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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 262 DE 25 DE NOVEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 262 |25 de novembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços da arroba ensaiam recuperação em algumas praças

Na quinta-feira (24/11), dia da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo no Catar, o mercado físico do boi registrou bons negócios em algumas praças do País, resultando em variações positivas nos preços da arroba, informam as consultorias que acompanham o setor


Na quinta-feira de estreia do Brasil na Copa do Mundo, a IHS Markit detectou elevação nos preços da arroba do boi gordo em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Pará e Rondônia. No interior paulista, o preço bruto do boi gordo se consolidou em R$ 285/@, à vista, embora os pecuaristas locais barganhem valores mais próximos a R$ 290/@. Em Minas Gerais, segundo a IHS, há relatos de plantas frigoríficas locais optando por dar férias coletiva a partir de dezembro/22. Nas praças do Mato Grosso e de Goiás, as recentes altas da arroba do boi gordo deram liquidez e permitiram alongar as escalas de abate dos frigoríficos para mais de seis dias. Na região Norte do País, depois das altas nas praças de Tocantins, foi a vez de observar um ambiente de preços mais firmes no Pará e na região de Rondônia, informa a IHS. Em Rondônia, os negócios também só avançaram mediante a sinalização de preços mais firmes. Nas demais regiões do País, diz a consultoria, prevaleceu um ambiente de estabilidade, mesmo diante do menor volume de negócios. Na B3, os futuros do boi gordo também estão operando em ambiente de preços firmes. No mercado atacadista, o dia foi de ajuste no preço do corte de dianteiro, pressionado pela forte desvalorização da carne de frango. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 266/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 283/@(prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 226/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 244/@ (prazo) vaca a R$ 224/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 225/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 242/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca R$ 258/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 259/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 253/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


Boi/Cepea: Relação de troca é a pior do ano ao terminador

Os preços médios do boi gordo vêm operando abaixo de R$ 300 desde a última semana de outubro, pressionados sobretudo pela maior oferta de animais para abate


A média da parcial de novembro (até o dia 22), está em R$ 282,04, sendo 5% abaixo da do mês anterior, 10,7% inferior à de novembro/21 e a menor desde novembro/19, quando, vale lembrar, os valores do boi gordo iniciaram um forte movimento de alta. Já os preços do bezerro vêm mostrando certa estabilidade, sustentados pelos bons volumes de chuvas, que favorecem os pastos e tendem a aquecer a demanda de terminadores por novos lotes de animais – há praticamente sete semanas, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa fecha nas casas de R$ 2.300/cabeça e de R$ 2.400,00. Diante disso, cálculos do Cepea mostram que a relação de troca atual é a pior ao pecuarista em 2022. Na parcial de novembro, o produtor que faz terminação precisa de 8,68 arrobas de boi gordo paulistas para a compra de um bezerro em Mato Grosso do Sul, 5% a mais que no mês anterior. Até então, o momento mais desfavorável ao pecuarista neste ano havia sido registrado em janeiro, quando foram necessárias 8,59 arrobas de boi gordo para fazer a reposição. A média da relação de troca deste ano está em 8,35 arrobas, evidenciando o atual momento desfavorável. Todas as comparações foram realizas em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI).

Cepea


SUÍNOS


Suínos: estabilidade em todas as praças

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 130,00/R$ 135,00, enquanto a carcaça especial baixou 0,98%/0,94%, atingindo R$ 10,10/kg/10,50/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (23), os preços ficaram estáveis nas principais praças, valendo R$ 7,26/kg em Minas Gerais, R$ 6,56/kg no Paraná, R$ 6,63/kg no Rio Grande do Sul, R$ 6,53/kg em Santa Catarina e R$ 7,15/kg em São Paulo. O mercado da suinocultura independente patina desde a última semana, sem conseguir avançar com reajustes positivos nos preços, cenário que se repetiu nas principais praças comercializadoras do animal nesta modalidade na quinta-feira (24).

Cepea/Esalq


Suinocultura independente: Paraná e Santa Catarina com altas leves

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 17/11/2022 a 23/11/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 0,11%, fechando a semana em R$ 6,48/kg vivo.


Em São Paulo, o preço se manteve estável pela quarta semana em R$ R$ 7,73/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), com acordo entre suinocultores e frigoríficos. No mercado mineiro, o preço ficou estável pela quarta semana consecutiva em R$ 7,30/kg vivo, preço este sugerido pela Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), sem acordo entre suinocultores e frigoríficos. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal ficou teve leve alta, saindo de 6,67/kg vivo para R$ 6,70/kg nesta semana.

AGROLINK


Suínos/Cepea: Poder de compra do suinocultor avança em novembro

Os preços do suíno vivo recuaram na primeira semana de novembro, mas se sustentaram nas semanas seguintes, tendo como suporte o ligeiro aquecimento na demanda


Diante disso, levantamento do Cepea mostra que a média de preço do animal vivo da parcial de novembro está acima da registrada em outubro. Já quanto ao milho, importante insumo da alimentação da atividade suinícola, os valores médios de novembro também estão acima dos do mês anterior, mas avançam de forma menos intensa que os do animal vivo. Diante desse cenário, cálculos do Cepea indicam que o poder de compra do suinocultor paulista melhorou frente ao milho de outubro para novembro.

Cepea


FRANGOS


Frango: preços estáveis no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 7,20/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,19/kg, da mesma maneira que no Paraná, fixado em R$ 5,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (24), a ave congelada teve alta de 0,13%, chegando a R$ 8,00/kg, enquanto a resfriada aumentou 0,74%, fechando em R$ 8,12/kg.

Cepea/Esalq


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Assembleia Legislativa aprova privatização da Copel

Com 36 votos a favor e 13 votos contrários, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, em sessão extraordinária, na quinta-feira (24), o projeto de lei de autoria do Poder Executiva que autoriza o Governo do Estado a se desfazer de parte de suas ações da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para transformar a empresa em uma corporação sem acionista controlador.


Em outras duas sessões extraordinárias realizadas na sequência, A Assembleia também aprovou o projeto, que autoriza a privatização da Copel, em terceira discussão e em redação final, ficando, a futura lei, pronta para a sanção do governador. Assim como ocorreu na quarta-feira (23), nenhum dos deputados que votou a favor da proposta a defendeu no debate que precedeu a votação em plenário. Apenas o líder do governo, Marcel Micheletto, encaminhou o voto da base com o simples pedido: “A liderança do governo pede o voto sim”. Ciente da derrota em plenário, o líder da oposição, Arilson Chiorato (PT), anunciou as medidas judiciais que sua bancada está tomando contra a aprovação do projeto. “Hoje é o dia mais triste da história recente do Paraná. O dia em que o Ratinho entregou de presente para a Bovespa a maior companhia de energia do Brasil. Companhia que vale R$ 23 bilhões e que dá R$ 5,1 bilhões de lucro para o estado, dos quais, R$ 2 bilhões voltam em dividendos e são usados para fazer política pública. Morre, hoje a soberania energética paranaense”, disse. “Mas, nós vamos retomá-la, na Justiça, pelo Governo Federal. A luta não vai acabar hoje. O mandado de segurança já foi impetrado, a ação popular já foi impetrada, o comunicado à Bolsa de Valores já foi colocado, a denúncia ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas do Estado já foi feita”, concluiu. O projeto aprovado autoriza o Estado do Paraná, na qualidade de acionista controlador, a transformar a Copel em companhia de capital disperso e sem acionista controlador, transformação essa a ser realizada envolvendo oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias e/ou certificados de depósito de ações (units) de emissão da Companhia. Com isso, o Estado pretende reduzir sua participação na companhia a até 15% do capital social e 10% da quantidade de ações com direito a voto. A decisão é resultado do estudo recentemente encomendado pelo governo sobre a capitalização da Copel. A votação desta quinta-feira foi praticamente igual à de quarta-feira, quando a constitucionalidade do projeto foi aprovada por 38 votos a 14.

GAZETA DO POVO


Deputados do Paraná aprovam criação de cerca de 500 novos cargos ao custo de R$ 93 milhões

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, na quinta-feira (24), em primeira discussão, projeto de lei de autoria do Poder Executivo que cria nove novas secretarias estaduais e 493 cargos comissionados para atendê-las. O impacto financeiro anual previsto é de R$ 93 milhões


Aprovado com 39 votos favoráveis e nove contrários, o projeto prevê a criação das secretarias de Justiça e Cidadania; Ação Social e Família; Mulher e Igualdade Racial; Cultura; Esporte; Turismo; Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Indústria, Comércio e Serviços; Trabalho, Qualificação e Renda; e Inovação, Modernização e Transformação Digital. Também haverá mudanças de nomenclatura em algumas já existentes, dando origem às secretarias de Comunicação (ex-Comunicação Social e Cultura); Planejamento (ex-Planejamento e Projetos Estruturantes); Educação (ex-Educação e Esporte); Cidades (ex-Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas); e Desenvolvimento Sustentável (ex-Desenvolvimento Sustentável e Turismo). Serão extintas três autarquias: Paraná Turismo, Paraná Edificações e Rádio e Televisão Educativa do Paraná (RTVE). O texto diz que a primeira será incorporada por um Serviço Social Autônomo, a segunda pela Secretaria das Cidades e a terceira pela Secretaria de Comunicação Social e o Serviço Social Autônomo E-Paraná. Apesar de a Assembleia ter realizado três sessões extraordinárias na quinta-feira, o projeto foi votado apenas em primeira discussão porque recebeu emendas de plenário, precisando ser remetido novamente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entre as emendas apresentadas, e já com consentimento da Liderança do Governo, para preservar o status de autarquia para a Biblioteca Pública do Paraná, que também seria extinta pelo projeto original.

GAZETA DO POVO


Secretário diz que Taxa do Agro no Paraná é assunto superado, por enquanto

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, afirmou na quinta-feira (24) em Apucarana, que o governo do Estado já recuou da implantação da “taxa do agro” e que, por enquanto, o assunto está superado e apaziguado


Segundo ele, a intenção agora é negociar um novo modelo de contribuição que envolva não só a produção, como também outros setores do agronegócio para constituição deste fundo exclusivo de logística, denominado pelo governo do Estado de “Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística”. O projeto foi encaminhado nesta semana à Assembleia Legislativa para votação em regime de urgência, juntamente com um pacote de outras propostas, porém foi retirado de pauta após manifestação contrária de setores do agronegócio. A taxação recairia na comercialização de alguns produtos como soja, milho, trigo, cana-de-açúcar e pecuária. Conforme Ortigara, o objetivo do governo do Estado com a “taxa do agro” era compor um fundo para manutenção das rodovias estaduais e melhorias nas estradas rurais, com pavimentação através de pedras irregulares e até mesmo com asfalto nos eixos rurais principais. A meta, inclusive, era pavimentar 3 mil quilômetros de estradas rurais em todo o Paraná. A taxa foi proposta, conforme explica, porque houve uma mexida muito grande na tributação do Estado, especialmente nas áreas de energia, combustíveis e comunicações. No seu entender, com essa mexida na tributação feita pela União “com fins políticos”, estados e municípios perderam muito dinheiro para alimentar seus orçamentos e garantir serviços aos cidadãos. Ortigara admite que o movimento no sentido da taxação foi mal conduzido e houve uma reação natural, justa e correta do setor produtivo rural. “Nós não temos nada a opor, pelo contrário, o sentimento do agricultor foi de goela abaixo e nós rapidamente recuamos e retiramos de pauta”, disse.

TNonline


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha em queda de 1,18% de olho em fiscal e equipe econômica

Negociações em torno da PEC da Transição e possibilidade de Persio Arida integrar o governo Lula animam investidores


Em meio a um ambiente de baixa liquidez, o dólar encerrou o dia em queda firme de 1,18%, negociado a R$ 5,31 no segmento à vista. Mais uma vez, o mercado foi balizado pelo noticiário político, reagindo à notícia do adiamento da apresentação do texto da PEC da Transição. Também ajudaram os relatos de que o economista Persio Arida pode integrar o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que trouxe alívio para os investidores locais. Ao fim da tarde, no mercado externo, o índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas principais, operava em queda de 0,21%, aos 105,850 pontos. Na quinta-feira, os relatos nas mesas de operação no mercado de que o ex-ministro Fernando Haddad, considerado o favorito para assumir o Ministério da Fazenda no futuro governo, tem sinalizado nos bastidores disposição em trabalhar com Persio Arida, que integra o governo de transição, deram aval à queda do dólar ao fim da manhã e a continuidade do movimento ao longo da tarde. O feriado nos Estados Unidos e o jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo impactaram a liquidez dos mercados domésticos. “Em dias de baixa liquidez como ontem, que temos feriado de ação de graças nos Estados Unidos, mantendo as bolsas do mercado de títulos fechados por lá, e também a questão do jogo do Brasil aqui, alguns movimentos do mercado acabam sendo exacerbados", avalia o economista da Guide Investimentos Victor Beyrut. Ele pontua que as sinalizações do senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo técnico da transição de governo, sobre o futuro da Petrobras a partir do próximo governo e que foram bem recebidas pelo mercado.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa fecha em firme alta com foco na equipe econômica e PEC da Transição; todas as ações do índice sobem

Índice avançou 2,75%, aos 111.831 pontos, em pregão de baixa liquidez em meio a feriado nos EUA e estreia do Brasil na Copa do Mundo


O Ibovespa fechou em alta firme hoje, em um pregão pouco movimentado em razão da estreia do da seleção brasileira na Copa do Mundo e do feriado de Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. A bolsa acompanhou os demais ativos brasileiros, que avançaram em meio ao noticiário político, com o governo eleito e a PEC da Transição no radar. O dia foi de melhora geral no otimismo, de modo que nenhuma ação do índice fechou em baixa. Após ajustes, o referencial local registrou alta de 2,75%, aos 111.831 pontos. O volume financeiro negociado para o índice na sessão foi de 14,14 bilhões. “Hoje teve um pouco de tudo. A questão da contestação do resultado pelo PL foi decidida, então tirou esse risco do radar. Também na parte política, há sinais de que a PEC apresentada pelo governo de transição não está andando. Parece que o projeto origina ltem poucas chances de passar”, afirma o chefe de pesquisa da Guide Investimentos, Fernando Siqueira. Ele lembra que recentemente, a bolsa enfrentou fortes quedas e os juros fortes altas; e que hoje houve ajuste técnico. Nos pregões anteriores, os projetos para a PEC da Transição que previam alto volume de gastos fora da regra do teto, e com prazo indefinido ou considerado longo pelo mercado, tinham pressionado os ativos brasileiros. Hoje, a perspectiva de que o Congresso tende a servir como contrapeso e não deve aprovar gastos altos por tempo indeterminado causou um alívio. A possibilidade de o ex-presidente do Banco Central Persio Arida integrar o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também deu mais tranquilidade ao mercado. De acordo com notícias, se o ex-ministro da Educação Fernando Haddad for nomeado para a Fazenda, ele pode ter Pérsio em sua equipe, ou então Pérsio pode ir para o ministério do Planejamento.

VALOR ECONÔMICO


Combustíveis voltam a subir, alimentos pressionam e IPCA-15 acelera alta a 0,53% em novembro

Os preços de combustíveis voltaram a subir e somaram-se à pressão de alimentos para levar o IPCA-15 a acelerar a alta em novembro, marcando o maior ritmo de avanço em cinco meses


O avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a 0,53% em novembro, depois de alta de 0,16% no mês anterior, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na quinta-feira. Essa é a taxa mensal mais elevada desde junho, quando o IPCA-15 avançou 0,69%. Apesar da aceleração, o índice considerado prévio da inflação oficial registrou nos 12 meses até novembro alta de 6,17%, de 6,85% em outubro. O resultado indica assim que Luiz Inácio Lula da Silva iniciará seu terceiro mandato como presidente, em 2023, com a inflação acima do teto da meta oficial para este ano --3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA e já abandonada pelo Banco Central. Em novembro os maiores impactos no IPCA-15 vieram das altas de 0,54% dos custos de Alimentação e bebidas e de 0,91% de Saúde e cuidados pessoais. No caso de alimentação, o resultado foi influenciado pelo avanço de 0,60% nos alimentos para consumo no domicílio, com tomate (17,79%), cebola (13,79%) e batata-inglesa (8,99%) em destaque. O aumento de 0,49% nos custos de Transportes, após queda de 0,64% em outubro, também ajudou a pressionar o resultado do IPCA-15. Os combustíveis voltaram a subir depois de cinco meses consecutivos de quedas, com alta de 2,04%, mostrando que os efeitos da redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações se dissiparam. Em novembro a gasolina subiu 1,67%, depois de recuar 5,92% no mês anterior, exercendo o maior impacto individual no índice do mês. Os preços do etanol e do óleo diesel também avançaram, respectivamente, 6,16% e 0,12%.

REUTERS


Cepea: Trabalhadores atuando no agro seguem crescendo e já superam número pré-pandemia

Pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS, mostram que, no terceiro trimestre deste ano, a população ocupada (PO) no agronegócio somou 19,07 milhões de pessoas, aumento de 0,9% (ou de 170,8 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2021 e o maior número desde 2015, quando a PO totalizou 19,08 milhões de pessoas.


Pesquisadores do Cepea indicam que esse crescimento no número de trabalhadores no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos da agroindústria e de agrosserviços, que não só recuperaram as ocupações perdidas em decorrência dos desdobramentos da pandemia de covid-19, como já superam os contingentes observados antes da crise sanitária. Para a agroindústria, o contingente ocupado de 4,06 milhões é o maior para um terceiro trimestre desde 2015, quando foram registrados 4,2 milhões de trabalhadores no segmento. No caso dos agrosserviços, o número de pessoas trabalhando no segmento somou 6,34 milhões no terceiro trimestre, um recorde, considerando-se a série histórica acompanhada pelo Cepea, iniciada em 2012. No Brasil como um todo, 99,27 milhões de pessoas estavam ocupadas no terceiro trimestre de 2022, acima das 92,97 milhões no mesmo período do ano passado. Diante disso, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 20,33% de julho a setembro de 2022, um pouco abaixo da observada no terceiro trimestre de 2021, quando esteve em 20,55%.

Cepea


Confiança do consumidor no Brasil cai em novembro, diz FGV

A confiança dos consumidores brasileiros recuou em novembro pela segunda vez seguida e foi ao menor nível desde agosto, uma vez que aumentou o pessimismo sobre as finanças familiares, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas divulgados na quinta-feira


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês queda de 3,3 pontos e foi a 85,3 pontos, com piora das avaliações tanto sobre o momento atual quanto das expectativas em relação aos próximos meses. "Passado o efeito das transferências de renda, os consumidores de baixa renda voltam a se sentir menos satisfeitos sobre a situação financeira familiar e a revisar suas expectativas para baixo nos próximos meses", explicou em nota a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt. Após três meses de alta, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,7 pontos, para 70,8 pontos, o menor nível desde julho de 2022. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,7 pontos, para 96,0 pontos. "Mesmo com uma queda das perspectivas sobre a inflação e um efeito ainda positivo no mercado de trabalho, há um aumento do pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses. É possível que ainda exista algum espaço para o consumo pelas famílias de maior poder aquisitivo, mas dada as condições macroeconômicas, sua sustentação nos próximos meses acaba sendo uma tarefa difícil”, completou Bittencourt.

REUTERS


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