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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 256 DE 17 DE NOVEMBRO DE 2022

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 256 |17 de novembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Volta do feriado é marcada pelo encurtamento das escalas de abate

Os preços da arroba seguem estáveis nas principais praças brasileiras; em SP, o animal terminado destinado ao mercado “comum” segue valendo R$ 275/@, segundo dados da Scot Consultoria


Nas praças do interior de São Paulo, a arroba do boi e vaca gordos ficaram estáveis, em R$ 275/@ e R$ 260/@, respectivamente (valor bruto e a prazo) informa a Scot Consultoria. A cotação da novilha gorda registrou alta diária de R$ 3/@ no mercado paulista, chegando a R$ 270/@ (valor bruto e a prazo). Bovinos destinados à China estão cotados em R$ 280/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Pela apuração da IHS Markit, na quarta-feira o mercado físico do boi gordo não trouxe novidades com relação ao volume de negócios, efeito da fraca atuação de ambas as pontas (frigoríficos e pecuaristas). Nesta quarta, a IHS captou que as escalas de abate entre as indústrias vêm registrando leve recuo com acomodação nos volumes de animais, que atendem algo em torno de cinco dias corridos. Neste contexto, ressalta a IHS, os preços do boi gordo não registraram variações significativas na quarta-feira, apontando que o mercado pode ter encontrado um suporte nos patamares atuais, trazendo estabilidade após semanas de grande pressão de baixa da arroba. De acordo com a IHS, a reação dos preços da carne bovina no mercado atacadista de São Paulo indica que a demanda interna, sobretudo na cadeia de distribuição, trouxe perspectivas positivas em relação à retomada da procura pela proteína por parte dos consumidores finais. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 278/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 228/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca R$ 246/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 252/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 248/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 259/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 263/@ (à vista) vaca a R$ 253/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 239/@ (à vista) vaca a R$ 226/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 258/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Mercado de suínos com leves aumentos no PR e SC e queda em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF cedeu, pelo menos, 1,46%, chegando a R$ 135,00/R$ 135,00, enquanto a carcaça especial ficou com preço estável em R$ 10,30 o quilo/R$ 10,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (14), já que não houve negociações na terça-feira, devido ao feriado da Proclamação da República, foi registrado queda somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,45%, atingindo R$ 6,62/kg. Houve leve alta de 0,31% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,51/kg, e de 0,15% no Paraná, valendo R$ 6,55/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais e São Paulo, valendo, respectivamente, R$ 7,26/kg e R$ 7,13/kg.

Cepea/Esalq


Custo de produção do suíno nos Estados da região Sul mostrou nova evolução em outubro

Os dados divulgados em relação ao custo de produção do suíno vivo no mês de outubro mostraram elevação na região Sul


Os dados divulgados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves em relação ao custo de produção do suíno vivo no mês de outubro mostraram elevação nos três Estados da região Sul. No Rio Grande do Sul o custo atingiu R$7,96, apresentando aumentos de 0,5% no mês e de 17,9% em doze meses. Nos primeiros 9 meses do ano, o custo alcançou R$7,75, equivalendo a aumento de 12,6% sobre o mesmo período do ano passado. No Paraná o custo subiu para R$7,53, significando incrementos de 0,7% sobre setembro último e de 9,8% em doze meses. No acumulado do ano, o custo médio atingiu R$7,36, apontando aumento de quase 6,7% sobre o mesmo período de 2021. Em Santa Catarina o custo subiu para R$7,85, equivalendo a incrementos de 0,6% no mês e de 15,4% em doze meses. No acumulado de janeiro a outubro o valor médio atingiu R$7,60, significando incremento de 9,5% sobre o mesmo período do ano passado.

EMBRAPA


FRANGOS


Mercado do frango estável no PR e SC na quarta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,67%, chegando a R$ 7,35/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná o valor ficou estável em R$ 5,18/kg, assim como em Santa Catarina, custando R$ 4,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (14), já que não houve negociações na terça-feira, devido ao feriado da Proclamação da República, tanto a ave congelada quanto a resfriada cederam 0,12%, custando, respectivamente, R$ 8,03/kg e R$ 8,10/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


Rabobank vê retomada no consumo doméstico de carne bovina em 2023

O Rabobank espera retomada do consumo brasileiro de carne bovina em 2023, com alta de 1,5% em relação ao registrado em 2022, segundo relatório sobre perspectivas para o agronegócio brasileiro divulgado na semana passada


A produção brasileira de carne bovina deverá aumentar 2% em 2023, impulsionada por maior oferta de gado para abate. A China deverá continuar a ser o principal destino das exportações brasileiras do produto, apesar de riscos de novas suspensões dos embarques e expectativas de desaceleração da economia chinesa. A maior oferta de carne bovina em 2023 tende a reduzir a competitividade da carne suína, segundo análise do Rabobank. “O início de 2023 será o primeiro desafio para o setor. A redução sazonal na demanda para a China (que já preparou os estoques para o feriado do Ano Novo chinês) e a queda sazonal do consumo doméstico, são fatores que devem trazer um cenário de pressão nos preços do suíno vivo e da carne suína no atacado/varejo, com o próprio mercado testando o poder de compra do consumidor”, disse o Rabobank. O banco estima aumento de 1% na oferta de carne suína no Brasil em 2023, puxada por aumento de 2% no volume de exportações. A competitividade do Brasil no mercado externo tende a continuar favorecida em um cenário em que países produtores de suínos enfrentam problemas sanitários como peste suína africana e síndrome respiratória e reprodutiva dos suínos (PRRS). A oferta global de carne suína deverá seguir pressionada em 2023 como resultado da desaceleração da produção na China a partir da segunda metade deste ano e expectativas de novas quedas nos abates da União Europeia e Reino Unido, impactados por aumento dos custos de produção da alimentação e da energia. Para o segmento de carne de frango, o Rabobank estima crescimento de 1,5% na produção em 2023, sustentada principalmente pelo setor de exportação. As exportações brasileiras de carne de frango deverão aumentar 3%, sendo que a forte competitividade do Brasil no mercado externo deverá continuar gerando oportunidades. No mercado doméstico, a menor diferença de preços esperada em relação à carne bovina tende a limitar a continuidade do ritmo de aumento de consumo per capita da carne de frango.

CARNETEC


MEIO AMBIENTE


ABPA lança guia com orientações sobre gestão de gases de efeito estufa

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou ontem (16), por meio de seu Programa ABPA de Incentivo às Práticas Sustentáveis, um guia que trata da gestão de Gases do Efeito Estufa (GEE) no âmbito das agroindústrias e das propriedades da avicultura e da suinocultura do Brasil


O guia é gratuito e pode ser obtido por meio deste link: https://bit.ly/3ObY7Os. Produzido com o apoio da Flos Ambiental, o guia apresenta informações de entendimento básico sobre o que são os GEE, a Política Nacional de Mudanças Climáticas, o Decreto No 11.075 (que estabelece os Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de GEE), entre outros pontos. O guia orienta, de forma ilustrativa e detalhada, como construir um inventário de emissões de GEE, com escopo estabelecido a partir de emissões diretas, de terceiros e de outros que não estão sob responsabilidade da empresa. Lançado no contexto da realização da COP 27, o material é mais uma ação que busca reforçar, no âmbito do Programa da ABPA, a implantação de práticas alinhadas à gestão sustentável de toda a cadeia produtiva, independentemente do tamanho e do impacto econômico, social e ambiental do estabelecimento. “O Programa da ABPA busca incentivar as práticas em toda a cadeia produtiva, por meio de orientações a produtores e empresas sobre medidas e controles para o desenvolvimento sustentável. O novo guia tem este propósito: colocar o setor alinhado às expectativas e metas do Brasil no âmbito da sustentabilidade”, avalia a diretora técnica da ABPA, Sula Alves.

ABPA


INTERNACIONAL


Senasa confirma surto de gripe aviária H5 em pelicanos encontrados na praia de Paita, no Peru

A vigilância clínica foi organizada nas fazendas de criação de aves, perto da costa das praias de Piura


Como resultado das ações de vigilância passiva realizadas em todo o país, o Serviço Nacional de Sanidade Agrária do Peru (Senasa) confirma a presença de um surto de gripe aviária "altamente patogênica" H5 em aves marinhas (pelicanos) encontradas em "Los cangrejos" praia de Paita, departamento de Piura. Por esse motivo, está sendo realizado o sequenciamento para determinar a neuraminidase (N), indica o comunicado do Senasa , que também ordenou medidas sanitárias que incluem vigilância clínica em todas as granjas de criação de aves, próximas à costa das praias. Da mesma forma, a amostragem sorológica de aves domésticas tem sido intensificada em áreas próximas a áreas úmidas no país. Além disso, tem coordenado com organizações ligadas à produção avícola o fortalecimento de suas medidas de biossegurança, a fim de prevenir a entrada da referida doença em suas granjas. O Senasa pede tranquilidade aos produtores e consumidores de aves no Peru, “considerando que este caso não representa um risco para o consumo de aves ou produtos marinhos”, diz.

Por fim, recomenda evitar o manuseio de aves mortas (marinhas e silvestres); e se for apresentado um caso suspeito, comunique imediatamente o Senasa mais próximo.

Agência Andina de Notícias


México começará a vacinar aves para bloquear variante da gripe aviária

O México começará a vacinar aves em áreas de alto risco nesta semana para impedir a propagação da cepa altamente contagiosa H5N1 da gripe aviária no país, disseram autoridades na terça-feira


No mês passado, as autoridades mexicanas detectaram uma cepa grave de gripe aviária H5N1 em uma fazenda comercial no estado de Nuevo Leon, na fronteira com os Estados Unidos. Comumente chamada de gripe aviária, a doença costuma ser transmitida por aves selvagens no outono e no inverno, mas os especialistas estão preocupados com o fato de a cepa H5N1 não ter seguido as tendências anteriores, diminuindo durante o verão no hemisfério norte. A rápida disseminação da variante levou a abates maciços este ano. Até agora, pelo menos 52 milhões de aves foram abatidas por motivos de saúde na Europa, disse o Ministério da Agricultura do México, em comparação com 50,2 milhões nos Estados Unidos.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Com a agropecuária, Paraná se tornou a quarta maior economia do Brasil em 2020

O Paraná registrou em 2020 a maior participação no PIB nacional das duas últimas décadas, ultrapassando o Rio Grande do Sul. O PIB do Paraná recuou apenas 2% e o do RS 7,2%


Com Produto Interno Bruto (PIB) chegando a quase R$ 500 bilhões em 2020, o Paraná se tornou a quarta maior economia do Brasil, ultrapassando o Rio Grande do Sul. Os dados foram divulgados na quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostraram o forte impacto da agropecuária na economia paranaense, principalmente durante a pandemia de Covid-19. Com isso, o estado obteve sua maior participação no PIB nacional em duas décadas: 6,412%. O recorde anterior tinha sido em 2016 (6,409%). No ranking de 2020, o Paraná foi superado por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Já o Rio Grande do Sul ocupou a 5ª posição na economia do país, seguido por Santa Catarina e Bahia. Ainda de acordo com os dados do IBGE, o PIB do Paraná recuou apenas 2% durante a pandemia, frente à retração de 3,3% apresentada pela economia brasileira. No mesmo período, o estado do Rio Grande do Sul teve queda de 7,2% — a variação mais baixa do Brasil. Apesar das perdas no PIB nas áreas do comércio e indústria em 2020, esses dois setores também tiveram motivos para comemorar. No primeiro, a receita bruta de revenda de mercadorias foi a maior entre os estados da Região Sul e terceiro no ranking nacional, de acordo com dados da Pesquisa Anual de Comércio. Além disso, informações da Pesquisa Industrial Anual mostraram que o Paraná respondeu por 9,2% do emprego da indústria de transformação do país, com 641.269 pessoas ocupadas no setor. Agora, a expectativa é que o Paraná continue crescendo. De acordo com a última pesquisa do Ipardes, por exemplo, o PIB do estado aumentou 2,94% no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior, mostrando estar acima do índice pré-pandemia com uma recuperação de 2,32% na economia.

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar sobe 1,5% com exterior e cautela antes de definição da PEC da Transição

O dólar subiu na quarta-feira, com investidores buscando proteção conforme aguardavam definições sobre os gastos extra-teto que serão incluídos na PEC da Transição e o tempo de vigência das exceções, em meio ainda a receios externos na esteira de dados econômicos norte-americanos mais fortes do que o esperado


A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,50%, a 5,3824 reais na venda. Na B3, às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,84%, a 5,4045 reais. O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin, apresentará o texto da PEC da transição de governo nesta quarta-feira às 19h, no Senado, segundo informou o gabinete do relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Uma entrevista coletiva deve ocorrer às 20h. "Em primeiro lugar, teremos um aumento do risco fiscal, o que significa um aumento da taxa de juros por eles demandada para financiar a dívida pública", disse a Genial Investimentos sobre a perspectiva de uma retirada permanente do Bolsa Família do teto de gastos. Estrategistas da Guide Investimentos também chamaram a atenção em nota a clientes para a ansiedade de investidores em meio ao "suspense sobre a composição da Esplanada dos Ministérios do próximo governo Lula". O clima externo colaborou para os ganhos do dólar na quarta-feira, disse Marco Noernberg, responsável pela área de Renda Variável da Manchester Investimentos, citando preocupações com a inflação após dados de vendas no varejo dos EUA terem surpreendido para cima, reduzindo a expectativa de que o Federal Reserve possa moderar seu ritmo de altas de juros. Quanto mais agressivo é o banco central norte-americano no aperto monetário, mais o dólar tende a se valorizar globalmente, conforme investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa dos EUA.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda com exterior, receio fiscal e rumores sobre Fazenda

No setor de proteínas, MINERVA ON perdeu 9,27%, a 13,51 reais, na ponta de baixa do índice, com pares também no vermelho. MARFRIG ON recuou 6,8% e JBS ON caiu 4,57%


O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira pós-feriado, mais uma vez pressionado por preocupações sobre o potencial desfecho envolvendo a PEC da Transição. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,58%, a 110.243,33 pontos. O giro financeiro foi elevado, somando 51 bilhões de reais, em dia marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa. Na sexta-feira, expiram contratos de opções sobre ações. Na visão do analista Leonardo Santana, da casa de análise Top Gain, prevaleceu o viés negativo no exterior, mas os negócios também refletiram riscos internos, principalmente a perspectiva de romper o teto dos gastos já no começo do ano. O mercado espera pelo texto da chamada PEC da Transição, que aumenta o espaço para gastos públicos no próximo ano. Uma das possibilidades discutidas é a de criar uma exceção por quatro anos no teto de gastos para pagamento do Bolsa Família no valor de 600 reais a partir de 2023. Em outra possibilidade, a previsão é ficar fora do teto permanentemente. O presidente-eleito, porém, tem mandado avisar que só pretende anunciar nomes em dezembro.

REUTERS


Valor bruto da produção agropecuária do país deve crescer 5% em 2023 e superar R$ 1,2 tri

Montante previsto pelo Ministério da Agricultura já era esperado para 2022, mas foi frustrado pela quebra da safra de soja. Para as cinco principais cadeias da pecuária, o ministério projeta VBP conjunto de R$ 381 bilhões em 2023, com aumento de 4% em relação ao montante previsto para este ano — R$ 366,4 bilhões, 3,4% menos que em 2021


Tendo em vista as projeções que indicam uma nova colheita recorde de grãos nesta safra 2022/23, puxada pela recuperação da soja, o Ministério da Agricultura estima que o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do país alcançará R$ 1,237 trilhão no ano que vem, 4,9% mais que o montante previsto para este ano — R$ 1,179 trilhão, 0,8% menos que no ano passado. Segundo as primeiras projeções da Pasta para o VBP do campo em 2023, divulgadas na quarta-feira, as 17 lavouras cultivadas no país que fazem parte do levantamento deverão gerar um valor da produção total de R$ 856,3 bilhões, com crescimento de 5,4% ante 2022, que deverá apresentar avanço de 0,4% na comparação com 2021 e atingir R$ 812,8 bilhões. Principal grão semeado no Brasil, a soja continuará a encabeçar o ranking. Para o ano que vem, o ministério estima que o VBP da oleaginosa chegará a R$ 390 bilhões, um incremento de 15% ante este ano. Por causa da quebra da safra 2021/22 na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul, o montante calculado para este ano, R$ 339,1 bilhões, representa uma queda de 11,7% sobre 2021, a primeira retração desde 2019. Para o milho, que neste ano está compensando boa parte da redução do VBP da soja, com crescimento de 13,3%, a previsão é de alta mais tímida em 2023 — de 0,2%, para R$ 149,9 bilhões. E para a cana, que completa o pódio das lavouras de maiores valores brutos da produção do país, o cenário traçado também é de leve alta no próximo ano, de 1%, para R$ 96,9 bilhões. Segundo o ministério, também apresentarão crescimentos dos VBPs em 2023 o amendoim (15,9%, para R$ 3,9 bilhões), o arroz (1,2%, para R$ 16,9 bilhões), a banana (17,2%, para R$ 18,1 bilhões), a batata inglesa (5,7%, para R$ 11 bilhões), a mandioca (20,3%, para R$ 16,9 bilhões) e a uva (21,5%, para R$ 7,7 bilhões). Em contrapartida, a Pasta projeta quedas para os valores da produção de algodão (4,9%, para R$ 34 bilhões), cacau (3,6%, para R$ 3,1 bilhões), café (13%, para R$ 50,3 bilhões), feijão (6,1%, para R$ 14,2 bilhões), laranja (2,7%, para R$ 16,6 bilhões), mamona (29,5%, para R$ 90 milhões), tomate (18,8%, para R$ 12 bilhões) e trigo (17,6%, para R$ 14,7 bilhões. Para as cinco principais cadeias da pecuária, o ministério projeta VBP conjunto de R$ 381 bilhões em 2023, com aumento de 4% em relação ao montante previsto para este ano — R$ 366,4 bilhões, 3,4% menos que em 2021. O segmento continua afetado pela alta dos custos dos grãos e pelas incertezas que rondam a economia brasileira. Para os bovinos, o valor projetado é de R$ 140,9 bilhões, 4,7% abaixo do resultado esperado para 2022. Mas há crescimentos previstos para suínos (6,5%, para R$ 33,1 bilhões), frango (8,1%, para R$ 118,8 bilhões), leite (16,1%, para R$ 67 bilhões) e ovos (7,7%, para R$ 21,2 bilhões).

VALOR ECONÔMICO


Produção agroindustrial crescerá 2,2%, indica FGV

Avanços nos últimos meses até setembro levaram a um ajuste para cima na projeção


À luz dos resultados registrados até setembro, o Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) revisou para cima sua estimativa para a variação em 2022 do índice que criou para mensurar a produção agroindustrial do país (PIMAgro). Em relatório recém-concluído, o centro passou a estimar que o indicador encerrará o ano com variação positiva entre 0,8% e 3,7% (2,2%, no cenário-base) em relação a 2021. A previsão anterior era de alta entre 0,4% e 3,3% (1,9%, no cenário-base). O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. “Apesar da possível desaceleração do aumento da produção agroindustrial no quarto trimestre, revisamos para cima as projeções para o crescimento em 2022, uma vez que os resultados dos últimos meses [até setembro] foram positivos e são boas as perspectivas para a economia brasileira, com melhora do PIB”, avalia o FGV Agro. Segundo o centro, no grupo formado por produtos alimentícios e bebidas, o avanço ficará entre 1,5% e 3,4% (2,5%, no cenário-base) em 2022, enquanto no segmento de produtos não-alimentícios a variação passou a ser calculada entre zero e 3,9% (1,9%, no cenário-base). “Para as projeções se confirmarem, será preciso que neste último trimestre a agroindústria cresça 6,6% em comparação com o mesmo período de 2021. Logo, o segmento de produtos alimentícios e bebidas terá que ter expansão de 5,6% e o de produtos não-alimentícios, de 7,7%”, ponderou o FGV Agro. Em setembro, o PIMAgro foi 1,3% maior que o de setembro do ano passado. A alta acumulada chegou a 0,8% nos primeiros nove meses; a indústria geral teve queda de 1,1%. No grupo de produtos não-alimentícios, a expansão em setembro foi de 2,6% na comparação interanual, e no de produtos alimentícios e bebidas, houve leve alta, de 0,2%.

VALOR ECONÔMICO


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