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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 254 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 254 |14 de novembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: arroba ensaia retomada de alta

“Para o final de 2022, a toada que o mercado está tomando é de melhora no escoamento de carne bovina, o que deverá impactar a cotação do boi", prevê a analista Jéssica Olivier, da Scot Consultoria


No início da semana passada (a partir de 7/11), o mercado paulista do boi gordo – principal referência para as demais praças brasileiras – abriu o dia ofertando valores menores pela arroba. Porém, o “jogo virou” a partir da quinta-feira (10/11), observou na sexta-feira a engenheira agrônoma Jéssica Olivier, analista de mercado da Scot Consultoria. “As escalas de abate encurtaram, os vendedores sumiram e a ponta compradora retornou aos patamares da semana passada”, relatou. A referência do boi destinado ao mercado interno (sem prêmio-exportação) está em R$ 275/@ em São Paulo, valor bruto, no prazo. “Com os atuais preços pagos pela arroba e as cotações de venda da carne com osso, a margem da indústria frigorífica está boa”, destaca Jéssica. No acumulado deste mês, a média bruta da arroba é de R$ 274,40 no mercado paulista, enquanto, no mesmo período, o Equivalente Físico está em R$288,20, compara a analista, que explica: “O Equivalente Físico consiste na remuneração obtida com a venda de traseiro, dianteiro e ponta de agulha no atacado, que, nesta semana, tiveram aumentos expressivos, impactando no preço da carcaça casada”. Segundo ela, vendendo mais carne e afinando os estoques, a demanda pela matéria-prima (boi gordo) poderá ser maior, levando as indústrias a pagaram mais pela arroba. “A expectativa aponta para uma redução na oferta de gado confinado a partir de dezembro/22, o que, somado ao contexto no mercado de carne bovina, poderá trazer novos ares ao mercado do boi gordo”, ressaltou. Em linha com as observações da analista da Scot, a consultoria IHS Markit diz que o preço da arroba bovina deu, ao longo desta semana, os primeiros sinais de recuperação em meio ao aperto nas escalas de abate das indústrias frigoríficas. “Entre as principais praças pecuárias do País, cresce o número de unidades frigoríficas sinalizando aperto em suas escalas de abate, tendo que mudar a estratégia e ir às compras de gado gordo para garantir compromissos mais urgentes”, relatou a IHS. Entre as principais praças pecuárias, destaque para altas da arroba nos Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e Tocantins, No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço do animal terminado foi puxado por negócios envolvendo o boi-Europa, com valor de R$ 270/@ (bruto, no prazo de até 10 dias para pagar), informa a IHS. Na praça de Tocantins, havia unidades de abate que estavam com escala formada para dois dias, o que reforçou a necessidade de compra de boiadas gordas, permitindo o aumento dos negócios. Nas demais regiões brasileiras, relata a IHS, a estabilidade nos preços da arroba prevaleceu, refletindo um cenário de muita morosidade de negócios, com as indústrias frigorificas se valendo de lotes de boiada negociadas a termo (vendas antecipadas) em suas programações de abate. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 278/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 228/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca R$ 246/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 267/@ (à vista) vaca a R$ 248/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 248/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 259/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 239/@ (à vista) vaca a R$ 226/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 258/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Preços do suíno vivo fecham a sexta-feira estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 130,00/R$ 135,00, assim como a carcaça especial R$ 10,30/R$ 10,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (10), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,65/kg. Houve aumento de 0,62%no Paraná, atingindo R$ 6,54/kg, e de 0,15% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,49/kg. Foi registrada queda de 0,14% em São Paulo e Minas Gerais, com o preço do animal fechando o dia, respectivamente, em R$ 7,16/kg e R$ 7,25/kg.

Cepea/Esalq


Abate de suínos somou 14,37 milhões de cabeças no 3° trimestre de 2022

Isso representou um aumento de 4,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e acréscimo de 2,1% em comparação ao 2° trimestre de 2022


O peso acumulado das carcaças registrou 1,33 milhão de toneladas no 3º trimestre de 2022, o que consistiu em aumento de 3,8% em relação ao 3º trimestre de 2021 e incremento de 1,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

IBGE


FRANGOS


Valor do frango vivo subiu no Paraná, a R$ 5,18/kg

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, assim como no frango no atacado, valendo em R$ 7,45/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, teve leve aumento de 0,19%, chegando a R$ 5,18/kg, enquanto em Santa Catarina o preço ficou inalterado, custando R$ 4,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (10), a ave congelada não mudou de preço, valendo R$ 8,03/kg, e o frango resfriado fechou com ligeira alta de 0,12%, fechando em R$ 8,11/kg.

Cepea/Esalq


Frango/Cepea: Demanda aquecida eleva preços; exportações recuam

O início de mês e o aquecimento na demanda – de modo geral, por conta do recebimento dos salários por parte da população – fizeram com que os preços do frango inteiro reagissem na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea


Já quanto ao mercado externo, os embarques da carne de frango, considerando-se produtos in natura e processados, caíram em outubro pelo segundo mês consecutivo. Segundo dados da Secex, 394 mil toneladas da proteína foram exportadas no último mês, 1,4% a menos que em setembro e 0,8% abaixo do volume registrado em outubro de 2021.

Cepea


Abate de frangos subiu 0,9% na comparação anual e 3,1% na trimestral

No 3º trimestre de 2022, foram abatidas 1,55 bilhão de cabeças de frango


Esse resultado significou um acréscimo de 0,9% em relação ao trimestre equivalente do ano anterior e aumento de 3,1% na comparação com o 2º trimestre de 2022. O peso acumulado das carcaças foi de 3,73 milhões de toneladas no 3º trimestre de 2022. Esse total significou aumento de 2,2%, tanto em relação ao 3º trimestre de 2021, quanto ao trimestre imediatamente anterior.

IBGE


CARNES


Abate de bovinos, suínos e frangos cresceu no 3º trimestre de 2022, informou o IBGE

Os primeiros resultados da produção animal no 3º trimestre de 2022 apontam que o abate de bovinos aumentou 11,2%, o de suínos cresceu 4,4% e o de frangos subiu 0,9% ante o mesmo período de 2021. Na comparação com 2º trimestre de 2022, o abate de bovinos teve aumento de 5,8%, o de suínos cresceu 2,1% e o de frangos subiu 3,1%


Já a aquisição de peças de couro pelos curtumes aumentou 5,4% frente ao 3º trimestre de 2021 e cresceu na mesma ordem em relação ao trimestre imediatamente anterior, somando 7,89 milhões de peças inteiras de couro cru. O Abate de bovinos sobe 11,2% no ano e cresce 5,8% frente ao trimestre anterior. No 3º trimestre de 2022, foram abatidas 7,81 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve alta de 11,2% frente ao 3º trimestre de 2021 e aumento de 5,8% em relação ao 2º trimestre de 2022. A produção de 2,12 milhão de toneladas de carcaças bovinas no 3º trimestre de 2022 consistiu em incremento de 11,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e aumento de 9,2% em relação ao apurado no 2º trimestre de 2022. O abate de suínos cresceu 4,4% na comparação anual e 2,1% no trimestre. O abate de suínos somou 14,37 milhões de cabeças no 3° trimestre de 2022, representando um aumento de 4,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e acréscimo de 2,1% em comparação ao 2° trimestre de 2022. O peso acumulado das carcaças registrou 1,33 milhão de toneladas no 3º trimestre de 2022, o que consistiu em aumento de 3,8% em relação ao 3º trimestre de 2021 e incremento de 1,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. O abate de frangos subiu 0,9% na comparação anual e 3,1% na trimestral. No 3º trimestre de 2022, foram abatidas 1,55 bilhão de cabeças de frango. Esse resultado significou um acréscimo de 0,9% em relação ao trimestre equivalente do ano anterior e aumento de 3,1% na comparação com o 2º trimestre de 2022. O peso acumulado das carcaças foi de 3,73 milhões de toneladas no 3º trimestre de 2022. Esse total significou aumento de 2,2%, tanto em relação ao 3º trimestre de 2021, quanto ao trimestre imediatamente anterior. A aquisição de couro cresceu no ano e no trimestre, na ordem de 5,4%. Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5 000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 7,89 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 3º trimestre de 2022. Essa quantidade representa um aumento de 5,4%, tanto em comparação à registrada no 3º trimestre de 2021, quanto ao trimestre imediatamente anterior.

IBGE


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Lucro da Copel cai com menor despacho térmico e efeito da inflação em transmissão

A elétrica paranaense Copel registrou um lucro líquido ajustado de 403,4 milhões de reais entre julho e setembro deste ano, 46,9% abaixo do reportado um ano antes, conforme balanço divulgado na noite da quinta-feira


Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recuou 11,8%, para 1,13 bilhão de reais no trimestre. Os ajustes realizados no lucro líquido e Ebitda refletem principalmente a exclusão do reconhecimento, no terceiro trimestre de 2021, da compensação referente à repactuação do risco hidrológico (GSF). Essa medida, que estendeu a outorga de usinas hidrelétricas da Copel, teve efeito de mais de 1,5 bilhão de reais no resultado de um ano atrás. O desempenho trimestral da elétrica estatal foi afetado principalmente pelo não acionamento da usina termelétrica Araucária no período, o que reduziu a receita de suprimento de energia, e pelo efeito negativo do IPCA sobre os ativos de transmissão de energia. Já do lado positivo, a Copel destacou um resultado melhor de sua unidade de distribuição de energia no trimestre, além do impacto positivo da melhora do cenário hidrológico nos ativos de geração. Em relatório, a elétrica paranaense destacou ainda aquisição, anunciada no mês passado, de complexos de geração eólica da EDP Renováveis. A transação, que somou 1,8 bilhão de reais, envolve parques de geração no Rio Grande do Norte com 260,4 megawatts (MW) de capacidade instalada.

REUTERS


Governo paulista iniciará obras na ponte de Porecatu após o feriado da República

DER de São Paulo vai reformar ponte que liga os dois estados, devendo bloqueá-la por 60 dias. Interdição será total, sem tráfego de veículos


A ponte sobre o Rio Paranapanema, na divisa com São Paulo, em Porecatu, no Norte do Estado, será totalmente bloqueada para reformas a partir do dia 16 de novembro, às 7h. Os serviços serão realizados pelo Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER/SP), responsável pela administração da ponte, que prevê interdição pelo período de 60 dias. A ponte divide a PR-170 (Rodovia Deputado Homero Oguido), em Porecatu, com a SP-421 (Rodovia Rodolfo Ribeiro de Castro), no Sudoeste de São Paulo, que dá acesso aos municípios de Taciba e Presidente Prudente. Para quem trafega do norte paranaense com destino ao sudoeste paulista, as opções de desvio são a SP-333, na rota para Assis (ponte no território de Sertaneja-PR), ou pela SP-425, sentido Presidente Prudente (ponte no território de Santo Inácio-PR). Placas e dispositivos de sinalização vertical orientando os condutores do lado paranaense foram fornecidas pelo DER/SP e instaladas pelo DER/PR nos principais acessos a Porecatu, evitando que usuários com destino a São Paulo sigam até a ponte bloqueada. Elas permanecem cobertas até o início dos serviços.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cai 1,24%, mas tem melhor semana desde maio de 2020

O dólar caiu frente ao real na sexta-feira, abatido por apetite por risco internacional e ajustes de posições


A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 1,24%, a 5,3299 reais na venda. Na B3, às 17:07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,24%, a 5,3600 reais. Esse movimento refletiu esperanças de investidores de que o Federal Reserve possa moderar seu ritmo de altas de juros após sinais de arrefecimento da inflação, bem como o otimismo do mercado internacional em relação à China, que começou a relaxar restrições de combate à Covid-19. Apesar da queda desta sexta --que alguns investidores também atribuíram a um ajuste técnico, o dólar ainda subiu 5,49% na semana frente ao real, maior ganho desde a semana finda em 8 de maio de 2020 (+5,56%), quando os mercados globais ainda sentiam os efeitos iniciais da pandemia de Covid-19. Na semana passada, que sucedeu a vitória de Lula, a divisa dos EUA havia caído 4,71%. Como os ativos locais vinham se mostrando bastante atraentes antes do tombo de quinta-feira, "a alocação provavelmente está saturada, o que pode levar a um tempo de reação (negativa) mais longo do que apenas um dia", alertou o Citi. Entre as medidas adotadas para reduzir a exposição ao país, o banco norte-americano reduziu suas posições vendidas no par dólar australiano/real (que apostam na queda da divisa australiana frente à brasileira). A Oxford Economics, por sua vez, disse em relatório esperar que a volatilidade permaneça elevada nos mercados brasileiros até que a transição presidencial seja concluída, no início de janeiro, e projeta que o real oscilará numa faixa de 5,20 a 5,30 por dólar durante esse período. "Esperamos que a regra fiscal do Brasil que já foi vista como à prova de balas seja gradualmente diluída ao longo dos próximos quatro anos”.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta com salto de Vale

Entre as empresas de proteínas, a JBS ON valorizou-se 11,92%, a 27,80 reais, mesmo com a queda de 47% no lucro do terceiro trimestre, com analistas destacando o desempenho da unidade Seara. No setor, MARFRIG ON, que também divulgou balanço, subiu 8,59, a 11,76 reais.


Euforia em ações de mineração e siderurgia em meio a perspectivas ligadas à China, fez o Ibovespa subir na sexta-feira. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,26%, a 112.253,49 pontos, acumulando na semana, porém, queda de 5%. O volume financeiro na sessão somou 49,6 bilhões de reais. A decisão da China de aliviar algumas regras contra a Covid-19, confirmando rumores recentes, trouxe ânimo a commodities como o minério de ferro, o que beneficiou o Ibovespa, dado o peso dessas ações na composição do índice. O anúncio de medidas para uma gradual flexibilização do Covid zero na China é considerado um gatilho importante no curto prazo, uma vez que essa política vinha sendo vista como um entrave para uma retomada do crescimento do país. O desempenho aliviou a perda do Ibovespa na semana marcada por receios de deterioração fiscal no Brasil. "Eu vi muitos exageros na quinta-feira", afirmou o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, acrescentando que há muitos testes de ensaio com nomes, supostas medidas e ademais para sentir reações, mas que na prática nada mudou - "nem de ontem para hoje nem da semana passada". Na véspera, Lula afirmou que há gastos públicos que têm que ser considerados como investimentos. Também criticou o mecanismo de teto de gastos, afirmando que ele deve ser discutido com a mesma seriedade que questões sociais do país. As declarações foram feitas enquanto se negocia a PEC de Transição, proposta pelo novo governo, que adiciona mais gastos sem apontar fontes claras de financiamento. Para Dan Kawa, diretor da TAG Investimentos, o mercado deve seguir volátil até o fiscal ganhar uma âncora de longo prazo.

REUTERS


Serviços crescem 0,9% em setembro, acima do teto das projeções, e batem recorde

No acumulado até setembro, houve alta de 8,6%


O volume de serviços prestados no país teve alta de 0,9% em setembro, perante o mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, a variação tinha sido de 1,1% (após revisão de dado divulgado inicialmente como alta de 0,7%). A alta de setembro foi a quinta seguida. No período, o ganho acumulado foi de 4,9%. Com isso, os serviços alcançaram patamar 11,8% superior ao do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e atingiram novo ponto mais alto da série histórica, superando novembro de 2014. Na comparação com setembro de 2021, o indicador aumentou 9,7%. No resultado acumulado em 12 meses até setembro, houve expansão de 8,9%. De janeiro a setembro de 2022, o indicador acumula variação de 8,6% frente a igual período de 2021. A alta na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de expansão de 0,4%. O resultado também veio acima do teto das projeções, já que o intervalo das estimativas ia de queda de 0,4% a alta de 0,8%. Já a expectativa mediana para o resultado de setembro de 2022 frente a setembro de 2021 era de alta de 8,2%, com crescimento entre 7,3% e 8,7%. Três das cinco atividades acompanhas pela pesquisa tiveram alta passagem de agosto para setembro. O destaque foi informação e comunicação (2,0%), que registrou o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,1%. As demais expansões vieram dos serviços prestados às famílias (1%) e dos profissionais, administrativos e complementares (0,2%). Em sentido oposto, os transportes (-0,1%) e os outros serviços (-0,3%) exerceram as influências negativas de setembro. O primeiro interrompeu uma sequência de quatro taxas positivas e o segundo devolveu uma pequena parte do avanço 7,7% verificado em agosto. O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 0,5% entre agosto e setembro. O IBGE destacou que o indicador de atividades turísticas aumentou 0,4% de agosto para setembro, terceira alta seguida, acumulando um ganho de 3,2% no período. Com o desempenho, o setor se encontra 0,7% acima do patamar pré-pandemia. Segundo o IBGE, o crescimento do turismo este ano foi puxado principalmente por transporte aéreo de passageiros, restaurantes, hotéis, locação de automóveis, transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. O crescimento do segmento de serviços em setembro foi acompanhado por taxas positivas em 19 das 27 unidades da federação. Os impactos mais importantes vieram de Rio de Janeiro (0,7%), seguido por Santa Catarina (2,6%), Rio Grande do Sul (1,0%) e São Paulo (0,1%). Em contrapartida, Paraná (-2,3%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Pernambuco (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).

VALOR ECONÔMICO


Economia brasileira dá sinais de desaceleração com aumento de juros e recessão no exterior

Desde o pico, em maio, atividade econômica recuou 7,35%, mostra indicador do Itaú Unibanco; perda de fôlego começou no setor de bens e já chegou ao setor de serviços


A desaceleração econômica do Brasil, que era esperada pelos economistas para o fim deste ano, já começou a se concretizar. Dados do Itaú Unibanco mostram que, desde que atingiu seu pico, em maio, a atividade recuou 7,35%. A perda de fôlego deu seus primeiros sinais no setor de bens, cuja atividade caiu 8% desde o fim de maio, e, posteriormente no de serviços, que retrocedeu 7,3% até agora. O indicador do Itaú é feito com base nos gastos de seus clientes com cartões de crédito e de débito. Ele consegue capturar o nível de atividade diária no País. Segundo a economista do banco Natália Cotarelli, o desaquecimento no segmento de bens, que depende mais de acesso a crédito, ficou mais evidente mesmo no fim do segundo trimestre, enquanto o de serviços, no fim do terceiro trimestre. Dados de outras fontes, como do IBGE, também começaram, mas mais recentemente, a apontar essa desaceleração econômica. Na indústria, por exemplo, os indicadores de produção, apurados pelo IBGE em agosto e setembro, indicam queda de 0,7% em cada mês. Já a venda de veículos zero-quilômetro recuou 6,7% em outubro, na comparação com setembro. Diante desse cenário, a projeção dos analistas é a de que o PIB do terceiro trimestre desacelere em relação ao 1,2% registrado no anterior – o dado será divulgado em 1º de dezembro. Para os últimos três meses do ano, há um risco de queda da atividade. “Há evidências de que há uma desaceleração em curso, o que vai ficar claro no PIB do terceiro trimestre, que vai crescer menos do que a média do primeiro semestre”, diz Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências. “Esse cenário deve se aprofundar no quarto trimestre.” A Tendências projeta uma alta de 0,6% no PIB do terceiro trimestre e uma queda de 0,4% nos últimos quatro meses do ano. São dois os principais fatores que explicam a desaceleração da economia brasileira. O primeiro é o patamar elevado da taxa básica de juros (Selic) Atualmente em 13,75 ao ano. Juros altos inibem o consumo das famílias e os investimentos das empresas ao tornarem o crédito mais caro. O segundo tem a ver com o freio da economia global. A atividade dos Estados Unidos e da Europa já mostra sinais de desaceleração, dado que ambos também enfrentam um quadro de aperto monetário. Na Europa, a situação é agravada pela falta de gás para gerar energia, uma consequência da guerra na Ucrânia. A China também vem crescendo menos devido à política de covid zero e à crise no setor imobiliário.

O ESTADO DE SÃO PAULO


Exportações do Agro batem recorde em outubro

As exportações do agronegócio em outubro de 2022 foram recorde para o mês, atingindo a cifra de US$ 14,25 bilhões. O valor foi 61,3% superior na comparação com o que foi vendido ao exterior em outubro de 2021


As exportações subiram principalmente em função do aumento do volume entre os períodos, que aumentou 38,9%. O índice de preço dos produtos exportados também subiu, com incremento de 16,1% no período. O crescimento dos embarques de milho foi um dos principais fatores para o forte aumento, com alta em volume de 301,7% no período. Nos dez primeiros meses do ano, o volume total de grãos movimentados chegou a 134 milhões de toneladas, ou o equivalente à praticamente metade da safra brasileira de grãos, que foi estimada pela Conab em 270,9 milhões de toneladas (safra 2021/2022). No acumulado do ano, entre janeiro e outubro de 2022, as exportações alcançaram a cifra recorde de US$ 136,10 bilhões, o que representou um incremento de 33% na comparação com os US$ 102,35 bilhões movimentados no mesmo período em 2021. O setor representou 48,5% do total das vendas externas do Brasil no período. As importações de produtos agropecuários somaram US$ 1,43 bilhão em outubro de 2022, valor 2% superior em relação ao que foi importado no mesmo mês do ano anterior. Em outubro, o complexo soja, que é o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, comercializou US$ 3,68 bilhões (+49,6%), com incremento de volume exportado (+27,6%) e dos preços internacionais dos produtos do setor (+17,2%). O principal produto de exportação do setor foi a soja em grãos, com registro recorde para os meses de outubro de US$ 2,49 bilhões. As vendas externas de carnes chegaram a US$ 2,28 bilhões (+50,8%). O montante foi fortemente influenciado pelos preços médios de exportação, que subiram 29,9% na comparação entre os meses de outubro de 2022 com outubro de 2021. Também houve expansão no volume comercializado, que subiu 16,1%. O setor de cereais, farinhas e preparações teve aumento absoluto de US$ 1,75 bilhão em vendas externas, atingindo o valor de US$ 2,20 bilhões. O cereal responsável por essa elevação foi o milho, que teve volume recorde exportado de 7,2 milhões de toneladas para o mês de outubro, ou um montante 5,4 milhões de toneladas superior ao volume exportado em outubro de 2021. No complexo sucroalcooleiro, as vendas externas subiram 90,0%, passando de US$ 927,54 milhões para US$ 1,76 bilhão entre outubro de 2021 e outubro de 2022. As vendas de açúcar foram de US$ 1,50 bilhão (+81,1%), devido ao forte incremento do volume exportado. O setor de produtos florestais totalizou exportações de US$ 1,45 bilhão (+20,7%). Os cinco setores acima analisados foram responsáveis por 79,9% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio. Destinos A Ásia é a região geográfica com maior participação nas exportações do agronegócio brasileiro. Em outubro de 2022, o continente adquiriu US$ 6,83 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro, o que significou um crescimento de 71,0% em comparação com os US$ 3,99 bilhões exportados em outubro de 2021. A China é a maior parceira comercial do agronegócio brasileiro, e em outubro as vendas ao país asiático cresceram 81,8%, atingindo US$ 4,06 bilhões. Ásia e União Europeia somaram 64,2% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio em outubro.

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