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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 253 DE 11 DE NOVEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 253 |11 de novembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Arroba do boi gordo volta a subir em SP

Com dificuldade para comprar animais gordos nesta quinta-feira, 10 de novembro, as indústrias frigoríficas ofertaram R$ 3/@ a mais nos balcões de negócios do Estado de São Paulo, segundo apurou a Scot Consultoria


Dessa maneira, o macho terminado “comum” (direcionado ao consumo doméstico) agora está valendo R$ 275/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 260/@ e R$ 267/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O boi-China está cotado em R$ 280/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescenta a Scot. Segundo apurou a IHS Markit, na quinta-feira o volume de negócios no mercado físico de boiada gorda seguiu cadenciado, repetindo o desempenho das últimas semanas. Os preços do boi gordo seguem majoritariamente estáveis nas praças brasileiras, apenas com algumas oscilações pontuais, acrescentou a consultoria. Após as altas nos preços dos principais cortes bovinos no mercado atacadista, o fluxo das vendas avançou paulatinamente. Entre as principais praças pecuárias do Brasil, foram observados até mesmo alguns movimentos de alta da arroba na quinta-feira, especialmente nos Estados de Goiás e de Minas Gerais, onde as escalas de abate atendem menos de quatro dias, informou a IHS. Nas regiões do Pará e do Maranhão, os preços do boi gordo recuaram no dia de ontem, refletindo um maior conforto nas escalas de abate (mais de oito dias), apurou a consultoria. Nos demais Estados, diz a IHS, as cotações dos animais terminados ficaram estáveis na quinta-feira. Nas praças de São Paulo, informa a consultoria, as escalas de abate recuaram para menos de cinco dias, informa a IHS. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo registraram variações mistas nesta semana, com os primeiros vencimentos em terreno negativo e os papéis mais longos operando com maior firmeza. Segundo avalição da equipe de analistas da IHS, em 2022, o resultado das exportações brasileiras de carne bovina surpreendeu em termos de volume e receita, condição que deve se repetir ao longo de 2023. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 278/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 243/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 241/@ (prazo) vaca a R$ 228/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 244/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca R$ 246/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 267/@ (à vista) vaca a R$ 248/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 248/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 259/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 258/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 239/@ (à vista) vaca a R$ 226/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 258/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


Oferta de carne bovina caiu 5 kg per capita no Brasil desde 2018

Desafios para os próximos anos passam por investimentos, agenda ambiental, questões sanitárias e políticas macroeconômicas


A disponibilidade de carne bovina per capita recuou 5,2 quilos de 2018 a 2022 no Brasil. A partir do próximo ano, mesmo com as exportações aumentando, a oferta interna deverá crescer. A carne bovina ficará mais acessível e a perda nos anos recentes, provocada por pandemias, peste suína e guerra, será recuperada. As avaliações são de Maurício Palma Nogueira, diretor da consultoria Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária. A disponibilidade per capita de carne bovina no Brasil está em 36 quilos de carcaça por habitante, considerando as ofertas formal e informal. Se considerada apenas a oferta formal, a carne que passa por um controle federal, estadual ou municipal, a quantidade per capita é de 23 quilos. Nogueira afirma que a disponibilidade de carne informal vem aumentando, o que mostra uma elevação da informalidade no país. A pecuária brasileira, no entanto, está bem posicionada em relação à atividade nos demais países. Nos últimos 32 anos, o rebanho brasileiro teve aumento de 38%, e a produção de carne cresceu 128%. No mesmo período, o rebanho mundial aumentou 17%, mas a produção de carne subiu apenas 31%. Nesse mesmo período, as áreas de pastagens diminuíram 22% no Brasil, a produtividade teve aumento de 191% e o número de cabeças de animais por hectare subiu 76%, segundo a Athenagro. Há dez anos, o Brasil exportava 25% da carne que produzia, colocando 1,2 milhão de toneladas no mercado externo. Atualmente, ainda coloca 25% do que produz no mercado externo, mas o volume chega a 2,8 milhões de toneladas. Estados Unidos, Austrália e Índia mantêm volumes parecidos aos de há dez anos. Os desafios para a pecuária, no entanto, são grandes. Até 2030, o setor terá de investir anualmente de 2,5 a 3 vezes em produtividade, em relação ao que investiu, por ano, de 2011 a 2020. Esse valor deverá ficar entre R$ 28 bilhões e R$ 36 bilhões por ano, segundo Nogueira. É um desafio em um período de custos de produção e de taxas de juros elevados, afirma. Além disso, o setor terá de enfrentar vários outros desafios, como o sanitário, o cumprimento da agenda ambiental e uma eventual política de barreiras internas às exportações para controle da inflação. Quanto à sustentabilidade ambiental, o Brasil não precisa ter medo da agenda atual. "É a chance de o país sentar à mesa e mostrar o que está sendo feito, não tendo de engolir regras dos outros". A pecuária brasileira emite menos carbono do que remove, afirma Nogueira. Avanço da produtividade e investimentos são fundamentais no setor, segundo o consultor. Os 15% de produtores com maior produtividade já representam 58% das vendas do total de arrobas no país. Quem não se adequar vai ficar pelo caminho, afirma Nogueira. Nos últimos dez anos, a pecuária nacional elevou a produtividade em 2,3% por ano. Já os produtores acompanhados pelo Rally da Pecuária, que adotam mais tecnologia, tiveram evolução média de 5,7% ao ano. Em 2021, a pecuária nacional teve aumento médio de 4,12%. Os pecuaristas acompanhados pelo Rally já apresentam evolução de 10,75%.

FOLHA DE SP


SUÍNOS


Suínos: Cotações estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 130,00/R$ 135,00, assim como a carcaça especial R$ 10,30/R$ 10,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (9), houve recuo de 0,46% no Paraná, chegando a R$ 6,50/kg, e de 0,15% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,49/kg. Ficaram estáveis as cotações em Minas Gerais (R$ 7,26/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,65/kg) e em São Paulo (R$ 7,17/kg). Na quinta-feira (10), as principais praças que comercializam os suínos na modalidade independente se dividiram: a região Sudeste do país manteve valores estáveis e o Sul teve recuos nos preços. Há incerteza para "onde" o mercado vai, e lideranças apontam que ainda são sentidos os efeitos das paralisações de rodovias realizadas na semana seguinte ao segundo turno das eleições presidenciais, realizado no último dia 30 de outubro.

Cepea/Esalq


Suínos/Cepea: em outubro, altas nos preços do vivo

As altas nos preços do suíno vivo no começo de outubro garantiram que a média mensal fechasse acima da registrada em setembro


Nas últimas semanas do mês, os valores do animal recuaram em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Ressalta-se, contudo, que, em muitas praças, a média de outubro ainda ficou inferior à do mesmo mês de 2021. As exportações brasileiras de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, recuaram em outubro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 97,2 mil toneladas da proteína no último mês, 4,1% a menos que em setembro e 0,5% abaixo do volume escoado em outubro de 2021. Diante das altas nos preços do animal vivo em todas as praças acompanhadas pelo Cepea nas primeiras semanas de outubro, a média mensal do suíno ficou acima da registrada em setembro. Com isso, o poder de compra do suinocultor avançou frente ao milho, mas diminuiu frente ao farelo de soja, tendo em vista que, em algumas praças, o derivado da oleaginosa se valorizou na mesma proporção ou até mais que o animal. Os preços da carne suína registraram forte alta de setembro para outubro, enquanto os da proteína de frango apresentaram ligeira elevação, e os da bovina, queda. Diante disso, em outubro, a competitividade da carne suína caiu em relação a essas duas proteínas substitutas.

Cepea


Suinocultura independente: região Sudeste estável. No Sul recuo

No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 03/11/2022 a 09/11/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 1,05%, fechando a semana em R$ 6,71/kg vivo. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,98/kg vivo", informou o Lapesui


Em São Paulo, o preço se manteve estável em R$ R$ 7,73/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), com acordo entre suinocultores e frigoríficos. No mercado mineiro, o preço ficou estável em R$ 7,30/kg vivo, com acordo entre os frigoríficos e suinocultores, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal caiu, passando de R$ 6,76/kg vivo para 6,67/kg vivo nesta semana.

AGROLINK


FRANGOS


Ave congelada em São Paulo aumenta 1,25%

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, assim como no frango no atacado, valendo em R$ 7,45/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou estável em R$ 5,17/kg, assim como em Santa Catarina, custando R$ 4,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (9), a ave congelada subiu 0,50%, atingindo R$ 8,03%, e o frango resfriado teve incremento de 1,25%, fechando em R$ 8,10/kg.

Cepea/Esalq


França entra em ‘alerta máximo’ por causa da gripe aviária

Ainda neste ano, o país teve a pior onda da doença, totalizando cerca de 22 milhões de aves abatidas


A França impôs “alerta máximo” e cuidado com a gripe aviária no país. O Ministério da Agricultura do país determinou que produtores mantenham as aves presas nas granjas, a fim de conter a propagação da doença. Os franceses são estão em segundo lugar de maior produção de aves da União Europeia e detectou um aumento nos surtos da gripe aviária nos últimos meses. Ainda neste ano, o país teve a pior onda da doença, totalizando cerca de 22 milhões de aves abatidas. “É fundamental reforçar as medidas preventivas para evitar a contaminação” — Ministério de Agricultura da França. “Em um contexto marcado pela persistência do vírus no ambiente e pela forte atividade migratória de aves selvagens, é fundamental reforçar as medidas preventivas para evitar a contaminação das explorações avícolas”, afirmou o ministério. A disseminação do vírus preocupa os governos e a indústria avícola devido à devastação que pode causar nos rebanhos, possibilidade de restrições comerciais e o risco de transmissão humana. O nível de risco considerado “alto”, anteriormente definido como “moderado”, implica que todas as aves de capoeira sejam mantidas dentro das granjas e que sejam tomadas medidas de segurança adicionais, inclusive para caça, para evitar a propagação da doença.

Reuters


EMPRESAS


BRF não vê China como fator para preço do milho no Brasil. garante estoque adequado

A empresa de alimentos BRF, uma das maiores compradoras de grãos para fabricação de rações para aves e suínos, avalia que a chegada da China como compradora de milho do Brasil não influenciará o mercado brasileiro do cereal, disse o Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores da companhia na quinta-feira


Fábio Mariano afirmou ainda, em teleconferência para comentar os resultados trimestrais, que a companhia tem aproveitado oportunidades após a colheita recorde de milho no Brasil, realizando compras nos melhores momentos do mercado para garantir estoques adequados da matéria-prima. A China habilitou recentemente diversas tradings para exportar milho brasileiro, e o mercado está na expectativa do início das vendas do cereal aos chineses. “A gente entende que isso (a importação de milho brasileiro pelos chineses) não deve ter influência nos preços, porque em termos relativos isso não exercerá uma mudança em relação ao que é a exportação de milho do Brasil, em relação à safra total”, disse o executivo. Segundo ele, a exportação de milho do Brasil –segundo exportador global do produto, atrás dos EUA– “representa algo próximo de um terço (da produção), e os dados sugerem, vendo os dados da Conab e USDA, que esse número se mantém em termos relativos”. Ele disse ainda confiar que, após uma grande safra de milho em 2021/22, o Brasil volte a colher uma produção recorde em 2022/23, o que deverá reduzir custos para a empresa em termos de matéria-prima no ano que vem. “Fazendo um ‘link’ com as nossas projeções para a safra, e nesse contexto incluímos a safra de soja, há uma ótima expectativa no Hemisfério Sul tanto em área plantada quanto em produtividade…”, acrescentou, lembrando projeções de safras recordes. Baseado nessas estimativas, ele disse que os modelos já sugerem “um custo de ração declinante ao longo de 2023”. Disse também que a nova administração da companhia trabalha em formas de otimizar processos para ter o melhor aproveitamento da matéria-prima pelas criações. “É preciso começar a falar do grão não só no fator preço, é preciso falar do fator quantidade… é preciso melhorar indicadores de mortalidade (de animais), a gente deixa de desperdiçar o grão quando perde um animal, quando a gente fala de indicadores de rendimento, deixamos de desperdiçar o grão, quando falamos da conversão alimentar não adequada a gente também está jogando o grão fora”, exemplificou. Sobre compras de milho, ele ressaltou que é comum que os estoques da companhia cresçam quando acontece a colheita da segunda safra. “É uma oportunidade de originação a preços mais baixos, isso foi feito, então a gente tem os estoques hoje de maneira estratégica, dentro de ‘range’ que consideramos adequado, e que ainda assim, se observarmos novas oportunidades de originação, a gente poder materializar.” Os preços do milho no mercado interno têm oscilado perto de 85 reais a saca de 60 kg no mercado interno desde meados de outubro, segundo indicador do Cepea. O patamar está inferior aos níveis nominais recordes acima de 100 reais vistos no início do ano.

REUTERS


JBS tem queda de 47% no lucro líquido do 3º tri

A JBS S.A. teve uma queda de 47,1% no lucro líquido do terceiro trimestre, a R$ 4 bilhões, impactada pelo pior cenário para o segmento de carne bovina nos Estados Unidos, segundo comunicado divulgado pela empresa na quinta-feira (10)


A receita líquida de empresa subiu 6,8% para um recorde de R$ 98,9 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado caiu 31,5% para R$ 9,5 bilhões. “Os nossos negócios de aves no Brasil e EUA superaram as expectativas com forte crescimento das exportações para a Ásia e o Oriente Médio, com ênfase na conveniência e no fortalecimento do relacionamento com os principais clientes em cada mercado”, disse o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. “À medida que o negócio bovino dos EUA caminha para a normalização da margem, acreditamos num fortalecimento do segmento nos mercados brasileiro e australiano.” A Seara, unidade brasileira de carne de aves, suína e alimentos processados, teve alta de 22,3% na receita líquida para R$ 11,8 bilhões. Os aumentos de 20% no preço médio de venda e de 2% nos volumes colaboraram para o resultado. A JBS Brasil, que inclui os negócios de carne bovina no país, registrou receita líquida de R$ 16,2 bilhões, 5% superior ao mesmo período do ano passado, também favorecida por maiores volumes e preços de venda no mercado externo. “No mercado doméstico, a venda na categoria de carne bovina in natura cresceu 4,3% na comparação anual, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador”, disse a empresa. A unidade de carne bovina na América do Norte, JBS US Beef North America, teve receita líquida de R$ 29,2 bilhões, queda de 4,8%, impactada pela depreciação do real e condições menos favoráveis de mercado. A JBS Austrália teve receita líquida de R$ 8,7 bilhões, 19,5% superior ao registrado um ano antes, com aumento nas vendas nos mercados doméstico e externo. A JBS USA Pork, unidade de carne suína nos EUA, registrou aumento de 2% na receita líquida para R$ 11,2 bilhões. “Para a JBS, o negócio de suínos nos EUA cresceu em faturamento em razão do volume adicional trazido pela divisão de valor agregado Swift Prepared Foods”, disse a empresa. A Pilgrim's Pride Corporation (PPC) teve alta de 17,2% na receita líquida, a R$ 23,4 bilhões, refletindo demanda forte nos canais de varejo e food service dos EUA e gradual recuperação dos resultados na Europa, com a otimização da produção e foco em parcerias com clientes-chave.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Movimentação de cargas nos portos do Paraná cresceu 25% em outubro

Volume total superou 5 milhões de toneladas no mês


Os portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, movimentaram 5,062 milhões de toneladas de cargas em outubro, um aumento de 25% em um ano. Os granéis sólidos representaram 3,074 milhões de toneladas, com alta de quase 40% na mesma comparação, informou na quinta-feira a administração dos portos. A exportação de produtos agrícolas teve destaque. Os embarques de soja em grão e farelos cresceram mais de 30%, para 664 mil toneladas e 463 mil toneladas, respectivamente. Já as exportações de açúcar em sacas e a granel somaram 654 mil toneladas, com um crescimento de 69% em um ano. O porto embarcou ainda 568,7 mil toneladas de milho, o que não ocorreu em outubro de 2021. Não houve saída de trigo por Paranaguá no mês passado. No acumulado do ano, Paranaguá movimentou 49,6 milhões de toneladas, com alta de 2,5%.

VALOR ECONÔMICO


ECONOMIA/INDICADORES


IPCA deixa 3 meses de quedas para trás e sobe mais que o esperado em outubro

Os preços ao consumidor brasileiro voltaram a subir em outubro e mais do que o esperado, deixando para trás três meses seguidos quedas, uma vez que a redução dos combustíveis não foi suficiente para compensar a pressão dos alimentos


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou a subir 0,59% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. A inflação volta a pressionar os bolsos dos brasileiros depois de os preços terem recuado por três meses seguidos, graças a medidas do governo e à queda nos custos de combustíveis, o que foi bastante alardeado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência. Ainda assim, a inflação em 12 meses foi abaixo de 7% pela primeira vez desde abril de 2021 ao registrar taxa de 6,47%, contra 7,17% em setembro. Outubro teve como destaque a alta de 0,72% do grupo Alimentação e Bebidas, que exerceu o maior peso no índice do mês ao deixar para trás o recuo de 0,51% de setembro. O resultado de alimentos foi puxado pela alta de 0,80% de alimentação no domicílio, sob pressão de batata-inglesa (23,36%) e tomate (17,63%), devido a problemas climáticos e de oferta. “A queda (de alimentos) no mês (anterior) não foi suficiente para repor as altas do começo do ano, e por isso as pessoas ainda vão aos mercados e acham os preços caros", disse o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. Transportes também se destacou com alta de 0,58% em outubro, de uma queda de 1,98% antes. Isso porque as passagens aéreas dispararam 27,38% e os combustíveis reduziram o recuo a 1,27%, após deflação de 8,50% em setembro. Gasolina (-1,56%), óleo diesel (-2,19%) e gás veicular (-1,21%) seguiram trajetória de queda, mas o etanol teve alta de 1,34%. "Tivemos 42% da alta concentrada em alimentos e transportes", disse Kislanov, explicando que ainda não se viu na inflação efeito dos bloqueios em estradas feitos por apoiadores de Bolsonaro inconformados com sua derrota na eleição. O resultado do IPCA mostra que os efeitos da redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações estão se dissipando, o que deve impedir novos registros de queda para o IPCA. "Os efeitos (disso) já foram praticamente computados. O que tinha que acontecer já aconteceu e, se vier algo, será residual", disse Kislanov. A alta mais intensa em outubro partiu do grupo Vestuário, de 1,22%, com as roupas masculinas avançando 1,70% e as femininas, 1,19%. Já a inflação de serviços teve uma alta de 0,67% em outubro, acelerando ante a taxa de 0,40% vista no mês anterior. O IBGE informou ainda que o índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, subiu a 68% em outubro, de 62% no mês anterior.

REUTERS


Dólar fecha com maior alta diária desde início da pandemia diante de incerteza fiscal

A alta de 4,10% é maior elevação percentual numa sessão desde março de 2020


Com a indefinição sobre qual será a política econômica do próximo governo e um discurso mais inclinado a gastos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o mau humor predominou no mercado de câmbio nesta quinta-feira desde os primeiros negócios do dia e o dólar encerrou o pregão negociado a R$ 5,3942, em alta de 4,10% no mercado à vista, na maior alta diária da moeda americana desde março de 2020. A sensação de que uma política fiscal menos austera que a esperada pode ser empregada no futuro governo gerou uma deterioração acentuada nos mercados financeiros e se refletiu em uma incorporação de prêmio de risco no câmbio. O comportamento do dólar no exterior atesta que o pessimismo se deu por fatores domésticos. “O mercado operava com a tese de que Lula seria fiscalmente responsável”, dizem os estrategistas do Citi, ao lembrarem das especulações de nomes ortodoxos para o comando da Economia no futuro governo. “No entanto, tem se falado muito mais sobre opções menos amigáveis ao mercado, e a opção mais ortodoxa, Henrique Meirelles, recentemente disse que não era candidato. O mercado terá de esperar até depois de 18 de novembro para descobrir [quem será o ministro], mantendo viva a incerteza”, apontam os profissionais do banco americano em relatório. Além disso, as indefinições em torno do tamanho do “waiver” (licença) que o governo eleito pretende pedir para gastos em 2023 aumentou a incerteza nos mercados, o que se refletiu em um aumento dos prêmios, especialmente diante da chance do Bolsa Família ficar permanentemente fora do teto. “Mais importante para explicar a ação de preço de hoje é que o rascunho atual dos gastos acima do teto é maior do que o esperado e removeria permanentemente o Bolsa Família do teto de gastos. É improvável que os legisladores apresentem muita resistência a essas propostas. Pode ser necessária uma fraqueza adicional dos ativos brasileiros para alertar as pessoas em Brasília sobre a necessidade de administrar a política fiscal com responsabilidade”, apontam os estrategistas do Citi. “Ao longo das eleições, o mercado passou por cima de todos os sinais de aumento de gastos no próximo governo e criou uma narrativa de que, independentemente das promessas de campanha, o primeiro ano do novo governo seria de contração fiscal. A partir do momento em que as eleições já se definiram e não há nenhuma alteração no discurso, o mercado passa a precificar uma chance da narrativa que foi criada não se observar. Isso se reflete em uma curva de juros mais ‘empinada’ e em um câmbio mais depreciado”, afirma Pedro Dreux, sócio e gestor macro da Occam. “Acreditamos que, independentemente do nome a ser anunciado, a diretriz principal de expansão fiscal já está muito evidente. Dificilmente a política fiscal ajudará o Banco Central a trazer a inflação de volta à meta de 3%”, afirma Dreux.

VALOR ECONÔMICO


Ibovespa cai 3,35%, maior tombo desde 2021, com sinalizações do governo eleito

Índice voltou aos 109 mil pontos, patamar que não via desde 30 de setembro


Em sessão marcada pela má recepção do mercado às sinalizações econômicas e fiscais do governo eleito, o Ibovespa teve queda firme e voltou aos 109 mil pontos, patamar que não via desde 30 de setembro. No fim do dia, o referencial local registrou queda de 3,35%, aos 109.775 pontos. O índice teve sua maior queda em um único pregão desde novembro de 2021. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 43,34 bilhões no Ibovespa e R$ 55,20 bilhões na B3. O Ibovespa ignorou a disparada dos seus pares internacionais, após dados de inflação abaixo do esperado nos EUA. Em Nova York, o S&P 500 disparou 5,54%, aos 3.956 pontos, Dow Jones registrou alta de 3,70%, aos 33.715 pontos e Nasdaq saltou 7,35%, aos 11.114 pontos. O estresse do mercado local ocorreu desde a abertura dos negócios, quando os investidores reagiram à fala do presidente eleito no fim da tarde de ontem. Segundo Lula, há uma série de programas que precisam ser retomados com urgência, como o Farmácia Popular, Minha Casa Minha Vida, além de inúmeras obras paradas pelo Brasil. Ele também buscou criticar a concepção de "gastos" utilizada pelos agentes da economia ao afirmar que, na verdade, seriam investimentos. "Precisamos mudar algumas nomenclaturas porque tudo que a gente quer fazer é 'gasto, gasto, gasto'. Gasto para quê? Para guardar dinheiro para pagar juros de dívida para banqueiros? Não. Precisamos ter uma dívida social. Temos uma dívida de 500 anos com o povo pobre e vamos começar a pagá-la", afirmou o presidente eleito. Durante a sessão de hoje, Lula voltou a discursar e criou um sentimento ainda maior de aversão a riscos no mercado, com frases como "por que temos meta de inflação e não temos meta de crescimento?". Por fim, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou novos nomes para a equipe de transição, e a indicação do ex-ministro Guido Mantega para um dos grupos da transição agravou mais um bocado o mau humor. "Antes da eleição, muito se discutiu que Lula teríamos. Outra coisa que precisamos ter atenção é que o mercado local estava sendo suportado pelo capital estrangeiro. Em uma sessão em que todos os índices de Nova York dispararam após o CPI vir abaixo do consenso e o Fed não tentar endurecer o discurso, podemos estar diante do início de uma rotação do player internacional para os mercados desenvolvidos ou eles estão, assim como os locais, demonstrando aversão ao ambiente que foi criado nos últimos dias. O fundo de índice EWZ, que espelha o mercado brasileiro em Nova York, registrou queda de 6,53%.

VALOR ECONÔMICO


Desembolsos do BNDES em 2022 devem ficar acima de R$ 90bi, diz Montezano

Presidente do banco disse que nos próximos anos os valores devem crescer sem necessidade de subsídios


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou na quinta-feira que os desembolsos em 2022 ficarão um pouco acima de R$ 90 bilhões e que nos próximos anos os valores devem crescer sem necessidade de subsídios. “O aumento dos desembolsos vai acontecer sem necessidade de qualquer subsídio, o que mostra que o BNDES se reposicionou”, afirmou, em entrevista a jornalistas para comentar os resultados do terceiro trimestre do banco, que registrou um lucro de R$ 9,6 bilhões, alta de 76% sobre o mesmo período de 2021. Em tom de despedida, Montezano desejou sucesso ao seu sucessor, ainda indefinido. “Esperamos que a próxima gestão do banco melhore o que fizemos de correto, ajuste o que não fizemos tão bem e inicie o que ainda não fizemos”, disse. O executivo também afirmou ter orgulho do legado que sua gestão está deixando, além de se dizer otimista sobre os próximos anos do BNDES. A gestão atual do banco tem uma equipe disponível para fazer a transição de governo e será colaborativa, disse. “O meu ciclo no banco se encerra ao fazer a transição, tenho orgulho do que deixamos de legado. Se voltamos para 2019, o banco tinha um questionamento reputacional. Farei da melhor forma possível, como o BNDES merece”, disse. O executivo reiterou que o banco de fomento não tem que ser medido por métricas financeiras, como desembolso ou lucro. Montezano também disse que o banco está pronto para voltar a ser gestor do Fundo da Amazônia, mas ainda precisa de um sinal positivo dos cotistas. Formalmente, ainda não houve nenhum tipo de notificação. Logo após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, a Noruega, maior doador do fundo, informou que iria reativá-lo. O fundo havia sido suspenso em 2019, com mudanças no governo Bolsonaro e aumento do desmatamento.

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