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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 260 DE 23 DE NOVEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 260 |23 de novembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: estabilidade nos preços se consolida. Não há sinais sólidos de viés de alta

A terça-feira (22/11) foi marcada pela manutenção dos preços da arroba do boi gordo na maior parte das praças brasileiras, com exceção de alguns movimentos isolados de ajustes negativos nas cotações das vacas gordas, informou a IHS Markit.


Os dados apurados pela IHS Markit mostram que que as escalas de abate das indústrias brasileiras já registram encurtamento em muitas unidades frigoríficas. Nas praças de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, os volumes de animais para operação de abate cobrem até 5 dias, informa a IHS. “Em regiões onde as escalas estão mais alongadas, as operações cobrem até uma semana”, acrescenta a consultoria. Porém, ainda que a procura por boiada gorda apresente sinais de reação, os preços não tomam uma vertente ascendente mais consistente, ressaltam os analistas. De acordo com dados levantados pela Scot Consultoria, na terça-feira, as negociações seguiram firmes nas praças paulistas, e as indústrias frigoríficas, em sua maioria, estão com escalas de abate por volta de 7 dias. As cotações do boi gordo seguem estáveis na comparação feita dia a dia, valendo R$ 275/@ (animal “comum”, direcionado ao mercado doméstico) em São Paulo (valor bruto, no prazo), segundo a Scot. Por sua vez, ainda nas praças paulistas, a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 260/@ e R$ 270/@ (preços brutos e prazo). O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses) está cotado em R$ 280/@ no mercado de São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Segundo a IHS Markit, a demanda por fêmeas, sobretudo vacas, se apresentou mais fraca nesta terça-feira em algumas regiões. “Algumas unidades de abate deram preferência pela compra de machos, enquanto a oferta de vacas cresceu”, observa a consultoria. Além da menor demanda, o descarte de fêmeas depois da estação de monta também contribuiu para o avanço da oferta desta categoria. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 278/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande:

boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 226/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 224/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 225/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca R$ 256/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 248/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 259/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 253/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 234/@ (à vista) vaca a R$ 220/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 258/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: mercado registra leves altas para o animal vivo

A terça-feira (22) se encerrou com cotações estáveis ou ligeiras altas para o mercado de suínos, especificamente para os animais vivos. De acordo com análise do Cepea/Esalq, as diferentes condições de oferta de suíno vivo pronto para o abate dentre as regiões acompanhadas pelo órgão têm resultado em variações distintas nos preços do animal


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 130,00/R$ 135,00, assim como a carcaça especial, cotada em R$ 10,20 o quilo/R$ 10,60 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (21)ficaram estáveis os preços em Minas Gerais e São Paulo, custando, respectivamente, R$ 7,26/kg e R$ 7,10/kg. Houve ligeiro aumento de 0,31% em Santa CAtarina, chegando a R$ 6,53/kg, avanço de 0,15% no Paraná, alcançando R$ 6,55/kg, e de 0,15% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 6,63/kg. Cepea/Esalq


Alegra Foods espera aumento no consumo de carne suína com Copa do Mundo

A Alegra Foods, processadora de carne suína paranaense, espera aumento no consumo de carne suína no Brasil nos próximos meses, impulsionado pelos churrascos durante a Copa do Mundo e festividades de fim de ano, informou a empresa em nota na semana passada


“Nesse cenário, a carne suína figura como uma opção competitiva e saborosa para as reuniões familiares e com amigos, com opções como linguiça, costelinha, pernil e picanha, entre outros itens que são alternativas excelentes para o consumidor”, disse o gerente comercial da Alegra, Luz Otavio Morelli. A Alegra teve um faturamento de R$ 1 bilhão em 2021, alta de 20% em relação ao ano anterior. A empresa, que processou 97 mil toneladas de carne suína no ano passado, atribui esse aumento ao crescimento do consumo dessa proteína no Brasil. “Existe um aumento no consumo [de carne suína] muito por conta da situação econômica do país. Hoje, a carne suína tem a melhor relação custo-benefício, comparando com aves e bovinos. A introdução da proteína suína nos lares brasileiros está na casa dos 90% e há bastante espaço para crescer”, disse Morelli. Ele disse que a indústria também tem agregado valor à carne suína para atender às necessidades do mercado interno nos últimos anos. A Alegra abate cerca de 3,5 mil suínos ao dia e processa 2 mil toneladas de carne suína por mês.

CARNETEC


FRANGOS


Mercado do frango estável. leve queda no atacado em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,69%, custando R$ 7,20/kg.


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,19/kg, da mesma maneira que no Paraná, fixado em R$ 5,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (21), tanto a ave congelada quanto a resfriada não mudaram de preço, cotadas, respectivamente, em R$ 8,00/kg e R$ 8,07/kg.

Cepea/Esalq


Holanda vai abater mais 29.000 frangos para conter a gripe aviária

A Holanda deve abater outras 29.000 galinhas em uma fazenda no norte do país após a detecção de uma cepa altamente infecciosa da gripe aviária, disse o governo na segunda-feira


A fazenda fica na cidade de Koudum, 100 km (62 milhas) a oeste de Groningen. Uma proibição de transporte foi imposta em sete outras fazendas próximas, disse um comunicado do governo. É o terceiro caso da forma de gripe aviária registrado no país nos últimos dias, e o sexto neste mês, após dezenas de casos no início do ano. Cerca de 6 milhões de aves foram abatidas na Holanda desde que a nova variante da doença foi detectada pela primeira vez em 26 de outubro do ano passado, disse a autoridade holandesa de segurança alimentar no mês passado. A França também viu um ressurgimento de casos depois de sofrer seu pior surto de gripe aviária no início deste ano.

REUTERS


EMPRESAS


Frísia: cooperados conquistam certificação internacional para a produção de alimentos sustentáveis

O reconhecimento vai ao encontro a um dos valores da cooperativa, que incentiva os cooperados a aumentarem a produtividade em harmonia às exigências ambientais, trabalhistas e sociais


A fazenda Pau Furado, localizada em Teixeira Soares (PR), é uma delas. A propriedade recebeu a certificação internacional RTRS, promovida pela Associação Internacional de Soja Responsável, entidade que promove o crescimento da produção, do comércio e do uso de soja responsável. “Com a entrada na Frísia, há dez anos, as coisas mudaram bastante. A certificação, para nós, foi muito bem-vinda. Dá muito trabalho, mas é recompensador, porque os funcionários são treinados, a fazenda fica organizada. A gente incentiva outros produtores a fazer isso, pois é algo do futuro, que não tem volta”, conta o cooperado Fabiano Gomes. De acordo com o analista ambiental da Frísia, Jean Cesar Andrusko, o RTRS faz um check list completo da propriedade, atestando rastreabilidade, controle de produção, segurança do trabalho, entre outros quesitos. “Cada tonelada de soja produzida dessa forma gera ao produtor um crédito, que é comercializado em uma plataforma internacional. Empresa de qualquer parte do mundo pode comprar esse crédito, que utiliza, por exemplo, em suas embalagens atestando que seu produto foi feito de forma sustentável”, explica. Além da certificação RTRS, a Frísia certificou 11 propriedades para a produção de milho Waxy, que totalizam 7 mil hectares. Essas fazendas receberam a certificação do sistema de avaliação FSA (sigla em inglês para Avaliação de Sustentabilidade da Fazenda). O FSA pertence à plataforma SAI (Sustainable Agriculture Initiative Platform), organização criada pelas empresas Nestlé, Unilever e Danone, sendo pioneira na promoção da agropecuária sustentável em todo o mundo. A certificação FSA possibilita a comercialização do milho waxy, uma variedade que uma empresa parceira da Frísia tem patente exclusiva. Esse milho produz mais amido que o convencional, sendo usado, por exemplo, para produção de papinha para bebês em uma multinacional. Umas das ações da cooperativa é a criação do manual ambiental ao cooperado, que apresenta os passos para a propriedade se adequar e poder solicitar a certificação. Além disso, há o apoio técnico junto aos cooperados para a implementação das mudanças. Dentre os critérios que torna uma propriedade capacitada a receber as certificações está a infraestrutura (local específico para os defensivos agrícolas, área isolada do reservatório de combustível, por exemplo), sinalização (implementação de placa informativas), treinamento dos funcionários (primeiros socorros, legislação trabalhista etc.), entre outros. As adequações feitas até agora levaram cerca de três anos.

Imprensa Frísia


Apesar de quebra da soja, Coamo antecipa sobras a cooperados

Montante de R$ 220 milhões estará disponível no dia 5; receita deve alcançar até R$ 28 bilhões neste ano


Maior cooperativa agrícola da América Latina, a paranaense Coamo, com sede em Campo Mourão, aprovou ontem a antecipação da distribuição de R$ 220 milhões em sobras (lucros) a seus 30,6 mil associados. O dinheiro estará disponível no dia 5 de dezembro. Embora este venha sendo um ano difícil, principalmente por causa da quebra da safra de soja na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul, a Coamo vai encerrar 2022 com resultado positivo. As sobras totais, entretanto, ainda dependem das últimas semanas do ano e não foram definidas. Em 2021, as sobras totalizaram R$ 1,8 bilhão, o que representou um aumento de 65,4% na comparação com o ano anterior. Segundo José Aroldo Gallassini, presidente do conselho de administração da Coamo, a receita do grupo, que foi de R$ 24,7 bilhões em 2021, deverá alcançar entre R$ 26 bilhões e R$ 28 bilhões no ano. Ou seja, nessa frente, um novo recorde já está garantido. E esse recorde virá, em boa medida, graças aos elevados preços da soja, carro-chefe da cooperativa. Isso porque, por causa da seca em sua área de atuação - Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul -, o volume recebido este ano restringiu-se a 52 milhões de sacas de 60 quilos, bem abaixo das 100 milhões previstas no plantio. Mas, segundo Gallassini, uma lição importante prevaleceu: os cooperados pagaram R$ 129 milhões em prêmios para contratar seguro rural na safra 2022/23, e, com a quebra - que também atingiu o milho -, receberam R$ 836 milhões em indenizações. “Como sementes, fertilizantes e defensivos, o seguro tem que ser considerado um insumo”, afirmou ao Valor. Segundo Gallassini, o aumento dos preços sobretudo de fertilizantes e defensivos também impulsionou a receita da Coamo nessa frente e colaborou para o crescimento previsto para 2022. A cooperativa também continuou a investir em sua expansão, com a construção de novos entrepostos de recebimento de grãos em Mato Grosso do Sul e em uma nova fábrica de ração, que deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2023. Atualmente, a Coamo conta com mais de 100 unidades de recebimento de grãos em quase 80 municípios nos três Estados em que atua. A soja é o principal produto agrícola recebido, seguida por milho, trigo e café. Parte desses produtos é industrializada em dois parques fabris. Um deles, situado em Campo Mourão, conta com fábricas de processamento de soja, produção de margarina e óleo de soja refinado, moinhos de trigo, fiação de algodão e torrefação e moagem de café - e é também o local de construção da fábrica de ração. O outro complexo está localizado em Dourados (MS), onde há processamento de soja, produção de farelo e óleo de soja e uma refinaria. No total, a Coamo tem mais de 8,5 mil funcionários.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná adia discussão de projeto que pode taxar o agro no Estado

Governador Ratinho Júnior encaminhou na segunda o projeto à Assembleia Legislativa


Deputados do Paraná adiaram a discussão sobre o projeto de lei que cria um fundo de infraestrutura logística a partir da cobrança de impostos sobre produtos agropecuários. O governador Ratinho Júnior (PSD) pediu ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Ademar Traiano (PSD), para suspender o debate e votação da proposta na terça-feira, informou ao Valor o deputado federal Pedro Lupion (PPPR). Houve apenas o adiamento do projeto, que não foi retirado da pauta, explicou o parlamentar. A proposta prevê a tributação das operações de comercialização de milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, mandioca, toras, gado, suíno e frango.

VALOR ECONÔMICO


Governador do Paraná apresenta projeto que taxa o agro no Estado

Proposta prevê tributação na comercialização de milho, soja, trigo, cana e gado, entre outros produtos


O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), encaminhou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que cria o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado (FDI/PR) cuja arrecadação virá da taxação de produtos agropecuários. A proposta prevê a tributação das operações de comercialização de milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, mandioca, toras, gado, suíno e frango. Proposta semelhante foi aprovada em primeiro turno em Goiás na semana passada e deverá ser votada novamente. Entidades do agronegócio, nacionais e de ambos os Estados, criticam as medidas e alegam que a tributação vai se refletir no aumento dos preços dos alimentos para os consumidores. O presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais do Paraná, Rafael Barros Correia, disse que a proposta causa “grande incredulidade e espanto” e trata-se de um “verdadeiro escárnio”. Em nota, ele pontuou que o projeto foi apresentado sem consulta prévia ou discussão com o setor produtivo e a sociedade civil paranaense. “Inspirado em modelos que não deram certo, a exemplo do argentino, [o governo estadual] tenta nos fazer engolir essa taxação, que irá desestimular a produção no Estado e, consequentemente, prejudicar a economia paranaense”, escreveu. O projeto paranaense condiciona a manutenção do diferimento aplicado ao ICMS cobrado do agro atualmente à adesão dos produtores à nova contribuição ao fundo. Pelo texto, cada produto terá uma taxa específica, baseada na Unidade Padrão Fiscal do Paraná (UFP/PR), hoje em R$ 127,06. Com isso, as cobranças devem variar entre R$ 0,90 e R$ 41,49 por tonelada dos produtos agrícolas e de R$ 0,11 a R$ 53,59 por animal no caso da pecuária. Para o milho, será cobrado 14,95% de UFP/PR por tonelada de contribuição ao fundo; na soja serão 32,66%. Cana-de-açúcar (1,36%), mandioca (11,22%), trigo (18,5%) e toras de madeira (0,71%) completam a lista. Na pecuária, os percentuais serão de 42,18% de UFP/PR por cabeça de bovino macho, 33,84% para bovino fêmea, 4,78% no caso de suínos e 0,09% para frango. As transferências internas para outro estabelecimento do mesmo titular ficam dispensadas da contribuição. Na mensagem encaminhada à Assembleia Legislativa, o governador Ratinho Júnior disse que projeto é destinado a financiar “o planejamento, estudos, execução, acompanhamento e avaliação de obras e serviços de infraestrutura logística em todo o território paranaense” para dar “maior competitividade aos estabelecimentos produtores, indispensável diante o avanço da integração dos mercados e, consequentemente, do acirramento concorrencial”. Posição da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Paraná (FAEP): “A realidade no campo exige respeito e cautela, não pensando em mais custos e sim procurando estímulos para a produção e apoio aos produtores rurais. Em nenhum momento o setor foi ouvido, gerando ainda mais surpresas. Estudo preliminar aponta que o custo total ficaria entre 1,5 e 2 bilhões de reais”.

VALOR ECONÔMICO


Copel prevê crescer 2 GW em geração renovável e entrar em novos mercados de distribuição

Governo paranaense anunciou na segunda-feira (21) a intenção de privatizar a companhia de energia


A paranaense Copel planeja consolidar sua posição de empresa integrada de energia elétrica até 2030, crescendo em geração renovável, transmissão e comercialização de energia, além de potencialmente entrar em novos mercados de distribuição fora do Paraná, segundo executivos da companhia. Após o governo paranaense ter anunciado na véspera sua intenção de privatizar a companhia, a Copel apresentou nesta terça-feira (22) uma atualização de seu plano estratégico para os próximos anos, prevendo acrescentar ao portfólio 2 GW (gigawatts) de ativos renováveis e 2.000 km de linhas de transmissão. Já na distribuição, a companhia vai olhar "ativamente" oportunidades de aquisição de distribuidoras que surgirem no mercado, disse o CEO, Daniel Slaviero, em videoconferência. O executivo destacou que a Copel não crescerá "a qualquer custo" e manterá sua disciplina de capital, apostando apenas em "bons negócios" que agreguem valor. Em relação ao plano de privatização anunciado pelo Estado do Paraná, Slaviero comentou que o projeto de lei que trata do tema já foi encaminhado à assembleia legislativa do Estado. Na segunda (21), o Paraná revelou a intenção de desestatizar a Copel por meio de uma oferta secundária de ações, em operação semelhante à realizada pela Eletrobras. A Copel se tornaria uma "corporation", sem controlador definido, com o governo paranaense permanecendo com participação de pelo menos 15% do capital social total da elétrica. Caso a privatização se concretize, a Copel pode mudar seu plano original de venda de seu principal ativo de geração, a hidrelétrica Foz do Areia, disse Cássio Santana da Silva, diretor de Desenvolvimento de Negócios. Atualmente, pelo fato de ser uma estatal, a companhia precisa alienar o controle de Foz do Areia para que possa renovar sua concessão e mantê-la no portfólio, ainda que com uma participação minoritária.

FOLHA DE SP/REUTERS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar sobe com PEC e questionamento das eleições por partido do governo

O dólar avançou frente ao real na terça-feira, com arrancada no final das negociações após tentativa da coligação do presidente Jair Bolsonaro de questionar o resultado da última eleição, em meio ainda a dúvidas de investidores sobre como ficará o texto final da PEC da Transição.


A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,29%, a 5,3798 reais na venda. O dólar operou em forte alta durante quase todo o pregão, mas acelerou o ritmo do avanço no final da tarde, depois da notícia de que a coligação de Bolsonaro ingressou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo uma verificação extraordinária da eleição de 2022, usando como base um relatório que aponta suposto mau funcionamento das urnas eletrônicas no segundo turno. Segundo Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, num cenário já repleto de incertezas, a tentativa de Bolsonaro de questionar as eleições "acrescenta pessimismo em cima de tudo que já temos", embora tenha dito acreditar que a movimentação do atual presidente não prosperará. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou na terça-feira que a coligação de Bolsonaro apresente em 24 horas uma auditoria referente aos dois turnos da eleição, sob pena de indeferimento da ação apresentada mais cedo. Na segunda-feira, o humor dos mercados havia sido sustentado por esperanças de que o texto da PEC da Transição pudesse ser desidratado durante as negociações, reduzindo a previsão de gastos extra-teto e definindo um prazo claro para eventuais exceções às regras fiscais do país. No entanto, a falta de definição voltou a deixar os investidores nervosos na sessão, quando a volatilidade seguiu elevada. "Em síntese, acho que a falta de consenso sobre a PEC da Transição fez o mercado recompor posições defensivas que havia desfeito na véspera", explicou Bergallo à Reuters. Integrantes da equipe de transição e encarregados da negociação com o Congresso estimam estar próximos de fechar um texto de consenso para a PEC, que já poderia iniciar sua tramitação ainda nesta semana, possivelmente na quarta-feira. A Levante Investimentos disse em nota a clientes que "será crucial, inclusive para evitar maiores turbulências nos mercados, encontrar um equilíbrio entre o que o Congresso está disposto a validar e os interesses do governo para viabilizar seus gastos no ano que vem". Os ganhos do dólar frente ao real vinham na contramão do exterior, onde o índice que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis pares fortes perdia 0,3%. Apesar da queda internacional do dólar, Bergallo, da FB chamou a atenção para pontos de cautela no cenário global, como a publicação da ata do comitê de decisão de juros do Federal Reserve, agendada para quarta-feira.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda com ruído a mercado tenso

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, renovando mínimas da sessão na parte da tarde, após a coligação do presidente entrar com representação no TSE pedindo uma "verificação extraordinária" do resultado da eleição deste ano


A notícia adicionou mais um ruído a um mercado já tenso com as perspectivas fiscais do país para o próximo ano e a ausência de definições sobre a equipe ministerial do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, o Ibovespa vinha pressionado particularmente pela queda das ações da Petrobras em meio a crescentes receios sobre a estratégia da petrolífera de controle estatal a partir do próximo ano. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,85%, a 108.820,52 pontos, de acordo com dados preliminares. Na mínima, chegou a 107.867,47 pontos, distante da máxima, quando subiu a 110.223,73 pontos. O volume financeiro somava 24,8 bilhões de reais.

REUTERS


Ippa/Cepea recua em outubro

Em outubro, o Ippa/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) caiu 1,5% em relação a setembro, em termos nominais, influenciado pelas quedas observadas para o Ippa/Cana-Café, o IPPA/Pecuária e o Ippa/Grãos, cujas variações negativas foram de, respectivamente, 4,9%, 2,4% e 1,3%. Já o Ippa/Hortifrúti avançou 13,1% O resultado do Ippa/Pecuária se deveu à queda dos preços nominais do leite, do frango vivo, do boi gordo e dos ovos. No caso do leite, a baixa esteve atrelada ao enfraquecimento da demanda e pelo aumento da oferta, seja em função do incremento da produção ou do aumento das importações. No caso das carnes avícolas e bovinas, a pressão sobre os valores veio sobretudo do crescimento da oferta de animais. No grupo Ippa/Grãos, houve recuos dos preços do algodão em pluma e da soja, como reflexo do observado no mercado externo. Quanto ao resultado do Ippa/Cana-Café, se deveu à queda dos preços de ambos os produtos. Especificamente no caso do café, o clima favorável vem gerando expectava de boa produção e, consequentemente, quedas nos preços. Por fim, em sentido oposto, tem-se o resultado altista observado para o Ippa/Hortifruti, devido ao comportamento dos valores do tomate, da banana, da batata, da uva e da laranja. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, registrou queda de 0,7% – logo, de setembro para outubro, os preços agropecuários caíram frente aos industriais da economia.

Cepea


Economia brasileira deve crescer 2,8% neste ano, estima OCDE

Pesquisadores acreditam que a política monetária brasileira deverá se manter restrita


O crescimento do PIB do Brasil, segundo o Economic Outlook da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é impulsionado pelo consumo doméstico, investimento privado e exportações. “A despesa das famílias é impulsionada por transferências sociais mais elevadas e um crescimento vigoroso do emprego, mas que diminuirá no próximo ano”, diz o relatório. Os pesquisadores da OCDE acreditam que a política monetária brasileira deverá se manter restrita, e mantêm a taxa de juros em 13,75% até meados de 2023. “As taxas de juro de referência podem ser reduzidas assim que as pressões inflacionistas diminuírem ainda mais. A política fiscal tem sido expansionista e tem contribuído para as pressões inflacionárias ao aumentar a demanda”. Para a OCDE, uma estratégia de consolidação é necessária para reduzir o déficit e restaurar a credibilidade do quadro fiscal. Reduzir a rigidez orçamentária e limitar os gastos obrigatórios do governo melhoraria a eficiência dos gastos. “Uma melhor gestão do investimento em infraestrutura pública, reforma das transferências sociais, maior sustentabilidade e incentivos para o setor agrícola poderiam impulsionar o crescimento potencial, ao mesmo tempo em que melhorariam as finanças públicas”. O Brasil apresentou uma atividade econômica que acelerou no primeiro e segundo trimestres com crescimento acima do esperado de 1,1% e 1,2%, respectivamente, mas que enfraqueceu no terceiro. Para os estudiosos da OCDE, é necessária uma revisão do quadro fiscal brasileiro. “O cumprimento do atual quadro fiscal torna-se cada vez mais difícil devido ao conflito inerente entre uma regra fiscal que limita o aumento dos gastos do governo e a rigidez orçamentária, como obrigatoriedade as regras de gastos afetam cerca de 92% do orçamento”. No quesito energético, o relatório aponta que o Brasil tem um bom mix de energia limpa, com 86% da eletricidade vindo de fontes hidrelétricas e biomassa, mas que isso trouxe um outro problema. “A forte dependência da energia hidrelétrica mostrou limites em 2021, quando as secas reduziram os níveis dos reservatórios, exigindo investimentos mais fortes em outras fontes renováveis, como o vento e as fontes solares, que apresentam um potencial inexplorado significativo”. A OCDE aponta que o investimento público em infraestrutura no Brasil é baixo comparado com outros países. “Existem grandes lacunas de infraestrutura em transporte, água e saneamento. Aumentar o investimento em infraestrutura de alta qualidade e amplamente acessível aumentaria a produtividade e o crescimento potencial e contribuiria para a mitigação e adaptação ao clima”, conclui o relatório.

AGÊNCIA SAFRAS


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