Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 255 |16 de novembro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado físico do boi gordo abre a semana com morosidade nos negócios
Boa parte das indústrias frigoríficas ficaram fora das compras em função do feriado da terça-feira (15/11); nas praças de SP, o macho terminado segue valendo R$ 275/@, preço bruto, no prazo, informou a Scot e a IHS
Pelo levantamento da IHS, os preços do boi gordo ficaram estáveis na maioria absoluta das praças pecuárias brasileiras. A exceção ficou para o Rio Grande do Sul, que registra uma oferta bem enxuta de animais prontos para abate, segundo apurou a IHS. Os preços da arroba do boi gordo gaúcho reagiram em função do descompasso entre oferta e demanda. De acordo com dados da Scot Consultoria, nas praças do interior de São Paulo, referência para as demais regiões do País, as cotações dos animais terminados seguiram estáveis na segunda-feira. O preço do boi gordo “comum” (direcionado ao mercado interno) seguiu valendo R$ 275/@ em São Paulo, valor bruto, no prazo. A vaca e a novilha gordas foram cotadas, respectivamente, em R$ 260/@ e R$ 267/@ (preços brutos e a prazo), acrescentou a Scot. Negócios envolvendo bovinos destinados ao mercado da China foram fechados por R$ 280/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo). Segundo a IHS, nas demais regiões pecuárias do País, em função da ausência de fluxo significativo de negócios, o ambiente foi de estabilidade na segunda-feira. Na B3, os futuros do boi gordo registraram altas em suas cotações, efeito da gradual queda na oferta de animais prontos para abate e oportunidade de compra depois das baixas acumuladas. No atacado, depois das altas nos preços dos principais cortes bovinos na virada de mês, o volume de negócios avançou de forma inconsistente nos últimos dias. As cotações das carnes concorrentes (frango e suíno) também não subiram com maior força no período, o que acabou elevando a disputa entre as proteínas pelo consumo interno. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 278/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 228/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca R$ 246/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 252/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 248/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 259/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 239/@ (à vista) vaca a R$ 226/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 258/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos: arroba no mercado paulista subiu a R$ 135,00/R$ 137,00
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve aumento de 3,85%/1,48%, chegando a R$ 135,00/R$ 137,00, enquanto a carcaça especial ficou com preço estável em R$ 10,30 o quilo/R$ 10,70 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (11), houve queda de 0,42% em São Paulo, atingindo R$ 7,13/kg, e leve alta de 0,14% em Minas Gerais, alcançando R$ 7,26/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná (R$ 6,54/kg), no Rio Grande do Sul (R$ 6,65/kg), e em Santa Catarina (R$ 6,49/kg).
Cepea/Esalq
Em oito dias úteis, exportação de carne suína atinge 70% da receita total de novembro/21
No volume, ele já representa 60% do que foi embarcado no mesmo mês do ano passado
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até a segunda semana do mês de novembro (8 dias úteis) atingiram 70% da receita total registrada em novembro de 2021. A receita foi de US$ 110,8 milhões, o que representa 70% dos US$ 158,4 milhões do ano passado. No volume, as 42.866 toneladas são 61% do total registrado em novembro do ano passado, com 70.218,337 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 13,8 milhões valor 66,1% maior do que o de novembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, aumento de 18%. Em toneladas por média diária, 5.358 toneladas, alta de 45% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, avanço de 12,9%. No preço pago por tonelada, US$ 2.585, ele é 14,6% superior ao praticado em novembro passado. Frente ao valor da semana anterior, evolução de 4,5%.
AGÊNCIA SAFRAS
México abre mercado para carne suína produzida em Santa Catarina
O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na segunda-feira, 14, e, por enquanto, este será mais um destino exclusivo da produção catarinense
A publicação da autorização foi feita pelo Senasica – órgão equivalente ao ministério da agricultura brasileiro, responsável pelo controle da produção, importação e exportação de alimentos no México. Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, a notícia é uma das mais importantes conquistas para a cadeia exportadora de proteína animal do Brasil. “O México é, historicamente, um dos três principais destinos das exportações globais de carne suína, com volumes próximos a 1 milhão de toneladas. Falamos de, aproximadamente, 10% do trade global. A abertura é parte das medidas tomadas pelo governo mexicano para o controle inflacionário. Neste contexto, o Brasil reforça a sua posição de apoio às nações para a segurança alimentar e para a oferta de alimentos”, ressaltou. O México é o terceiro maior importador mundial de carne suína. Em 2021 importou 1,16 milhão de toneladas do produto e este ano a expectativa é de que as compras atinjam 1,25 milhão de toneladas, volume que deve se manter em 2023. A principal origem das importações mexicanas de carne suína é os Estados Unidos.
Secretaria de Agricultura - SC
FRANGOS
Mercado do frango estável no PR e SC
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,67%, chegando a R$ 7,40/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná o valor ficou estável em R$ 5,18/kg, assim como em Santa Catarina, custando R$ 4,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (11), a ave congelada teve leve aumento de 0,12%, chegando em R$ 8,04/kg, enquanto o frango resfriado permaneceu estável em R$ 8,11/kg.
Cepea/Esalq
Receita nas exportações de frango crescem 44% no início de novembro
A variação em toneladas por média diária também cresceu nas duas primeiras semanas de novembro
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves até a segunda semana do mês de novembro (8 dias úteis) registraram uma receita por média diária 43,9% maior do que a de novembro do ano passado. A receita, US$ 331,6 milhões, representou 60% do montante obtido em novembro de 2021, que foi de US$ 547,2 milhões. No volume embarcado, as 161.732 toneladas são 52,9% do total registrado em novembro do ano passado, com 305.887 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 41,4 milhões, valor 43,9% maior que o registrado novembro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve incremento de 4,8%. Em toneladas por média diária, 20.216 toneladas, houve elevação de 25,6% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, aumento de 5,8%. No preço pago por tonelada, US$ 2.050, ele é 14,6% superior ao praticado em novembro do ano passado. Frente ao valor da semana anterior, leve queda de 0,9%.
AGÊNCIA SAFRAS
Agricultura reforça prevenção contra gripe aviária após casos na Colômbia
Autoridades colombianas registraram casos da doença em aves não-comerciais o mês passado
O Ministério da Agricultura reforçou medidas de prevenção contra a Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP - vírus H5N) após a descoberta da doença em aves não-comerciais na Colômbia. O registro dos casos ocorreu no mês passado. Segundo a Pasta, apesar de as propriedades colombianas afetadas estarem distantes da fronteira com o Brasil, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária e o setor privado revisaram as novas orientações para a vigilância e notificação de suspeitas de Influenza Aviária. O ministério também publicou um novo plano de vigilância para influenza aviária e doença de Newcastle. O documento reforça a importância de se fazer notificação imediata aos serviços veterinários estaduais (SVE) quando aves domésticas e silvestres apresentarem sinais de problemas respiratórios e nervosos ou estejam com mortalidade elevada que a notificação imediata. Qualquer cidadão pode fazer avisar as autoridades. As orientações sobre a identificação de casos suspeitos de influenza aviária estão disponíveis em ficha técnica no site do ministério. A notificação ao SVE pode ser feita por e-mail, telefone, pessoalmente e também via plataforma virtual e-Sisbravet. O plano também amplia a vigilância sobre aves comerciais e de subsistência e inclui a amostragem em aves localizadas em propriedades que estejam em rotas de aves migratórias no país. Essas visam a demonstrar que o agente viral não está em circulação - o que serve para reiterar a certificação do Brasil como país livre da influenza aviária de alta patogenicidade - e que as ações de mitigação e contenção da doença têm sido adotadas. “O trabalho realizado tem como objetivo de minimizar o risco de ocorrência da doença no país, considerando a situação mundial da influenza aviária e a disseminação do vírus, principalmente por aves silvestres”, ressalta o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.
VALOR ECONÔMICO
África do Sul relata surto de gripe aviária em pequena fazenda
A África do Sul relatou um surto de gripe aviária altamente patogênica H5N2 em uma fazenda na parte leste do país, disse a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH), com sede em Paris, na segunda-feira, citando um relatório das autoridades locais. Cerca de 58 “aves domésticas” de um bando total de 200 foram encontradas mortas pelo vírus altamente contagioso, disse o relatório, sem dar detalhes adicionais sobre o tipo de aves.
REUTERS
INTERNACIONAL
México autoriza importação de carne bovina de 22 frigoríficos da Argentina
Na segunda-feira (14), o Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) divulgou ter recebido autorização do México para exportar carne bovina de 22 plantas frigoríficas
A negociação entre os países já durava oito anos e existe a possibilidade de vender outros cortes de valor semelhante que são oferecidos ao mercado europeu, conforme apontou o Vice-presidente da Agência, Rodrigo Acerbi. Segundo as informações do Broadcast Agro, o secretário de Agricultura, Juan José Bahillo, elogiou o que foi coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores e o Senasa. “A ideia é a estratégia definida pelo Ministério da Economia para abrir cada vez mais mercados aos alimentos produzidos pelo país e promover as exportações, ampliar os destinos de nossas carnes, é o eixo central de nossa política”, disse Bahillo. O Senasa deve trabalhar em conjunto com o Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Agroalimentar do México (Senasica) para acertar os detalhes dos requisitos de saúde animal que vão ficar no certificado sanitário que garantirá os embarques.
Broadcast Agro
Importações de carne suína da China devem aumentar em meio a perguntas sobre o tamanho do rebanho de suínos
A China deve aumentar as importações de carne suína nos próximos meses, disseram participantes do setor, depois que as perdas para os agricultores no ano passado no maior produtor mundial de carne suína causaram uma redução na produção de suínos que parece maior do que os dados oficiais sugerem
Os preços da carne suína chinesa subiram 51,8% em outubro em relação ao ano anterior, disse o Departamento Nacional de Estatísticas, mesmo com a produção do terceiro trimestre subindo 0,7% em relação ao ano anterior. Os preços da carne suína permanecerão altos em 2023 devido à menor oferta, de acordo com 10 analistas do setor, agricultores e fornecedores de ração e genética, embora tenham alertado que a demanda pode ser afetada pelas medidas de COVID da China. "Todos nós precisamos observar a China; esperamos um aumento nas vendas devido ao déficit de carne suína", disse Jim Long, executivo-chefe da Genesus Inc, do Canadá, fornecedora de porcos reprodutores para a China, em nota na semana passada. Os preços dos suínos vivos JCI-HOG-LUOHE subiram cerca de 78% de junho para 28,50 yuans (US$ 3,98) por kg em 19 de outubro, o maior desde março de 2021, de acordo com dados da Shanghai JC Intelligence Co Ltd. acima das médias históricas. O governo culpou os fazendeiros que impedem o abate de porcos para engordá-los mais pelos preços mais altos, mas analistas e especialistas dizem que houve uma redução substancial da oferta desde o inverno passado. No entanto, o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais disse repetidamente que a capacidade de reprodução é suficiente. "A eliminação da capacidade de produção de porcas pode ser maior do que o mercado atual imaginava", disse Guan Yilin, analista da Cofco Futures, em nota no mês passado. A queda na demanda de carne suína e os altos custos de alimentação de junho de 2021 a julho deste ano fizeram com que os agricultores incorressem em perdas de até 600 yuans por porco. Os agricultores venderam rebanhos, abateram mais porcas do que o normal ou diminuíram a produção por não acasalar as fêmeas para reduzir suas perdas. Genesus acredita que a liquidação de porcas é maior do que o relatado, estimando que o rebanho de porcas encolheu entre 6 milhões e 8 milhões de cabeças. Com menos porcos nascidos no final de 2021 e no primeiro trimestre de 2022, o número de suínos prontos para abate caiu neste verão, disse um executivo de um dos principais produtores da China. O Ministério da Agricultura diz que a China teve 44,6 milhões de porcas em setembro de 2021, caindo para 41,85 milhões em março de 2022, antes de subir para mais de 43 milhões em setembro. "O número total relatado de porcas está inflado", disse Zou Zhihong, gerente da China do fornecedor de equipamentos agrícolas dos EUA Hog Slat Inc. "Muitos celeiros ainda estão vazios", disse ele. Nem o ministério da agricultura nem o departamento de estatísticas responderam aos pedidos de comentários sobre seus dados.
REUTERS
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com exportação de carne em alta, cooperativa paranaense Frísia investe em gado de corte
Empresa especializada em pecuária leiteira projeta faturamento de até R$ 8 milhões em 2023 com nova atividade
A cooperativa paranaense Frísia, especializada em pecuária leiteira, passou a investir em setembro também em gado de corte, aproveitando o bom momento do setor, especialmente para a exportação de carne. Jefferson Pagno, gerente de Negócio Bovino, projeta para 2023 faturamento de até R$ 8 milhões com a nova atividade e um rebanho total de pelo menos 50 mil bovinos, entre cria, recria e engorda. As boiadas estão sendo criadas em parceria com cooperados no Tocantins – com produção de bezerros e gado criado em sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) – e no Paraná, com animais alimentados a pasto e também com grãos, em confinamento. Até agora, parte dos cooperados no Norte e no Sul aderiu à iniciativa. O foco na ILPF no Tocantins não é por acaso, diz Pagno, pois a estação seca limita a manutenção de animais no pasto. Já o sistema integrado com agricultura e floresta, em 10 mil hectares, de 32 mil, permite conservar e aproveitar melhor o solo, além de garantir renda extra. Para 2023, a Frísia quer focar no aumento da eficiência da pecuária de corte tanto no Tocantins quanto no Paraná, para só depois pensar em ampliar o projeto para outras regiões, antecipa Pagno. Em faturamento total, a cooperativa espera crescer 15% neste ano, após fechar 2021 com R$ 5,202 bilhões, 40,1% acima de 2020.
O ESTADO DE SÃO PAULO
Porto de Paranaguá tem dez berços com calado maior e atrai navios maiores
A ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque, garantindo maior competitividade no mercado internacional. Em média, cada metro de calado operacional significa cerca de 7 mil toneladas a mais de grãos ou 300 contêineres extras, por navio
Dos 18 berços do Porto de Paranaguá, dez estão operando com calado maior em 2022. Os berços 205/206 (destinados à carga Geral) passaram de 10,90 para 12 metros. Os berços 209 e 211 (destinados à descarga de granéis sólidos de importação), que tinham calado de 11,30 metros, agora têm 12,50. Os três berços do Corredor Leste de Exportação – 212, 213 e 214 – foram de 12,50 a 12,80 metros. E, mais recentemente, os berços dedicados às operações de contêineres – 216, 217 e 218 – foram de 12,30 a até 13 metros de calado, seguindo sempre as normas de segurança determinadas pela autoridade portuária. A Cattalini Terminais Marítimos, que é um Terminal de Uso Privativo (TUP) no Porto de Paranaguá, também ampliou o calado em um dos dois berços próprios. O berço externo passou de 12,5 metros para 12,8 metros. O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) já tem recebido navios com 335 metros, mas pode receber de até 368 metros. No último dia 10, o terminal recebeu o maior navio em comprimento de sua história, com 347 metros e capacidade para até 10,8 mil TEUs: o porta-contêineres APL Yangshan. No final de outubro, segundo a TCP, o porta-contêineres Rio de Janeiro Express, do armador alemão Hapag Lloyd (335 metros), atracou com capacidade de transporte de até 13.312 TEUs (unidade específica equivalente a contêineres de 20 pés). Os maiores graneleiros recebidos no Porto de Paranaguá medem cerca de 293 metros e estão aptos a carregar mais de 100 mil toneladas de carga. É o caso do navio Maran Astronomer, previsto para atracar e carregar, nesta semana, quase 103 mil toneladas de farelo de soja no berço 214 do Corredor Leste de Exportação.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar recua ante real com gasto extra-teto moderado na PEC da Transição
O dólar fechou o pregão da segunda-feira em queda frente ao real, por esperanças de que a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva ceda a uma redução nos gastos extra-teto que serão embutidos na PEC da Transição
A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 0,51%, a 5,3026 reais. O dólar sofreu um tombo repentino no final das negociações, indo de estabilidade para queda depois que a Bloomberg informou, citando fontes anônimas, que a equipe de transição de Lula considerará uma abordagem mais conservadora ao excepcionalizar despesas das regras fiscais no ano que vem, reduzindo os gastos extra-teto para 130 bilhões de reais. Até recentemente, o valor extra-teto discutido para inclusão na PEC da Transição estava em torno de 175 bilhões de reais. A Levante Investimentos disse em nota ter como cenário-base a aprovação da PEC na reta final das atividades legislativas deste ano com um valor moderado de gastos acima do teto --maior que a quantia defendida por agentes políticos mais ao centro e moderados, mas abaixo dos 175 bilhões de reais. Em meio às discussões sobre a PEC, o BTG Pactual avaliou em relatório nesta segunda-feira que o "impasse em relação à sustentabilidade fiscal nos faz esperar que o real siga negociando mais volátil, finalizando o ano em 5,20 por dólar". Alguns observadores do mercado financeiro acreditam que o tombo recente dos ativos brasileiros em resposta a preocupações de descontrole fiscal sob Lula pode ter sido exagerado, já que o maior risco para o Brasil seria uma transição de poder conturbada ou golpes contra a democracia --cenário que não se consolidou, apesar de protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). "O Brasil teve eleições há duas semanas e a transferência de poder é pacífica. O mais raro dos presentes, um grande mercado emergente com uma democracia funcional. O que os mercados fazem? Punem o Brasil, vendendo o real e precificando mais altas de juros", escreveu no fim de semana o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks. "Fomos inundados com pedidos para enfraquecermos nosso valor justo de longa data de 4,50 por dólar", disse Brooks ao falar sobre o patamar de câmbio considerado condizente com os fundamentos do país. "Não faremos nada disso. O resultado nesta eleição não é importante. Em vez disso, tratava-se de saber se o Brasil poderia evitar um momento ao estilo 6 de janeiro nos EUA", afirmou o economista, referindo-se à invasão do Capitólio norte-americano em 2021. "(O Brasil) conseguiu. O real vai se recuperar para 4,50 por dólar."
REUTERS
Ibovespa sobe com ajustes e PEC no radar
No setor de proteínas, MARFRIG ON perdeu 7,4%, a reais, em dia de queda no setor de proteínas, JBS ON recuou 3,09% e MINERVA ON cedeu 1,85%
O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, em sessão de ajustes, com agentes financeiros também atentos ao noticiário sobre a PEC da Transição, que aumenta o espaço para gastos públicos em 2023. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,81%, a 113.161,28 pontos. O volume financeiro somou 29,8 bilhões de reais. Na visão de Tiago Cunha, gestor de ações da Ace Capital, a bolsa teve uma sessão de ajustes e volumes mais baixos, sem ninguém querendo se comprometer muito antes de um feriado no Brasil, quando os mercados no exterior funcionarão normalmente. Ele avaliou que sinalizações mais conservadoras envolvendo a PEC da Transição podem ter endossado o viés mais positivo, mas que ainda há muitas incertezas. Entre elas, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, posicionou-se contra a vigência da PEC para além de 2023. Nogueira é presidente licenciado do PP e em janeiro reassumirá uma cadeira no Senado pelo Piauí. Para Cunha, pode dar a impressão de que o Congresso assumiria algum protagonismo, mas ainda é cedo para saber. Também repercutiu reportagem da Bloomberg, citando fontes, de que a equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva avaliará um plano para excluir do teto de gastos um montante menor do que a proposta em discussão.
REUTERS
Mercado eleva projeção para inflação este ano a 5,82%, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central elevaram pela terceira semana seguida a expectativa para a inflação neste ano e ajustaram levemente para cima o cenário para a atividade, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2022 passou agora a 5,82%, de 5,63% antes. Para 2023 e 2024 não houve mudança nos cálculos, com a inflação calculada respectivamente em 4,94% e 3,50%. O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5%, para 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano foi ajustada para cima em 0,01 ponto percentual, chegando a 2,77%, mas para 2023 seguiu em 0,70%. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deverá encerrar este ano nos atuais 13,75% e o próximo a 11,25%, sem alterações.
REUTERS
IBC-Br: 'Prévia do PIB' fica em 1,36% no 3º tri após ficar abaixo da expectativa em setembro
Em agosto, o indicador teve queda de 1,13%
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,05% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto, conforme divulgado na segunda-feira pela autoridade monetária. Em agosto, o indicador teve queda de 1,13%. Com isso, o crescimento acumulado no terceiro trimestre ficou em 1,36%. O resultado de setembro veio abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data, de crescimento de 0,20%, mas dentro do intervalo das projeções, que iam de queda de 1,10% a alta de 0,80%. Em relação ao mesmo período do ano passado, por sua vez, houve alta de 4,00%. Em 12 meses, o IBC-Br subiu 2,34% e no acumulado do ano a elevação foi de 2,93%. Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. Por fim, na média móvel trimestral, usada para captar tendências, o IBC-Br teve alta de 0,19% em relação aos três meses encerrados em agosto. O IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia.
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