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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 26 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2021

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 1 | nº 26| 09 de dezembro de 2021



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Morosidade no mercado do boi gordo; negócios são pontuais e frigoríficos forçam baixa na arroba

Cotações dos animais gordos recuam R$ 1/@ nas praças paulistas; referências para o boi, vaca e novilha gordos estão, respectivamente, em R$ 317/@, R$ 298/@ e R$ 308/@, informa a Scot Consultoria


O mercado brasileiro do boi gordo apresentou registro de queda nos preços da arroba em algumas regiões importantes do País, a começar pelas praças de São Paulo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. A baixa liquidez do mercado frustra, por enquanto, as expectativas dos analistas e agentes ligados ao setor pecuário, que esperavam um aumento no consumo interno de carne bovina nas primeiras semanas de dezembro, devido ao pagamento dos salários e, sobretudo, à proximidade das festividades de final de ano. Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, o mercado iniciou a quarta-feira ofertando R$ 1/@ a menos em todas as categorias de animais gordos. “As escalas estenderam-se nos últimos dias e já atendem, em média, 10 dias, o que tem contribuído para o cenário de pressão de baixa nos preços”, relata a Scot. Com isso, as referências para o boi, vaca e novilha gordos estão, respectivamente, em R$ 317/@, R$ 298/@ e R$ 308/@ (preços brutos e a prazo). Segundo a Agrifatto, as vendas de carne bovina no mercado atacadista de São Paulo seguem fracas, o que dificulta o escoamento da proteína bovina. Do lado de dentro das porteiras, os pecuaristas não dispõem de grandes lotes de animais terminados, visto que muitos haviam aproveitado os picos de altas para liquidar as ofertas remanescentes de confinamentos. No momento, as chuvas têm favorecido as pastagens das principais regiões de pecuária, facilitando o manejo do gado. “A menor oferta de boiada gorda limita a ocorrência de quedas mais substanciais”, ressalta a IHS. No interior paulista, as indicações de preços do boi gordo no balcão variam entre R$ 315/@ a R$ 320/@, segundo a IHS. Nas praças do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, há indicações de preços muito abaixo das máximas vigentes, mas são raras efetivações em patamares inferiores aos atuais. Nestes estados, as escalas de abate avançaram para pouco mais de 5 a 6 dias úteis e as indústrias estão fora das compras. Nas demais praças brasileiras, também se nota morosidade de negócios e preços em sua maioria estáveis. Na B3, os contratos futuros do boi gordo interromperam a trajetória de baixa, com exceção do primeiro vencimento. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 291/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 307/@ (prazo) vaca R$ 296/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 291/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 298/@ (prazo); SP-Noroeste: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 302/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 324/@ (à vista) vaca a R$ 306/@ (à vista); TO-Araguaína: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo).

PORTAL DBO


Confinamento cresce 2% em 2021 com 6,5 milhões de bovinos

São Paulo registra o maior crescimento entre os Estados; efeito China impediu que a alta fosse ainda maior. Logo atrás de São Paulo, vem o Paraná que registrou alta de 16% (de 328 mil para 379 mil animais)


A fabricante de suplementos nutricionais DSM apresentou ontem o resultado de 2021 do Censo de Confinamento. A terminação de bovinos em sistemas intensivos de engorda totalizou 6,5 milhões de animais neste ano, segundo a pesquisa estruturada pelo Serviço de Inteligência de Mercado (SIM) da companhia. Em comparação com 2020, o volume é 2% maior. Apesar de um resultado histórico, o volume de animais poderia até ter sido maior, se não fosse a paralisação da exportação de carne para a China a partir de setembro. Desde que a pesquisa foi iniciada em 2015, o ritmo de crescimento médio foi de 5,09% até 2020, o que poderia ter levado o confinamento a cerca de 6,7 milhões de bovinos. “Isso mostra que apesar dos desafios, a pecuária intensiva de corte vem, sim, intensificando e produzindo cada vez mais com menos, com mais arrobas por hectare e mais arrobas por animais confinados”, disse Marcos Baruselli, Gerente Nacional de Confinamento da DSM. Regionalmente, os três Estados com maior rebanho confinado esse ano são Mato Grosso, São Paulo e Goiás, com 1,38 milhão, 1,12 milhão e 1,07 milhão de bovinos, respectivamente. O Estado onde o confinamento mais cresceu, contudo, foi o de São Paulo, com alta de 17% sobre o ano anterior, quando foram anotados 959 mil animais confinados. Logo atrás de São Paulo, vem o Paraná que registrou alta de 16% (de 328 mil para 379 mil animais) e Mato Grosso do Sul, com alta de 6% (de 753 mil para 798 mil animais). Com relação à retração, o número de bovinos confinados reduziu 16% no Pará (de 206 mil para 173 mil bovinos) e na região do Mapito – Maranhão, Piauí e Tocantins (de 224 mil para 188 mil bovinos) e em Santa Catarina, onde caiu 13% (de 155 mil para 134 mil bovinos).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: cotações do animal vivo recuam na quarta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 125,00/R$ 135,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,80/R$ 10,20 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (7), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, custando R$ 7,47/kg. Houve recuo de 3,07% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,32/kg, baixa de 2,71% no Paraná, chegando a R$ 6,10/kg, e de 1.07% em São Paulo, fechando em R$ 7,41/kg.

Cepea/Esalq


Exportações de carne suína mantêm alta de 11,29%

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) acumularam entre janeiro e novembro deste ano 1,047 milhão de toneladas, e já superam as exportações totais realizadas nos doze meses de 2020, com 1,024 milhão de toneladas


O levantamento é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que aponta alta de 11,29% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 940,9 mil toneladas. Em receita, as vendas do setor totalizaram US$ 2,449 bilhões, saldo 17,8% maior que o registrado entre janeiro e novembro de 2020, com US$ 2,079 bilhões. Considerando apenas o mês de novembro, os embarques de carne suína totalizaram 79,3 mil toneladas, volume 9,4% menor que o exportado no mesmo período de 2020, com 87,5 mil toneladas. A receita dos embarques de novembro chegou a US$ 170,6 milhões, saldo 15,9% menor que o registrado no décimo primeiro mês de 2020, com US$ 202,7 milhões. De acordo com o Presidente da ABPA, Ricardo Santin, as médias mensais das exportações registradas entre janeiro e novembro de 2021 - de 95,2 mil toneladas e US$ 222,7 milhões - reforçam as expectativas de um ano positivo para o setor. “Em onze meses, as exportações de carne suína já embarcaram volume que é recorde setorial para um ano inteiro. As médias mensais deste ano são cerca de 10 mil toneladas superiores ao que realizamos em 2020, até aqui, o melhor ano no histórico das exportações de carne suína. São números que dão um indicativo do expressivo desempenho da presença internacional brasileira neste ano de adversidades”, avalia Santin. Principal destino das exportações em 2021, as vendas de carne suína para a China totalizaram 503,8 mil toneladas entre janeiro e novembro, volume 7,5% maior que realizado no mesmo período do ano passado. Outros destaques foram Chile, com 57,6 mil toneladas (+49%). Vietnã, com 40,2 mil toneladas (+2,6%), Uruguai, com 38,7 mil toneladas (+5,9%) e Argentina, com 32,4 mil toneladas (+89,9%). “O crescimento das exportações para mercados relevantes e de maior valor agregado foi uma das tônicas do setor ao longo de 2021. Aumentamos volumes para o Japão - o segundo maior importador mundial de carne suína - e para os países da América do Sul. A perspectiva de incremento já no início de 2022 para a Rússia, parceira histórica, promete um ano de bom fluxo das exportações brasileiras de carne suína”, analisa o Diretor de Mercados, Luís Rua.

ABPA


FRANGOS


Frango: quarta-feira de cotações estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,45/kg

Na cotação do animal vivo, o preço subiu 1,35% em Santa Catarina, valendo R$ 3,75/kg, e no Paraná ficou estável, custando R$ 5,77/kg. São Paulo ficou sem referência de preço nesta quarta-feira. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (7), tanto a ave congelada quanto a resfriada sofreram baixa de 0,45%, custando, respectivamente, R$ 6,69/kg e R$ 6,70/kg.

Cepea/Esalq


Carne de frango: tendências das exportações mundiais e das importações da China em 2022

As exportações mundiais de carne de frango do próximo ano tendem a registrar aumento de mais de 2,5%


Segundo as mais recentes previsões do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as exportações mundiais de carne de frango do próximo ano tendem a registrar aumento de pouco mais de 2,5% e, como já ocorreu em 2019 e 2020, voltam a superar a marca anual dos 13 milhões de toneladas. As estimativas sugerem volume próximo, mas ligeiramente inferior a essa marca – 12,996 milhões de toneladas. Para o USDA, o crescimento moderado em grande parte dos mercados de maior relevância vai permitir índices de incremento mais significativos entre os grandes exportadores. Como está previsto que as exportações norte-americanas recuem perto de 1% (de 3,421 milhões/t para 3,387 milhões/t), o Brasil, líder mundial nas exportações do produto, será responsável por mais de um terço do aumento estimado, pois “está bem posicionado para lucrar com a crescente demanda da União Europeia e do Reino Unido”. O previsto é algo em torno dos 4,180 milhões de toneladas de produto in natura. Para o USDA, o Brasil também está capacitado a atender as crescentes importações do Leste Asiático e do Oriente Médio. Mas ressalta que o aumento de demanda da Ásia, especialmente do Japão e da China, irá sustentar, igualmente, a expansão das exportações da Tailândia. O órgão da agricultura dos EUA observa que, a despeito do aumento da produção interna, as importações de carne de frango da China permanecerão firmes. O aumento previsto será limitado, não chegando a 3%. Mas as 900 mil toneladas apontadas para 2022 continuam elevadas, correspondendo a 90% das 999 mil toneladas registradas em 2019, recorde histórico nas importações chinesas do produto. Nas suas projeções, o USDA continua desconsiderando as exportações e importações de pés/patas de frango. Portanto, os valores efetivos serão maiores que os apontados, especialmente no tocante ao Brasil e à China.

AGROLINK


CARNES


Paraná tem recorde no abate de suínos e mantém liderança na produção de carne de frango

No terceiro trimestre, o Estado, que é o segundo maior produtor de carne de porco, atingiu o melhor resultado na produção desde 1997, quando iniciou a série histórica do IBGE. Dados constam na Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada na quarta-feira (8)


O Paraná bateu o recorde na produção de carne de porco no terceiro trimestre de 2021, com o maior número de animais abatidos desde 1997, início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo maior produtor nacional, abateu 2,8 milhões de suínos entre julho e setembro, com a produção de 269,5 mil toneladas de carne. Segundo a Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, divulgada na quarta-feira (8) pelo IBGE, o Estado também mantém a liderança no abate de frango, sendo responsável por um terço da produção avícola do País. No terceiro trimestre, foram abatidas 518,3 milhões de aves e produzidas 1,2 milhão de toneladas de carne. Apesar da redução com relação ao trimestre anterior, o abate de gado de corte no terceiro trimestre ainda foi maior que nos primeiros três meses do ano. Foram abatidas, entre junho e setembro, 299.848 cabeças. A produção estadual de carne bovina no período foi de 77,2 mil toneladas. Além de dominar a produção avícola, o Paraná fica atrás apenas de Santa Catarina na suinocultura e está entre dez maiores produtores de carne bovina do País. No acumulado do ano, o Paraná somou mais de 8 milhões de porcos abatidos e 767,2 mil toneladas de carne produzidas, 21% da produção nacional, que chegou a 3,7 milhões de toneladas em 2021. Julho foi o melhor mês do ano na suinocultura paranaense, com o abate de 698,4 mil suínos e a produção de 91,8 mil toneladas de carne. Na produção avícola, 1,55 bilhão de frangos foram abatidos no Estado entre janeiro e setembro. Foram 524,4 milhões de cabeças no primeiro trimestre, 514,1 milhões no segundo e 518,3 milhões no terceiro. Com isso, o Estado somou 3,6 milhões de toneladas de carne de frango no período. No acumulado do ano, a produção atingiu 229,4 mil toneladas de carne de boi no Estado, com o abate de 899,5 mil cabeças no período. Foram 74,6 mil toneladas no primeiro trimestre, 77,5 mil toneladas no segundo e 77,2 mil toneladas no terceiro.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Abates de bovinos recuaram no 3º tri no PAÍS, mas os de frangos e suínos bateram recorde

Foi o que confirmaram dados definitivos para o período divulgados pelo IBGE


Os abates de bovinos somaram 6,94 milhões de cabeças no terceiro trimestre do ano no país, 10,7% menos que em igual período de 2020, segundo dados definitivos das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha divulgados na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre deste ano, os abates de bovinos caíram 2%. Segundo o IBGE, o volume apurado foi o menor para um terceiro trimestre desde 2004. O mês de melhor desempenho no trimestre foi agosto (2,52 milhões de cabeças), enquanto setembro foi o pior (1,91 milhão). Segundo o IBGE, foi mantida no período a tendência de retenção de fêmeas observada desde o início de 2020 — o total de fêmeas abatidas no terceiro trimestre foi de 2,29 milhões. O volume de carne bovina in natura destinada ao exterior foi o mais elevado para um trimestre, considerando a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), enquanto a demanda doméstica permaneceu fraca. Houve queda de abates em 21 das 27 unidades da federação. Entre as de maior peso no resultado nacional (participação acima de 1%), as reduções mais significativas ocorreram em Mato Grosso (- 279,94 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (- 218,62 mil cabeças). As maiores altas foram em Goiás (+ 38,15 mil cabeças) e Tocantins (+ 37,15 mil cabeças). Mato Grosso continuou a liderar os abates no Brasil, com 16,4% da participação nacional, seguido por São Paulo (10,9%), e Goiás (10,8%). O IBGE divulgou também dados sobre os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro. Eles receberam 7,37 milhões de peças inteiras de couro cru no terceiro trimestre, recuos de 10,4% na comparação com o terceiro trimestre de 2020 e de 2,2% ante o segundo trimestre deste ano. A redução foi influenciada pelo menor abate de bovinos, sobretudo em setembro. Onze das 19 unidades da federação acompanhadas pela pesquisa tiveram redução, com destaque para Rondônia (-193,33 mil peças) e Mato Grosso (-189,29 mil peças). Mato Grosso também continuou liderando o ranking dos Estados que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,7% da participação nacional. No caso do frango, os abates no país totalizaram 1,54 bilhão de cabeças de julho a setembro, o que representou aumentos de 1,2% em relação ao terceiro trimestre de 2020 e de 0,7% na comparação com o segundo trimestre deste ano. Foi o melhor terceiro trimestre da série histórica do IBGE, iniciada em 1997. Segundo o IBGE, as exportações de carne de frango in natura influenciaram esse desempenho. O volume exportado foi o melhor desde o terceiro trimestre de 2018, recorde que permanece até hoje. Ainda assim, aponta o instituto, o mercado interno foi o que mais absorveu o crescimento da produção. Dezesseis das 25 unidades da federação que participam da pesquisa tiveram aumento no abate. Os destaques entre os Estados com maior peso (acima de 1% de participação) foram Paraná (+ 17,91 milhões de cabeças), Goiás (+ 8,08 milhões de cabeças) e Santa Catarina (+ 7,9 milhões de cabeças). O Paraná ainda lidera o abate de frangos no Brasil, com 33,7% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,8%) e Rio Grande Sul (13,1%). No caso dos suínos, finalmente, os abates avançaram 7,8% no Brasil no terceiro trimestre de 2021, para 13,72 milhões de cabeças, e atingiram um novo recorde da série histórica. Ante o segundo trimestre de 2021, houve aumento de 4,5%. Segundo o IBGE, os incrementos refletiram o bom momento das exportações. O resultado foi puxado por altas em 19 das 25 unidades da federação. Entre os Estados com participação acima de 1%, as maiores altas foram no Rio Grande do Sul (+ 284,50 mil cabeças) e em Santa Catarina (+ 216,01 mil cabeças). Santa Catarina continuou a liderar os abates com fatia de 28,7% no total nacional.

VALOR ECONÔMICO


EMPRESAS


BRF aposta em agregar valor e produzir em outros países para ampliar margens

Empresa prevê que aumento de custos vai arrefecer, mas que o patamar seguirá elevado


A despeito da revisão em sua meta parcial de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do país, continua focada em atingir os objetivos traçados até 2030. Em evento virtual na quarta-feira, o CEO global da empresa, Lorival Luz, reforçou que a estratégia é manter os custos sob controle, investir no portfólio de produtos com elevado valor agregado e expandir a produção em países estratégicos. “Novas aquisições não estão sendo discutidas”, disse ele. A dona das marcas Sadia e Perdigão estima que seus custos com embalagens, farelo de soja e milho dobraram desde o começo de 2020 — o que motivou a revisão de parte do planejamento da companhia. Mas Luz vê um cenário menos volátil no ano que vem, ainda que as eleições presidenciais possam impactar a taxa de câmbio. “O que nós não esperamos é ver uma alta [de custos] como a que tivemos”, reforça. Com os custos em um novo patamar — a BRF não acredita que os preços dos insumos vão recuar a níveis pré-pandêmicos —, a companhia aposta em produtos de alto valor agregado para aumentar as margens operacionais. A empresa investiu R$ 1,8 bilhão para ampliar seu portfólio de itens premium em 2021. No Brasil, 84% da receita da companhia vem desses produtos, enquanto no mercado externo eles respondem por cerca de 20%, informaram no evento Sidney Manzaro e Patricio Rohner, Vice-Presidentes da empresa para os mercados brasileiro e internacional, respectivamente. De acordo com os executivos, a mudança nos hábitos de consumo no mundo deve impulsionar a demanda por pratos prontos, plant-based e ingredientes, mercados em que a BRF já vem se fortalecendo nos últimos anos. A empresa também aposta em novos meios de comercialização, online e físico. O Vice-Presidente de novos negócios, Marcel Sacco, citou a presença de produtos da companhia em mais de 700 lojas dentro de condomínios residenciais, por exemplo. Luz também espera que a parceria com a BEES aumente o número de clientes do modelo B2B, dos atuais 300 mil para 500 mil até 2026 — a plataforma conta com 2 milhões de clientes. Ademais, existe a meta de elevar em 20% o mix de produtos adquiridos pelas empresas. A BRF também quer fomentar a produção local em mercados estratégicos. “Caso contrário, daqui um tempo o Sidney vai crescer tanto no Brasil que não sobrará matéria-prima para nós”, brincou Rohner com Manzaro. Segundo o Vice-Presidente para o mercado internacional, o movimento será positivo para contornar crises globais, como a falta de contêineres e a elevação dos preços do frete marítimo, além de fomentar o desenvolvimento de produtos adequados a cada mercado. Isso não significa, contudo, que a BRF pretende recuar nas exportações a partir do Brasil. As estratégias são complementares, afirma os executivos. Luz se diz animado com a Rússia e também vê potencial nas negociações com o Reino Unido, que se emancipou da União Europeia neste ano. No Brasil, Sidney Manzaro projeta um cenário positivo para a carne suína — cujo consumo vem ganhando espaço, mas ainda está distante da média per capita de países da Europa e nos Estados Unidos. O executivo reforçou a expectativa de que essa proteína cresça mais rapidamente do que as demais no país.

VALOR ECONÔMICO


PR: frigorífico investe R$ 20 milhões na ampliação

Com abate diário de mais de 3 mil suínos, grupo agora processa todos os subprodutos gerados


O grupo brasileiro RPF Group, um dos maiores produtores de proteína suína do país, anunciou um investimento de R$ 20 milhões na ampliação de sua unidade em Ibiporã, no norte do Paraná. Está em fase final a construção de uma fábrica de banha, que começa a produzir no início de 2022 e em uma nova unidade para processamento de subprodutos. Com capacidade de 20 toneladas dia, a unidade de banha vai processar toda a matéria-prima gerada nos frigoríficos da marca em Ibiporã e Bocaiúva do Sul, utilizando um sistema de fusão, que derrete a gordura suína e a transforma em banha líquida, envazada em embalagens de 500 gramas, um quilo e 3,6 quilos. A apresentação final do produto ocorre na forma pastosa. A fábrica de farinha e óleo para alimentação animal, também chamada de graxaria, tem capacidade para processar 50 toneladas por dia de matéria-prima, que envolve tudo o que o frigorífico gera de subprodutos, incluindo sangue, ossos, carne e vísceras, transformada em componentes para ração animal. “É uma fábrica totalmente automatizada, que processa os subprodutos gerados nas nossas unidades de Ibiporã e de Bocaiúva do Sul. Até então, esse material era comercializado para processamento”, explica o Gerente Industrial, Saulo Clímaco. Com essa operação, o grupo fecha todo o ciclo produtivo da cadeia suína. A empresa atua diretamente desde a coleta e avaliação do sêmen até a terminação dos animais, oferecendo todos os insumos e assistência técnica aos produtores, da logística até o manejo. A produção dos animais atualmente é concentrada na região de Toledo, no oeste do estado. O abate diário é de 3,1 mil cabeças.

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NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Com recorde de participação, Selo Clima Paraná aponta redução na emissão de carbono

O Selo Clima Paraná está na 7ª edição e apontou redução de 39 mil toneladas na emissão de carbono pelas empresas que conquistaram o Selo Clima Paraná Ouro Plus. Da agroindústria, 130 unidades produtivas foram reconhecidas, entre cooperativas agroindustriais, frigoríficos, abatedouros, fábricas de rações e florestas comerciais. O número representa 70% dos participantes. Empresas do setor de carnes como a Avenorte, BRF, JBS e cooperativas como a Castrolanda, Agrária, Frísia e Lar tiveram seu trabalho reconhecido.


Na noite de terça-feira (07), 70 empresas e a prefeitura de Maringá receberam certificados do Selo Clima Paraná. A iniciativa da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) reconhece quem, voluntariamente, mede, divulga e reduz a pegada de carbono, para amenizar os efeitos causados pelas mudanças climáticas. A solenidade, que aconteceu na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba, reuniu os responsáveis por mais de 50% do PIB do Estado. O Selo Clima Paraná está na 7ª edição e aponta redução de 39 mil toneladas na emissão de carbono pelas empresas que conquistaram o Selo Clima Paraná Ouro Plus, o que equivale ao sequestro anual de carbono de 7.500 hectares de floresta, ou seja, aproximadamente 10 mil campos de futebol. O Secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, disse que “de nada adianta ter o melhor processo industrial sem ter um processo consolidado a nível municipal, estadual e nacional. O grau de sustentabilidade ambiental faz toda a diferença no momento em que pretendemos colocar nossos produtos nos mercados do País e do Exterior”. Para melhorar ainda mais essa visibilidade, a Secretaria estuda a modificação do formato do Selo Clima Paraná, com novas categorias. O projeto conta com o apoio da Fiep, que representa o setor das indústrias, a qual mostrou maior engajamento na edição deste ano. Da agroindústria, 130 unidades produtivas foram reconhecidas, entre cooperativas agroindustriais, frigoríficos, abatedouros, fábricas de rações e florestas comerciais. O número representa 70% dos participantes. Os 71 certificados entregues pelo Selo Clima Paraná 2021 são referentes aos inventários de 177 unidades industriais, distribuídas em 66 municípios. O Selo possui três categorias: Original, Ouro e Ouro Plus. Na edição deste ano, foi a primeira vez que uma prefeitura emitiu inventário com informações sobre a emissão de carbono. Confira a lista completa das empresas AQUI .

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


Quinze cooperativas do PR conquistam o prêmio SomosCoop Excelência em Gestão

Quinze cooperativas paranaenses dos ramos agropecuário, crédito, saúde e consumo conquistaram o Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão ciclo 2021. O anúncio ocorreu em cerimônia virtual promovida pelo Sistema OCB


O Paraná foi o segundo estado em cooperativas reconhecidas. Em relação aos ramos, o que registrou o maior número de premiações foi o crédito (49), seguido do de saúde (30). A premiação ocorre a cada dois anos e somou, nesta edição, 310 cooperativas inscritas de todo o país – número 14% superior ao de 2019 –, das quais 112 tiveram seus processos analisados. A avaliação envolveu a participação de 70 especialistas em gestão e governança da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), com um total de 80 pessoas atuando diretamente em todo o processo. Além disso, todas as etapas de avaliação foram realizadas de forma virtual para garantir a saúde e a segurança do processo em decorrência da pandemia da Covid-19. Uma novidade desta edição foi o Destaque Busca pela Excelência, destinado às cooperativas que não alcançaram pontuação para serem visitadas e consequentemente reconhecidas, mas que são engajadas no programa. No total, 10 cooperativas, duas de cada região do país, receberam o destaque. O SomosCoop Excelência em Gestão também premia com o selo Destaque Governança as cooperativas que se sobressaem nesse quesito. A avaliação observa a originalidade da prática, os indicadores de educação cooperativista e o nível de satisfação dos cooperados com os processos de governança. E, nesta edição, as duas cooperativas contempladas são de Santa Catarina: Colégio Cem e Viacredi. Ambas foram reconhecidas pelo trabalho de excelência em governança que vem desenvolvendo ao longo do tempo. Já as cooperativas reconhecidas pelas boas práticas de gestão e excelência são divididas em três faixas: ouro, prata e bronze. Cada faixa conta também com três níveis de maturidade: primeiros passos para a excelência; compromisso com a excelência; e rumo à excelência. O selo ouro foi entregue para 30 cooperativas, enquanto o de prata ficou com outras 39 e o de bronze com 34. Das 103 cooperativas reconhecidas, nove receberam o selo ouro no nível de maturidade rumo à excelência, que representa a categoria mais avançada da premiação, entre as quais estão as paranaenses Cocamar e Unimed Londrina. No Paraná, o Coordenador de Gestão Estratégica do Sistema Ocepar, Alfredo Benedito Kugeratski Souza, lembra que a entidade, por meio do Sescoop/PR, promove a melhoria das práticas de governança e gestão das cooperativas a partir do desenvolvimento e implementação do Programa de Excelência da Gestão do Cooperativismo Paranaense (PEGCoop). COOPERATIVAS PARANAENSES PREMIADAS: FAIXA OURO – NÍVEL RUMO À EXCELÊNCIA Cocamar - Unimed Londrina

FAIXA OURO – NÍVEL PRIMEIROS PASSOS PARA A EXCELÊNCIA - C.Vale - Castrolanda

FAIXA PRATA – NÍVEL COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA - Sicoob Metropolitano -

Sicredi Integração PR/SC - Unimed Cascavel

FAIXA BRONZE – NÍVEL COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA - Sicredi Progresso PR/SP -

Unimed Noroeste do Paraná - Unimed Pato Branco

FAIXA BRONZE – NÍVEL PRIMEIROS PASSOA PARA A EXCELÊNCIA – Coopermundi -

Coopertradição - Sicredi Centro-Sul PR/SC/RJ - Unimed Paraná - Unimed Regional Maringá

IMPRENSA OCEPAR


ANTT autoriza três ramais e projeto da Nova Ferroeste ganha força

Três ramais da Nova Ferroeste (projeto de uma nova linha férrea ligando o Mato Grosso do Sul a Paranaguá) serão autorizados nesta quinta-feira (9), em Brasília, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). São eles: Cascavel - Foz do Iguaçu, Cascavel - Chapecó e Dourados – Maracaju. Nos próximos dias um quatro trecho também deverá ganhar autorização: Guarapuava – Paranaguá


O sinal verde para os ramais dá robustez ao projeto da Nova Ferroeste e deve impactar significativamente em sua valorização e na atração de investidores no leilão previsto para o segundo trimestre de 2022. Isso porque, em grande parte, são os ramais que vão garantir o transporte das mercadorias até o traçado principal para o escoamento da produção para o porto de Paranaguá. Hoje, o traçado da Ferroeste vai de Cascavel a Guarapuava. Quando concluída, a linha férrea terá 1.304 quilômetros ligando Maracaju (MS) a Paranaguá (PR). “O acesso ao porto é fundamental, mas tem que ter carga e a carga vem dos ramais”, destaca Luiz Henrique Fagundes, Coordenador do Plano Estadual Ferroviário. Segundo ele, com exceção do trecho Cascavel-Chapecó, cuja solicitação foi feita por último, todos os demais já estão incluídos no valor total estimado para a obra, que é de R$ 29,4 bilhões. Os trechos estão contemplados também no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), protocolados no Ibama em 23 de novembro. “Com isso, a execução do trecho Cascavel-Chapecó entrará no edital de licitação como opcional. O vencedor do leilão, caso não tenha interesse, não precisará executá-lo”, esclarece Fagundes. A expectativa, no entanto, é por sua construção uma vez que se trata de um percurso com grande demanda, tanto por levar o milho do Mato Grosso do Sul para o oeste catarinense como, no outro sentido, trazendo a proteína animal de Santa Catarina para o porto de Paranaguá. A assinatura da autorização dos ramais acontece às 10 horas desta quinta-feira, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Serão assinadas autorizações para todo o Brasil. São os ramais aprovados a partir da Medida Provisória 1065, que desburocratizou o procedimento para a construção de novas ferrovias, em pequenos trechos, facilitando a exploração pela iniciativa privada e atraindo investimentos.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


BC eleva Selic a 9,25% e juro atinge maior patamar desde 2017 No comunicado, o Copom informou que antevê outro ajuste da mesma magnitude na próxima reunião. Salto de 1,5 ponto percentual era esperado pelo mercado


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta-feira elevar a taxa básica de juros Selic em 1,5 ponto percentual, passando de 7,75% para 9,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2017. É a sétima alta consecutiva e já era esperada pelo mercado. A decisão foi unânime. No comunicado, o Copom informou que antevê outro ajuste da mesma magnitude na próxima reunião, prevista para os dias 1º e 2 de fevereiro de 2022. “O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, disse em comunicado. Além disso, o colegiado afirmou que, “diante do aumento de suas [próprias] projeções [de inflação] e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista”. “O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, disse. O Copom afirmou que o cenário externo “se tornou menos favorável” desde a última reunião. “Alguns bancos centrais das principais economias expressaram claramente a necessidade de cautela frente à maior persistência da inflação, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para economias emergentes”, disse. No caso da atividade econômica do Brasil, o Comitê afirmou que “indicadores divulgados desde a última reunião mostram novamente uma evolução moderadamente abaixo da esperada”. Já a inflação ao consumidor “continua elevada”. “A alta dos preços foi acima da esperada, tanto nos componentes mais voláteis como também nos itens associados à inflação subjacente”, disse. As medidas de inflação subjacente são aquelas mais sensíveis à atividade econômica e à taxa de juros. Segundo o BC, diversas dessas medidas “apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”. O Copom informou que seu horizonte de política monetária inclui os anos-calendário de 2022 e 2023. “O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e 2023” diz o documento. Segundo o colegiado, a decisão foi tomada “considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis”. Para o Copom, a medida está em linha com seu objetivo secundário de suavizar as flutuações econômicas. O Copom manteve inalterado o seu balanço de riscos para a inflação, em relação à forma como foi descrito na reunião anterior, de outubro. O balanço de riscos permanece assimétrico para o lado negativo. O comitê vê riscos altistas e baixistas para a inflação. “Uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico”, afirma o BC, repetindo o risco baixista que havia mencionado em outubro. “Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do país”, reafirmou, citando o risco do lado negativo. O Copom não viu piora no balanço de riscos desde a sua última reunião: “Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos”, afirma o comunicado. “Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico”.

VALOR ECONÔMICO


Dólar fecha em baixa de 1,49%, a R$5,5364 na venda

O dólar registrou fortes perdas em relação ao real pela segunda sessão consecutiva na quarta-feira, derrubado pela expectativa de juros mais altos no Brasil e por algum alívio fiscal após acordo no Congresso para fatiar a PEC dos Precatórios, refletindo ainda a redução de temores sobre a variante Ômicron do coronavírus


O dólar negociado no mercado interbancário fechou em queda de 1,49%, a 5,5364 reais na venda, seu menor patamar para encerramento desde 17 de novembro (5,5264) e pior desempenho diário desde 11 de novembro (-1,80%). Na véspera, a moeda já havia registrado queda de 1,27%. Na B3, às 17:11 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,44%, a 5,5645 reais. "A alta da Selic para quase dois dígitos, se confirmada, formará inevitavelmente um bom colchão para o real", disse à Reuters Fernando Bergallo, Diretor de Operações da assessoria de câmbio FB Capital. Após dados da quarta-feira mostrarem queda inesperada nas vendas no varejo em outubro, a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitoria, disse no Twitter que a leitura poderia reforçar expectativas de desaceleração do ritmo do aperto monetário. "O comunicado do Copom será importante, a inflação precisa ser controlada, mas a calibragem de fim de ciclo também deve entrar no balanço”. Enquanto isso, participantes do mercado comemoravam a maior previsibilidade na frente fiscal após anúncio de acordo em torno do fatiamento da PEC dos Precatórios. Alexandre Almeida, economista da CM Capital, disse à Reuters que o "fatiamento trouxe um pouco de alívio; mostra que a tramitação no Congresso está andando e gera um pouco de calmaria" depois de um longo período de incertezas sobre como o governo federal faria para financiar seu programa de auxílio financeiro à população. O cenário internacional, por sua vez, também amparou o real nesta sessão, em meio a alívio de temores sobre o impacto econômico e sanitário da variante Ômicron do coronavírus. Nesta quarta-feira, as farmacêuticas BioNTech e Pfizer disseram que uma série de três doses de sua vacina contra a Covid-19 foi capaz de neutralizar a nova cepa em um teste laboratorial. Com o desempenho da quarta-feira frente ao real, o dólar acumula agora alta de 6,64% no acumulado de 2021.

REUTERS


Ibovespa marca 5ª sessão seguida de alta

O Ibovespa marcou sua quinta alta consecutiva, para o maior nível de fechamento desde o fim de outubro, diante de notícia positiva de vacina relacionada à variante Ômicron e da promulgação de trechos da PEC dos Precatórios


O mercado aguarda agora a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) para a Selic. Economistas ouvidos pela Reuters projetam alta de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros, para 9,25% ao ano. A WEG foi a maior contribuição positiva para o índice, enquanto o Magazine Luiza ficou na ponta oposta, após vendas no varejo no país em outubro virem abaixo do esperado. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,44%, a 108.031,56 pontos, o maior nível de fechamento desde 25 de outubro. O volume financeiro foi 25,7 de bilhões de reais.

REUTERS


IBGE: Varejo engata 3ª queda e volta a ficar abaixo de patamar pré-pandemia com inflação alta e renda parada

As vendas no varejo brasileiro emendaram a terceira queda em outubro e voltaram a ficar abaixo do patamar pré-pandemia, afetadas por um conjunto de fatores como inflação alta, renda parada e menor crédito, num indicativo do cenário mais difícil para consumo das famílias, importante componente do Produto Interno Bruto (PIB)


O volume de vendas recuou 0,1% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira. A taxa é a pior para meses de outubro desde 2018 (-0,3%). Em três meses seguidos de números negativos, o declínio acumulado é de 5,2%. Com essa sequência, a atividade no comércio volta a ficar em níveis abaixo da pré-pandemia, em queda de 0,1%. A última vez que o varejo havia caído abaixo desse patamar fora em março passado, quando ficou 0,9% aquém de fevereiro de 2020. Sobre outubro de 2020, o recuo foi de 7,1%, o terceiro consecutivo. As leituras mensal e anual vieram bem abaixo do esperado: em pesquisa Reuters, economistas projetavam alta de 0,8% sobre setembro e queda de 5,6% na comparação com um ano antes. O Gerente da Pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, disse que o mau desempenho do comércio pode ser atribuído a "vários fatores", como inflação mais alta; renda estabilizada, o que gera menor poder de compra; e menor disponibilidade de crédito para pessoa física. "A pandemia mudou a estrutura de consumo, mas neste ano a inflação acaba por afetar o consumo, especialmente de super e hipermercados, que têm peso e relevância muito grande", disse Santos. "O isolamento (social, pela pandemia) diminuiu, mas aí veio o fator preço. Com renda estável, crédito cai e inflação sobe em setores-chave, e o comércio volta a cair de novo", completou. O Gerente chamou atenção para o desempenho do segmento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que em outubro caiu 0,3% depois de quedas de 1,3% em setembro e de 0,9% em agosto. O setor está, assim, 0,2% abaixo do patamar pré-pandemia. "Esse é um setor norteador do indicador geral, que é afetado por emprego, inflação e renda", disse Santos. Cinco das oito atividades acompanhadas registraram perdas, com Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%) na lanterna. Na comparação anual, todas as oito atividades pesquisadas recuaram, com destaque negativo para Móveis e eletrodomésticos, em que a atividade despencou 22,1%. Considerando o varejo ampliado --que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção--, o volume de vendas recuou 0,9% ante setembro e 7,1% frente a outubro de 2020.

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Citi piora estimativas para PIB do Brasil após dados do varejo e vê expansão de apenas 0,3% em 2022

O Citi piorou suas estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano e no próximo, após dados da quarta-feira mostrarem queda inesperada das vendas no varejo em outubro


Agora, o credor norte-americano espera crescimento econômico de 4,5% em 2021, ante projeção anterior de 4,7%. Para 2022, a expectativa passou a alta de apenas 0,3% do PIB, contra expansão de 0,6% estimada previamente. "As vendas no varejo confirmam a performance decepcionante da atividade, desencadeando rebaixamentos nas nossas projeções de crescimento", disse o Citi em relatório. Mais cedo, o IBGE informou que o volume de vendas no setor recuou 0,1% em outubro ante setembro, em queda de 7,1% sobre o mesmo período do ano anterior. A expectativa em pesquisa da Reuters com economistas era de alta de 0,8% sobre setembro e queda de 5,6% na comparação com um ano antes. "No geral, esse resultado das vendas no varejo ratifica nossa preocupação de que o PIB pode não crescer neste trimestre (após contração tanto no segundo quanto no terceiro trimestres)", afirmou o banco privado. Dados da semana passada mostraram que o PIB do Brasil registrou queda de 0,1% entre julho e setembro, com o país entrando em recessão técnica. O Citi também citou uma revisão recente na série histórica dos dados do PIB como justificativa para a piora em sua projeção para o desempenho da atividade econômica em 2022. O IBGE informou na semana passada que a economia teve contração de 0,4% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, contra queda de 0,1% divulgada anteriormente.

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PIB do agro do Brasil deve crescer menos, entre 3% a 5%, em 2022, diz CNA

O Produto Interno Bruto do agronegócio do Brasil deve crescer em ritmo mais lento em 2022 em meio a custos mais altos que achatam margens de agricultores, estimou na quarta-feira a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estimando alta entre 3% e 5% no PIB em 2022


Segundo o estudo, realizado juntamente com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o PIB do agronegócio deve fechar 2021 com expansão de 9,37% em relação a 2020. A maior organização agrícola do Brasil afirmou que, mesmo com a elevação dos preços de commodities e o aumento de produção de algumas culturas, a alta dos custos de produção deve achatar a margem de lucro do produtor rural de maneira geral. A CNA também citou alguns fatores que devem determinar o comportamento da safra 2021/2022 no Brasil e precisam ser acompanhados de perto no próximo ano, como a questão da logística e a oferta de insumos -- boa parte da matéria-prima dos fertilizantes é importada, e há preocupações com a escassez de adubos no mundo, além da alta do preço. A confederação ainda citou atenção para o desenvolvimento do fenômeno climático La Niña. Ainda assim, a CNA projeta uma safra de grãos em volume recorde de 289 milhões de toneladas em 2022, alta de 14% ante 2021, em meio à expectativa de recuperação da produção de milho, fortemente afetada pela seca e geadas em 2021. O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária deve somar 1,25 trilhão de reais em 2022, crescimento de 4,2% ante 2021, segundo o levantamento. "Culturas como café, milho e trigo devem ter produções maiores, e cana-de-açúcar, café e algodão deve ter elevação nos preços. Por outro lado, soja, carne bovina e arroz devem sofrer quedas no VBP no próximo ano", disse a CNA.

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Cepea: População ocupada no agronegócio chega ao maior número desde 2015

A população ocupada no agronegócio somou 18,9 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2021, forte avanço de 10% (ou de 1,756 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre do ano anterior e 3,6% (o equivalente a 653 mil pessoas) a mais que no segundo trimestre de 2021, segundo pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS


Trata-se, também, do maior número de pessoas atuando no setor em um terceiro trimestre desde 2015, quando a população ocupada no agronegócio foi de 19,08 milhões. Segundo pesquisadores do Cepea, este resultado demonstra uma recuperação dos postos de trabalho prejudicados pela pandemia e seus desdobramentos. Além disso, o avanço no terceiro trimestre evidencia a conjuntura favorável ao agronegócio no período, com impacto potencial na geração de empregos. Pesquisadores do Cepea indicam que todos os segmentos do agronegócio apresentaram crescimentos na população ocupada entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, com destaque para a agroindústria (com avanço de 6,57% ou mais de 243 mil pessoas). Na comparação entre os terceiros trimestres (2021 e 2020), em termos relativos, os avanços da população ocupada do agronegócio e de seus segmentos foram ainda mais significativos, sobretudo para a agropecuária (com crescimento de 9,47%, ou mais de 763 mil pessoas). A participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 20,33% no período, contra 20,41% no trimestre anterior e 20,55% de julho a setembro de 2020, ainda conforme cálculos do Cepea. Pesquisadores do Cepea ressaltam os fortes aumentos da população ocupada no agronegócio das categorias de trabalhadores por conta própria entre os terceiros trimestres de 2020 e de 2021, de expressivos 15,07% (ou de 831,2 mil pessoas), e de empregados sem carteira assinada, de 17,9% (ou de 502,99 mil pessoas). Essas informações sugerem que, em alguma medida, parte importante do crescimento recente na PO esteja sendo conduzido por novos postos de trabalhos informais.

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