro do boi gordo registrou baixa movimentação de negócios, com preços da arroba majoritariamente estáveis nas principais praças do País
Segundo apuração da Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, referência para outras regiões pecuárias brasileiras, não houve alteração nos preços dos bovinos destinados ao abate neste começo da semana. O boi gordo paulista segue valendo R$ 282/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 262/@ e R$ 272/@, respectivamente (brutos e a prazo). Bovinos destinados ao mercado da China estão cotados em R$ 290/@ no mercado de São Paulo, no prazo, valor bruto. Pelos dados levantados pela IHS, a oferta de boiada gorda está mais enxuta em algumas regiões do País, sobretudo nas praças localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Algumas indústrias localizadas nas regiões citadas acima estão atuando em Estados vizinhos, como no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, de modo a conter avanços mais significativos nos preços locais da arroba. No mercado atacadista, as expectativas de melhora das vendas internas de carne bovina foram atendidas neste segundo final de semana de dezembro. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca R$ 261/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).
PORTAL DBO
Exportações de carne bovina in natura têm aumento na média diária e no volume na parcial de dezembro
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, informou que o volume exportado de carne bovina in natura alcançou 47,7 mil toneladas em 7 dias úteis de dezembro/22. No ano passado, o mês de dezembro encerrou com 126,8 mil toneladas em 23 dias úteis
A média diária movimentada ficou em 6,8 mil toneladas, alta de 23,7%, frente ao observado no mês de dezembro do ano anterior, que ficou em 5,5 mil toneladas, ainda sem compras chinesas. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a quantidade exportada nestas primeiras semanas do mês foi satisfatória, “mas não podemos fazer um comparativo anual”. “Como no ano anterior, as exportações ficaram comprometidas pelos casos atípicos de vaca louca não conseguimos fazer um detalhamento em que o mercado estava em completo desajuste”, explicou. Os preços médios ficaram em US$ 5.032 mil por tonelada, alta de 4,3% frente a dezembro de 2021, com valor médio de US$ 4.825 mil por tonelada. Para o analista da Safras & Mercado, a receita e o preço médio estão em bom nível, porém não repetem o desempenho do primeiro semestre. “Ainda sim é um bom valor, mas devemos ficar atentos como serão as negociações reportadas em janeiro”, comentou. O valor negociado para o produto ficou em US$ 240,4 milhões. A média diária ficou em US$ 34,3 milhões, alta de 29,0%, frente a dezembro do ano passado, com US$ 26,625 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
SUÍNOS
Cotações estáveis para os suínos no PR e SC
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve elevação de 3,85%/3,70%, chegando a R$ 135,00/R$ 140,00, enquanto a carcaça especial aumentou 2,94%/1,87%, atingindo R$ 10,50/R$ 10,90 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (9), houve valorização de 0,69% em Minas Gerais, alcançando R$ 7,34/kg, e de 1,12% em São Paulo, valendo R$ 7,25/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná (R$ 6,49/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,71/kg), e Santa Catarina (R$ 6,51/kg).
Cepea/Esalq
Exportações de carne suína começam melhores em dezembro
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura nos primeiros sete dias úteis de dezembro, tiveram desempenho melhor do que dezembro de 2021. Todavia, apresentaram recuo em relação à semana anterior
A receita, US$ 69 milhões, representou 38,58% do montante obtido em dezembro de 2021, que foi de US$ 178,9 milhões. No volume embarcado, as 26.971 toneladas são 33,7% do total registrado em dezembro do ano passado, com 79.983 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 9,8 milhões foi 26,8% maior do que dezembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 9,12%. Em toneladas por média diária, 3.853 toneladas, houve aumento de 10,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparadas ao resultado da semana anterior, recuo de 9,21%. No preço pago por tonelada, US$ 2.559, ele é 14,4% superior ao praticado em dezembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representou alta de 0,09%.
anterior, queda de 2,8%.
AGÊNCIA SAFRAS
Suínos/Cepea: Preços em novembro caminharam em direções diferentes
As diferentes condições de oferta de suíno vivo pronto para o abate dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea resultaram em variações distintas nos preços médios do animal de outubro para novembro
No Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, a oferta restrita de suíno em peso ideal para abate elevou e/ou sustentou os valores do animal. Já em boa parte das praças do Paraná, a dificuldade no escoamento dos produtos e no carregamento de animais para abate no início no mês acabaram pressionando os valores médios mensais em novembro. Em Erechim (RS), o suíno comercializado no mercado independente, posto no frigorífico, teve valorização de 0,6% de outubro para novembro, passando para R$ 6,92/kg. Em Patos de Minas (MG) e na Serra Vale do Taquari (RS), as médias ficaram praticamente estáveis entre outubro e novembro, com pequeno recuo de 0,3% e aumento de 0,2%, respectivamente, a R$ 7,24/kg e a R$ 6,96/kg. Já na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno se valorizou 0,3%, negociado à média de R$ 7,20/kg. No Norte do Paraná, houve queda de 2,5% no preço médio, passando para R$ 7,04/kg em novembro. Quanto ao mercado da carne, agentes de frigoríficos indicaram pequeno aquecimento na procura por parte dos atacadistas na primeira quinzena do mês, o que garantiu alta e sustentação no preço da carcaça especial ao longo do período. Diante disso, no atacado da Grande São Paulo, o produto suinícola registrou média de R$ 10,75/kg em novembro, aumento de 4,8% frente a outubro.
Cepea
Competitividade da carne suína cai em novembro em relação a concorrentes
A competitividade da carne suína caiu no mercado doméstico em novembro em relação às carnes de frango e bovina, segundo informações divulgadas pela Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) no Boletim do Suíno divulgado na sexta-feira (09)
O preço da carcaça especial suína na Grande São Paulo ficou R$ 3,24/kg acima do valor do frango inteiro em novembro, alta de 20,7% em relação à diferença registrada em outubro. Já a diferença de preço da carcaça especial suína em relação à carcaça casada bovina ficou em R$ 8,69/kg, recuo de 3,6% ante a diferença observada em outubro. “Vale destacar que, com o preço médio da carne suína se distanciando do de frango e se aproximando da cotação da carne bovina, ocorre a perda de competitividade da proteína suinícola”, disse o Cepea. O aquecimento na demanda por parte dos atacadistas e a boa fluidez nas vendas possibilitou elevação nas cotações da carne suína ao longo do mês, segundo o Cepea. Os preços de carne bovina também estiveram firmes, com maior procura para montar estoques para as festas de fim de ano. Já o aumento da oferta de carne de frango no mês passado, principalmente de filé e de peito, pressionou preços em novembro. Segundo o Cepea, muitos agentes se viram forçados a reajustar negativamente os valores, visando elevar a liquidez e evitar o aumento de estoques. No período que antecede as festas de fim de ano, a procura por aves natalinas e carne suína cresce, em detrimento de outros cortes da proteína de frango.
CARNETEC
FRANGOS
Preço do frango na granja em SP baixa 1,92%
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja caiu 1,92%, atingindo R$ 5,10/kg, enquanto o frango no atacado ficou estável em R$ 7,15/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná não houve alteração de preço, com a ave viva cotada em R$ 5,20/kg, assim como Santa Catarina, com valor de R$ 4,21/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (9), a ave congelada cedeu 0,38%, cotada em R$ 7,87/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 0,38%, fechando em R$ 8,01/kg.
Cepea/Esalq
Queda no volume diário de carne de frango exportada na primeira semana de dezembro
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, a exportação de carne de aves in natura nos primeiros sete dias úteis de dezembro registrou diminuição no volume médio diário, na comparação com dezembro de 2021 e em relação à semana anterior
A receita das exportações, US$ 219,2 milhões, representou 33% da obtida em dezembro de 2021, que foi de US$ 663,9 milhões. No volume, as 108.923 toneladas são 28,4% do total registrado em dezembro do ano passado, com 383.517 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 31,3 milhões valor 8,5% maior que o registrado dezembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 12,7%. Em toneladas por média diária, 15.560 toneladas, houve queda de 6,7% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparada a semana anterior, baixa de 10,23%. No preço pago por tonelada, US$ 2.012 neste mês, ele é 16,3% superior ao praticado em dezembro do ano passado. Já frente a semana anterior, queda de 2,8%.
AGÊNCIA SAFRAS
CARNES
Consumo das carnes diminuíram em 2022 para 67% dos brasileiros, diz pesquisa
O consumo das carnes bovina, suína, de frango e de peixe caiu 67% entre os brasileiros em 2022, em relação ao ano anterior, com impacto dos preços mais altos dos produtos e da busca por hábitos saudáveis, que passam por maior adoção das proteínas de origem vegetal, conforme pesquisa divulgada na segunda-feira
O levantamento realizado pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) indicou também que, do total de consumidores que diminuíram a carne na alimentação, 47% pretendem reduzir ainda mais em 2023. O número de 67% identificado na pesquisa representa uma alta de 17 pontos percentuais comparada à apuração anterior do GFI Brasil sobre o tema, realizada em 2020. “A percepção de que os brasileiros estão mais preocupados com a saúde e que buscam incorporar opções mais saudáveis no seu dia a dia; a predominância de uma alimentação focada na redução, e não na eliminação completa dos produtos de origem animal; e a utilização, cada vez mais frequente, de proteínas alternativas vegetais em substituição aos produtos de origem animal”, foram alguns dos resultados, disse a pesquisa. O aumento do preço da carne foi o que motivou 45% dos brasileiros que reduziram seu consumo. Para outros 36%, essa redução foi motivada por questões relacionadas à saúde, como melhorar a digestão, reduzir o colesterol ou perder peso. Mais da metade (52%) dos brasileiros reduziram o consumo de carne nos últimos 12 meses por escolha própria, segundo a análise. Nesse caso, as razões estão associadas a preocupação com os animais e meio ambiente, influência de familiares e motivos religiosos e espirituais. Além disso, praticamente dois em cada três consumidores (65%) consomem alguma alternativa vegetal (legumes, grãos, frutas) em substituição aos produtos de origem animal pelo menos uma vez por semana, enquanto em 2020 esse percentual era de 59%.
REUTERS
INTERNACIONAL
Preços do suíno na China cedem, ajudando a esfriar as pressões inflacionárias
Os preços do suíno na China estão caindo, o que provavelmente reduzirá a inflação de alimentos no maior produtor e consumidor mundial de carne suína, segundo informações divulgadas pela Bloomberg
Os contratos futuros de suínos vivos caíram mais de 7% na Dalian Commodity Exchange na segunda-feira, para o nível intradiário mais baixo desde abril. Os fazendeiros estão correndo para enviar grandes porcos para abate para atender à demanda antes do festival do Ano Novo Lunar em janeiro, mas eles estão descobrindo que o consumo não é tão forte quanto o esperado. A maior produtora de suínos Muyuan Foods Co. recentemente aumentou suas estimativas para o número de animais que espera abater este ano, indicando que mais suprimentos devem chegar ao mercado este mês, disse Wang Xiaoyang, analista sênior da Sinolink Futures. A demanda por carne suína curada também está mais fraca do que o esperado, contribuindo para a pressão sobre os preços, disse Wang. Pequenos criadores estão aumentando as vendas com a preocupação de que os preços possam cair ainda mais. Os fazendeiros geralmente enviam porcos para abate na véspera do Ano Novo Lunar, quando famílias e amigos se reúnem para o feriado mais importante do país e desfrutam de um banquete recheado de carne. O consumo este ano está se recuperando lentamente depois que o governo afrouxou as regras da Covid, que fecharam restaurantes e reduziram as receitas. O relaxamento da política Covid-Zero também está levando a mais animais chegando ao mercado à medida que o transporte e a logística melhoram.
Bloomberg
EMPRESAS
FRIMESA: Inauguração do maior frigorífico de suínos da América Latina será nesta terça-feira (13)
A Frimesa Cooperativa Central inaugura, na tarde desta terça-feira (13/12), às 17h, em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, o maior projeto agroindustrial de sua história: o novo frigorífico, que será a maior unidade de processamento de suínos da América Latina
A cerimônia contará com a presença da diretoria da Frimesa, corpo gestor, autoridades e lideranças do cooperativismo, entre elas o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. Operação - O início das atividades do novo frigorífico ocorrerá a partir de janeiro de 2023. Trata-se de uma indústria moderna, construída dentro das exigências atuais de controle sanitário, com equipamentos de última geração, que irá começar a abatendo pelo menos 4.000 suínos por dia, quantidade esta que será abastecida pelas cooperativas filiadas. "Nosso planejamento diz que é necessário o abate de 7.500 suínos por dia para alcançar o ponto de equilíbrio. Acredito que, com os esforços dos associados das cooperativas filiadas, logo chegaremos ao necessário. Todavia, a capacidade deste novo frigorífico é 15.000 suínos por dia, quantidade que alcançaremos ao longo de alguns anos", pontua o presidente da Frimesa, Valter Vanzella. A Frimesa é uma central formada por cinco cooperativas agropecuárias: Copagril, C.Vale, Copacol, Lar e Primato. Ela é a 1ª colocada no Paraná em abate de suínos, a 4ª maior empresa do Brasil nesse segmento, e está entre as 10 maiores indústria de lácteos no país. A Frimesa é a 194ª maior empresa e a 11ª maior cooperativa do Brasil. É 14ª maior empresa do Paraná, e está em 23º lugar no ranking do sul, conforme dados da Revista Exame, em estudo fundamentado em informações de 2020. Presente no mercado brasileiro de alimentos há 44 anos, a Frimesa industrializa carne suína e derivados de leite, com foco na produção de alimentos de valor agregado. São mais de 9.000 colaboradores e mais de 20.000 pessoas envolvidas na cadeia produtiva.
OCEPAR
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Líder nacional em alimentos orgânicos, Paraná investe para ampliar produção e consumo
O Paraná possui 3.916 produtores de orgânicos certificados, o maior número no Brasil – correspondendo a 16% dos agricultores do País neste segmento, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
Só nos últimos quatro anos, o aumento de agricultores que cultivam orgânicos chegou a 70%: de 2.414 em abril de 2018 para 4.107 em abril de 2022, conforme o Mapa. Estima-se que a produção orgânica no Estado seja de 50 mil toneladas/ano, envolvendo diversas cadeias (hortifrúti, grãos, mandioca) e modalidades de comercialização, incluindo feiras e cestas para entrega ao consumidor. Diferentes programas do Governo apoiam a produção de orgânicos e abrem caminhos para a alimentação saudável chegar à população. Um deles é o Programa Estadual de Alimentação Escolar (PEAE). Através dele, 315 municípios paranaenses recebem alimentos orgânicos para compor as três refeições por turno da merenda escolar dos estudantes da rede estadual. Repolho, beterraba, cenoura, alho, pães e sucos estão entre os produtos saudáveis oferecidos nas escolas. Em 2021, o percentual de produtos de base agroecológica e orgânicos na merenda era de 10,5%. Neste ano, deve ser superior a 18%, de acordo com os dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), que ajuda a organizar essa rede em parceria com outras entidades estaduais. Para chegar até um colégio em Pinhais, o agricultor se associou à Cooperativa de Agricultores Orgânicos e de Produção Agroecológica (COAOPA), uma das que organiza a recepção e entrega dos orgânicos da merenda para as escolas estaduais. A COAOPA entrega, em média, 30 toneladas de alimentos por semana a 220 escolas da Grande Curitiba. Só de pão são de 10 a 12 toneladas por mês de 35 agricultores diferentes. O presidente da COAOPA, Luciano Escher, explica que o ciclo é positivo para todos os envolvidos nesse processo: pequenos produtores de todos os cantos do Estado, cooperativas, estudantes, pais e consumidores que frequentam feiras locais. “É uma segurança para o agricultor de orgânicos produzir, entregar e ter renda. Por outro lado, a escola recebe um alimento seguro, limpo, saudável, fresco e próximo da origem”, afirma. A cooperativa reunia 35 agricultores na sua fundação. Hoje já são 387 agricultores familiares, todos orgânicos certificados, sendo 75% da RMC e os demais das regiões do Vale do Ribeira e outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Até 2030, por força de lei, o Paraná deve ter 100% das mais de 2 mil escolas atendidas apenas com produtos orgânicos. Das 163 cooperativas e associações contratadas pelo programa, 88 entregam orgânicos, na totalidade ou em parte, com participação direta de 1.595 agricultores. Esse movimento é uma tendência irrevogável. O número de consumidores de alimentos orgânicos cresceu 30% no Brasil entre 2019 e 2021, segundo a Organics, entidade especializada no setor. Atualmente existe até "consumo por assinatura". Neste formato, os clientes firmam o compromisso de adquirir alimentos cultivados pelo produtor durante um período, normalmente um ano. Para fomentar essa tendência é preciso capacitação. Para estimular mais agricultores do Estado, que é líder nacional na cadeia de proteína animal e um dos maiores produtores de grãos do Brasil, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) desenvolveu um passo a passo por meio da modalidade “treino-visita”. Para estimular a geração de empregos e renda nessas propriedades, com foco no desenvolvimento regional sustentável, outro personagem estadual entra na história: o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A entidade tem um acordo de cooperação com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) para ampliar a certificação de produtores orgânicos. Já participaram de edições do workshop representantes de 48 municípios do Norte Pioneiro, do Centro-Sul e Litoral. O Paraná se destaca nacionalmente ao oferecer a certificação de orgânicos por meio de uma empresa pública nacionalmente reconhecida. "O Tecpar faz parte deste processo, cumprindo um importante papel no desenvolvimento da economia local, ao contribuir para que a certificação de orgânicos seja um grande diferencial para produtores, com base na produção sustentável", ressalta o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado. O Tecpar também é a instituição certificadora do Paraná Mais Orgânico, outro programa estadual, dessa vez vinculado às sete universidades estaduais, por meio da Superintendência-Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, com apoio do IDR-Paraná. O programa garante certificação gratuita. O exemplo sai do laboratório e migra imediatamente para o campo. O IDR-Paraná lançou no início deste ano três cultivares de soja apropriadas para cultivo no sistema orgânico para alimentação humana — IPR Basalto, IPR Petrovita e IPR Pé-Vermelho. Elas estão ajudando a formar uma nova geração de produtores nessa área. Outros projetos de destaque avaliam a criação de búfalos na estação experimental que o IDR-Paraná mantém na Lapa e experimentos de macieiras com o objetivo de elaborar um protocolo de recomendações para a produção da fruta no sistema orgânico.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Paranaguá tem alta de 11,73% nas movimentações de grãos pelo Corredor Leste em 2022
Os embarques pelo Corredor Leste de Exportação cresceram neste ano. Foram 17.044.590 toneladas de soja e milho movimentadas de janeiro a novembro, com 292 navios recebidos pelo complexo. No mesmo período do ano passado o volume chegou a 15.254.687 toneladas
Os 11 terminais que operam integrados ao Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá (Corex) já movimentaram 17.044.590 toneladas de grãos e farelos em 2022. O volume acumulado de janeiro a novembro, neste ano, é 11,73% maior que o registrado no ano passado. O número de navios recebidos para transportar soja, farelo de soja, trigo, milho e farelo de milho também cresceu: foram 292 embarcações, 26 a mais que no mesmo período de 2021. Somente em novembro foram carregadas 1.131.523 toneladas de soja, em grão e farelo, e milho pelo complexo. O número é 6,43% maior que em novembro de 2021, quando foram 1.058.774 toneladas embarcadas. O principal aumento foi registrado no volume de milho. Nos 11 meses de 2022, o Correx movimentou 4.235.653 toneladas do produto, em grão, volume 83% superior ao mesmo período do ano passado (714.464 toneladas). Considerando apenas novembro o aumento foi de 752%. Foram 61.216 toneladas no décimo primeiro mês de 2021 e 521.601 neste ano. Uma novidade foi o carregamento de farelo de milho, 55.513 toneladas, em agosto. No ano passado não houve embarque do produto. . De janeiro a novembro, foram 99,4 dias de paralisação no Corex por conta das chuvas. Só no mês passado, foram 10,5 dias com porões fechados. Em 2021, em 11 meses, foram 96,8 dias parados, 9,8 deles só em novembro. Segundo dados da estação meteorológica da Portos do Paraná, neste ano o acumulado em chuva no Porto de Paranaguá já chega 2.169 milímetros. Só em novembro foram 291 milímetros. Para comparação, em 2021, o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou 1.463 milímetros de precipitações, sendo 203,7 deles no mês de novembro.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar vai acima de R$5,30 com cautela pré-Fed
O dólar avançou na segunda-feira e fechou acima da marca de 5,30 reais, enquanto operadores elevaram a cautela antes da reunião de política monetária do Federal Reserve desta semana
No mercado à vista, o dólar subiu 1,26%, a 5,3121 reais, maior valorização diária desde segunda-feira passada (+1,35%) e patamar de encerramento mais alto desde 28 de novembro (5,3645). Rumores sobre o comando de estatais vêm depois que Lula confirmou na semana passada que o próximo ministro da Economia do Brasil será o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, nome visto pelos mercados como inclinado a flexibilizações fiscais. Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, disse à Reuters que, até que estejam definidos todos os escolhidos de Lula para cargos importantes, "a cada nome que sair o mercado vai acabar especulando", embora tenha citado outros fatores por trás da força do dólar nesta segunda-feira, como a maior cautela antes da reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, que começa na terça e se encerra na quarta. Há ampla expectativa no mercado de que o Federal Reserve desacelerará o ritmo de seu aperto monetário para alta de 0,50 ponto percentual nos juros, depois de promover altas de 0,75 ponto em cada uma de suas últimas três reuniões. "Como não esperamos surpresa na decisão, a comunicação será grande foco do mercado durante as reuniões", disse o BTG Pactual em relatório da segunda-feira. "Mesmo após surpresas baixistas recentes nos principais indicadores de inflação, não vemos espaço para uma mudança expressiva no tom quanto a necessidade de ancorar as expectativas (de inflação)... Entendemos que há pouco espaço para mudar o balanço de risco, sobretudo com os dados econômicos surpreendendo positivamente." Quanto mais agressivo é o Fed na conduta de seu aperto monetário, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa norte-americano. Mas o oposto também vale, e posicionamentos mais brandos do banco central dos EUA geralmente abrem espaço para a valorização de divisas consideradas arriscadas.
REUTERS
Ibovespa tem nova mínima
O Ibovespa caiu 2,02%, a 105.343,33 pontos, menor fechamento desde 3 de agosto. O volume financeiro da sessão foi de 29,4 bilhões de reais
De acordo com uma fonte da transição, Mercadante está cotado para assumir o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas o anúncio só aconteceria depois da indicação do Ministro de Indústria e Comércio. O ex-ministro Nelson Barbosa, um dos coordenadores do núcleo de Economia da transição, também afirmou que seu grupo não discutiu a Lei das Estatais. As negativas, porém, tiveram pouco efeito no mercado, que reduziu as perdas só no fim da sessão com uma aceleração dos ganhos em Wall Street, em meio à expectativa por decisões de juros e dado de inflação nesta semana. Ainda sobre a composição do novo governo, o nome da economista Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal, ganhou força nos últimos dias para comandar o Ministério do Planejamento, segundo quatro fontes com conhecimento das negociações. A pasta é vista de perto pelo mercado, após a nomeação de Fernando Haddad para a Fazenda. Procurada pela Reuters, Esther Dweck não respondeu de imediato. Os agentes financeiros também seguiam atentos aos desenrolares da PEC da Transição no Congresso.
REUTERS
Confiança da indústria cai pelo terceiro mês seguido em dezembro
Pelo terceiro mês consecutivo, a avaliação da indústria sobre o cenário atual e dos próximos meses apresentou leve piora. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu de 51,7 pontos em novembro para 50,8 pontos em dezembro
Apesar do recuo, o setor tem leve otimismo, porque valores acima de 50 pontos indicam confiança. Em nota, a CNI informou que ainda há confiança do empresário industrial, mas que ela é restrita e pouco intensa. O índice de dezembro está abaixo da média histórica, de 54,3 pontos. Conforme a CNI, isso se deve à composição do indicador. O Índice de Condições Atuais, que mede o cenário atual em relação aos últimos seis meses, recuou de 53,2 pontos para 50,3 pontos, indicando que o empresário industrial deixou de ver melhora nas condições atuais. Em relação à economia, o indicador ficou em 48,4 pontos em novembro, abaixo da linha divisória de 50 pontos. Em novembro, o Índice de Confiança na Economia Brasileira tinha ficado em 52,9 pontos. A avaliação é que a economia está pior hoje do que há seis meses. O Índice de Expectativas, que mede as perspectivas da indústria para os próximos seis meses, manteve-se estável em 51 pontos em dezembro. Segundo a CNI, o indicador mostra otimismo moderado. Os componentes do indicador mostram trajetórias divergentes. Segundo a CNI, o empresário industrial avalia, de forma distinta, as expectativas para a sua empresa e para a economia como um todo. O Índice de Expectativas para a própria empresa, que mede as percepções do empresário para o próprio negócio nos próximos seis meses, subiu de 53,6 para 54,1 pontos. No entanto, o Índice de Expectativas para a Economia Brasileira caiu de 45,9 para 44,8 pontos.
AGÊNCIA BRASIL
Perspectiva para inflação no Focus este ano cai, mas segue acima da meta
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram com força sua expectativa para a inflação ao final deste ano, mas ainda acima do teto da meta, deixando inalterados os cenários para a economia e os juros
A pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo BC mostra que a projeção para a alta do IPCA em 2022 caiu a 5,79%, de 5,92% na semana anterior. A mudança vem na esteira de um resultado abaixo do esperado em novembro para a inflação, com o IPCA subindo 0,41%. O IBGE divulga em 10 de janeiro os números finais do IPCA em 2022. Apesar da redução, a expectativa para a inflação no levantamento ainda fica acima do teto da meta --3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2023 e 2024 as contas para a alta dos preços não mudaram, ficando respectivamente em 5,08% e 3,5%. Para esses anos, os objetivos são de 3,25% e 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento ficaram inalteradas em 3,05% e 0,75% para este ano e o próximo. Também não houve alteração na perspectiva de que a taxa básica de juros Selic terminará 2023 a 11,75%, contra 13,75% atualmente.
REUTERS
Valor da Produção Agropecuária está estimado em R$ 1,185 trilhão, abaixo de 2021 com R$ 1,186 trilhão
Para o próximo ano, a estimativa do VBP é de R$ 1,256 trilhão, 6% acima do estimado neste ano
O Valor Bruto das Produção Agropecuária (VBP) de 2022 deve chegar a R$ 1,185 trilhão, conforme estimativas de novembro. As lavouras obtiveram um faturamento bruto de R$ 813,14 bilhões, com crescimento de 0,7% e a pecuária registrou R$ 372,35 bilhões, com 1,6% de retração. Os resultados do VBP de 2022 foram influenciados por problemas climáticos na região Sul e parte do Centro-Oeste na safra 2021/22, que atingiram várias lavouras. Segundo o IBGE, a produção de soja no Sul teve uma redução de 44,4%. O arroz também foi impactado pela seca, com redução de produção além de preços mais baixos neste ano. Apesar dos problemas, a soja ainda teve uma produção elevada, com 125,5 milhões de toneladas, e o milho apresenta recorde de produção, com 113,0 milhões de toneladas. O desempenho de outras lavouras tornou menores os impactos ocorridos por problemas climáticos. Entre as que apresentaram melhor desempenho estão o algodão, com aumento real de 21,1% no VBP; banana, aumento de 18,8%; batata, 14,7%; cana-de-açúcar, 8,8%; mandioca, 16,5%; milho, 12,7%; trigo, 35,1%; tomate, 22,1 %, e café, 26,3%. Na pecuária, as maiores contribuições podem ser observadas em leite e ovos. Contribuições negativas são observadas em arroz, soja, uva, cacau e laranja. Estes apresentam, em geral, reduções simultâneas de produção, e de preços mais baixos, o que afeta o VBP. Para 2022/23, a estimativa do VBP é de R$ 1,256 trilhão, 6% acima do estimado neste ano. Se confirmado, este será o maior valor do VBP de uma série iniciada em 1989. As previsões de clima mostram-se favoráveis para 2023. A produção prevista de milho é de 125,8 milhões de toneladas, e a de soja 153,5 milhões de toneladas, segundo a Conab. Isso pode levar a um VBP acima do obtido em 2022. A pecuária pode ter uma contribuição maior em 2023, com crescimento previsto de 3,0%.
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