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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 263 DE 28 DE NOVEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 263 |28 de novembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Leve recuperação nos preços do boi gordo em algumas praças

Especialmente na sexta-feira (21/11), segundo dados da Scot Consultoria, foram observados negócios acima da referência nas praças do interior de São Paulo, mas as vendas não foram suficientes para mudar (para cima) os patamares de preços


As cotações dos bovinos voltados para a exportação, o “boi- China”, apresentaram alta de R$ 5/@ na sexta-feira, no mercado paulista, ficando em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo), informou a Scot. A referência para o boi gordo “comum” (direcionado sobretudo ao mercado interno) seguiu valendo R$ 275/@ em São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 260/@ e R$ 270/@ (preços brutos e prazo), acrescentou a Scot. Entre outras grandes praças pecuárias do Brasil, a IHS Markit registrou variações positivas no Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Maranhão. Na praça do MS, a firmeza dos preços locais do boi gordo continua ditada pela atuação de unidades de abate de pequeno e médio portes, que efetivam negócios até R$ 270/@ (valor bruto, à vista), informa a IHS. “Exportadores do MS continuam optando por abater lotes de animais fechados a termo, e sinalizam valores em torno de R$ 265/@, no bruto, a prazo”. Em Goiás, as indústrias tiveram que sinalizar altas nos preços do boi gordo para estimular novos negócios que permitissem evoluir escalas de abate. Em MG, as escalas de abate estão muito apertadas, com menos de quatro dias, o que vem estimulando firmeza aos preços da arroba, ressaltou a IHS. No Maranhão, a procura mais ativa por animais terminados foi acompanhada de preços mais firmes, visando mercado externo. A exceção do dia ficou para o Rio Grande do Sul, onde o tempo frio e a irregularidade das chuvas têm gerado estresse aos animais, perda de peso e feito com que alguns pecuaristas liquidem alguns lotes. No interior paulista, depois das altas dos últimos dias, muitas indústrias passaram a limitar as compras de boiada gorda e trabalhar com gado a termo. No mercado atacadista, a baixa liquidez de momento ainda é embasada na sazonalidade do período, marcada pelo menor poder de compra da população nesta segunda metade do mês, devido ao maior distanciamento do período de pagamento dos salários, no início de cada mês. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o preço médio da carne bovina in natura exportada pelo Brasil durante as três primeiras semanas de novembro ficou em US$ 5.291,7/ton. Trata-se de um incremento de 7,3% em relação ao valor médio de novembro/2021. Porém, no comparativo mensal, o preço médio apresenta queda de 9,6% frente ao praticado em outubro/22. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 266/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 283/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 226/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 244/@ (prazo) vaca a R$ 225/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 225/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 242/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 273/@ (prazo) vaca R$ 261/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 259/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO- Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 253/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista);

MA-Açailândia: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: preços estáveis e apenas leve queda para o animal vivo em SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 130,00/R$ 135,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 10,10/kg/10,50/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (23), os preços ficaram estáveis nas principais praças, valendo R$ 7,26/kg em Minas Gerais, R$ 6,56/kg no Paraná, R$ 6,63/kg no Rio Grande do Sul, e R$ 7,15/kg em São Paulo. A exceção foi Santa Catarina, com leve queda de 0,31%, chegando a R$ 6,51/kg.

CEPEA/ESALQ


FRANGOS


Frango estável no PR E SC na sexta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 7,20/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,19/kg, da mesma maneira que no Paraná, fixado em R$ 5,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (24), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram queda de 0,25%, cotados, respectivamente, em R$ 7,98/kg e R$ 8,10/kg.

CEPEA/ESALQ


Frango/Cepea: Carne de frango recua e ganha competitividade

Os valores da carne de frango vêm registrando baixas entre outubro e a parcial de novembro, segundo informações do Cepea


Como os preços das principais concorrentes, carnes bovina e suína, estão em alta, a proteína avícola vem ganhando competitividade frente a esses produtos. Pesquisadores do Cepea acrescentam que os valores da carne de frango estavam em leve recuperação desde setembro deste ano, mas, com o crescimento da oferta, os preços recuaram neste mês.

CEPEA


INTERNACIONAL


2023 será tão ruim quanto 2009, no auge da crise financeira, prevê IIF

A desaceleração será liderada pela Europa, que é mais afetada pela guerra, de acordo com o IIF


A economia mundial estará tão fraca no próximo ano quanto estava em 2009 após a crise financeira, já que o conflito na Ucrânia corre o risco de se tornar uma "guerra eterna", disse o Instituto de Finanças Internacionais (IIF). Espera-se que o crescimento global desacelere para 1,2% em 2023, segundo economistas como Robin Brooks e Jonathan Fortun em nota divulgada na última quinta-feira (25). “A gravidade da próxima queda no PIB global depende principalmente da trajetória da guerra na Ucrânia”, escreveram os analistas. “Nosso caso base é que a luta se arrasta até 2024, dado que o conflito é ‘existencial’ para Putin”. A desaceleração será liderada pela Europa, que é mais afetada pela guerra, de acordo com o IIF. A economia da zona do euro encolherá 2% após quedas acentuadas na confiança dos consumidores e das empresas. Nos EUA, o IIF espera que o produto interno bruto suba 1%, enquanto a América Latina é o “destaque positivo”, expandindo 1,2%, enquanto os exportadores de commodities colhem os benefícios dos altos preços de alimentos e energia. O maior impulsionador da economia global no próximo ano será a China, onde é provável que afrouxe as restrições da covid, de acordo com o IIF com sede em Washington.

BLOOMBERG


Surto de gripe aviária mata 50,54 milhões de aves nos EUA, um recorde

A gripe aviária matou 50,54 milhões de aves nos Estados Unidos este ano, tornando-se o surto mais mortal da história do país, mostraram dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos


A morte de galinhas, perus e outras aves representa o pior desastre de saúde animal dos EUA até hoje, superando o recorde anterior de 50,5 milhões de aves que morreram em um surto de gripe aviária em 2015. Muitas vezes, as aves morrem após serem infectadas. Rebanhos inteiros, que podem ultrapassar um milhão de aves em granjas de postura, também são abatidos para controlar a propagação da doença depois que uma ave dá positivo. A perda de lotes de aves fez com que os preços dos ovos e da carne de peru atingissem recordes, piorando os problemas econômicos para os consumidores que enfrentam uma inflação em alta e tornando as comemorações do Dia de Ação de Graças na quinta-feira mais caras nos Estados Unidos. A Europa e a Grã-Bretanha também estão sofrendo suas piores crises de gripe aviária, e alguns supermercados britânicos racionaram as compras de ovos dos clientes depois que o surto interrompeu os suprimentos. O surto nos EUA, que começou em fevereiro, infectou bandos de aves domésticas e não avícolas em 46 estados, mostram dados do USDA. Aves silvestres como patos transmitem o vírus, conhecido como influenza aviária altamente patogênica (HPAI), por meio de suas fezes, penas ou contato direto com aves. “Aves selvagens continuam a espalhar HPAI por todo o país à medida que migram, portanto, evitar o contato entre bandos domésticos e aves selvagens é fundamental para proteger as aves domésticas dos EUA”, disse Rosemary Sifford, diretora veterinária do USDA. Os agricultores lutaram para manter a doença e as aves selvagens fora de seus celeiros depois de aumentar as medidas de segurança e limpeza após o surto de 2015. Em 2015, cerca de 30% dos casos foram atribuídos diretamente às aves selvagens, em comparação com 85% neste ano, disse o USDA à Reuters. Funcionários do governo estão estudando infecções em fazendas de perus, em particular, na esperança de desenvolver novas recomendações para prevenir infecções. As fazendas de perus respondem por mais de 70% das fazendas comerciais de aves infectadas no surto, disse o USDA.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Conjuntura agropecuária de 18 a 24 de novembro

Milho e soja - O plantio de milho atingiu 98% da área estimada de 400 mil hectares. No campo, 85% da área apresenta condições boas, 14% estão em situação mediana e apenas 1%, ruim


Estima-se produção de 3,9 milhões de toneladas nesta safra. A soja também está quase no término da semeadura, com 92% da área estimada de 5,7 milhões de hectares já plantada. A maioria da área semeada (93%) está com condições boas, enquanto 6% têm condição mediana e 1%, ruim. Frango e ovos - O documento do Deral registra que o custo de produção do frango, em setembro, no Paraná, subiu 0,7% em relação a agosto, atingindo valor médio de R$ 5,49 o quilo. Os números são da Embrapa Suínos e Aves. Os resultados preliminares da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos, do IBGE, mostram que a produção brasileira de ovos de galinha foi de pouco mais de 1 bilhão de dúzias no terceiro trimestre. A produção acumulada dos três trimestres chega a 2,9 bilhões de dúzias, recuo de 0,7% em relação ao mesmo período de 2021.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Agronegócio tem melhor quadro de emprego em sete anos

A população ocupada do setor sobe para 19,1 milhões, após ter caído para 17,1 milhões na pandemia. Na pecuária, o setor de bovinos manteve a população ocupada, mas avicultura e suinocultura reduziram o quadro de trabalhadores. No caso de aves, a queda foi de 18%, em relação a 2021, segundo a pesquisa do Cepea


O mercado de trabalho na agropecuária já se recuperou dos desacertos do período da pandemia. Há, inclusive, uma aceleração no quadro de trabalhadores. O total da população ocupada no setor no terceiro trimestre deste ano atingiu o maior número dos últimos sete anos. O avanço ocorre, no entanto, nos setores de indústria e de serviços, perdendo força no campo. No terceiro trimestre de 2012, a população ocupada no agronegócio era de 19,7 milhões, mas recuou para até 17,1 milhões no mesmo período de 2020, durante a pandemia. Neste ano, está em 19,1 milhões. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que se baseia na Pnad Contínua do IBGE e em informações da Rais/MTE (Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho). Nicole Rennó Castro, pesquisadora do Cepea, diz que a maior evolução do emprego no trimestre de julho a setembro foi na agroindústria e no agrosserviço. Isso ocorre porque esses setores vinham com uma recuperação muito lenta até então. Já o setor da agropecuária, que inclui o emprego dentro da porteira, teve um pequeno recuo, mas já havia se ajustado anteriormente, segundo a pesquisadora. Os segmentos de cereais, soja e café têm redução na população ocupada, em relação igual período de 2021, mas os segmentos de laranja, cana-de-açúcar e cacau registram alta. A agroindústria brasileira tinha, no terceiro trimestre deste ano, 4,1 milhões de trabalhadores, 110 mil a mais do que em 2021. O agrosserviço somou 6,3 milhões, com alta de 461 mil. Na pecuária, o setor de bovinos manteve a população ocupada, mas avicultura e suinocultura reduziram o quadro de trabalhadores. No caso de aves, a queda foi de 18%, em relação a 2021, segundo a pesquisa do Cepea. No segmento agroindustrial, a indústria de açúcar, óleos vegetais e de moagem lideraram as expansões no quadro de trabalhadores. O número total de trabalhadores com carteira assinada teve um incremento de 8% neste ano, mas os sem carteira subiram 6%. A categoria empregadora aumentou em 10%, com o número total dos empregadores no agro subindo para 778 mil. A renda média mensal dos empregados do agronegócio aumentou para R$ 2.248 neste ano, uma evolução de 4,9% em 12 meses. Já o rendimento médio do trabalhador brasileiro, embora tenha subido apenas 1,28%, ficou acima, em R$ 2.650. Aos poucos, a renda dos trabalhadores do agronegócio vem se aproximando da média do rendimento dos trabalhadores do país, afirma Rennó.

FOLHA DE SP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar sobe acima de R$5,40

O dólar subiu na sexta-feira, superando os 5,40 reais e indo a seu maior patamar em quatro meses. A moeda norte-americana à vista subiu 1,84%, a 5,4079 reais. Foi sua maior valorização percentual diária desde o último dia 10 (+4,10%) e o patamar de encerramento mais alto desde 22 de julho passado (5,4976). Na semana, o dólar avançou 0,61%


Na B3, às 17:32 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,70%, a 5,4055 reais. Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest e planejador financeiro pela Planejar, citou preocupações com a PEC da Transição, notando amplo esforço da ala petista dentro do governo eleito para aprovar tetos extra-teto por tempo estendido. A proposta inicial da PEC embute gastos de quase 200 bilhões de reais fora das regras fiscais do Brasil, e por período indeterminado. No exterior, o dólar também tinha alta bem tímida contra uma cesta de seis pares fortes nesta sexta-feira, em sessão de liquidez reduzida devido ao feriado do Dia de Ação de Graças da véspera. Moretti disse que a semana que vem promete ser de "fortes emoções", já que trará dados de emprego norte-americanos e volatilidade adicional aos negócios devido ao fim do mês.

REUTERS


IBOVESPA cai 2,55% após reação negativa de banqueiros à fala de Haddad e o feriado em NY

O humor dos investidores azedou, refletindo na deterioração dos ativos locais após avaliação sobre o discurso de Fernando Haddad (PT), que pode ser indicado para chefiar a equipe econômica do governo do Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva


Sem a referência dos mercados em Nova York, que pararam de operar durante a tarde, um dia após feriado de Ação de Graças, a liquidez foi contida, o que proporcionou variações mais fortes no pregão. O Ibovespa caiu 2,55% e encerrou aos 108.976,70 pontos, praticamente neutralizando o ganho de 2,75% do fechamento de quinta, que havia colocado o índice em alta na semana. Banqueiros que ouviram o discurso de Haddad sentiram falta de direção mais concreta dos planos de ação do futuro governo, incluindo para a política fiscal. “Sem meta, sem planos, sem nomes. Nada de concreto”, resumiu o presidente de um banco. O presidente de outra instituição classificou o discurso como “protocolar”. Haddad disse durante discurso em almoço anual Febraban que a equipe de transição do governo vai avaliar os impactos da PEC da transição sobre a economia e o social para chegar a uma solução para o texto. “Vamos analisar as demandas da sociedade, analisar também o impacto disso do ponto de vista de juros futuros, de trajetória de dívida e de atendimento da população para chegar a um denominador comum”, disse Haddad, que reforçou que boa parte da agenda do governo eleito no ano que vem será avançar com a reforma tributária. Enquanto isso, em Brasília, fontes disseram ao Estadão/Broadcast que o senador Tasso Jereissati protocolou no Senado uma PEC que amplia em R$ 80 bilhões o limite de gastos para 2023. Considerada uma alternativa à proposta que vem sendo discutida pelo governo eleito com o Congresso Nacional, a “PEC da Sustentabilidade Social” já recebeu 20 assinaturas, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A proposta precisa de 27 signatários para começar a tramitar. “O volume continua fraco, como quinta, e a agenda do dia está também esvaziada, com sessão mais curta em Nova York. Na falta de fatos novos, o mercado se agarrou ao que Haddad disse - e também ao que ele não disse - na Febraban. Falou em reconfigurar o orçamento, em momento em que ainda não se tem definição sobre regra fiscal e em que a PEC da Transição segue como uma questão em aberto”, diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.

O ESTADO DE SÃO PAULO


Batalha da inflação ainda não foi vencida, diz presidente do BC

Alta demanda sem aumento de oferta na pandemia levou ao cenário atual


O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse na sexta-feira que ainda há dificuldades para controlar a alta generalizada de preços no Brasil e no mundo. “A gente ainda não venceu a batalha da inflação nem localmente, nem globalmente. É importante persistir”, afirmou Campos Neto, em palestra durante almoço promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).No entanto, as altas inflacionárias parecem estar se estabilizando, destacou o presidente do Banco Central. “As inflações no mundo chegaram a um pico ou, pelo menos, a um patamar alto, e estão se acomodando ou caindo.” Campos Neto ressaltou que, no Brasil, o cenário atual faz com que o mercado preveja novas altas na taxa básica de juros para fazer frente ao problema. “O mercado espera que os juros voltem a subir. Acho que aqui tem uma incerteza em relação ao arcabouço fiscal”, acrescentou. Segundo o presidente do BC, o cenário de inflação foi causado por um aumento de demanda durante a pandemia de covid-19 sem que houvesse aumento de oferta, especialmente de bens, que conseguisse acompanhar essa alta. “Foi colocado muito dinheiro em circulação, e esse dinheiro fez com que a demanda por bens subisse muito”, ressaltou. Para ele, a produção de bens, associada a mudanças nas matrizes energéticas, acabou pressionando a oferta de energia, situação que se agravou ainda com a guerra na Ucrânia. Além disso, acrescentou Campos Neto, há componentes estruturais que têm causado tendências inflacionárias. Segundo ele, historicamente, os governos de todo o mundo têm buscado formas de aumentar a produtividade das economias, o que não foi feito nos últimos anos. “A produtividade cai, e os governos reagem fazendo reformas, mas não foi o caso dos últimos 10 ou 15 anos. A gente tem a produtividade caindo com o menor volume de reformas da história.” Para o presidente do BC, nos próximos meses, as pressões devem se manter, devido à necessidade de gastos na área social. “Os governos têm ainda necessidade de fazer diversos pacotes entendendo que exista uma necessidade social, mas a gente não pode ter a política monetária de um lado e a política fiscal do outro”, destacou.

AGÊNCIA BRASIL


Brasil registra déficit em conta corrente de US$4,625 bi em outubro, diz BC

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 4,625 bilhões de dólares em outubro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,31% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central na sexta-feira


A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um déficit de 4,9 bilhões de dólares em outubro. No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 5,541 bilhões de dólares, abaixo dos 6,5 bilhões de dólares projetados na pesquisa.

REUTERS


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