Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 243 |27 de outubro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Ágio entre “boi de mercado interno” e boi-China, agora é de apenas R$ 5/@ em SP
Na quarta-feira, 26 de outubro, o preço pago pelo bovino destinado ao mercado da China registrou queda de R$ 5/@ no mercado paulista, chegando em R$ 280/@ (preço bruto e a prazo), informou a Scot Consultoria
Segundo a Scot, estreitou o ágio entre o preço do boi destinado ao mercado interno e a cotação do boi-China – agora essa diferença é de apenas R$ 5/@. Na quarta-feira, o boi “comum” (direcionado às unidades do mercado interno) seguiu estável nas praças de São Paulo, a R$ 275/@ (no prazo, valor bruto). A cotação da novilha gorda também não sofreu alteração, permanecendo em R$ 269/@ no mercado paulista (preço bruto e a prazo). À vaca gorda, as indústrias paulistas ofertaram menos R$ 2/@, pagando agora R$ 260/@ (preço bruto e a prazo). Segundo a IHS Markit, a quarta-feira foi marcada pelo fraco volume de negócios no mercado físico do boi gordo, com preços lateralizados na maior parte das praças pecuárias monitoradas pela consultoria. Pelo lado da oferta, continua a IHS, o volume de boiada gorda que chega ao mercado ainda segue acima da demanda vigente. “Esse desequilíbrio ainda deve permanecer após a virada do mês, já que as escalas de abate das indústrias são compostas, em sua maior parte, por oferta de lote provindos de confinamento próprio ou de parcerias com grandes invernistas”, informa a IHS. De acordo com a consultoria, as escalas de abate das indústrias brasileiras já adentram o mês de novembro, retirando em grande parte a necessidade em efetuar novas compras de boiada gorda no mercado spot. Outro fator que limita o vigor das compras é a redução das operações de abate observadas em algumas unidades frigoríficas, diz a IHS. No entanto, apesar dos preços da arroba se manterem estáveis neste meio da semana, a pressão baixista nas cotações persiste. Na quarta-feira, a IHS Markit registrou variação negativa nas cotações da arroba do boi gordo em TO-Araguaína, com recuo de R$ 263 para R$ 260. O mercado também segue atento ao comportamento da demanda chinesa pela carne brasileira. Nas últimas semanas, a China tem forçado a redução de preço da proteína brasileira, acendendo um sinal de alerta em toda a cadeia de produção. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 289/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 243/@ (prazo) vaca a R$ 233/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 242/@ (prazo) vaca a R$ 232/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 236/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 248/@ (à vista) vaca a R$ 238/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca R$ 248/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 2561/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 260/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 243/@ (à vista) vaca a R$ 233/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 259/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos: Mercado segue estável no PR
O preço do animal vivo em Santa Catarina registrou alta de 0,46% e ele está cotado em R$ 6,60/kg, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq, referente às informações da última terça-feira (25)
O preço do animal vivo em Minas Gerais está próximo de R$ 7,55/kg e seguiu estável no comparativo diário. Em São Paulo, o animal vivo apresentou estabilidade e está em R$ 7,58/kg. No Paraná, o valor do animal segue estável e está cotado em R $ 6,91/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno permaneceu o mesmo, cotado em torno de R$ 6,79/kg. O levantamento realizado pela Scot Consultoria informou que o valor da carcaça especial está entre R$ 10,20/R$ 10,60 o quilo e não registrou alteração, enquanto arroba do suíno CIF está cotado a R$ 141,00/@ a R$145,00/@, e não houve mudança.
Cepea/Esalq
Poder de compra do suinocultor
O poder de compra do suinocultor frente ao farelo de soja em relação a janeiro/22
Na praça de São Paulo, o poder de compra do suinocultor frente ao farelo de soja está 23,08% maior atualmente, em relação a janeiro/22. Em janeiro/22, era possível comprar aproximadamente 2,17kg de farelo de soja em São Paulo com 1kg de suíno terminado, em outubro/22 compra-se 2,67kg de farelo. Entretanto, quando comparado com outubro/21, o poder de compra diminuiu em 24,21%, ou 0,88kg a menos.
SCOT CONSULTORIA
FRANGOS
Frango vivo tem alta de 14,05% em Santa Catarina
O preço do frango vivo em Santa Catarina registrou ganho de 14,05% na quarta-feira (26). O valor da ave passou de R$ 4,20/kg para R$ 4,79/kg, conforme divulgado pelo Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina)
Nas demais praças a cotação do frango apresentou desvalorização. O levantamento realizado pela Scot Consultoria apontou queda de 0,96% para o frango no atacado paulista que está precificado em R$ 7,20/kg, enquanto que a referência para a carne de frango na granja em São Paulo permaneceu estável e está precificada ao redor de R$ 5,50/kg. No último levantamento realizado pelo Cepea na terça-feira (25), o preço do frango congelado teve recuo de 0,38% e está cotado em R$ 7,97/kg. Já a cotação do frango resfriado registrou queda de 0,25%, sendo negociado em R$ 7,98/kg. A referência do frango vivo no Paraná não teve alteração e está cotada em R$5,19/kg, enquanto em São Paulo a cotação do frango vivo está sem referência.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
Alegra renova certificação internacional que atesta qualidade e segurança dos alimentos
Pelo segundo ano consecutivo, a Alegra recebeu a certificação IFS Food, norma internacional que atesta a qualidade e a segurança dos alimentos de empresas do mundo todo, informou a empresa na quarta-feira (26)
A certificação avalia todas as etapas do processamento de alimentos e atende aos critérios da Global Food Safety Initiative (GFSI), reconhecidos globalmente como de altos padrões em segurança dos alimentos. “A IFS segue uma série de requisitos nas avaliações, de todas as áreas da empresa, desde a qualidade, produção, manutenção a meio ambiente. Por isso, todos da companhia precisam estar conscientes de suas responsabilidades. Conseguir a certificação pelo segundo ano consecutivo reforça o empenho e o engajamento de todos os colaboradores”, disse em nota Kriscia Maria Prestes Campos, analista de qualidade PL e representante da norma IFS Food da Alegra. “Com a certificação, temos reconhecimento global que seguimos todos os protocolos necessários em qualidade e segurança dos alimentos, transferindo mais confiança aos nossos clientes e possíveis novos mercados nacionais e internacionais”, completou. Outros reconhecimentos que comprovam o cuidado da Alegra com a qualidade e o desenvolvimento sustentável da produção são a certificação pela World Quality Services (WQS), baseada na norma de bem-estar animal descrita pelo North American Meat Institute (NAMI), e a Declaração Ambiental de Produto (ou EPD, do inglês Environmental Product Declaration). A Alegra também foi apontada como modelo de desenvolvimento sustentável pela Bússola da Sustentabilidade da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), estudo que destacou práticas de gestão social, ambiental, econômica e territorial no estado. Esses conceitos estão alinhados à temática ESG (sigla inglesa para Ambiental, Social e Governança), conjunto de diretrizes e recomendações que promovem o desenvolvimento sustentável, impactos benéficos na sociedade como um todo e preconizam um ambiente de trabalho justo, com administração ética e transparente. Segundo a Alegra, desenvolver estratégias ESG é uma prática cada vez mais exigida pelo mercado. Estudo da consultoria BCG apontou que as organizações preocupadas em aplicar esses conceitos estão mais próximas de registrarem mais lucros e aumentarem seu valor. A preocupação empresarial com a sociedade é, portanto, fundamental para o crescimento a médio e longo prazo, de acordo com a empresa. “Nós trabalhamos na melhoria contínua dos processos. Uma vez ao ano fazemos uma auditoria interna e realizamos treinamentos para que nossos colaboradores possam atuar no dia a dia de acordo com os requisitos das certificações”, finalizou Kriscia.
CARNETEC
INTERNACIONAL
Preços agrícolas cairão 4,5% em 2023, projeta Banco Mundial
Desaceleração econômica global e medidas contra a covid-19 na China deverão pesar sobre as cotações, diz instituição
Com a desaceleração da economia global e as contínuas restrições à circulação de pessoas na China para conter a covid-19, o Banco Mundial prevê que os preços médios das commodities agrícolas cairão 4,5% em 2023. Neste ano, as cotações deverão acumular alta de 13,4%. As estimativas do Banco Mundial aparecem no relatório Commodity Markets Outlook. Segundo a instituição, o indicador de preços de commodities agrícolas chegará a 123,2 pontos no fim de 2022 e terminará o próximo ano em 117,7 pontos. Para o café arábica, o banco prevê que os preços médios cairão 6,8% em 2023, depois de encerrarem este ano em alta de 30,8%. Para a soja, a estimativa é de aumento de 16,6% em 2022 e de queda de 4,4% no ano que vem, e para o milho, de recuo de 7,9% em 2023, após uma elevação de 21,4% neste ano. Já as cotações do trigo devem aumentar 36,4% em 2022 e cair 4,7% no próximo ano. O cacau deverá ser a única das commodities que compõem o indicador a se desvalorizar nos dois anos: a projeção é de recuou de 3,2% em 2022 e de 2,1% em 2023. “Apesar da queda esperada [para o próximo ano], os preços da maioria das commodities continuarão altos se comparados com suas médias históricas” , diz a instituição no relatório. Segundo o Banco Mundial, inúmeras incertezas ainda podem mudar essas projeções de preços. Nessa lista estão interrupções no fornecimento de energia, deterioração das perspectivas econômicas globais (como resultado de uma eventual aceleração do aperto monetário nas principais economias e de uma valorização adicional do dólar), clima adverso (incluindo um La Niña pelo terceiro ano consecutivo) e medidas que restrinjam o comércio internacional.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Confiança do industrial paranaense recua em outubro
Foi a maior queda de um mês para outro este ano
De acordo com dados da pesquisa mensal da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), feita em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 5,6 pontos em outubro no Paraná, totalizando 56,8 pontos. Esta é a maior queda do ano, de um mês para outro, e ocorre após dois meses consecutivos de alta. Para o economista da Fiep, Marcelo Alves, a diminuição da confiança pode estar associada a uma maior moderação das expectativas relativas aos próximos seis meses. Mesmo com o resultado de outubro, o empresário da indústria segue confiante. O índice de confiança permanece acima da linha divisória de 50 pontos, numa escala que vai até 100, na zona de otimismo. O índice de expectativas, que mede a visão de futuro, recuou 6,2 pontos, saindo de 63,8 em setembro para 57,6 pontos agora. O índice de condições, que avalia o período dos últimos seis meses, também recuou. Caiu 4,4 pontos no período, saindo de 59,6 para 55,2 pontos. “Porém, percebe-se que há uma cautela maior nessa avaliação em comparação com o estudo divulgado em setembro”, complementa o economista. Decompondo o ICEI geral da indústria – formado pelos índices da indústria e da construção, o segundo teve leve crescimento de 1,1 ponto em relação ao mês anterior, chegando a 65,4 pontos. Para o economista da Fiep, este resultado coloca o segmento da construção bem-posicionado na zona de confiança. Já o ICEI da indústria apresentou queda de 7,7 pontos em relação ao mês anterior, caindo para 54,4 pontos. Foi o segundo menor índice no ano, melhor apenas do que o verificado em março (53,9). Alves reforça que essa redução na confiança do empresário pode estar associada à queda na produção industrial do Paraná, divulgada no início do mês pelo IBGE. “Além disso, o momento de incerteza em relação a questões de natureza econômica e política, decorrentes do cenário eleitoral, que será definido apenas em segundo turno, aumenta a dúvida. O industrial aguarda o resultado do pleito para poder tomar decisões em relação ao rumo de seus negócios”, conclui.
FIEP
BNDES financia nova fábrica de fertilizantes no Paraná
Financiamento à Adubos Araguaia permitirá a expansão logística da empresa para novos mercados agrícolas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar a construção de uma unidade industrial e instalações para armazenamento de insumos para produção de fertilizantes em Paranaguá/PR. No valor de até R$ 60,9 milhões, o financiamento será concedido à Adubos Araguaia, por meio do programa BNDES Finem. A nova fábrica permitirá a expansão logística da empresa para novos mercados agrícolas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. O projeto industrial inclui obras civis e montagens para construção de uma fábrica de mistura de fertilizantes e de um armazém para distribuição de insumos. Também serão erguidas estruturas para suporte à operação, como guaritas e instalações administrativas. A Adubos Araguaia produz duas linhas de fertilizantes: os NPK, que reúnem os nutrientes vegetais básicos (nitrogênio, fósforo e potássio); e os especiais, criados através de fórmulas próprias da empresa contendo outros aditivos nutrientes para melhor desempenho. A construção da unidade industrial vai permitir que as matérias primas importadas, que representam 80% dos insumos necessários para as formulações dos fertilizantes da Araguaia, sejam desembarcadas pelo próprio porto da cidade. As matérias primas nacionais, por sua vez, serão transportadas por rodovias até a nova unidade de produção. Além destes ganhos logísticos, a empresa aproveitará o novo armazém para o estoque de insumos em níveis suficientes para suportar eventuais dificuldades de entrega por parte de fornecedores estrangeiros.
BNDES
Empresa de suínos vai gerar mil empregos na região Centro-Sul
Agro Laranjeiras vai investir R$ 480 milhões na cidade. O empreendimento deve movimentar a produção agrícola da região, pois necessitará de 3,4 milhões de sacas de milho e 1,3 milhão de sacas de soja por ano para alimentar os animais
A Agro Laranjeiras começou a construir uma nova maternidade de leitões em Laranjeiras do Sul, na região Centro-Sul do Estado, com investimentos de R$ 480 milhões e previsão de criação de mil empregos entre diretos e indiretos. O município possui cerca de 30 mil habitantes. A proposta da empresa é ter uma unidade para produção de leitoas para reposição e outra para produzir um milhão de leitões por ano, o que dá 20 mil por semana. Alguns dias depois de nascidos serão repassados para empresas parceiras, que farão a terminação, antes do abate e processamento da carne em frigoríficos, estimulando a agroindustrialização. A área terá ainda uma fábrica de ração, com capacidade para 45 mil quilos por hora em trabalho de 16 horas diárias. A destinação correta dos dejetos e captação de energia de fonte solar também fazem parte da proposta. Os oito geradores possibilitarão ter 450 kWh de energia biometano a partir dos dejetos. A sobra, corretamente tratada, poderá ser usada como biofertilizante, garantindo a sustentabilidade do empreendimento. É uma estrutura 100% sustentável. O Paraná é o segundo principal produtor de suínos do Brasil. Em 2021, foram produzidas mais de um milhão de toneladas de carne. Somente no primeiro semestre deste ano, a produção foi de 545,7 mil toneladas, o que representa crescimento de 10% comparativamente ao mesmo período do ano passado. Para o município de Laranjeiras do Sul, a produção de suínos até dois meses representou, em 2021, um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 17,3 milhões, colocando-se em 40º lugar no Estado. Já em relação aos suínos criados para corte, Laranjeiras teve VBP de R$ 14,3 milhões, ficando na 63ª colocação no Estado.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
Paraná gera 12,9 mil empregos em setembro
Foram criados 136.816 novos postos de trabalho formais entre janeiro e setembro
O Paraná abriu 12.920 novas vagas de emprego com carteira assinada em setembro. Os dados foram divulgados na quarta-feira (26) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. Foram 136.816 novos postos de trabalho formais entre janeiro e setembro, o quarto melhor resultado do País. O saldo de vagas no mês é resultado da diferença entre as 140.539 admissões e os 127.619 desligamentos no período. No acumulado do ano, foram 1.359.767 contratações contra 1.222.951 demissões. Em 2022, o Paraná ficou atrás apenas de São Paulo (595.984), Minas Gerais (211.986) e do Rio de Janeiro (168.345) no número de vagas criadas. O Estado teve saldo positivo na geração de emprego em todos os meses de 2022. As mais de 136 mil vagas abertas no ano são resultado da soma dos saldos dos meses de janeiro (19.521), fevereiro (29.070), março (5.328), abril (9.589), maio (14.026), junho (14.338), julho (16.503), agosto (15.521) e setembro (12.920). Mais uma vez, o setor de serviços é quem lidera o mercado de trabalho no Paraná. Em setembro, o setor respondeu por 42,6% do total de postos formais abertos no Estado, com 5.515 novas vagas. Na sequência estão o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (3.887), indústria geral (2.374), construção (1.047) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (97). No acumulado do ano, seis em cada dez vagas abertas no Estado foram na área de serviços. O setor criou 80.684 vagas com carteira assinada em 2022. A indústria vem na sequência, com 26.723 postos de trabalho, à frente dos setores do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (17.149), construção (9.153) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2.794). Os municípios do Interior se destacaram na criação de empregos em setembro. A cidade de Londrina, na Região Norte, liderou a abertura de vagas no mês, com 1.153. Ela foi seguida por São José dos Pinhais (755), Cascavel (751), Maringá (653), Foz do Iguaçu (646), Ponta Grossa (638), Araucária (592), Rolândia (270), Curitiba (260) e Pinhais (259). Dos 399 municípios paranaenses, 265 (66.4%) fecharam o mês com saldo positivo de vagas. Em 15 cidades (3,7%), o número de admissões e de demissões foi o mesmo. Os outros 119 municípios (29,8%) tiveram saldo negativo na abertura de vagas. Curitiba foi a cidade que mais abriu postos de trabalho em 2022, com o saldo de 36.043 vagas. Na sequência estão Londrina (6.607), São José dos Pinhais (6.096), Maringá (5.964), Cascavel (5.097), Araucária (3.791), Ponta Grossa (3.364), Colombo (2.898) e Foz do Iguaçu (2.860). A grande maioria das cidades paranaenses está com saldo positivo na geração de empregos no ano. Dos 399 municípios, 338 (85%) têm saldo positivo no mercado de trabalho de 2022. Em quatro deles o número de pessoas que foram admitidas e desligadas foi o mesmo e em apenas 56 (14%) o saldo de empregos é negativo.
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em alta e vai a R$ 5,38 com cenário eleitoral no foco
Desempenho do real foi na contramão de outras moedas emergentes
O dólar firmou alta contra o real durante a tarde e encerrou o dia com ganho de 1,18%, negociado a R$ 5,3806 no mercado à vista, com a divisa brasileira registrando o pior desempenho entre as 33 principais moedas globais. O movimento observado hoje refletiu a cautela dos investidores em relação ao cenário eleitoral. Assim como outros ativos locais, o câmbio vem sendo pressionados negativamente nos últimos dias conforme as pesquisas eleitorais mostram uma maior vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao mesmo tempo, outro ponto que passou a ficar no radar é a acusação da campanha de Bolsonaro a respeito da propaganda eleitoral, alegando que rádios do Norte e Nordeste privilegiaram a exibição de inserções de Lula em detrimento das do atual presidente, o que amplia as incertezas. “Essa situação das inserções de rádio é um componente a mais de risco, levantando as possibilidades de que haja um questionamento em relação ao resultado”, diz o diretor de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt. Ontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exonerou o servidor Alexandre Gomes Machado, responsável por coordenar o "pool" de emissoras de rádio e televisão para o recebimento de mídias da propaganda eleitoral. “O Brasil, esta semana, é a bola da vez na questão risco para os investidores estrangeiros”, destaca o economista chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni. Ele acrescenta que, “com certeza [os investidores] vão se segurar para tomar posições, pois o cenário eleitoral em aberto traz diferentes opções de entrada [no caso de vitória de um outro candidato]”, diz. Assim, o movimento no mercado interno se opôs à tendência observada no exterior, onde as divisas de países emergentes se valorizaram à medida que o dólar americano se enfraqueceu, refletindo o movimento das Treasuries, diante das expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) acabe adotando uma postura menos agressiva que a esperada após dados da economia americana e declarações recentes de dirigentes da autarquia.
VALOR ECONÔMICO
Ibovespa fecha em queda pela 3ª vez seguida com eleições e balanços no radar
Queda dos papéis do setor financeiro foi um dos destaques do pregão
O Ibovespa completou três sessões consecutivas de quedas, prolongando movimento de correção antes do segundo turno da eleição presidencial. Balanços corporativos locais e de empresas dos Estados Unidos também provocaram reprecificação de setores no pregão, com destaque para os segmentos de varejo e tecnologia. No fim do dia, o referencial local registrou queda de 1,62%, aos 112.764 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 28,40 bilhões no Ibovespa e R$ 34,70 bilhões na B3. Em NY, o S&P 500 recuou 0,74%, aos 3.830 pontos, Dow Jones registrou leve alta de 0,01%, aos 31.839 pontos e Nasdaq perdeu 2,04%, aos 10.970 pontos. Na medida em que a eleição se aproxima, investidores seguiram calibrando suas posições compradas no índice local, enquanto as pesquisas de intenção de voto mostram uma estabilização da vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). “A nossa leitura é que o mercado já iria realizar parte dos ganhos recentes para chegar ‘leve’ na eleição. Mas esse movimento foi antecipado e acirrado com a guerra de narrativas recentes. Investidores parecem estar reduzindo a probabilidade de o Bolsonaro vencer e aumentando a possibilidade de questionamentos pós-eleições”, diz Thiago Pereira, sócio e economista chefe da Tower Three. Papéis de estatais seguiram exibindo desvalorização. Petrobras ON e PN recuaram 1,82% e 2,45%, respectivamente, enquanto Banco do Brasil ON recuou 3,54%. Pereira argumenta, no entanto, que apesar da queda das estatais ser mais chamativa nesse momento, o movimento de correção tem se espalhado por todo referencial nas últimas três sessões. No caso dos bancos, a queda foi intensificada hoje após o Santander apresentar balanço abaixo das estimativas do mercado. Suas units tombaram 5,26%, enquanto Itaú PN perdeu 2,14% e Bradesco PN recuou 4,36%.
VALOR ECONÔMICO
Copom mantém taxa Selic estável em 13,75% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano na quarta-feira, conforme sinalizado na última reunião, em setembro
A decisão veio em linha com a mediana das expectativas do mercado. Segundo pesquisa realizada pelo Valor, todas as 108 instituições financeiras consultadas esperavam que a taxa de juros permanecesse em 13,75% ao ano. O Copom manteve inalterado seu balanço de riscos para a inflação. O Comitê citou que há riscos tanto de a alta de preços na economia superar o esperado quanto de ficar abaixo. O comunicado que informa a manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano reproduz integralmente o balanço de riscos da reunião anterior, de setembro, sem tirar ou acrescentar nenhuma palavra. Do lado negativo, o Copom volta a citar “uma maior persistência das pressões inflacionárias globais”. Também menciona a incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país”. Do lado baixista para a inflação, o colegiado cita três riscos: uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local; uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e a manutenção dos cortes de impostos projetados para serem revertidos em 2023.
VALOR ECONÔMICO
Dívida pública federal cai 0,51% em setembro e colchão de liquidez do Tesouro recua 10%
A dívida pública federal do Brasil caiu 0,51% em setembro sobre agosto, a 5,752 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira, em mês com melhora nos dados de custo e prazo dos títulos, mas redução significativa do colchão de liquidez do país
No período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 0,72%, a 5,496 trilhões de reais. De acordo com o Tesouro, a redução do estoque da dívida foi explicada por um resgate líquido de 76,38 bilhões de reais e uma apropriação positiva de juros no valor de 47,22 bilhões de reais. Segundo o órgão, setembro foi marcado por fortes ajustes nos mercados externos, diante da atuação dos principais bancos centrais para conter a inflação, com apostas de que os Estados Unidos continuarão a elevar juros. Com o cenário adverso, o CDS (credit default swap) do Brasil, que mede o risco relacionado ao país, subiu 11,76%, a 312 pontos base. Por outro lado, o Tesouro informou que a curva de juros futuros do país perdeu nível e inclinação "refletindo expectativas de fim do ciclo de aperto monetário no Brasil". O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses caiu, passando de 10,63% ao ano em agosto para 10,47% no mês passado. Na dívida interna, o custo do estoque recuou de 10,89% ao ano para 10,80%. A dívida externa, por sua vez, registrou redução de 4,53% para 3,17% ao ano. Em relação às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio também caiu, indo de 11,88% para 11,71% ao ano. No período, também houve um alongamento do prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 4,02 anos, ante 3,96 anos registrados em agosto. Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma redução de 10% em agosto, a 1,031 trilhão, refletindo principalmente o resgate líquido de títulos no mês. O montante ainda é suficiente para quitar 9,55 meses de vencimentos de títulos, valor considerado confortável pelo Tesouro --em agosto, estava em 10,24 meses. Para o mês de outubro, o Tesouro vê cenário com aumento das preocupações com o risco de recessão global, diante da persistência inflacionária nos Estados Unidos e a instabilidade política no Reino Unido, além das tensões geopolíticas. Neste mês, o CDS do Brasil caiu 7,56%, a 288 pontos base, mas a curva de juros local teve alta nos vencimentos curtos e médios refletindo "deflação menor que a esperada", enquanto os vencimentos longos apresentaram estabilidade.
REUTERS
Brasil teve déficit de US$780 mi pelo câmbio contratado na semana passada, diz BC
O Brasil registrou saída líquida de moeda estrangeira pelo câmbio contratado na semana passada, com rombo na conta comercial compensando superávit no setor financeiro, informou o Banco Central na quarta-feira
O fluxo cambial ficou negativo em 780 milhões de dólares no período de 17 a 21 de outubro, depois de na semana anterior perder 1,833 bilhão de dólares. A conta financeira passou a mostrar sinal positivo, com entrada de 180 milhões de dólares na semana passada, mas esses ingressos foram compensados pela perda de 961 milhões de dólares do lado comercial. Na semana finda em 14 de outubro, os setores financeiro e comercial haviam registrado déficits de 1,615 bilhão e 218 milhões de dólares, respectivamente. Com o resultado da semana passada, o fluxo cambial aprofundou o rombo no mês para 2,798 bilhões de dólares. Em período equivalente do ano passado, englobando os 14 primeiros dias úteis de outubro, o país acumulava perda líquida de 686 milhões de dólares pelo câmbio contratado. No acumulado de 2022, o fluxo cambial ainda está positivo em 14,538 bilhões de dólares.
REUTERS
Brasil abre 278.085 empregos formais em setembro, mostra Caged
No salário médio real de contratação, houve queda em setembro, para 1.931,13 reais, de 1.943,60 em agosto, de acordo com a série sem ajustes.
O resultado de setembro ficou abaixo das 285.314 vagas abertas em agosto e dos 330.177 postos criados no mesmo mês de 2021, de acordo com a série ajustada. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência o saldo positivo de 278.085 empregos formais do mês passado foi fruto de 1,927 milhão de admissões e 1,648 milhão de desligamentos. Com o resultado, o estoque de empregos formais no país atingiu 42,826 milhões, o maior resultado para setembro da série com ajustes iniciada em 2010. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o saldo de empregos formais no Brasil está positivo em 2,148 milhões de vagas. No mesmo período de 2021, o superávit era de 2,504 milhões de postos de trabalho, segundo a série com ajustes. Houve saldo positivo de vagas em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas no mês passado, com destaque para serviços, com abertura de 122.562 postos. Houve criação de 56.909 empregos formais na indústria, 57.974 no comércio, 31.166 no setor de construção e 9.474 na agropecuária. Os dados também mostraram superávit de empregos criados em todas as cinco regiões do país. O Sudeste abriu o maior número de vagas, com leitura de 108.219, seguido por Nordeste (86.658), Sul (38.179), Centro-Oeste (25.458) e Norte (19.400).
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Preços da indústria recuam 1,96% em setembro, diz IBGE
Onze das 24 atividades pesquisadas registraram deflação
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que calcula a variação de preços dos produtos na saída da fábrica, registrou deflação (queda de preços) de 1,96% em setembro. A queda, no entanto, foi mais moderada do que em agosto, quando o IPP teve deflação de 3,04%.Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 5,87% no ano e de 9,76% em 12 meses. Em setembro, 11 das 24 atividades pesquisadas tiveram deflação. Os principais impactos vieram do refino de petróleo e biocombustíveis (-6,79%), outros produtos químicos (-6,20%), alimentos (-1,13%) e metalurgia (-3,77%). Por outro lado, 13 atividades tiveram inflação, com destaque para fumo (3,62%) e vestuário (3,50%). Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a principal queda de preços veio dos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-2,42%). Também tiveram deflação os bens de consumo semi e não duráveis (-2,01%). Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, tiveram inflação de 0,48%, enquanto os preços dos bens de consumo duráveis subiram 0,19%.
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